Nahum Sirotsky

12/01/2009
De Tel Aviv Khaled Mashal, o l?r pol?co da Frente Isl?ca de Resist?ia, vive exilado em Damasco como h?de do governo s?o. No s?do, declarou a Al-Jazeera, a mais poderosa e influente emissora ?be de televis? que “n?h?ais possibilidade de uma solu? (“settlement”) ou negocia? com Israel”. O dia foi de viol?ia. O Sul do estado judeu absorveu dezenas de m?eis lan?os de Gaza, como todos os dias, h?anos. Soldados s?treinados para a luta e para se defender o melhor poss?l. Nas guerras atuais os civis sofrem muito mais. A frente de batalha ?nde vive a popula? civil. Do lado de Israel, devido a cerca de oito guerras em 60 anos de exist?ia, e por ser um pa?moderno, existem abrigos p?cos e dom?icos. A popula? recebe instru?s da Defesa Civil de como se proteger em casos de ataque. O n?o de v?mas ?elativamente pequeno. Relativamente elevado, por? ? percentual dos que sofrem de p?co e necessitam de assist?ia m?ca. Nos centros visados pelos m?eis, sempre se est?tento aos alertas prevenindo que vem m?il a caminho. Mesmo depois da viv?ia de guerras, quando vou ao cen?o das a?s, o medo n?me abandona. Mas n?se duvide do sofrimento dos habitantes de Gaza, que, al?do mais, n?disp?de sistema de Defesa Civil. Existem outras diferen? no caso. Israel ?m estado com for? convencionais. A tropa se diferencia dos civis pelo seu uniforme. ?inconfund?l. Organiza?s e movimentos guerrilheiros, como o Hamas, ou gente treinada no terrorismo, se mistura ou se confunde com os civis, em cujas habita?s montam posi?s de combate ou dep?os de armas e muni?s. Sabe-se de folhetos distribu?s por Israel prevenindo os civis para se afastarem, pois o local ser?ombardeado. Tamb?o telefone ?sado. De novo, apenas tecnologia. A guerra psicol?a ??ca antiga. Exemplo: o Cavalo de Tr? Mas o aviso ?ara valer. A guerra ?m apertadas zonas urbanas. ?not? que h?nos s?lan?os de Gaza v?os tipos de m?eis sobre centros do Sul israelense. Foi num dia especialmente violento, com dezenas de m?eis chovendo sobre o Sul que a For?A?a israelense iniciou ataques sobre Gaza seguidos de invas?de infantes. A? com o ?o objetivo de tirar o ?eto do Hamas e impor tranquilidade e seguran?de cerca de 800 mil israelenses. Centenas de moradores de Gaza, pelas informa?s oficiosas, maioria vinculados ao Hamas, foram mortos desde ent? Na manh?e s?do morreu em combate Amir Mansi, famoso chefe militar do Hamas. N?se sabe de deten? ou morte dos l?res que est?bem abrigados. O Hamas adota combina? de t?cas guerrilheiras e convencionais. Tem homens-suicidas. ?poss?l que esteja em dificuldades resultantes da invas?israelense. Mashal admitiu um tanto na entrevista concedida, na qual apelou para revolta –intifada – da massa palestina e ?be. Nem o Hamas nem os israelenses declararam que aceitavam resolu? do Conselho de Seguran?de cessar-fogo. Mas a batalha de Gaza ter?e terminar num entendimento, pois o custo humano de uma vit? seria inaceit?l. A quest?? dos lados chegarem a condi?s mutuamente aceit?is. Forma de coexistirem. Compatibilizar o incompat?l como misturar ? e ?a. Mashal diz que ?mposs?l.

Gilberto Simões Pires

12/01/2009
Se o ano de 2008 se caracterizou como o ano de maior empregabilidade formal no pa? o ano de 2009 come?anunciando que o desemprego deve dar o tom, para ser a grande not?a da nossa economia tamb?cambaleante. Muito antes que algu?resolva fazer qualquer ju? de valor, e decida apontar a ind?ia como vil?pelo fato de estar dispensando muitos trabalhadores, ?om que todos tenham em mente que o desempregador ??somente o consumidor. A ind?ia, quando percebe o encolhimento do consumo, tem por obriga? ajustar a produ? de acordo com o que pode e vai vender. Fabricar para manter estocados os artigos produzidos significa colocar em xeque a pr?a ind?ia, que simplesmente n?gira o estoque. Quem produz acima da capacidade de consumo, al?de n?poder pagar seus fornecedores n?poder?agar, por ?o, tamb?os sal?os, impostos, alugu?, empr?imos banc?os, etc. Um empresa que se mostra insolvente se define como em situa? falimentar. Portanto, quem imagina que a hora exige piedade e compaix?est?esempenhando um mero papel de indutor da quebradeira, que por conseq?ia provoca um desemprego muito maior. Anotem a?empresa n?se constitui para empregar, mas para produzir. Ou seja: para evitar que todos sejam dispensados, alguns precisam ser desempregados. Quando o mercado mostra esse sintoma grave e d? s?o aviso da falta de disposi? para o consumo, ? hora do bom governo entrar em a?, agindo com enorme rapidez. N?? nosso caso, infelizmente. Governo correto, para tentar brecar a onda de desemprego faria, j?uma efetiva flexibiliza? das leis trabalhistas. Com custos menores as empresas teriam mais f?o. E os consumidores, por sua vez, mais renda para consumir. Esta l?a, entretanto, est?onge da cabe?dos nossos governantes e pol?cos petistas, principalmente, que est?exigindo uma redu? da carga de trabalho sem mexer na remunera?. Pode?

