• Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 12 Agosto 2022

Gilberto Simões Pires

 

INEFICIENTE, INCOMPETENTE E CORRUPTO

Mais do que sabido, em qualquer sociedade, quando os escolhidos para ADMINISTRAR os negócios dão claras e inequívocas demonstrações de INCOMPETÊNCIA, isto já seria o bastante para que nunca mais viessem a ser contratados. Agora, se além da flagrante INCOMPETÊNCIA os -administradores- também fossem pegos com as MÃOS E PÉS NA BOTIJA, deixando rastros nítidos e comprovados de ROUBOS INCALCULÁVEIS para a sociedade, aí, de sã consciência, seria inimaginável que alguém viesse a propugnar pela recontratação de quem provou que, além de INEFICIENTE e INCOMPETENTE também é CORRUPTO. 

CEITEC

 

Deixando de lado, sem esquecer jamais, os terríveis casos de CORRUPÇÃO, que de antemão se transformaram em MARCA REGISTRADA dos governos Lula e Dilma -petistas-, vale a pena recordar, na tentativa de convencer os apaixonados por bandidos, um dos emblemáticos casos da mais pura INCOMPETÊNCIA administrativa. Para quem não sabe, ou não acompanha, a CEITEC S.A, uma ESTATAL fundada em 2008, não ficou conhecida como uma empresa voltada para a -produção de chips de automação-, mas para empregar petistas e dar PREJUÍZOS IMENSOS. 

PARA ALÍVIO DOS PAGADORES DE IMPOSTOS

 

A CEITEC, na realidade, além de empregar cerca de 180 funcionários se notabilizou por apresentar PREJUÍZOS. Assim, em junho de 2021, o governo Bolsonaro decidiu aliviar o bolso dos -pagadores de impostos- e para tanto decidiu pelo fechamento da CEITEC. Tal decisão foi baseada nos relatórios da estatal, que entre os anos de 2010 e 2018 recebeu cerca de R$ 600 MILHÕES do governo federal, e durante a sua existência gerou um prejuízo de R$ 160 milhões. Que tal? 

MINISTRO VITAL DO RÊGO, DO TCU NÃO ESTÁ CONVENCIDO

 

Pois, nem mesmo as gritantes comprovações de INCOMPETÊNCIA foram capazes de liquidar o quanto antes a fúnebre CEITEC, que desde o dia 14 de junho de 2021 até hoje, segue existindo tal qual um fantasma público. Vejam que quase um ano após suspender o processo de extinção da Ceitec, o TCU adiou para setembro próximo o julgamento que -pode- res18ultar na retomada da liquidação da estatal. O pedido de vista foi solicitado nesta semana pelo ministro Vital do Rêgo. No ano passado, quando a liquidação foi suspensa, Rêgo disse que o processo de desestatização da Ceitec deveria ser paralisado para que o governo pudesse "melhor" justificar o atendimento ao interesse público. Pode?

PROVA DE ABSOLUTA INCOMPETÊNCIA

Vale registrar, para que não paire dúvida, o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) recomendou a extinção da Ceitec em junho de 2020, e o decreto presidencial que oficializou a decisão foi publicado em dezembro daquele ano. O processo de liquidação envolve a transferência de projetos e patentes da empresa para uma Organização Social, a ser criada. Volto a insistir: a CEITEC, para provar o quanto é uma ideia de quem adora mostrar absoluta INCOMPETÊNCIA, sempre foi dependente do Tesouro Nacional - ou seja, precisa de recursos do Orçamento para bancar despesas correntes e salários. Que tal?

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  • Afonso Celso
  • 11 Agosto 2022

Leitura oportuníssima nestes dias cabulosos!

 

Afonso Celso

No trecho abaixo, extraído do livro com mesmo título (clássico de nossa literatura), o autor escreve, em 1900, sobre a Independência do Brasil.

Ao embarcar para a Europa, em Abril de 1821, confia D. João VI ao príncipe D. Pedro a administração e governo supremo e provisório do reino do Brasil. A 23 de Maio do mesmo ano, decreta D. Pedro a liberdade de imprensa, antecipando, por esta e outras medidas, o regime constitucional. A 9 de Janeiro de 1822, declara permanecer no Brasil, em desobediência formal à imposição das cortes portuguesas. A força armada de Portugal, existente no Rio, busca prender D. Pedro e embarcá-lo à força.

