Brogui do presidente

07/05/2009
Demorei pr?osta, mas agora eu arumei um tempo pr?log?Pa? a sumana intera trabaiando dimais… Primeiro eu isperei o Armajineid?im pr?i visit?num veio e me deu um bolo. Fiquei sabendu que a capital do Iram ?er? Eu ia sugeri ao Armajineid?ue muda?o nome da capital para Tem. Ter??o futuro, e eles j?em. Tem intoleranssa contra os homisexual i os judeus, Tem imprenza controlada, Tem mui?e burca, Tem muitas otras coisza. Fiquei sabendo que ele queria mesmo fala cumigo sobri a radio atividade. Eu ia fala do caf?um o presidente! Em segundo fiquei sabendu que o presidenti Lugo vai vim mi visit?deve ta querendu conhec? bolsa familha e o pograma de distribuiss?de camizinhas… Mas quem eu recebi e?sumana foi o Jimmy Carto, o ex-presidenti dozestadus unidus. O Serra deu a ordem do ipiranga pra ele. Eu re?vi fa?mi?um dei ordi nenhuma, (ondi j?iviu um presidenti brasileiru da ordi ao presidente americanu) mas eu mostrei a disorde do planalto. Dispos fui ao Piaui ve as inchentes purque paci?e avi??umigo mesmo. Int?as disgra? A cupa dizo tudo ?o padi C? qui falo qui o sert?ia vir?ar i o mar ia vir?ert? Ele divia se branco dozoioazul! No Maranhaum quandu num sao os Sarney, saum as chuva! Asves acuntece os dois disastri juntos. Cum tanta catastrofi eu resolvi liber?eral Lula

Agência Folha

06/05/2009
JOÏ CARLOS MAGALHÅS da Ag?ia Folha, na Raposa/Serra do Sol ?dios da terra ind?na Raposa/Serra do Sol, no nordeste de Roraima, negociam uma parceria com o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) para aumentar a produ? agr?la da ?a. O CIR (Conselho Ind?na de Roraima) afirmou que foi procurado por representantes dos sem-terra no final do ano passado, logo ap? primeira fase do julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal), que confirmou a demarca? cont?a da reserva e determinou a sa? dos n??ios. A opera? de retirada come? na semana passada e deve durar 30 dias. Segundo Dionito de Souza e Djacir Melquior, do CIR, os sem-terra prop?dar assist?ia t?ica gratuita para desenvolver o plantio de arroz org?co --sem uso de agrot?os e sementes transg?cas. No m?passado, dois t?icos do MST do Rio Grande do Sul foram at? Raposa, onde avaliaram as condi?s para desenvolver esse tipo de cultura, j?raticada em larga escala pelos sem-terra ga?s. Tamb?deram uma esp?e de palestra para alunos de uma escola t?ica ind?na, dentro da reserva, e se ofereceram para doar sementes de arroz. Souza disse serem mil sacas. Melquior falou em 500. O pr?o passo do acordo, cuja data ainda n?foi marcada, deve ser a visita de uma comiss?de ?ios a assentamentos. Se as sementes forem doadas, um t?ico ir?t?oraima para assessorar sua utiliza?. Os l?res do CIR disseram que a rela? com os sem-terra n?ser?ol?ca e que o ?o objetivo ?jud?os a desenvolver economicamente a reserva, que tem 1,7 milh?de hectares. Nunca nos deixamos levar por ningu? afirmou Souza. N?estamos dando terra, disse Melquior. A presen?do MST em Roraima ?equena. A capacidade de os cerca de 20 mil ?ios sobreviverem sozinhos na ?a foi um dos principais argumentos usados para a perman?ia dos arrozeiros. Eles dizem ser os respons?is pela renda e infraestrutura do territ?. O governador do Estado, Jos?e Anchieta J?r (PSDB), disse na semana passada que a regi?se transformar?m um zool?o humano. Para Paulo C?r Quartiero, principal l?r dos fazendeiros, os ?ios voltar??dade da Pedra. Os ind?nas discordam e dizem j?er come?o um planejamento para se sustentarem e terem lucro com a terra. Para isso apostam na uni?e em recursos p?cos. Recentemente, criaram uma federa? para congregar as principais entidades. Quanto ao dinheiro, afirmam ter obtido a promessa de repasses de R$ 2,4 milh? at?010, por meio do programa Territ?s da Cidadania, do governo federal.

www.dcomercio.com.br

05/05/2009
http://www.dcomercio.com.br/especiais/2009/museu/home.htm.