Revista Veja

11/01/2009
Jaime Klintowitz Se a contagem do tempo come? pelo ano em que o primeiro grupo armado foi organizado pelos judeus para proteger suas povoa?s de salteadores ?bes, em 1909, judeus e ?bes engalfinham-se pela posse da Palestina h?elo menos 100 anos. Nesse s?lo de atrocidades m?s, cada lado tem sua parcela de culpa no fato de se passar tanto tempo procurando um caminho para a paz quando a paz deveria ser o caminho. Por que a paz n?encontra quem a patrocine naquela regi? As causas da guerra no Oriente M?o s?de natureza diversa – ?ica, religiosa, geopol?ca e ideol?a. Elas se interpenetram de tal modo que a solu? de uma acaba agravando a outra. O resultado ?ue todas as chances de paz foram abortadas por um lado ou outro – mais recentemente sempre pelos palestinos e pelos pa?s ?bes que lhes d?apoio. H?uas semanas, Israel est?e novo oficialmente em guerra com um de seus vizinhos. J?steve em 1948, ano de sua cria? como estado independente, em 1956, 1967, 1973, 1982 e 2006. Israel venceu todas essas guerras, mas as vit?s militares acabaram produzindo novas complica?s e adiando ainda mais a solu? definitiva para o conflito. As duas semanas de ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, com todos os seus horrores, podem facilmente ser vistas como mais uma erup? de viol?ia dessa rixa cr?a. Afinal, esta ? quarta vez que tropas israelenses invadem a Faixa de Gaza, uma nesga de solo arenoso, superpovoada e muito pobre, desde 1948. Da pen?ma vez, a ocupa? se prolongou por 38 anos, s?rminando em 2005. O conflito ser?ais bem compreendido, no entanto, se for examinado pelo que tem de diferente dos anteriores. Essa n??ais uma guerra ?be-israelense. Nem sequer se pode falar em conflito israelo-palestino, j?ue metade da Palestina n?est?om o Hamas, disse a VEJA o paquistan?Kamran Bokhari, diretor de pesquisas sobre o Oriente M?o da Stratfor, uma consultoria de geopol?ca com sede nos Estados Unidos. Muitos palestinos na Cisjord?a entendem que o Hamas ?arte do problema. O Hamas ?ma organiza? radical isl?ca, dominada pelo fanatismo e que usa m?dos terroristas. Seus l?res s?proponentes do jihadismo, o movimento cujo objetivo mais geral ? guerra santa em nome do Isl? cujo objetivo mais espec?co ? destrui? do Estado de Israel. O Hamas domina cora?s e mentes em Gaza. Tem, portanto, legitimidade pol?ca. Essa ? trag?a. O Hamas n?pode ser derrotado militarmente. A diversidade na Palestina ?aior do que aparenta ser. Vivem ali v?as confiss?religiosas – crist?, drusos e, naturalmente, judeus –, mas o Hamas sustenta que o territ? deve ser um peda?exclusivamente mu?mano de um futuro imp?o isl?co. Isso sinaliza a ascens?de um novo complicador no conflito centen?o. Apesar de contrapor judeus a mu?manos, a disputa at?gora tinha sido basicamente laica, de cunho nacionalista, sobre quem era ou n?um povo e qual deles tinha ou n?direito a um estado pr?o. O Hamas ?m fiel escudeiro do Ir?que lhe fornece armas (a? origem dos m?eis lan?os da Faixa de Gaza contra cidades israelenses), treinamento militar e dinheiro. Ainda que em microdimens?e por meio de intermedi?os, o ataque ao Hamas pode ser visto como uma esp?e de guerra por procura? – na defini? do historiador israelense Benny Morris, da Universidade Ben-Gurion, em Beersheba – entre Israel e os aiatol?de Teer? Os iranianos podem muito bem ter incentivado o Hamas a rejeitar a renova? do cessar-fogo – e a iniciar o insano foguet? que atraiu a devastadora rea? militar – para desviar a aten? dos israelenses, que pareciam estar se preparando para um ataque preventivo ?instala?s nucleares do Ir?H?stimativas de que os iranianos estejam a dois ou tr?anos de obter sua primeira bomba nuclear. Israel sabe que os jihadistas n?s?totalmente racionais. Ou, pelo menos, n?da forma como se v?m governos respons?is, cuja preocupa? primordial s?a seguran?e a prosperidade de seu povo. A amea?de aniquila? m? garantiu o equil?io entre o Kremlin e a Casa Branca durante a Guerra Fria. Devido ?ixa? mental no autossacrif?o e no mart?o, san?s e repres?as n?funcionam t?bem com os aiatol?iranianos ou com os xeques do Hamas. Se Teer?iver a bomba nuclear, ?rov?l que decida us?a, seja por motivos ideol?os, seja por medo de que Israel, que tem um formid?l estoque de armas nucleares, possa atacar primeiro. Meses de bloqueio israelense e san?s estabelecidas pelos Estados Unidos, Uni?Europeia e Egito n?conseguiram fazer com que o Hamas moderasse sua demagogia religiosa e seu discurso racista – raz? por sinal, da imposi? de san?s. Depois de uma tr?a tensa que durou seis meses, o movimento isl?co se p? disparar foguetes sobre as cidades israelenses para demonstrar que a jihad est?iva e em boa forma. Por certo n?tinha ilus?de que a repres?a era inevit?l e seria, como de h?to, devastadora. Fiel ao culto do mart?o, o Hamas agiu diligentemente para atrair a formid?l m?ina de guerra israelense para as vielas apinhadas das cidades e favelas de Gaza, onde acreditava que seria mais f?l combat?a. As mortes e a destrui? causadas pela ofensiva israelense s?dolorosas de observar. Na ?ma sexta-feira, as estimativas eram de 750 palestinos mortos, entre os quais uma quantidade enorme de crian?. S? ataque a uma escola da ONU repleta de refugiados foram mortas quarenta pessoas. Fam?as inteiras acabaram dizimadas por bombardeios a?os. Uma proposta de cessar-fogo apresentada pelo Conselho de Seguran?da ONU foi rejeitada por ambas as partes na sexta-feira passada. Baz Ratner/Reuters O LONGO BRA? DO HAMAS M?e filhos se protegem em kibutz de foguetes palestinos lan?os de Gaza O conflito em Gaza aprofundou o cisma regional entre a fac? da resist?ia – que inclui o Ir?a S?a e suas mil?as aliadas, o Hezbollah no L?no e o Hamas na Palestina – e os chamados moderados, favor?is ?az negociada com Israel. Esse grupo ?ormado pela maioria dos pa?s, encabe?os por Egito, Jord?a, Ar?a Saudita e pela Autoridade Palestina na Cisjord?a. Alguns deles, como o Egito, com o qual Gaza faz fronteira, criticaram abertamente o Hamas por provocar o conflito. O governo eg?io n?tolera a conex?entre o Hamas e a Irmandade Mu?mana, o principal movimento de oposi? no pa? A Ar?a Saudita apoia quase abertamente qualquer coisa que os israelenses fa? para conter a influ?ia dos xiitas do Ir?o Oriente M?o. O primeiro pelot? o da rejei?, tem a esperan?de que o Hamas sobreviva ao ataque em condi?s de demonstrar que Israel n??apaz de esmagar todos os seus inimigos. O segundo grupo torce descaradamente pela derrota do extremismo isl?co em Gaza. O mesmo debate est?ceso entre os palestinos, a ponto de o presidente Mahmoud Abbas ter a ousadia de responsabilizar o Hamas pelo in?o da guerra. Quando Israel se retirou unilateralmente da Faixa de Gaza, em 2005, deu aos palestinos a oportunidade de demonstrar sua capacidade de gerir o pr?o estado. Tr?anos e meio depois, est?laro que os palestinos falharam em seu objetivo. Eles preferiram investir na constru? de t?s e no contrabando de armas a financiar um bom governo para a popula? palestina, diz o historiador Benny Morris. As condi?s de vida na Faixa de Gaza continuaram miser?is. Metade dos trabalhadores est?em emprego e sete em cada dez dependem de doa?s internacionais para se alimentar. A ajuda minguou depois da vit? do Hamas nas elei?s de 2006. Os Estados Unidos e a Uni?Europeia, que t?o grupo em sua lista de organiza?s terroristas, cortaram linhas de financiamento ?egi? As chances de criar um estado palestino se tornaram mais remotas depois do golpe militar que expulsou o Fatah de Gaza. Desde 2006, cerca de 750 palestinos morreram em lutas fratricidas – n?o semelhante ao das mortes causadas pelos ataques israelenses. SOFRIMENTO Milhares de palestinos rezam pelas v?mas do ataque israelense que atingiu uma escola da ONU (no alto, ?ir.). esquerda, pai reconhece o corpo do filho na Cidade de Gaza. direita, rob?raelense checa o corpo de um palestino morto ao tentar explodir um posto de gasolina em assentamento judeu na Cisjord?a Curiosamente, essa realidade multifacetada tornou-se preto-e-branco na rea? da imprensa, dos diplomatas e da maioria dos governantes. Israel ?asicamente considerado um estado truculento, que – esta ? opini?expressa pelo governo do presidente Lula – reagiu de forma desproporcional aos foguetes do Hamas. O argumento baseia-se bastante na discrep?ia de baixas (catorze israelenses mortos at? sexta-feira passada). Essa ?ma conta dif?l de ser feita por quem considera que cada vida ?reciosa. Na verdade, o estado judeu n?est?espondendo aos proj?is lan?os nas ?mas duas ou tr?semanas, mas a anos de ataques indiscriminados contra os 750 000 israelenses que vivem pr?os ?ronteira com a Faixa de Gaza. A ofensiva contra o Hamas est?endo realizada com for?poderosa e agressividade t?ca, estrat?a militar cujo objetivo ?eduzir as pr?as perdas e esmagar o inimigo. N??ssim que se ganham as guerras? Trata-se de um estado soberano defendendo sua integridade e seus habitantes, disse a VEJA Paul Scham, que ensina hist? israelense na Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. ?paradoxal, mas n?inesperado, que Israel, a ?a democracia do Oriente M?o, esteja perdendo gradualmente a simpatia da opini?p?ca no exterior. A malha?, antes confinada ?xtrema esquerda, tornou-se parte integrante do populismo antiocidental. Muitos partidos de esquerda agora consideram o antissionismo como um pr?equisito para seus afiliados e n?se acanham em denunciar a conspira? judaica, na melhor tradi? antissemita. Por que a esquerda europeia, e globalmente toda a esquerda, est?bcecada em lutar contra as democracias mais s?as do planeta, Estados Unidos e Israel, e n?contra as piores ditaduras?, questionou em uma palestra a jornalista catal?ilar Rahola, que j?oi deputada de esquerda na Espanha. O conflito entre ?bes e judeus na Palestina ?m n?f?l de desatar. Oportunidades de paz foram perdidas por ambos os lados e nada indica que se esteja mais perto de uma solu? – ainda que todo mundo concorde que, quando dois povos disputam o mesmo peda?de terra, a melhor solu? ?ividi-la em dois pa?s. O que ?ora de d?a ?ue Israel n?pode (e n?vai) perder a guerra contra as for? da intoler?ia religiosa no Oriente M?o, representada agora pelos terroristas do Hamas. Israel ?ma sentinela avan?a da democracia e da civiliza? judaico-crist?ercada por na?s e grupos pol?cos armados que formal e claramente lutam pela destrui? do estado judeu e pela morte de todos os seus habitantes n??bes. Tamb??ora de d?a que n?haver?az enquanto os vizinhos hostis n?aceitarem que a exist?ia de Israel ?eg?ma, que o pa?tem o direito de se defender e que o terrorismo destr? que pretende construir. Com reportagem de Thomaz Favaro e Duda Teixeira http://veja.abril.com.br/140109/p_052.shtml