É D. Pedro quem, empregando máxima energia, disposto à luta material, constrange a divisão lusitana a render-se e a embarcar. A 16 de Fevereiro, convoca para se reunir no Rio um conselho de procuradores gerais de todas as províncias brasileiras. A 21 do mesmo mês, proíbe a execução no Brasil, sem a sua sanção, de ordens e leis daquelas cortes. A 3 de Junho, convoca uma assembleia legislativa e constituinte incumbida de organizar a constituição pela qual devesse reger-se o continente brasileiro. Finalmente, a 7 de Setembro, nas margens do Ipiranga, proclama a inteira separação da antiga metrópole. A separação foi, pois, o resultado de longa série de grandes atos, denotadores de energia, perseverança e civismo nada vulgares.

Não se ultimou essa separação sem luta e derramamento de sangue. O Brasil armou-se, formou exército e esquadra, contratou oficiais estrangeiros quais Cochrane, Mariath, Norton, Taylor, Greenfeld e Labatut. Feriram-se combates em terra e no mar. D. João VI envia emissários a D. Pedro que recusa recebê-los e os obriga a regressarem, devolvendo as cartas do pai. Portugal solicita a mediação inglesa, no intuito de terminar-se a guerra. Graças a essa mediação, celebra-se a convenção de 29 de Agosto de 1825, em virtude da qual Portugal reconhece a independência do Brasil. Fizeram-se concessões mútuas na convenção, cedendo o Brasil à vantagem de ser reconhecido por Portugal, a fim de que as mais nações da Europa também o reconhecessem. A prova de que o tratado não nos era infenso está na indignação pública que levantou em Portugal, obtendo a custo o gabinete inglês a ratificação.

Como o Brasil se obrigara a pagar dois milhões de libras esterlinas, ou melhor, assumira a responsabilidade de um empréstimo dessa quantia, contraído por Portugal em Londres, acoimaram alguns oposicionistas o tratado de carta de alforria, afirmando que compramos a nossa independência. Excessos de linguagem injustos e injustificados!

Proveio aquele compromisso de um ajuste de contas, tendo por fim extinguir reclamações de parte a parte. Representou o valor de palácios e outras propriedades particulares de D. João VI no Brasil. Com a separação, apoderara-se este de parte do patrimônio até então comum. Ficaram, demais, pertencendo ao Brasil, mediante a obrigação referida, mercadorias sequestradas, embarcações surtas nos portos, prédios rústicos e urbanos, navios apresados em alto mar, numerosos vasos de guerra. A continuação da campanha teria custado mais. Porém, objetar-se-á, poderia o Brasil vencer afinal e nada pagar.

É exato. Honra lhe seja, entretanto, ter preferido, no começo de sua existência nacional, não fazer questão de dinheiro, praticando para com a velha mãe pátria empobrecida e fraca um ato de honestidade ou cavalheirismo.

*       Afonso Celso foi escritor, poeta, historiador e um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, designado Conde de Afonso Celso pelo Papa Pio X.

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  • Adriano Marreiros
  • 11 Agosto 2022

Adriano Marreiros

 

Tenho que aproveitar enquanto ainda há algum resto de Liberdade.

Bandeira idolatrada

Altiva a tremular

Onde a liberdade

É mais uma estrela

A brilhar!

Fibra de herói: Barros Filho e Guerra Peixe

 Estou fora de data, mas precisei escrever urgente.  E tenho que aproveitar enquanto ainda há algum resto de Liberdade.

Curto Rock, curto Jazz, curto Blues.  Os  dois últimos eu conheço e ouço menos do que deveria e, pra conhecer e ouvir mais, fui à Redenção, ontem de manhã, com Nanda, para ouvir um pouco.  E sim, conheço os... perigos da Redenção...

Encontramos lá o Átrio e a Rachel, como combinado, curtimos boa música e resolvemos ir almoçar uma boa carne, antes que nos proíbam. No caminho pro nosso carro, Nanda vê umas bijuterias interessantes num quiosque e me pergunta qual eu achava mais bonita.  Como costuma ocorrer, sugeri uma e, logo,  ela disse preferir outra. 

Háháhá, devia ter feito psicologia reversa...  Antes, porém, que ela comprasse, a senhora que nos atendia ofereceu uma realmente bela: era de um verde e amarelo lindos, Imperiais, bem Bragança e Habsburgos.  Creio que até uma Imperatriz usaria...