Fernando de Barros e Silva - Folha

05/05/2009
SÏ PAULO - Para um governo que se empenha em misturar p?e circo, as comemora?s do 1º de Maio cumpriram a sua parte: entre shows e sorteios, sobraram palavras de elogio ao Estado nos eventos das centrais sindicais. Justo. Em 2008, elas receberam s? imposto sindical quase R$ 150 milh?livres de qualquer fiscaliza? (10% do que foi descontado de forma compuls? do trabalhador) -uma inova? do lulo-getulismo. Foi-se o tempo em que a CUT brigava para libertar o sindicalismo da tutela estatal e a For?pregava contra ideologiza? da pauta trabalhista pelo PT. Hoje est?unidas e satisfeitas sob o mesmo guarda-chuva, usufruindo o peleguismo de resultados. Reclamar do qu? Quem aproveitou para reclamar no 1º de Maio foi Lula, mas da hipocrisia dos que se levantam contra o descalabro do Legislativo. E por que decidiu comprar essa briga, desqualificando a justa indigna? do p?co? Defesa da democracia? Antes fosse. Lula ouviu um apelo dos amigos Jos?arney e Michel Temer, segundo quem a press?popular por compostura est?eixando muita gente insatisfeita no Congresso e isso cria riscos para o Planalto. Afinal, quem quer uma CPI da Petrobras, por exemplo? Uma m?suja a outra, por assim dizer. Os eventos do 1º de Maio nos d?um retrato polaroid do lulismo. N?se trata s? coopta? e aliciamento. Este ? governo do arrast? De Sarney a Paulinho, do Congresso aos sindicatos, dos usineiros (her?nacionais) ao MST, dos banqueiros ?assa miser?l do Bolsa Fam?a, dos empreiteiros (que ressuscitaram) ?ONGs que beliscam as bordas do Estado -todos parecem participar da nova comunh?nacional, uma esp?e de CarnaLula que prescinde de regras claras e tripudia da moral. Pai dos pobres, m?dos ricos. S?r pregui?mental ou m??lgu?ainda chama isso de esquerda. Reinven? do patrimonialismo com ganhos sociais, esse arremedo do getulismo tem data de vencimento e alto custo institucional. Quem ?ue vai pagar a conta?