Percival Puggina

11/01/2009
Meu artigo anterior sobre Cuba suscitou mensagens de contrariedade procedentes de leitores que enaltecem a cinquenten?a revolu?. Duvido que tenham visitado a ilha porque quando a gente vai e sacode o discurso na peneira dos fatos, o que resta, al?de um pa?em ru?s e cacarecos, ?ouco, muito pouco, pouco mesmo. Garganteiam que o ?dice de Desenvolvimento Humano de Cuba (0,855) ?uperior ao brasileiro (0,807). Convenhamos que essa diferen?de 0,048 n?significa grande coisa quando a gente conhece a realidade verde-amarela. E note-se: para aceitar essa pequenina diferen??reciso acreditar que as informa?s cubanas sejam ver?cas, o que constituiria um caso singular, pois os comunistas, sabidamente, mant?com a verdade uma rela? de conveni?ia. Tal suspeita se ampliou em mim, ap?onhecer e estudar Cuba, porque n?combina com o que se observa, l? c?o fato de o IDH cubano equivaler, por exemplo, ao do Rio Grande do Sul. Fica dif?l engolir. No entanto, ainda que se tomem como verazes tais n?os, soa v?do o que me disse um senhor de idade a quem indaguei a respeito enquanto convers?mos, sentados ?murada do Malec? “Si uno no est?studiando ni enfermo, todo lo dem?es una mierda”. Com efeito, o resultado de cinco d?das de totalitarismo comunista, numa ilha privilegiada pela natureza, com popula? igual ?o Rio Grande do Sul e metade do PIB, resulta p?o. Sabe por que, leitor? Porque para proporcion?os o governo comunista de Cuba remunera o trabalho de seu povo com um sal?o m?o de US$ 10 mensais e se apropria da quase totalidade da renda nacional. ?o bem estar da senzala. Assim at?u. Perdoem-me, ent? os pedagogos e professores brasileiros que v?a Cuba, gostam do que v? e chutam o balde da gera? e transmiss?do conhecimento em benef?o da tal “forma? para a cidadania”. O que praticam n??duca? e tem nome: estupro ideol?o das mentes juvenis. A educa? cubana, constitucionalmente comprometida com a forma? de uma sociedade comunista n?tem como ser boa. J? propaganda ?utra coisa. At?u ca?essa quando anos atr?me apresentaram um casal cujo marido sofria de retinose pigmentar. Gente humilde. Ela servente, ele guarda noturno. A enfermidade lhe destru?a vis?e tinham ouvido que em Cuba isso tinha cura. Orientei-os sobre como proceder com vistas a obter ordem judicial para o tratamento, acompanhei o processo e l?e foram eles para Havana. O SUS pagou a viagem do casal, os procedimentos m?cos, o tratamento posterior e a alimenta?. Um dinheir? E da?Bem, eles voltaram estarrecidos com a mis?a que viram. Funcion?os do Hospital Camilo Cienfuegos passavam nos quartos dos estrangeiros indagando se podiam levar para suas fam?as o que eventualmente restava da alimenta? servida. Ao obterem alta, a senhora deixou com as servidoras as pr?as roupas. Uma granfina brasileira? N? gente humilde daqui escandalizada com as car?ias de l?E o marido? Inutilmente retornou mais tarde ?lha. A doen?seguiu seu curso, conforme haviam advertido oftalmologistas brasileiros. Mas a propaganda, ora, a propaganda ? alma dos neg?s tamb?no comunismo. .