Imediatamente disse:  “Leva este, Nanda: é das cores da Bandeira!!”.  A tal senhora fez cara de nojo.  Engraçado... sei como é essa turma do Bonfim, tanto que mencionei conhecer os perigos, mas eu não tinha falado nadinha de política. E mais, não defendi sequer os verdadeiros valores – não tinha defendido a vida dos inocentes desde a concepção, não tinha defendido a punição de bandidos, não tinha defendido a Liberdade de expressão, não tinha defendido a posse de armas pelas pessoas de bem, não tinha criticado as agências de left checking, não tinha criticado grandes episódios de corrupção, não tinha defendido valores judaico-cristãos: nada disso! Nada!  Eu só tinha elogiado as cores por serem as da Bandeira de nosso país.

Mas não me intimidei – Vô Josino já dizia que “cara feia pra mim é fome” – e complementei o que estava dizendo:  “É o verde e amarelo da Bandeira, do Brasil e mais, em tons imperiais.  Parece o que nossos Imperadores usavam”.  À medida que eu elogiava, mais ela fechava a cara, mas, como não queria perder a venda, embalou o produto e passou o cartão, chegando a ensaiar um pretenso projeto de sorriso, um sorriso amarelo, mas de uma amarelo feio, anêmico, não belo como o do colar e da Bandeira: e olha que nem mostrou os dentes.

Pegamos então o carro e fomos encontrar Átrio e Rachel na Texas Fumaçaria, que adoro por dois motivos: primeiro porque tem no nome o Estado americano[1]  mais admirável, onde o cidadão está acima do Estado, onde os valores são mais cultivados, onde a Bandeira nacional americana é amada  e respeitada.  Segundo, por causa daquele sanduiche maravilhoso de Brisket que não tem mais em lugar nenhum.

Entre uma e outra lambuzada de um sanduiche que não se pode comer impunemente (de terno, nem pensar) meus pensamentos me levaram à lembrança do torpe e asqueroso regime nazista.  Se não me engano, eles nunca chegaram a mudar oficialmente a bandeira da Alemanha, mas, na prática, em qualquer ocasião, só usavam a do partido.  Mas, mesmo que eu esteja enganado: o fato é que substituíram a Bandeira de uma Nação pela bandeira de um partido... e impuseram o partido único, uma única opinião, desarmamento civil, o genocídio étnico e de opositores e outros horrores.

É esse tipo de perigo que mais me preocupa quando lembro daquele esgar de nojo.

Não temais ímpias falanges,

Que apresentam face hostil:

 Vossos peitos, vossos braços

São muralhas do Brasil.

Vossos peitos, vossos braços

 Vossos peitos, vossos braços

São muralhas do Brasil.

Hino da Independência.

D. Pedro I e Evaristo da veiga

 *          O autor é mestre em Direito, membro do Movimento Contra a Impunidade (MCI) e do Ministério Público Pró Sociedade (MP Pró Sociedade), autor de “2020 D.C., Esquerdistas Culposos e Outras Assombrações” e de “Hierarquia e Disciplina são Garantias Constitucionais”.

 **        Publicado originalmente no portal Tribuna Diária, em https://www.tribunadiaria.com.br/ler-coluna/1565/gente-com-nojo-da-bandeira.html

 

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  • Fernão Lara Mesquita, em O Vespeiro
  • 10 Agosto 2022

Fernão Lara Mesquita, em O Vespeiro

 

Foi passando, foi passando, e já ficou tarde. Mas ainda acho que vale uma reflexão, especialmente neste país fissurado na gritaria ôca da "defesa da democracia".

Aiman Al-Zawahiri, o segundo homem da Al-Qaeda abaixo de Osama Bin Laden de quem foi o médico particular, era egípcio. Em 1981 foi preso e solto por falta de provas em conexão com o assassinato de Anwar Sadat, presidente de seu país e Nobel da Paz por ter cessado a guerra multimilenar contra os odiados judeus. Entre as carnificinas a que está ligado estão a primeira tentativa de derrubar o World Trade Center com um caminhão de explosivos no subsolo em 1993, o assassinato a faca de 62 turistas em Luxor em 1997, a explosão das embaixadas americanas do Quênia e da Tanzania em 1998 com 213 mortos e mais de 5.500 feridos, o atentado contra o USS Cole da marinha americana em 2000 com 17 mortos. Estava no desenho e na execução do 11 de setembro com 2.996 mortes. E também na do massacre de 12 dos cartunistas e redatores do Charlie Hebdo em Paris em 2015.