Rogério Mendelski

05/05/2009
O Supremo Tribunal Federal (STF), por decis?do ministro-presidente Gilmar Mendes, suspendeu o curso de medicina veterin?a criado na Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) para assentados do programa de reforma agr?a. Tal curso era uma esp?e de Lei do Boi ao contr?o, ou seja, enquanto esta lei de 1968 tomou um vi?equivocado, privilegiando filhos de abastados fazendeiros, a que foi suspensa, no in?o da semana, poderia ser a “Lei” da Enxada, pois iria beneficiar os militantes do MST. A Lei do Boi foi revogada, anos depois, pelo absurdo nela contido e pelo isolamento dos estudantes ungidos pela quota “bovina” no meio acad?co. Num conv?o celebrado entre o Incra, a Ufpel e a Funda? Simon Bol?r, de Pelotas, tentou-se privilegiar os assentados e seus filhos atrav?de um processo de sele? que iria proporcionar o ingresso dessas pessoas em turma exclusiva. O curso de medicina veterin?a era de tal maneira direcionado aos simpatizantes e militantes do MST que a inscri? no processo seletivo estava condicionada ?ndica? do candidato pelo assentamento onde residia e com a anu?ia do superintendente regional do Incra. Gilmar Mendes fulminou a manobra dizendo que “tais dispositivos violam a Constitui?, que preconiza a igualdade de condi?s para acesso e perman?ia nas institui?s de ensino”. ?importante ressaltar que o STF s? manifestou porque foi provocado, depois que o Incra apresentou um recurso contra a decis?do Tribunal Regional Federal da 4ª Regi?que aceitara uma a? proposta pelo Minist?o P?co Federal do RS. Na a? do MPF foi sustentada a tese de inconstitucionalidade do curso “por afrontar o princ?o da igualdade ao privilegiar apenas um grupo”. O populismo universit?o que se procurou criar na Ufpel recebeu a seguinte li? democr?ca do ministro Gilmar Mendes: “Causa perplexidade a participa? do Incra e de ‘movimentos sociais’ na supervis?pedag?a. Ou seja, indiv?os n?pertencentes aos quadros universit?os poder?influir de forma decisiva no programa do curso a ser ministrado”. VETERINRIOS DO MST Mesmo que o MST n?tenha aparecido no conv?o assinado entre o Incra, a Ufpel e a Funda? Simon Bol?r, n?estaria impl?to que o movimento, informalmente, controlaria a sele? dos indicados para cursar medicina veterin?a? E surge outra d?a: para filhos de assentados n?seria mais interessante cursarem agronomia? Ou ainda: por que n?cursos de t?ico agr?la? O CURSO Caso vingasse, o curso de medicina veterin?a para os assentados do MST teria 60 vagas, todas preenchidas por alunos indicados pelas comunidades dos assentamentos, depois de uma sele? na pr?a Faculdade de Veterin?a da Ufpel. A indica? teria como crit?o a participa? e os interesses dos alunos nas atividades realizadas nos assentamentos. O CURR?ULO Seria bem diferenciado o curso para os militantes escolhidos para serem os futuros veterin?os do MST. Haveria uma abordagem interdisciplinar contemplando “aspectos bi?os (plantas, animais, organismos do solo), abi?os (clima e solo) e socioecon?o-culturais (economia, sociologia, antropologia) do meio ambiente rural, com vistas ?ua gest? O curso funcionaria em regime de altern?ia, composto basicamente de Tempo Escola (TE) e Tempo Comunidade (TC). AULA INAUGURAL Se o STF n?tivesse acabado com curso, n?seria exagero imaginar uma aula inaugural com o coronel Hugo Ch?z ou com o jur?ico Eduardo Galeano, depois que o catecismo da esquerda “As Veias Aberta da Am?ca Latina” voltou para as prateleiras das livrarias ao ser presenteado ao presidente Barack Obama pelo presidente da Venezuela.

Reinaldo Azevedo

05/05/2009
Est?confundindo pragmatismo com amoralidade. Essa hist? de que devemos nos fixar nas oportunidades de neg?s com o Ir?n?nas suas op?s pol?cas, ?oisa de vigaristas. E de vigaristas ideol?os: ou seja, o presidente do Ir?star?o Brasil, depois de amanh?justamente em raz?do motivo oficialmente negado: POL?ICA. O governo brasileiro quer demonstrar sua independ?ia. E agora tem ainda um falso pretexto para justificar sua simpatia pelos delinq?es: “Obama tamb?est?uerendo conversar com o Ir? Na Am?ca Latina, fazemos parte de um fant?ico grupo de amigos do Ir?que aceitam receber Ahmadinejad: Venezuela, Nicar?a, Bol?a, Equador... Se a conversa com Ir?tende a interesses estrat?cos do Brasil — seria preciso dizer quais —, importantes para o futuro, que se espere ent?o futuro... Ahmadinejad n?vem liderando um grupo de empres?os iranianos. Conversa mole! Ele vem falar em nome de um governo que persegue a bomba at?a, nega o holocausto e defende que Israel seja destru? — “varrido do mapa”, na sua simp?ca express? Nem o empresariado brasileiro, como lembrou Diogo Mainardi ontem no Manhattan Connection, quer papo com o financiador do terrorismo em Gaza, no L?no, no Iraque e mundo afora. N?fosse por tudo o que Ir?epresenta hoje, haveria uma quest?continental importante: receber Ahmadinejad ?ingir as m? com o sangue das 85 v?mas do atentado terrorista de 1994, na Argentina, conta a sede da Associa? Mutual Israelense Argentina (AMIA). Mais: as palavras de Ahmadinejad prescindem de interpreta?. Elas s?muito claras. Foram pronunciadas recentemente na ONU de forma inequ?ca — ironicamente, numa reuni?que discutia formas de combater o racismo; aquela, voc?sabem, para a qual o Brasil levou um grande trem da alegria. A prop?o: quando a imprensa vai se interessar pelas passagens a?as e estadias do Executivo, hein? O mantra do nosso tempo, em nome de uma nova pol?ca externa, ?gnorar o que cada delinq?e faz em seu pr?o pa? ? Curiosamente, o Brasil vota sistematicamente contra Israel, mas ?ens?l ao discurso de humanistas como Ahmadinejad ou Omar el-B?ir, o genocida que governa o Sud? Finalmente, o argumento de que n?se deve levar a s?o a ret?a extremista de Ahmadinejad tem um fundo essencialmente imoral. Quer dizer que ele realmente precisaria cumprir as suas amea? e realmente destruir Israel para que o Brasil o repudiasse? Ele que est?entando, n??Quando financia os terroristas do Hamas e do Hezbollah e os que atuam na Tr?ice Fronteira, est?e dedicando a essa nobre tarefa. E tamb?quando se empenha em ter a bomba at?a. N??ara se defender que ele a quer. Defender-se de quem? A visita ?njustific?l e indecorosa. Observem que o terrorismo come?a ser aceito como um modo leg?mo de fazer pol?ca e como um fato consumado. PS: Ah, sim: o governo iraniano chegou a anunciar o cancelamento da visita de Ahmadinejad e depois cancelou o cancelamento... Tudo com a seriedade e o rigor habituais de quem visita e de quem ?isitado.