Bento XVI

11/01/2009
1. Desejo, tamb?no in?o deste novo ano, fazer chegar os meus votos de paz a todos e, com esta minha Mensagem, convid?os a reflectir sobre o tema: Combater a pobreza, construir a paz. J? meu venerado antecessor Jo?Paulo II, na Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 1993, sublinhara as repercuss?negativas que acaba por ter sobre a paz a situa? de pobreza em que versam popula?s inteiras. De facto, a pobreza encontra-se frequentemente entre os factores que favorecem ou agravam os conflitos, mesmo os conflitos armados. Estes ?mos, por sua vez, alimentam tr?cas situa?s de pobreza. « Vai-se afirmando (...), com uma gravidade sempre maior – escrevia Jo?Paulo II –, outra s?a amea??az: muitas pessoas, mais ainda, popula?s inteiras vivem hoje em condi?s de extrema pobreza. A disparidade entre ricos e pobres tornou-se mais evidente, mesmo nas na?s economicamente mais desenvolvidas. Trata-se de um problema que se imp? consci?ia da humanidade, visto que as condi?s em que se encontra um grande n?o de pessoas s?tais que ofendem a sua dignidade natural e, consequentemente, comprometem o aut?ico e harm?o progresso da comunidade mundial ».(1) 2. Neste contexto, combater a pobreza implica uma an?se atenta do fen?o complexo que ? globaliza?. Tal an?se ??mportante do ponto de vista metodol?o, porque convida a p?m pr?ca o fruto das pesquisas realizadas pelos economistas e soci?os sobre tantos aspectos da pobreza. Mas a evoca? da globaliza? deveria revestir tamb?um significado espiritual e moral, solicitando a olhar os pobres bem cientes da perspectiva que todos somos participantes de um ?o projecto divino: chamados a constituir uma ?a fam?a, na qual todos – indiv?os, povos e na?s – regulem o seu comportamento segundo os princ?os de fraternidade e responsabilidade. Em tal perspectiva, ?reciso ter uma vis?ampla e articulada da pobreza. Se esta fosse apenas material, para iluminar as suas principais caracter?icas, seriam suficientes as ci?ias sociais que nos ajudam a medir os fen?os baseados sobretudo em dados de tipo quantitativo. Sabemos por?que existem pobrezas imateriais, isto ?que n?s?consequ?ia directa e autom?ca de car?ias materiais. Por exemplo, nas sociedades ricas e avan?as, existem fen?os de marginaliza?, pobreza relacional, moral e espiritual: trata-se de pessoas desorientadas interiormente, que, apesar do bem-estar econ?o, vivem diversas formas de transtorno. Penso, por um lado, no chamado « subdesenvolvimento moral » (2) e, por outro, nas consequ?ias negativas do « superdesenvolvimento ».(3) N?esque?tamb?que muitas vezes, nas sociedades chamadas « pobres », o crescimento econ?o ?ntravado por impedimentos culturais, que n?permitem uma conveniente utiliza? dos recursos. Seja como for, n?restam d?as de que toda a forma de pobreza imposta tem, na sua raiz, a falta de respeito pela dignidade transcendente da pessoa humana. Quando o homem n??isto na integridade da sua voca? e n?se respeitam as exig?ias duma verdadeira « ecologia humana »,(4) desencadeiam-se tamb?as din?cas perversas da pobreza, como ?vidente em alguns ?itos sobre os quais passo a deter brevemente a minha aten?. Pobreza e implica?s morais 3. A pobreza aparece muitas vezes associada, como se fosse sua causa, com o desenvolvimento demogr?co. Em consequ?ia disso, realizam-se campanhas de redu? da natalidade, promovidas a n?l internacional, at?om m?dos que n?respeitam a dignidade da mulher nem o direito dos esposos a decidirem responsavelmente o n?o dos filhos (5) e que muitas vezes – facto ainda mais grave – n?respeitam sequer o direito ?ida. O exterm?o de milh?de nascituros, em nome da luta ?obreza, constitui na realidade a elimina? dos mais pobres dentre os seres humanos. Contra tal presun?, fala o dado seguinte: enquanto, em 1981, cerca de 40% da popula? mundial vivia abaixo da linha de pobreza absoluta, hoje tal percentagem aparece substancialmente reduzida a metade, tendo sa? da pobreza popula?s caracterizadas precisamente por um incremento demogr?co not?l. O dado agora assinalado p?m evid?ia que existiriam os recursos para se resolver o problema da pobreza, mesmo no caso de um crescimento da popula?. E n?se h?e esquecer que, desde o fim da segunda guerra mundial at?oje, a popula? da terra cresceu quatro mil milh?e tal fen?o diz respeito, em larga medida, a pa?s que surgiram recentemente na cena internacional como novas pot?ias econ?as e conheceram um r?do desenvolvimento gra? precisamente ao elevado n?o dos seus habitantes. Al?disso, dentre as na?s que mais se desenvolveram, aquelas que det?maiores ?ices de natalidade gozam de melhores potencialidades de progresso. Por outras palavras, a popula? confirma-se como uma riqueza e n?como um factor de pobreza. 4. Outro ?ito de preocupa? s?as pandemias, como por exemplo a mal?a, a tuberculose e a SIDA, pois, na medida em que atingem os sectores produtivos da popula?, influem enormemente no agravamento das condi?s gerais do pa? As tentativas para travar as consequ?ias destas doen? na popula? nem sempre alcan? resultados significativos. E sucede al?disso que os pa?s afectados por algumas dessas pandemias se v?, ao querer enfrent?as, sujeitos a chantagem por parte de quem condiciona a ajuda econ?a ?ctua? de pol?cas contr?as ?ida. Sobretudo a SIDA, dram?ca causa de pobreza, ?if?l combat?a se n?se enfrentarem as problem?cas morais associadas com a difus?do v?s. ?preciso, antes de tudo, fomentar campanhas que eduquem, especialmente os jovens, para uma sexualidade plenamente respeitadora da dignidade da pessoa; iniciativas realizadas nesta linha j?eram frutos significativos, fazendo diminuir a difus?da SIDA. Depois h?ue colocar ?isposi? tamb?das popula?s pobres os rem?os e os tratamentos necess?os; isto sup?ma decidida promo? da pesquisa m?ca e das inova?s terap?icas e, quando for preciso, uma aplica? flex?l das regras internacionais de protec? da propriedade intelectual, de modo que a todos fiquem garantidos os necess?os tratamentos sanit?os de base. 5. Terceiro ?ito, que ?bjecto de aten? nos programas de luta contra a pobreza e que mostra a sua intr?eca dimens?moral, ? pobreza das crian?. Quando a pobreza atinge uma fam?a, as crian? s?as suas v?mas mais vulner?is: actualmente quase metade dos que vivem em pobreza absoluta ?onstitu? por crian?. O facto de olhar a pobreza colocando-se da parte das crian? induz a reter como priorit?os os objectivos que mais directamente lhes dizem respeito, como por exemplo os cuidados maternos, o servi?educativo, o acesso ?vacinas, aos cuidados m?cos e ?gua pot?l, a defesa do ambiente e sobretudo o empenho na defesa da fam?a e da estabilidade das rela?s no seio da mesma. Quando a fam?a se debilita, os danos recaem inevitavelmente sobre as crian?. Onde n??utelada a dignidade da mulher e da m? a ressentir-se do facto s?de novo principalmente os filhos. 