Ao fim de mais de 20 anos de espera e persistência os serviços secretos americanos localizaram Al-Zawahiri na Cabul desocupada, Afeganistão, onde tinha o hábito de ler por algumas horas todos os dias numa determinada varanda.

A justiça entrou pela janela (quebrada na foto).

A diferença real entre democracia e anti-democracia, civilização e barbárie, está, por exemplo, em gastar bilhões de dólares e anos de estudo para desenvolver um "míssil" que não carrega explosivos capaz de matar um celerado cirurgicamente, "a bisturi", a milhares de quilômetros de distância num país inimigo, sem ferir, nem qualquer de seus parentes e acompanhantes, nem mesmo os seus guarda-costas na casa em que se escondia, ao fim de uma caçada que começou ainda antes do 11 de setembro de 2001 para "bring to justice" o terrorista que atira Boeing's lotados contra edifícios de mais de 100 andares cheios de avós, de pais, de mães, de filhos e de netos de gente que ele assassinou sem sequer saber quem eram.

E tudo para provar que o crime não compensa, que a Justiça tarda, mas não falha, e que existe, sim, uma enorme diferença entre o ódio cego e coletivo e a responsabilidade individual.

Um exemplo extremo, mas definidor e definitivo.

São "sutilezas" como esta que não interessa ao Brasil Oficial, que ocupa as telinhas a partir dos "jornais nacionais" do horário de quem dorme tarde em diante e "narra" ou distribui ele mesmo navalhadas no escuro, pegue em quem pegar, "em nome da democracia", destacar para o Brasil Real, aquele dos programas do final da tarde que se dividem entre os necrotérios sórdidos onde desfilam as mães ululantes dos assassinados pelo descaso e pela impunidade no favelão nacional onde a vida não vale nada e os pastores televisivos que vivem da desesperança absoluta de haver justiça, um dia, onde não há democracia hoje.

*         O autor é jornalista

**       Publicado originalmente em O Vespeiro

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  • Alex Pipkin, PhD
  • 08 Agosto 2022

Alex Pipkin, PhD


Faz poucos dias, morreu João Paulo Diniz, filho do empresário Abílio Diniz.

João Paulo, segundo consta, era um esportista e possuía um estilo de vida bastante regrado, o que não foi suficiente para evitar uma morte aos 58 anos.

Logo após a notícia, comecei a ler uma série de posts e mensagens alertando e sugerindo que deveríamos “viver a vida”, gozando de seus prazeres imediatos, vinculados a comidas, bebidas, viagens e outros tipos de desejos. O “racional” é de que a morte está sempre à espreita.

Fiquei pensando que embora a mensagem seja sedutora, parece-me que esse é um dos grandes problemas do pensamento “pós-moderno e progressista” mundial.

No entanto, sob o ponto de vista histórico, não há dúvidas de que na América do Sul, vis a vis a Europa e aos EUA, a lógica curtoprazista sempre foi o “modus operandi”.

E aí é que sempre habitou o perigo! Não há crescimento e progresso sólido e sustentado sem a construção do futuro, que necessita ser realizado a partir do presente, o que implica em certa renúncia dos desejos presentes, a fim de construir e se beneficiar no longo prazo.

Em outras palavras, é preciso trabalhar, planejar, economizar, e edificar um futuro mais inovador e melhor.

Na inovação, raramente existe o “momento Eureka”, as inovações demandam várias tentativas e muita persistência.

Viver “loucamente” a vida no presente, é sensacional para livros e para roteiros de filmes.

Tanto no aspecto individual como no empresarial, é singelo perceber como a questão temporal importa e é decisiva.

Tristemente, não é a regra, mas quantas pessoas abandonam os prazeres imediatos da vida, para investirem numa formação universitária, por exemplo, visando obterem maiores benefícios futuros?

Quantos empresários investem os ganhos nos seus negócios, com o objetivo de gerar mais diferenciais competitivos para construir uma posição competitiva mais vantajosa no futuro?