Jayme Copstein

05/05/2009
Pergunto a v?as pessoas se, por algum milagre, Hitler ressuscitasse e visitasse o Brasil – o que elas fariam? As respostas, em sua maioria, surpreenderam-me mais pela infantilidade que pelo ineditismo, algumas delas n?mencion?is ?esa das refei?s. De repente, troco a pergunta e pergunto o que elas far?amanh?quando a vers?atualizada de Adolf Hitler – Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Ir? visitar o Brasil, acolhido com pompas de estadista, gra? ?ol?ca internacional caolha que consiste, segundo o pr?o Itamaraty, em tapar o nariz, desde que haja perspectivas de bons neg?s. As pessoas ficam perplexas diante da pergunta, como ficaram, outrora, os contempor?os de Hitler, que nele s?am quando muito um demagogo amalucado, mas inofensivo por ser de f?l controle. No entanto, hoje, ?ais s imples fazer alguma coisa. Se algu?n?se dispuser a se incorporar ao protesto p?co de democratas, de entidades de defesa dos direitos humanos, de evang?cos, de judeus, de homossexuais, de feministas – em Porto Alegre, ser?a Esquina Democr?ca – basta enviar mensagens pela internet para o Pal?o do Planalto e para o Minist?o de Rela?s Exteriores Mahmoud Ahmadinejad traz um curr?lo bem mais fornido que o de Hitler no pref?o da II Guerra Mundial: com as mesmas ideias, arma um apocalipse nuclear. Se Hitler, depois, achava que o povo alem?n?merecia sobreviver a ele em caso de derrota, Ahmadinejad cr?ntecipadamente ter algumas d?s de virgens ?ua espera no outro mundo, mesmo que neste n?sobre ningu?para proclamar que Al? Al? Maom?eu maior profeta. Estes s?os fatos. Quem pensar que nada t em a ver com eles, lembre-se de uma mensagem do pastor Martin Niemoeller, pouco antes de ser preso nos idos de 1940, na Alemanha nazista: Primeiro eles vieram buscar os comunistas. N?falei nada, pois n?era comunista. Depois, vieram buscar os judeus. Nada falei, pois n?era judeu. Em seguida, foi a vez dos oper?os, membros dos sindicatos. Continuei em sil?io, pois n?era sindicalizado. Mais tarde, levaram os cat?os, e nem uma palavra pronunciei, pois sou protestante. Agora, eles vieram me buscar, e quando isso aconteceu, n?havia ningu?para falar. Quem se omitir, est?eservando lugar na fila.