6. Quarto ?ito que, do ponto de vista moral, merece particular aten? ? rela? existente entre desarmamento e progresso. Gera preocupa? o actual n?l global de despesa militar. ?que, como j?ive ocasi?de sublinhar, « os ingentes recursos materiais e humanos empregados para as despesas militares e para os armamentos, na realidade, s?desviados dos projectos de desenvolvimento dos povos, especialmente dos mais pobres e necessitados de ajuda. E isto est?ontra o estipulado na pr?a Carta das Na?s Unidas, que empenha a comunidade internacional, e cada um dos Estados em particular, a ‘‘promover o estabelecimento e a manuten? da paz e da seguran?internacional com o m?mo disp?io dos recursos humanos e econ?os mundiais para os armamentos (art. 26) ».(6) Uma tal conjuntura, longe de facilitar, obstaculiza seriamente a consecu? dos grandes objectivos de desenvolvimento da comunidade internacional. Al?disso, um excessivo aumento da despesa militar corre o risco de acelerar uma corrida aos armamentos que provoca faixas de subdesenvolvimento e desespero, transformando-se assim, paradoxalmente, em factor de instabilidade, tens?e conflito. Como sensatamente afirmou o meu venerado antecessor Paulo VI, « o desenvolvimento ? novo nome da paz ».(7) Por isso, os Estados s?chamados a fazer uma s?a reflex?sobre as raz?mais profundas dos conflitos, frequentemente ati?os pela injusti? e a tomar provid?ias com uma corajosa autocr?ca. Se se chegar a uma melhoria das rela?s, isso dever?onsentir uma redu? das despesas para armamentos. Os recursos poupados poder?ser destinados para projectos de desenvolvimento das pessoas e dos povos mais pobres e necessitados: o esfor?despendido em tal direc? ?m servi??az no seio da fam?a humana. 7. Quinto ?ito na referida luta contra a pobreza material diz respeito ?rise alimentar actual, que p?m perigo a satisfa? das necessidades de base. Tal crise ?aracterizada n?tanto pela insufici?ia de alimento, como sobretudo pela dificuldade de acesso ao mesmo e por fen?os especulativos e, consequentemente, pela falta de um reajustamento de institui?s pol?cas e econ?as que seja capaz de fazer frente ?necessidades e ?emerg?ias. A m?utri? pode tamb?provocar graves danos psicof?cos nas popula?s, privando muitas pessoas das energias de que necessitam para sair, sem especiais ajudas, da sua situa? de pobreza. E isto contribui para alargar a dist?ia angular das desigualdades, provocando reac?s que correm o risco de tornar-se violentas. Todos os dados sobre o andamento da pobreza relativa nos ?mos dec?os indicam um aumento do fosso entre ricos e pobres. Causas principais de tal fen?o s? sem d?a, por um lado a evolu? tecnol?a, cujos benef?os se concentram na faixa superior da distribui? do rendimento, e por outro a din?ca dos pre? dos produtos industriais, que crescem muito mais rapidamente do que os pre? dos produtos agr?las e das mat?as primas na posse dos pa?s mais pobres. Isto faz com que a maior parte da popula? dos pa?s mais pobres sofra uma dupla marginaliza?, ou seja, em termos de rendimentos mais baixos e de pre? mais altos. Luta contra a pobreza e solidariedade global 8. Uma das estradas mestras para construir a paz ?ma globaliza? que tenha em vista os interesses da grande fam?a humana.(8) Mas, para guiar a globaliza? ?reciso uma forte solidariedade global (9) entre pa?s ricos e pa?s pobres, como tamb?no ?ito interno de cada uma das na?s, incluindo ricas. ?necess?o um « c?o ?co comum »,(10) cujas normas n?tenham apenas car?er convencional mas estejam radicadas na lei natural inscrita pelo Criador na consci?ia de todo o ser humano (cf. Rm 2, 14-15). Porventura n?sente cada um de n?no ?imo da consci?ia, o apelo a dar a pr?a contribui? para o bem comum e a paz social? A globaliza? elimina determinadas barreiras, mas isto n?significa que n?possa construir outras novas; aproxima os povos, mas a proximidade geogr?ca e temporal n?cria, de per si, as condi?s para uma verdadeira comunh?e uma paz aut?ica. A marginaliza? dos pobres da terra s?de encontrar v?dos instrumentos de resgate na globaliza?, se cada homem se sentir pessoalmente atingido pelas injusti? existentes no mundo e pelas viola?s dos direitos humanos ligadas com elas. A Igreja, que ? sinal e instrumento da ?ima uni?com Deus e da unidade de todo o g?ro humano »,(11) continuar? dar a sua contribui? para que sejam superadas as injusti? e incompreens?e se chegue a construir um mundo mais pac?co e solid?o. 9. No campo do com?io internacional e das transac?s financeiras, temos hoje em ac? processos que permitem integrar positivamente as economias, contribuindo para o melhoramento das condi?s gerais; mas h?amb?processos de sentido oposto, que dividem e marginalizam os povos, criando perigosas premissas para guerras e conflitos. Nos dec?os posteriores ?egunda guerra mundial, o com?io internacional de bens e servi? cresceu de forma extraordinariamente r?da, com um dinamismo sem precedentes na hist?. Grande parte do com?io mundial interessou os pa?s de antiga industrializa?, vindo significativamente juntar-se-lhes muitos pa?s que sobressa?m tornando-se relevantes. Mas h?utros pa?s de rendimento baixo que est?ainda gravemente marginalizados dos fluxos comerciais. O seu crescimento ressentiu-se negativamente com a r?da descida verificada, nos ?mos dec?os, nos pre? dos produtos prim?os, que constituem a quase totalidade das suas exporta?s. Nestes pa?s, em grande parte africanos, a depend?ia das exporta?s de produtos prim?os continua a constituir um poderoso factor de risco. Quero reiterar aqui um apelo para que todos os pa?s tenham as mesmas possibilidades de acesso ao mercado mundial, evitando exclus?e marginaliza?s. 10. Id?ica reflex?pode fazer-se a prop?o do mercado financeiro, que toca um dos aspectos prim?os do fen?o da globaliza?, devido ao progresso da electr?a e ?pol?cas de liberaliza? dos fluxos de dinheiro entre os diversos pa?s. A fun? objectivamente mais importante do mercado financeiro, que ? de sustentar a longo prazo a possibilidade de investimentos e consequentemente de desenvolvimento, aparece hoje muito fr?l: sofre as consequ?ias negativas de um sistema de transac?s financeiras – a n?l nacional e global – baseadas sobre uma l?a de brev?imo prazo, que busca o incremento do valor das actividades financeiras e se concentra na gest?t?ica das diversas formas de risco. A pr?a crise recente demonstra como a actividade financeira seja ?vezes guiada por l?as puramente auto-referenciais e desprovidas de considera? pelo bem comum a longo prazo. O nivelamento dos objectivos dos operadores financeiros globais para o brev?imo prazo reduz a capacidade de o mercado financeiro realizar a sua fun? de ponte entre o presente e o futuro: apoio ?ria? de novas oportunidades de produ? e de trabalho a longo prazo. Uma actividade financeira confinada no breve e brev?imo prazo torna-se perigosa para todos, inclusivamente para quem consegue beneficiar dela durante as fases de euforia financeira.