Evidente que não é uma tarefa fácil. Confesso que por “n” motivos também fraquejei, em algumas situações, nessa questão. Penso que quanto mais jovens somos, em razão da pouca “janela” que possuímos, mais frágil é o nosso autocontrole e a nossa preocupação com o longo prazo. A cegueira se apossa de nós.

Como sempre os incentivos importam, e a própria “qualidade” de nossas instituições depende da orientação temporal, aqui sendo de pior qualidade justamente pela despreocupação com a construção de um futuro melhor para todos.

No país do carnaval, os incentivos são contrários ao investimento no futuro, aquele que induz as pessoas a trabalhar, economizar e investir numa vida melhor no futuro.

Nessa terra, a procrastinação na implementação de políticas públicas de sedimentação de um futuro promissor é fundamental para que os donos do poder e da democracia continuem explorando e se apropriando da riqueza gerada pelos seus reais criadores.

Nesse país, a orientação curto-prazista, similarmente, evoca a busca de “salvadores da pátria”, que compram a alma popular em troca de migalhas, mesmo que isso custe o futuro de gerações de brasileiros.

Até mesmo no país berço das liberdades individuais e econômicas, os valores virtuosos pilares do crescimento e do progresso, têm sido abdicamos em nome do total gozo do presente. Narrativas populistas, “progressistas” e insensatas alardeiam mensagens do tipo “você pode ser quem você quiser”, “viva somente o presente”, “faça tudo o que quiser agora”, entre outras, demonstram a ênfase na estipulação de um pensamento de curto prazo nas populações.

Na Terra do pau brasil, Macunaíma também era guiado pelo prazer e pelo oportunismo. Evidente que o medo imperava.

No conhecimento econômico lógico, a orientação de longo prazo também é um componente essencial para o desenvolvimento econômico e social.

Penso que se os incentivos não forem transformados para que as pessoas passem a ter a capacidade de pensar e de avaliar os impactos no longo prazo - ironicamente o ensino brasileiro valoriza e estimula o gozo no presente -, continuaremos sendo vítimas de populistas, corruptos, ladrões e despreparados, que não roubam apenas dos cofres públicos, mas que sequestram nossa felicidade e nosso futuro.

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  • Jose Mauricio de Barcellos
  • 07 Agosto 2022

Jose Mauricio de Barcellos

 

Nestes meus setenta anos de vida com mais de cinquenta de vivência da política nacional a partir do meu estado natal, o Rio de Janeiro, nunca havia vivenciado a existência de um cerco social, político, econômico e jurídico tão perverso, vulpino e soez, como vem sofrendo Presidente eleito desde sua posse.

São poucas, mas marcantes, as lembranças que guardo da forte campanha contra Getúlio Vargas e o “Getulismo” que, revelando o mar de lama que corria debaixo da sede do governo da União, o Palácio do Catete, terminou por levá-lo ao suicídio, pondo fim dessa forma trágica a uma época da nossa história.

Assisti toda luta da antiga e velha República para se manter no poder – que afastou os Presidentes Café Filho, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e João Goulart – dando lugar aos governos civil-militar que, por sua vez, nas décadas de 60 e de 70 nos livraram do comunismo ateu e assassino, evitando a implantação no País de uma ditadura do proletariado.

Aqui a coisa esteve realmente séria e a luta de vida ou morte que se travou contra a vermelhada comprada pela antiga União Soviética e por Cuba, conquanto tivesse sido dura e sangrenta como poucos tiveram conhecimento, nunca foi tão direta e determinada contra as figuras dos Presidentes da República da época, contra suas famílias e equipe de ministros, como hoje se constata em relação ao Presidente Bolsonaro.

Falando genericamente e sem pretender mergulhar em um estudo sociológico que não cabe no âmbito destes comentários, forçoso é concluir que a causa principal desta mudança dramática de procedimento, desde a época dos militares para esta parte, reside no fato de que, em nossa sociedade, o poder apodreceu e a elite que, no geral, sempre foi pior do que o povo tornou-se mais desprezível ainda.

Antes tínhamos uma classe política aproveitadora, preguiçosa e usurpadora, mas não era composta de bandidos, de ladrões e de assassinos, na sua maioria. Hoje, pelo menos até o advento da “Nova Ordem Brasileira” quando tudo mudou bastante, o que havia sobejado era uma classe política abjeta, integrada pelo que há de pior em nossa sociedade e muito bem exemplificada pela figura ignóbil do “Ogro Descondenado”, o maior ladrão da coisa pública da história contemporânea.

