SOS JUSTI? ELEITORAL - Enviado pela autora
Finalmente a oposi? se mexeu. Entrou com a? junto ao TSE contra a campanha antecipada da ministra Dilma Rousseff. A ministra, que come?parecer uma r?ica do seu cabo eleitoral, o presidente da Rep?ca, retrucou como este fez em sua campanha de reelei?, que a oposi? tenta “interditar” o governo, “judicializar as obras porque n?t?projeto”.
O governador Jos?erra, potencial candidato do PSDB ?resid?ia da Rep?ca, por sua vez afirmou com rela? ?obras do PAC, “que apesar de toda propaganda, 70% dos investimentos realizados no Brasil, n?s?feitos pelo governo federal”.
Na verdade, Lula da Silva, a vinte meses das elei?s, faz o que gosta: campanha. Quando n?est?iajando est?o palanque, sempre acompanhado por sua candidata e no “p?to” populista desaparece o lulinha paz e amor. Gritos, xingamentos, espasmos, rosto congestionado e rubro, ressurge o alterado l?r sindicalista que joga fora a compostura, o terno Armani e deita fala? atropelando o idioma para del?o da plat?, especialmente, a dos seus redutos nordestinos, onde funcionam melhor as bolsas-esmola, nova modalidade de compra de votos.
Vilma, com chamam os nordestinos, ??do PAC, esse amontoado confuso de projetos e inten?s, de obras feitas e por fazer. Lula ? pai dos pobres. Par perfeito e divinizado que se entrega ao povo crian?que gosta de tutela, que quer que as coisas mudem desde que n?precise fazer for? Assim, pai e m? Lula e Dilma, se inserem na tradi? paternalista implantada desde nossos tempos coloniais. Juntos empolgam especialmente os pobres que precisam de algu?que fale por eles, tome conta deles, cobre benef?os por eles.
N?se duvide, pois, que Dilma Rousseff consiga chegar l?Rosto renovado apenas n?ir?jud?a, mas um bom marqueteiro pode transformar, pelo menos temporariamente, a m?zangada, autorit?a e r?ida em m?carinhosa, engra?a como o pai. Quem sabe ela pode vir adotar em seu discurso um “menas” aqui, um “Ponto G” ali, e, porque n? um “sifu” acol?j?ue esse linguajar vai se tornando oficial e politicamente correto.
O que parecia imposs?l faz pouco tempo pode se realizar: “Vilma” ser eleita. Afinal, Inaugurando at?scola do tempo de JK e pintura em meio-fio, o pai beneficia sua sucessora com um poder que nenhum advers?o sonha possuir. Ao mesmo tempo, ela ? garantia de continuidade do PT, que entranhado na m?ina estatal seguir?irando as engrenagens do poder. Contudo, a miss?priorit?a da m?ser? de preparar a volta gloriosa do pai, em 2014. Isto se ele n?quiser o 3º mandato ou lan? outro candidato se achar que a m?n?se tornou Nossa Senhora Vilma.
Dia 15 passado, num festivo domingo, Hugo Ch?z obteve finalmente o que queria. Atrav?de referendo, 54 % dos eleitores venezuelanos, contra 46%, consagraram o projeto pol?co do Mussolini latino-americano de se eternizar no poder. Ele conseguiu a revolu? sem tiro, o golpe de Estado constitucional, a democracia desp?a. Inova?s dos novos tempos.
Naturalmente, n?lhe faltou o uso da viol?ia: n?autorizou com?os da oposi?, dissolveu passeatas dos estudantes com for?policial, amedrontou opositores com suas mil?as fascist?s, amea? funcion?os p?cos, enquanto agradava os pobres, benefici?os das “missiones”, programas assistencialistas e eleitoreiros equivalentes as bolsas-esmola ou bolsas-voto do governo Lula da Silva.
Vitorioso, em que pesem as p?imas condi?s da economia venezuelana e a queda abrupta dos pre? do petr?, ?a riqueza do pa? Ch?z declarou que “est?ssumindo a vanguarda da Am?ca Latina”. Na verdade, ele tem seguidores na Bol?a, no Equador e na Nicar?a. De Fidel Castro parece se sentir sucessor. Sua aproxima? com Cristina Kirchner ?vidente.
Ch?z lidera tamb?o Brasil? Se a pergunta pode parecer descabida e ferir os brios p?ios, recorde-se que Lula da Silva sempre fez campanha para o companheiro Ch?z, o chama de democrata, faz coro com ele contra os Estados Unidos, enquanto coloca o pa?de joelhos perante os chavistas Evo Morales e Rafael Correa, al?de se acocorar diante do governo argentino.
Ademais, em mat?a de estrat?a eleitoral, a usada por Lula da Silva ?em alguns aspectos, muito parecida com a do companheiro da boina vermelha: amplo uso do Tesouro nacional e da m?ina estatal, compra de votos atrav?das bolsas-esmola e propaganda enganosa intensiva de fazer inveja a Hitler.
Dif?l enfrentar tal poderio. Al?do mais, exceto vozes isoladas, n?existem reais oposi?s no Brasil. Portanto, ?e se perguntar: ser?ue estamos nos encaminhando para uma ditadura disfar?a de democracia? N?seria conveniente, que os 16% enviassem um SOS a Justi?Eleitoral? Afinal, a democracia ainda ? melhor forma de governo.
* Soci?a.