Érico Valduga, em Periscópio

04/05/2009
O sindicato dos professores estaduais saiu da casinha de vez, ao substituir o debate da lament?l situa? da educa? pelo ativismo ideol?o N?parece a voc?que ocorre com o Cpers o mesmo que aconteceu com o movimento dos sem-terras? Assim como este deixou de representar a prega? pela reforma agr?a, para se transformar em entidade paramilitar que recorre ?iol?ia, ao invadir e destruir propriedades, e at?raticar homic?os, como se viu no caso recente do Par?aquele usa a educa? como mote para alcan? um objetivo pol?co-partid?o, que ?entar derrubar um governante eleito pela maioria da sociedade rio-grandense, e de quem at?gora n?se comprovou nenhum ato ilegal. Em consequ?ia, os dois movimentos tem em comum um apoio cada vez menor na opini?p?ca, e, sintom?co, tamb?nas categorias de trabalhadores que dizem representar. Quem acompanhou o encontro de menos de 500 professores (s?80 mil) na quinta-feira, no Gigantinho, ficou impressionado com a viol?ia verbal dos oradores, a indicar que os representantes sindicais daqueles funcion?os p?cos que pagamos para educar os nossos filhos perderam o senso de realidade. Quando, na hist? do Rio Grande, um governador foi acusado publicamente de autoria de corrup?, mentira, falcatrua e outras imputa?s infamantes – sem a menor prova? N?satisfeitos, os que deveriam dar exemplos de limites no comportamento deixaram o est?o e repetiram as agress?no percurso da passeata que promoveram at? Pal?o Piratini, ent?com o n?o de manifestantes engrossado por outro tanto de dirigentes sindicais de diversas classes e estudantes cooptados. Estes servidores agressivos, quase raivosos, est?a ponto de perder a cabe? pois o foco j? perderam. Nenhum cartaz ou faixa por eles portados na manifesta? referia a prec?a situa? do ensino no Estado, que h?ouco saiu do Enem (Exame Nacional do Ensino M?o) ainda mais rebaixado na qualidade da educa? prestada com o dinheiro de todos, a despeito do pequeno n?o de escolas que dele participaram. As palavras de ordem n?inclu?m provid?ias ou sugest?de como melhorar a educa?, ou, que fosse, explicar o fundamento do pouco razo?l pedido de 27% de aumento salarial, ante um ?ice oficial de infla? de 6%, e ap?ome? a receber os 22% da Lei Britto. Est?isto que, se a urgente melhora nos padr?do ensino ga? depender deles, estamos ferrados.