(12) 11. Segue-se de tudo isto que a luta contra a pobreza requer uma coopera? nos planos econ?o e jur?co que permita ?omunidade internacional e especialmente aos pa?s pobres individuarem e actuarem solu?s coordenadas para enfrentar os referidos problemas atrav?da realiza? de um quadro jur?co eficaz para a economia. Al?disso, requer est?los para se criarem institui?s eficientes e participativas, bem como apoios para lutar contra a criminalidade e promover uma cultura da legalidade. Por outro lado, n?se pode negar que, na origem de muitos falimentos na ajuda aos pa?s pobres, est?as pol?cas vincadamente assistencialistas. Investir na forma? das pessoas e desenvolver de forma integrada uma cultura espec?ca da iniciativa parece ser actualmente o verdadeiro projecto a m?o e longo prazo. Se as actividades econ?as precisam de um contexto favor?l para se desenvolver, isto n?significa que a aten? se deva desinteressar dos problemas do rendimento. Embora se tenha oportunamente sublinhado que o aumento do rendimento pro capite n?pode de forma alguma constituir o fim da ac? pol?co-econ?a, todavia n?se deve esquecer que o mesmo representa um instrumento importante para se alcan? o objectivo da luta contra a fome e contra a pobreza absoluta. Deste ponto de vista, seja banida a ilus?de que uma pol?ca de pura redistribui? da riqueza existente possa resolver o problema de maneira definitiva. De facto, numa economia moderna, o valor da riqueza depende em medida determinante da capacidade de criar rendimento presente e futuro. Por isso, a cria? de valor surge como um elo imprescind?l, que se h?de ter em conta se se quer lutar contra a pobreza material de modo eficaz e duradouro. 12. Colocar os pobres em primeiro lugar implica, finalmente, que se reserve espa?adequado para uma correcta l?a econ?a por parte dos agentes do mercado internacional, uma correcta l?a pol?ca por parte dos agentes institucionais e uma correcta l?a participativa capaz de valorizar a sociedade civil local e internacional. Hoje os pr?os organismos internacionais reconhecem o valor e a vantagem das iniciativas econ?as da sociedade civil ou das administra?s locais para favorecer o resgate e a integra? na sociedade daquelas faixas da popula? que muitas vezes est?abaixo do limiar de pobreza extrema mas, ao mesmo tempo, dificilmente se consegue fazer-lhes chegar as ajudas oficiais. A hist? do progresso econ?o do s?lo XX ensina que boas pol?cas de desenvolvimento s?confiadas ?esponsabilidade dos homens e ?ria? de positivas sinergias entre mercados, sociedade civil e Estados. Particularmente a sociedade civil assume um papel crucial em todo o processo de desenvolvimento, j?ue este ?ssencialmente um fen?o cultural e a cultura nasce e se desenvolve nos diversos ?itos da vida civil.(13) 13. Como observava o meu venerado antecessor Jo?Paulo II, a globaliza? « apresenta-se com uma acentuada caracter?ica de ambival?ia »,(14) pelo que h?de ser dirigida com clarividente sabedoria. Faz parte de tal sabedoria ter em conta primariamente as exig?ias dos pobres da terra, superando o esc?alo da despropor? que se verifica entre os problemas da pobreza e as medidas predispostas pelos homens para os enfrentar. A despropor? ?e ordem tanto cultural e pol?ca como espiritual e moral. De facto, tais medidas det?se frequentemente nas causas superficiais e instrumentais da pobreza, sem chegar ?que se abrigam no cora? humano, como a avidez e a estreiteza de horizontes. Os problemas do desenvolvimento, das ajudas e da coopera? internacional s??vezes enfrentados sem um verdadeiro envolvimento das pessoas, mas apenas como quest?t?icas que se reduzem ?repara? de estruturas, elabora? de acordos tarif?os, atribui? de financiamentos an?os. Inversamente, a luta contra a pobreza precisa de homens e mulheres que vivam profundamente a fraternidade e sejam capazes de acompanhar pessoas, fam?as e comunidades por percursos de aut?ico progresso humano. Conclus? 14. Na Enc?ica Centesimus annus, Jo?Paulo II advertia para a necessidade de « abandonar a mentalidade que considera os pobres – pessoas e povos – como um fardo e como importunos ma?ores, que pretendem consumir tudo o que os outros produziram ». « Os pobres – escrevia ele – pedem o direito de participar no usufruto dos bens materiais e de fazer render a sua capacidade de trabalho, criando assim um mundo mais justo e mais pr?ro para todos ».(15) No mundo global de hoje, resulta de forma cada vez mais evidente que s?poss?l construir a paz, se se assegurar a todos a possibilidade de um razo?l crescimento: de facto, as consequ?ias das distor?s de sistemas injustos, mais cedo ou mais tarde, fazem-se sentir sobre todos. Deste modo, s?insensatez pode induzir a construir um pal?o dourado, tendo por?ao seu redor o deserto e o degrado. Por si s? globaliza? n?consegue construir a paz; antes, em muitos casos, cria divis?e conflitos. A mesma p? descoberto sobretudo uma urg?ia: a de ser orientada para um objectivo de profunda solidariedade que aponte para o bem de cada um e de todos. Neste sentido, a globaliza? h?e ser vista como uma ocasi?prop?a para realizar algo de importante na luta contra a pobreza e colocar ?isposi? da justi?e da paz recursos at?gora impens?is. 15. Desde sempre se interessou pelos pobres a doutrina social da Igreja. Nos tempos da Enc?ica Rerum novarum, pobres eram sobretudo os oper?os da nova sociedade industrial; no magist?o social de Pio XI, Pio XII, Jo?XXIII, Paulo VI e Jo?Paulo II, novas pobrezas foram vindo ?uz ?edida que o horizonte da quest?social se alargava at?ssumir dimens?mundiais.(16) Este alargamento da quest?social ?lobalidade n?deve ser considerado apenas no sentido duma extens?quantitativa mas tamb?dum aprofundamento qualitativo sobre o homem e as necessidades da fam?a humana. Por isso a Igreja, ao mesmo tempo que segue com aten? os fen?os actuais da globaliza? e a sua incid?ia sobre as pobrezas humanas, aponta os novos aspectos da quest?social, n?s? extens?mas tamb?em profundidade, no que se refere ?dentidade do homem e ?ua rela? com Deus. S?princ?os de doutrina social que tendem a esclarecer os v?ulos entre pobreza e globaliza? e a orientar a ac? para a constru? da paz. Dentre tais princ?os, vale a pena recordar aqui, de modo particular, o « amor preferencial pelos pobres »,(17) ?uz do primado da caridade testemunhado por toda a tradi? crist? partir dos prim?os da Igreja (cf. Act 4, 32-37; 1 Cor 16, 1; 2 Cor 8-9; Gal 2, 10). « Cada um entregue-se ?arefa que lhe incumbe com a maior dilig?ia poss?l » – escrevia em 1891 Le?XIII, acrescentando: « Quanto ?greja, a sua ac? n?faltar?m nenhum momento ».(18) Esta consci?ia acompanha hoje tamb?a ac? da Igreja em favor dos pobres, nos quais v?risto,(19) sentindo ressoar constantemente em seu cora? o mandato do Pr?ipe da paz aos Ap?los: « Vos date illis manducare – dai-lhes v?esmos de comer » (Lc 9, 13). Fiel a este convite do seu Senhor, a Comunidade Crist??deixar?pois, de assegurar o seu apoio ?am?a humana inteira nos seus impulsos de solidariedade criativa, tendentes n?s?partilhar o sup?luo, mas sobretudo a alterar « os estilos de vida, os modelos de produ? e de consumo, as estruturas consolidadas de poder que hoje regem as sociedades ».(20) Assim, a cada disc?lo de Cristo bem como a toda a pessoa de boa vontade, dirijo, no in?o de um novo ano, um caloroso convite a alargar o cora? ?necessidades dos pobres e a fazer tudo o que lhe for concretamente poss?l para ir em seu socorro. De facto, aparece como indiscutivelmente verdadeiro o axioma « combater a pobreza ?onstruir a paz ». Vaticano, 8 de Dezembro de 2008. BENEDICTUS PP. XVI

