O TAMANHO DO CRIME - Di?o do Com?io
19 de fevereiro de 2009
O estudo mais completo j?mpreendido sobre assassinatos em massa no mundo ? do professor de Ci?ia Pol?ca da Universidade do Hava?Rudolph J. Rummel, que lhe rendeu o Lifetime Achievement Award da American Political Science Association em 1999. O essencial da pesquisa ?esumido em Never Again: Ending War, Democide & Famine Through Democratic Freedom (Coral Springs, FL, Lumina Press, 2005), e os dados completos est?no site http://www.hawaii.edu/powerkills. Rummel substituiu ao conceito de “genoc?o”, que lhe parece muito vago, o de “democ?o”, com o qual designa especificamente a matan?de popula?s civis por iniciativa de governos. Resenhando os epis?s de democ?o documentados desde o s?lo III a.C. at? fim do s?lo XIX, ele chega a um total aproximado de 133.147.000 v?mas, destacando-se a?como supremos assassinos em massa, os imperadores chineses (33.519.000 mortos em 23 s?los) e os invasores mong?na Europa (29.927.000 mortos entre os s?los XIV e XV).
Quando a pesquisa chega ao s?lo XX e entram em cena os governos revolucion?os, as taxas de assassinato em massa sofrem um upgrade formid?l, subindo para 262 milh?de mortos entre 1900 e 1999 – quase o dobro do que f?registrado em toda a hist? universal at?nt? Desses 262 milh? nem tudo, ?laro, foi obra de governos revolucion?os, mas a diferen?entre eles e seus concorrentes ?ignificativa. Todos os colonialismos somados (Inglaterra, Portugal, etc.) mataram 50 milh?de pessoas, das quais pelo menos 10 milh?foram assassinadas por um s?verno proverbialmente cruel, o do Rei Leopoldo da B?ica. O imp?o japon? por seu lado, matou aproximadamente 5 milh? quase todos na China.
Vejam agora o desempenho dos governos revolucion?os: China, 76.702.000 mortos entre 1949 e 1987; URSS, 61.911.000 mortos entre 1917 e 1987; Alemanha nazista, 20.946.000 mortos entre 1933 e 1945; China nacionalista (Kuomintang) 10.075.000 mortos entre 1928 e 1949 (o Kuomintang, embora inimigo dos comunistas, era tamb?um governo revolucion?o, respons?l pela destrui? da mais antiga monarquia do mundo). 3 sete dezenas de milh?de v?mas do governo comunista chin?devem se acrescentar 3.468.000 civis assassinados pelo Partido Comunista de Mao Dzedong nas ?as sob o seu controle antes da tomada do poder sobre toda a China, o que eleva o desempenho do comunismo chin?a nada menos de 80 milh?de mortos – equivalente ?etade da popula? brasileira.
Governos revolucion?os em ?as menores tamb?n?se sa?m t?mal, comparativamente ?od?ia de seus territ?s: Camboja, 2.035.000 mortos entre 1975 e 1979; Turquia, 1.883.000 mortos entre 1909 e 1918; Vietnam, 1.670.000 mortos entre 1945 e 1987 (quase o dobro do total de v?mas da guerra, que renderam aos EUA tantas cr?cas da m?a internacional); Pol?, 1.585.000 mortos entre 1945 e 1948; Paquist? 1.503.000 mortos entre 1958 e 1987; Iugosl?a sob o Marechal Tito (t?louvada como alternativa de “socialismo democr?co” ?rutalidade sovi?ca), 1.072.000 mortos entre 1944 e 1987; Cor? do Norte, 1.663.000 mortos entre 1948 e 1987; M?co, 1.417.000 mortos entre 1900 e 1920 (especialmente crist?).
O total sobe a aproximadamente 205 milh?de mortos. Tudo ao longo de um s?culo. As duas guerras mundiais somadas mataram 60 milh?de pessoas, entre combatentes e civis. A Peste Negra, de 541 at?912, matou 102 milh? Nada, absolutamente nada no mundo se compara ao instinto mort?ro dos governos revolucion?os. A promessa de um “outro mundo poss?l” transformou-se no mais letal pesadelo que a humanidade j?iveu ao longo de toda a sua hist?. Arist?es j?izia que a ess?ia da trag?a pol?ca ?uando o perfeito se torna o inimigo do bom, mas ele se referia somente a casos individuais. Ele n?poderia prever que um dia sua defini? teria uma confirma? sangrenta em escala mundial, arrastando povos inteiros para os pelot?de fuzilamento, as c?ras de g?e a vala comum.