Nivaldo Cordeiro

04/05/2009
Quando o Olavo de Carvalho reformulou o MSM, propondo retomar sua proposta original de ser um p?vigilante contra a tomada dos meios de comunica? pelos esquerdistas a soldo da revolu? gramsciana, imediatamente me coloquei ?isposi? para ficar de olho no Estad? Descartei a Folha de S?Paulo porque este jornal por muito tempo foi objeto de meus coment?os e ?uito previs?l. Seus articulistas, t?descaradamente militantes, mereceram muitas notas minhas no passado. Ser o m?a watch da Folha de S?Paulo daria fartura de material, mas seria muito repetitivo, choveria no molhado, algo muito enfadonho. O desafio que me dei foi olhar o Estad? tido e havido por toda gente como o di?o conservador por antonom?a. Leio-o habitualmente h?nos e sabia que essa imagem ?alsa, que por detr?da casca conservadora seus editores n?apenas s?companheiros de viagem dos revolucion?os, mas tamb?transformaram o jornal?em fachada para manipular a opini?p?ca, especialmente a elite financeira e intelectual que o l?Era o desafio que eu queria. Muitas vezes a sutileza da manipula? das not?as ?e tal ordem que s?gu?como eu, que est?reinado para esse tipo de atividade, ?ue poderia faz?o. Entendi que seria essa a melhor contribui? da minha parte para o grande projeto do Olavo. Devo dizer-lhe, meu caro leitor, que essa tarefa muito tem me agradado, ?m si mesma gratificante e os resultados t?sido muito bons. Notei at?ue os editores agora t?sido mais cuidadosos na sua a? de manipula?, vez que sabem que estamos de olho no lance. Mas hoje resolvi ter uma reca? e quero comentar o jornal do Frias. Ser?ma fria? Nem tanto. Pode ser redundante, mas tem tamb?um lado divertido. Por primeiro, quero dizer que os editoriais principais do jornal em geral t?sido isentos e corretos nas cr?cas, exceto naquilo que tangencia as causas politicamente corretas abra?as por aquela casa editorial, como a milit?ia gay e o ativismo keynesiano da pol?ca econ?a. O que surpreende, devo dizer. A Folha, no espa?editorial, tem mantido um distanciamento cr?co do governo Lula. Em compensa?, a p?na 2 sempre foi o para? dos campe?revolucion?os. Cadeira cativa dos mesmos propagandistas que por anos e anos t?deformado a opini?p?ca paulista e brasileira. A edi? de hoje ?aradigm?ca, mas poderia ser a de ontem ou a de amanh?Irrelevante qualquer delas pela mesmice. Vejamos o que temos hoje, portanto. O dinossauro Clovis Rossi, que ultimamente tem batido no PT por n?ser suficientemente coerente na a? de governar, intitulou assim sua coluna: “A f?ica de desigualdade’. Para qualquer observador o t?lo j?astaria para ver a m??ilitante do jornalista. Desigualdade, esse mantra doentio da esquerda, vem desde as patifarias escritas por Rousseau, est?resente em tudo e tem a pretens?de dar superioridade moral no debate aos seus defensores, como se a tese em si n?fosse um absurdo, uma mistifica? il?a. Ele mesmo se declara como o chato militante contra a desigualdade. Disse-o bem: um chato. Discorrendo sobre o Exame Nacional de Ensino M?o, ele conclui do nosso sistema escolar: “Consequ?ia inexor?l: o filho do rico tem mais possibilidades, tamb?pela educa?, de continuar rico ou ficar mais rico, enquanto ao filho do pobre o que se oferece ?ma grande chance de perpetua? da pobreza -e, por extens? da desigualdade com o concorrente rico”. Nessa frase est?ontido todo o veneno que um socialista militante e propagandista da causa poderia inocular no leitor. O fim da leitura de algu?desavisado pode coincidir com uma explos?de raiva contra a ordem capitalista, a propriedade privada e tudo aquilo que n?for da cartilha socialista. Claro, tudo baseado em premissas falsas e no desconhecer maquinado da realidade como ela ? Abaixo a coluna da Eliane Cantanh? (“Fr?l esbo?de rea?”). ?um texto ainda mais venenoso. Temos visto nos ?mos meses uma sistem?ca campanha por parte da esquerda revolucion?a de desacreditar os dois pilares b?cos da democracia, o Congresso Nacional e a Justi?independente, especialmente na figura do atual presidente do Supremo Tribunal Federal. Chegaram at? ensaiar pedido de impeachment de Gilmar Mendes. Claro, ambos os poderes t?seus erros e desacertos, mas eles s?a garantia do Estado de Direito, da liberdade, da ordem constitucional que se baseia na separa? de poderes. Eliane hoje serviu de ve?lo para informar ao p?o que a campanha de descr?to n??e autoria de PT: “C?ara n?Lula nunca se identificou com o Congresso nem valorizou a sua import?ia. Mas setores do governo, ?rente o ministro da Justi? Tarso Genro, j?e mobilizam para tentar neutralizar o preocupante n?l de desgaste do Legislativo”. Algu?acredita que esse Tarso Genro se preocupa com o Congresso? Algu?s?o ignora que ele est?a linha de frente da montagem no estado policial no Brasil, tendo aparelhado a Pol?a Federal para isso? Algu?se ilude que ele ?digamos assim, a ala combatente da revolu?? Essa ? tipo de a? sopor?ra que transforma em not?a a mentira mais deslavada. Obviamente que uma nota dessas foi devidamente encomendada, sen?por terceiros, pela alma deformada da distinta autora. Mais abaixo, a coluna do Carlos Heitor Cony (“Dona Dilma”). Anci?comunista, Cony nunca perde a viagem. J?elo t?lo v?e o engajamento na campanha presidencial da Dilma, disfar?o de coment?o isento. “Inevit?l um coment?o sobre a principal not?a da semana, que deu louv?l transpar?ia ?oen?da ministra Dilma Rousseff”. A m?ina de propaganda est?osta em movimento para transformar o infort? da doen?da candidata do governo em seu oposto, um instrumento de angariar voto e cativar simpatia. Sempre que abro um jornal com texto do Cony o fedor sobe. ?podre. Paro por aqui. Escreveria um livro volumoso se fosse pegar no detalhe cada um dos textos. Ningu?poder?izer que n?falei da Folha de S?Paulo. www.nivaldocordeiro.net