Cleber Benvegnú

11/01/2009
Uma edi? da revista Veja de dezembro, em longa reportagem, constatou o revigoramento da participa?, especialmente de jovens, em determinados movimentos da Igreja Cat?a. Muitos, inclusive, est?se dedicando com exclusividade ?ida crist?atrav?de comunidades em que precisam fazer voto de pobreza, castidade, obedi?ia e vida fraterna. A mat?a identifica que essa transforma?, protagonizada especialmente pela Renova? Carism?ca Cat?a e por outros movimentos que priorizam a dimens?espiritual, reveste a Igreja de uma nova imagem, distante daquela que vigorou entre os anos 60 e 80, impregnada pelo ide?o esquerdista. Diz a soci?a Brenda Carranza, da PUC de Campinas, especialista em religi? “Nos anos 80, participar da Igreja era estar engajado em obras sociais. Hoje, ?r com mais freq?ia ?issa, participar de vig?as e grupos de ora?. Naquela ?ca, o padre era visto como agente de transforma? social. Agora, ele ?m agente de transforma? pessoal e espiritual”. E – conclui Veja – ?ssa transforma? que move o rebanho das novas comunidades cat?as. ?verdadeira a constata? da mat?a. Testemunho, em diversos movimentos dos quais participo, o crescimento da Igreja que n?se esquece da op? preferencial pelos pobres, mas que cuida do esp?to e procura dar sentido ?ida das pessoas. ?a Igreja que n?despreza quem cresceu na vida, que ?iel ao Papa e que n?l? Evangelho com viseira ideol?a. ?a Igreja que educa para os valores e que forma os jovens segundo sua pr?a Doutrina, e n?a alheia. ?a Igreja que mostra caminhos, que n?tem pregui? que salva do vazio espiritual, que n?se desvia de sua ess?ia. Ou seja: ? Igreja tal qual ela deve ser. Entretanto, a tentativa de partidariza? continua forte. Recebi, por exemplo, o jornal Presen?Diocesana (nº 238), da Diocese de Passo Fundo, dentro do qual estava o encarte Presen?Jovem, da Pastoral da Juventude. A mat?a de capa estampa: “Juventude e Teologia da Liberta?”. No texto, elogios expl?tos a Karl Marx, um dos maiores hereges e anticrist? que a humanidade j?onheceu, o mesmo que disse: “A religi?? ? do povo”. Mais: cita?s de Frei Betto - claro - e Leonardo Boff, o ex-padre que dedica a maior parte do seu tempo a destilar ? contra a pr?a Igreja, o Papa e os carism?cos. Pasmem: e muitos padres e leigos ainda n?entendem a dificuldade de arrebanhar jovens para movimentos dessa natureza. Ora, ora... Nossa juventude estar?nteressada em uma leitura do Evangelho segundo Marx? A voca? existencial dos jovens deve ser limitada ?ilit?ia e ao engajamento pol?co? Sei que a Pastoral da Juventude tem muitos m?tos, at?orque j?articipei de diversas de suas iniciativas. Mas sempre que algu? especialmente da pr?a Igreja, tentar reduzir sua miss??e um partido pol?co, estaremos mais longe das necessidades espirituais e existenciais da juventude urbana e rural, bem como de toda a sociedade. N? Apesar de ter deveres perante a pol?ca, a Igreja n??m partido pol?co e tampouco um bra?de sua atua?.

Editorial do Estadão

10/01/2009
O novo governo paraguaio do ex-bispo progressista Fernando Lugo, empossado em agosto ?mo e eleito sob a bandeira da reforma do Tratado de Itaipu, encontrou no Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) aliado pronto a encampar a sua causa no Brasil. Ao aceitar pressurosamente o papel de quinta-coluna que foi instado a assumir por seus interlocutores em Assun?, com os quais mant?estreitos v?ulos ideol?os, centrados na Teologia da Liberta?, a incendi?a organiza? se coloca em rota de colis?com o governo brasileiro - que o sustenta generosamente. Na defesa do interesse estrat?co nacional, o presidente Lula est?irmemente decidido a manter a integridade do acordo firmado pelos dois pa?s em 1973. O Planalto n?objeta a que o Paraguai fa?uma auditoria da sua d?da de US$ 19 bilh?origin?a da constru? da usina binacional. Mas se op? pretens?de Lugo de obter uma eleva? significativa do pre?que o Brasil paga ao seu pa?pela energia de Itaipu (US$ 45,31 brutos por megawatt). O governo brasileiro tampouco aceita a reivindica? paraguaia de vender a outros pa?s, e n?apenas ao Brasil, como estipula o tratado, a parte que lhe pertence da gera? da usina. (O Paraguai consome n?mais de 5% do fornecimento de Itaipu.) O objetivo imediato de Lugo ?uplo: de um lado, ampliar a pauta de conversa?s com Bras?a - o que, em si, ?eg?mo; e, de outro, dar curso a uma estrat?a de guerrilha, como revelou ao jornal Valor um negociador paraguaio que n?quis se identificar. Trata-se da decis?temer?a de angariar apoios no Brasil para a batalha de opini?p?ca que o governo paraguaio quer ver desencadeada para furar o alegado bloqueio brasileiro de informa?s oficiais sobre as tratativas entre as partes. ?onde entra o MST, com o acendrado internacionalismo que levou o seu l?r supremo, Jo?Pedro Stedile, em maio de 2006, a oferecer ao presidente da Bol?a, Evo Morales, as suas brigadas para expulsar os latifundi?os brasileiros do vizinho pa? (Nesse mesmo ano, ele anunciou a solidariedade do povo brasileiro ?acionaliza? da ind?ia de g?boliviana, com a ocupa? de duas refinarias da Petrobr?) Prudentemente, Morales dispensou a colabora? da turba paramilitar emeessetista. Agora, a organiza? ?ue foi procurada, na certeza de pronto e fraternal atendimento. Para preparar o esp?to da milit?ia, material de propaganda sobre as demandas paraguaias j?ircula entre os seus acampados e assentados, sustentados pelo governo brasileiro, que paga as cestas b?cas que lhes s?destinadas, com o dinheiro do contribuinte. O pretexto para a mobiliza? ? defesa do princ?o da soberania nacional e popular sobre os recursos naturais, diz um dos principais dirigentes do MST, Roberto Baggio, convenientemente esquecido de que, no caso de Itaipu, esses recursos permaneceriam inexplorados n?fosse a associa? com o Brasil. Para o governo Lula, tanto o presidente Lugo como os seus agentes do lado de c?a fronteira est?querendo politizar uma quest?t?ica e p?ob suspeita um acordo leg?mo no ?ito das rela?s bilaterais. Mas isso e nada ? mesma coisa para o projeto insurrecional de Stedile. Se for necess?o faremos no futuro manifesta?s de solidariedade ao povo do Paraguai, anuncia ele. Sabendo-se de longa data no que consistem tais manifesta?s, as suas palavras representam antes uma amea?do que uma promessa. O MST conta com forte estrutura nos Estados do Sul, como o Paran?nas proximidades da ?a de Itaipu. Al?disso, por interm?o da Via Campesina, de que faz parte, o MST se articula com o seu equivalente paraguaio, a Mesa de Coordena? Nacional das Organiza?s Campesinas, que ajudou a formar. Igualmente ominosa ? perspectiva de que a solidariedade ao povo do Paraguai seja inclu? na exacerbada agenda revolucion?a da passagem dos 25 anos do MST, a ser festejada, como de costume, com manifesta?s de protesto, ocupa?s de propriedades e marchas por todo o Pa? Noticia-se que, por determina? do Planalto, a Ag?ia Brasileira de Intelig?ia (Abin) ir?onitorar a alian?antinacional em que embarcou o MST. N?poderia ser de outra forma. Com toda a probabilidade, por? o governo ter?e ir al?disso.