Antes tínhamos um Poder Judiciário, liderado pelos Tribunais Superiores que se constituíam de magistrados tidos e consagrados como cientistas do direito e como exemplos de honradez, de dignidade e de competência para os togados no País inteiro, tanto quanto para a digna comunidade dos operadores do direito. Hoje, depois de tudo ultrajado na era do social-comunismo das quadrilhas de FHC a Temer, o que temos são instituições marginais, odiadas pelo povo, como um dia proclamou o corajoso jurista Modesto Carvalhosa.

Antes tínhamos uma parcela do poder nas mãos de uns poucos sanguessugas do suor de nossa gente, sempre abraçados pela intelectualidade vassala de seus feitiços e viciada em suas benesses. Hoje a luta é para se impedir a volta ao Planalto ou ao centro do poder de uma horda de banqueiros, de rentistas, de financistas e de empresários do atraso e da roubalheira, com os quais os “Contras” e os Terceiroviistas” conviviam alegremente em face dos benefícios que recebiam, fechando os olhos para o mal que faziam à Pátria em que nasceram.

Toda essa gente dos demônios, que sangra diariamente o Presidente de milhões de brasileiros e ultraja esta Terra de Santa Cruz, que é responsável pela instabilidade dos tempos de agora, que não aceita viver sem corromper, sem roubar ou, no mínimo, viver à custa da máquina governamental vai “fazer o diabo”, como proclamou a “Anta Guerrilheira” para tomar o poder na mão grande e não no voto, como petulantemente proclamou o bandidaço Zé Dirceu e repinicou um seu esbirro na Suprema Corte, o tal ex-defensor do terrorista sanguinário Cesare Battisti e discípulo do vigarista estuprador, João Teixeira (João de Deus).

Toda esta carnificina, contra Bolsonaro e sua gente, na qual se nutre e se banha a imprensa dos Barões das Comunicações, não vai parar até as eleições de outubro próximo e, depois dessa, enquanto o povo não se dispuser a se valer do verdadeiro poder que a Constituição da República colocou em suas mãos.

Posto que somente o povo de um País seja o senhor de seu destino, eu prazo aos Céus que nossa gente ponha a ferros todo esse sofrimento, conclamando aos patriotas que continuem fazendo cada um a sua parte.

O lamentável é que em virtude deste cabo de guerra que a Nação Verde e Amarela se vê na obrigação de puxar contra a vermelhada delinquente, quem mais sofre é a população antes vitimada pelas quadrilhas dos governos anteriores e de quem se continua surrupiando até as informações sobre as fantásticas realizações deste governo, no campo da economia e no social, para impedir a esperança que nasceu com Bolsonaro. Assim, vamos falar de algumas.

vAssistindo, em um dia destes, a um vídeo que transita pela rede mundial de computadores, ouvi do ministro Adolf Sachsida um relato impactante acerca daquelas realizações, que a mídia canalha esconde deslealmente.

Destacou aquele economista e advogado formado pela universidade do Alabama – USA e membro da equipe econômica de Paulo Guedes, hoje ministro de Minas e Energia, que seis (6) relevantes reformas estruturais foram implantadas, nestes três últimos anos de governo, em relação às quais se fez de tudo para escondê-las do distinto público.

Começou citando a tremenda modernização da legislação trabalhista, ocorrida mais propriamente a partir das normas regulamentadoras da saúde e da segurança do trabalho, que desaguou em um significativo crescimento do emprego formal e informal, mesmo durante uma época de recessão mundial, imposta pela pandemia do vírus chinês.

Daí seguiu enfatizando a reforma administrativa, dizendo que hoje temos menos funcionários do que em 2011, o que ocorreu, também, em razão do enorme esforço feito para digitalização dos serviços públicos. Isto veio beneficiar (e muito) o povão, como exemplificou com a questão da tal “prova de vida” – que antes era uma verdadeira tortura para idosos e doentes – e que hoje pode ser ultimada até pelo celular.

Para os entendidos de uma figa que gritam sempre que o governo não fez reforma tributária alguma, Sachsida disse que se fez sim e que esta foi muito importante, a partir da redução permanente de 11 tributos – e se em seguida for aprovada o PL nº 488, então haverá uma redução permanente de 12 tributos – e acrescentou: “nunca se reduziu tanto tributo como nesse governo, aumentando assim a eficiência econômica e a eficiência locativa”.

Outra reforma relevante e escamoteada pela mídia safada e militante foi a reforma do setor financeiro e de mercado de capitais, com a criação de 14 novos instrumentos financeiros, com os quais se “desestatizou” o crédito. Segundo A. Sachsida, em 2015 o crédito livre na economia era responsável por 51% dos empréstimos, hoje por 60% e disse, igualmente, que os bancos privados respondiam, em 12/2015, por 44% dos empréstimos e hoje concedem 57%, sem falar que o BNDES está reduzindo sua participação nestas operações – se livrando das JBS da vida, digo eu – e o mercado de capitais está cada vez mais vigoroso, por conta desta desestatização do crédito.

Quanto às concessões e as privatizações, falou que as reformas dessas políticas públicas trouxeram uma mudança econômica fundamental. Antes ganhava a privatização quem oferecia o maior preço para o governo – para mais se ter nos cofres para roubar, penso eu – hoje, disse o Ministro, ganha quem oferece mais investimento privado, o que traz mais emprego e renda para nossa gente.

Neste campo, respondendo a caterva “criticante” de uma figa que pergunta sempre pelo trilhão prometido pelo Ministro Paulo Guedes, acrescentou o ministro Sachsida que tais concessões privatizações já renderam para o erário 200 bilhões, já colocados no caixa do tesouro nacional e os outros 800 bilhões virão sob a forma de investimento privado, através de contratos já assinados, dos quais 80 bilhões já chegaram por conta daqueles contratos, ressaltando que, mesmo durante a crise da pandemia, as concessões e as privatizações não pararam.

Por fim, falou o ministro das reformas microeconômicas dos marcos legais, quais sejam: do novo marco de ferrovias; do novo marco de cabotagem; do novo marco de saneamento; da autonomia do Banco Central e da melhoria do ambiente de negócios, para deixar claro que esta agenda de reforma microeconômica traz, na prática, um enorme crescimento econômico e grande melhoria da produtividade, em tempos difíceis e sem perspectiva para o mundo.

Não são por outras razões, explicou Sachsida, que os analistas e pregoeiros do caos falam sempre que o PIB vai cair e aí ele sobe. Em 2020 foi assim, em 2021 foi assim e em 2022 será assim também. Erraram três vezes e vão errar para 2023, porque esses agentes da banca voraz e cruel apenas estão olhando pelo lado da demanda, ou seja, estão olhando para uma economia que não existe mais. Sob a liderança do Ministro Paulo Guedes estamos olhando a economia pela ótica da oferta.

Explicando melhor para o povão, disse o ministro que este governo está deslocando a curva da oferta e que os tais analistas continuam olhando a curva da demanda, isto é, para a curva errada. Assim sustenta que se está fortalecendo o investimento privado e que é justo por isso que o investimento privado acabou de bater novo recorde, desde o 3º trimestre de 2014.

Continuando disse, também, que focando na geração de empregos e renda via mercado e não via estado, ao se deslocar a curva da oferta, a produção e a produtividade da economia aumenta, como um todo. Isto tudo sem se falar que é o que mata os vermelhuscos que apostam na oferta pública para voltar a aparelhar criminosamente a máquina governamental, eu acrescento.

Quanto às críticas relativas à política fiscal, Sachsida rebateu dizendo que este é o 1º governo que ao longo de 20 anos vai terminar seu ciclo de 4 anos gastando menos dinheiro em relação ao PIB do que quando entrou. Em 2018 o governo gastava 19,4% em relação ao PIB e se vai terminar gastando 18,9% do PIB.

No final arrematou: “a expectativa da dívida está caindo; o governo está gastando menos; está arrecadando mais e diminuindo impostos, ora vamos ser honestos, o Ministro Paulo Guedes é porreta”.

Em sendo desta forma, digo sem medo ou subterfúgio, há esperança e muita, vale a pena continuar na luta, vale a pena sustentar este cabo de guerra contra os traidores da Pátria.

*       O autor é ex-Consultor Jurídico da CPRM-MME é advogado. 

**     Publicado originalmente no excelente Diário do Poder

 

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