Érico Valduga, em Periscópio

10/01/2009
Os chav?de sempre, nascidos de doutrina?s ideol?as sect?as, impedem a compreens?dos problemas da rela? de judeus e palestinos Voc?leram, prezados leitores, a nota oficial da Federa? Israelita sobre Gaza? ?a seguinte: “Em nome da transpar?ia e veracidade dos fatos relacionados aos ataques na Faixa de Gaza, a Federa? Israelita do Rio Grande do Sul pede em nome de toda a Comunidade Judaica do Estado que em todas as entrevistas, mat?as, reportagens ou qualquer manifesta? a respeito do tema sejam ouvidos os dois lados envolvidos, para que seja promovido um debate bilateral da pol?ca. Como em toda a trajet? da entidade, continuaremos dispon?is para a discuss?clara sobre o assunto, cujo objetivo ?evar ?ociedade ga? todos os lados da quest?que se imp?m Israel e na Faixa de Gaza. Informamos que a fonte indicada para falar em nome da Federa ? ? presidente, Henry Chmelnitsky. J?a quest?hist?a, a Comunidade coloca ?isposi? estudiosos da quest?. Perceberam? N?diz que Israel tem raz? que o terrorismo viceja por culpa do fundamentalismo mu?mano, n?avan?em qualquer conota? ideol?a e religiosa, ou algo semelhante. Prop?simplesmente, que os dois lados sejam ouvidos pelos meios de comunica?. Ou seja, admite a exist?ia de argumentos palestinos e argumentos judeus, que devem expostos, e confrontados por quem, de boa f?queira formar uma opini?justificada sobre o que est?contecendo. O nome dessa pr?ca ? democracia. E ?or exerc?a, na tradi? do Ocidente crist? que o Estado de Israel sofre a rejei? dos pa?s ?bes. Constitui-se em um mau exemplo permanente para os reg imes autocr?cos e teocr?cos que governam no Oriente M?o e adjac?ias.

Maria Lucia Victor Barbosa

10/01/2009
Dia destes, assisti pela TV a um document?o que mostrava poss?is cenas do Apocalipse. Muitas eram as possibilidades de nosso pequeno planeta ser destru?: vulc? maremotos, terremotos, deg?, mete?, invas?alien?nas, Colisor de Part?las e muitos mais riscos rondam a min?a Terra. Tudo ??perigoso que ?e se perguntar como ainda n?fomos catapultados para o espa?sideral onde nossas insignificantes cinzas passariam despercebidas na vastid?c?ca. Conclui, por? que o maior perigo que ronda o homem ? pr?o homem cuja psique jamais evolui. A humanidade como um todo continua ignorante, avara, ganaciosa, invejosa, hip?ta, mentirosa, ego?a, hedonista, cruel, violenta. Estes atributos aparecem de forma inequ?ca nos jogos do poder pol?co, intimamente ligado ao poder econ?o. Mas, existem tamb?nas rela?s interindividuais que se processam no meio familiar ou do trabalho onde de forma micro assomam as canalhices, os golpes de esperteza ou mesmo a viol?ia que presenciamos no campo macro das governan?. Ao mesmo tempo, existe uma tend?ia inata no ser humano, com as exce?s de sempre, que o induz a se inclinar para o que ?au, abjeto, p?ido e uma necessidade visceral de se submeter ?lguma pessoa ou entidade para se comprazer na igualdade que escraviza. Da? nasce o amor a mentira, a necessidade de crer em lendas e mitos para fugir da mediocridade do cotidiano. Estas caracter?icas sempre presentes desde que o homem se p?e p? usou as m?, se acentuaram ao longo do s?lo passado e se aprofundaram nessa era de vulgaridade na qual valores e comportamentos est?massificados, confusos, difusos e a busca pelo sentido da vida se perde na pressa, no imediatismo, na superficialidade das a?s e dos relacionamentos. O rep? a Israel, que durante anos suportou homens-bomba e foguetes disparados pelo Hamas sobre sua popula? ?rova do que ocorre nos tempos atuais. A persegui? aos judeus, seu sofrimento nunca despertaram comisera?. Muitos negam at? holocausto, um dos piores horrores cometidos contra um povo. E assim como a multid?preferiu perdoar Barrabaz a Jesus, agora a maioria presta solidariedade ao terrorismo, o que demonstra o gosto humano pelo totalitarismo que esmaga a liberdade, pela distor? da verdade, pelo fanatismo que ? lado mal?o das religi? Todos se apressam a palpitar sobre tema de tal complexidade, condenar Israel embalados pelo que se diz na m?a, imersos em feroz antissemitismo que, por sua vez, se liga ao raivoso antiamericanismo. Entretanto, n?s? incautos das boas inten?s que se apiedam dos pequenos m?ires de Al?escudos humanos do Hamas, v?mas do fundamentalismo isl?co, mas tamb?os espertalh?ideol?os, n?se d?conta do cerne da quest?que foi bem apresentada por Yossi Kleim Halevi e Michael B. Oren, em mat?a publicada no The Los Angeles Times e transcrita pelo O Estado de S. Paulo (08/01/2009). Halevi e Oren mostram claramente a verdadeira natureza do conflito ao afirmar que o Hamas, assim como o Hezbollah, no L?no, n?passa de uma forma avan?a do verdadeiro inimigo com o qual Israel se confronta: o Ir?Desse modo, a atual opera? de Israel contra o Hamas representa um golpe estrat?co ao expansionismo iraniano que engloba a Ar?a Saudita at? L?no, por meio do Hezbolah, a S?a e os emirados do Golfo. Recorde-se que o presidente do Ir?Mahmud Ahmadinejad, mais perigoso para o mundo do que um mete?ou terremoto, e que tem como meta destruir Israel, contrariou a press?internacional e evoluiu rumo ao arsenal nuclear. Dotada de armas nucleares a hegemonia iraniana no Oriente M?o seria completa. Portanto, n??if?l concluir, que uma das bestas do Apocalipse est?olta. Entrementes, nosso chanceler de direito, Celso Amorim, parte para o Oriente M?o com o fito de apresentar id?s brasileiras. N?ficou claro se nosso chanceler de fato e respons?l pela nossa desastrada pol?ca externa, Marco Aur?o Garcia, ir?amb? Em todo caso, as id?s brasileiras j??conhecidas. O Itamaraty deplorou os ataques de Israel ?aixa de Gaza em v?os comunicados e o pr?o presidente da Rep?ca criticou asperamente os Estados Unidos e a ONU por n?terem evitado a crise, como se isso fosse poss?l. Quanto ao partido de Luiz In?o, o PT, por conta de seu pendor autorit?o n?podia deixar de condenar Israel. Seria, ent? conveniente que Berzoini e seus correligion?os, para ser mais coerentes, come?sem a treinar para homens-bomba e as companheiras petistas envergassem a burka. Caso contr?o, poderiam ser chamados de infi?, o que ?uito perigoso. * Soci?a