• Carlos I.S. Azambuja
  • 12 Janeiro 2014

"Não seríamos verdadeiros comunistas se não soubéssemos modificar inteiramente nossa tática de conformidade com o momento. Todos os recuos, todos os zig-zags de nossa tática tem um único fim: a revolução mundial". (Giorgy Dimitrov, Secretário-Geral da III Internacional na década de 30).

A incredulidade de seus adversários é a maior arma dos comunistas
Os princípios segundo os quais é organizada uma Frente Comunista são semelhantes a uma série de círculos concêntricos. Ao centro situa-se o partido da classe operária, composto tanto por comunistas conhecidos como por cripto-comunistas.

Em torno desse seleto núcleo central estão os companheiros de viagem, ou seja, pessoas que apóiam a filosofia, os objetivos, a tática e a organização do partido, mas que, por quaisquer motivos, não se submetem à disciplina partidária, talvez por não terem ainda atingido o ponto de completa entrega pessoal.

Os simpatizantes, por sua vez, mostram-se contrários a alguns aspectos do comunismo, mas reconhecem que nele há “coisas boas, aspectos positivos que correspondem aos interesses das classes trabalhadoras”, bem como que é plausível a associação com os comunistas para determinadas reivindicações. Alimentam a esperança de que, trabalhando ao seu lado, sendo tolerantes com eles, conseguirão, um dia, afastá-los de suas atividades extremadas. Nesse grupo pode ser incluído um bom número de religiosos, especialmente propensos a esse tipo de argumentação. Ou seja, como disse Winston Churchil, “alimentam um crocodilo na esperança de serem comidos por último”.

Após os simpatizantes, existe a categoria dos pseudo-liberais, cuja grande maioria é encontrada nas cátedras dos colégios e universidades. Freqüentemente, assim explicam sua posição: “Sou contra o comunismo. Sou contra as restrições comunistas à liberdade das pessoas e à livre manifestação do pensamento. Mesmo assim, ainda que abomine o que eles dizem e fazem, lutarei pelos seus direitos de expressão e organização, pois sou um democrata”.

Todos os partidos de esquerda sempre proclamaram a necessidade da união em uma Frente: as famosas “Frentes Populares”. Essa tática não é recente. Ela foi aprovada e determinada pelo VII Congresso da Internacional Comunista, em agosto de 1935. Jamais foi revogada e não deixou de ser utilizada, embora o comunismo tenha sido demolido em 1989, 1990 e 1991.

Um partido comunista é e sempre será o mesmo e, onde quer que exista, legal ou clandestino, lutará pela constituição de uma Frente em termos de um Programa Comum. Desde os anos 30, em qualquer parte do mundo, sejam quais forem as circunstâncias de sua existência – legal ou ilegal – os militantes passaram a repetir, de forma insistente, a palavra-de-ordem de formação de uma Frente, ou seja, de uma unidade dos comunistas com os demais setores democráticos que, assumido o Poder, serão expelidos.

A essência dessa tática consiste em descobrir lemas ou slogans populares que possam servir de base a uma atividade conjunta. Eles, os comunistas, nunca desprezarão quaisquer oportunidades históricas que lhes permitam buscar a unidade de forças, inclusive antagônicas sob o aspecto doutrinário, visando a obtenção de benefícios políticos, de conformidade, aliás, com a ética e moral comunistas.

“Unidade pela base para obter – como disse Lênin – um aliado de massas, ainda que temporário, instável, vacilante, pouco seguro e condicional”.

O objetivo principal dos comunistas, ao unir-se a não-comunistas, é conseguir um meio de obter acesso a setores da sociedade que, de outra forma, poderiam manifestar-se hostis ou inibidos.

Fiéis a essa tática, todos os partidos comunistas do mundo mantêm, sempre atualizado, um Programa-Mínimo contendo um elenco de reivindicações transitórias adaptado às condições objetivas de cada etapa da revolução e coerente com o grau de mobilização das massas.

 desnecessário recordar que o militante comunista é um profissional que desempenha compulsoriamente e em tempo integral uma tarefa proselitista e pastoral, para cujo exercício relega a um segundo plano a família, o lazer e quaisquer outras atividades. Essa é uma das qualidades que diferenciam o militante dos membros dos partidos políticos tradicionais – uma livre associação de homens livres. Livres para permanecerem ou retiraram-se de seus partidos na medida em que suas convicções ou opiniões coincidam ou não com as da maioria e, ademais, livres para fazer o que quiserem fora do limitado perímetro de uma militância voluntariamente aceita.

O nível de organização, a capacidade de exercer tarefas de agitação e propaganda objetivando a mobilização das massas e a homogeneidade de pensamento são outras qualidades dos partidos ou movimentos comunistas.

A circunstância de que a sua revolução social deva ser desencadeada antes ou depois de assumirem o Poder não passa de um irrelevante problema tático.

A finalidade da formação de Frentes é, em suma, buscar converter o maior número de pessoas em grupos de influência submetidos ao seu comando.

Os abaixo-assinados têm também muito valor para os partidos e grupos de esquerda, onde constem assinaturas de artistas, intelectuais e conhecidos liberais não-comunistas. Igualmente as concentrações de massas, as caminhadas e atos públicos nos quais esses mesmos liberais aparecem sempre nas chamadas comissões de frente.
Embora, na maioria dos casos, essas atividades não tenham nenhuma influência sobre a política governamental, os comunistas são sempre vitoriosos, pois criam uma situação na qual um grupo de liberais não-comunistas compartilha de seu fracasso.

Embora as palavras e as táticas sejam as mesmas através dos tempos, mudando apenas, como agora, o vermelho pelo rosa, muitas pessoas relutam em crer no que vêem, ouvem e lêem, incredulidade que se constitui no principal fator de força dos comunistas.

* Historiador
 

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  • Olavo de Carvalho
  • 31 Março 1964

 

Olavo de Carvalho

Nota do editor:  O conflito estabelecido entre a Rússia e a Ucrânia, torna oportuno transcrever estas notas extraídas de um    texto de Olavo de Carvalho sobre os desastres periodicamente proporcionados pelo profetismo russo.        

Uns cento e tantos anos atrás, os intelectuais russos mais ligados à Igreja Ortodoxa alardeavam a plenos pulmões que no século XX a Rússia iria encabeçar uma grande revolução espiritual destinada a salvar o mundo da corrupção ocidental católico-protestante-judaico-ateística. O que veio foi a Revolução de 1917 e a maior perseguição anticristã de todos os tempos.

A Revolução, por sua vez, prometia um paraíso de paz, liberdade e prosperidade. O que veio foi a transformação da Rússia e de vários países em torno em matadouros humanos como ninguém tinha visto antes nem poderia jamais ter imaginado.

A pergunta decisiva da qual duguinistas e putinistas se evadem como baratas assustadas é a seguinte: Por duas vezes a Rússia já prometeu salvar o mundo e só conseguiu torná-lo mais parecido com o inferno. Vamos dar-lhe um novo crédito de confiança para que ela o faça uma terceira vez?

***

Mais um exemplo de quanto valem as promessas russas. Uma das primeiras decisões de Leon Trotski como ministro das Relações Exteriores da Rússia Soviética, em 1917, foi divulgar o conteúdo de vários tratados secretos altamente comprometedores assinados entre as potências combatentes e iniciar uma campanha mundial pela abolição de todo segredo diplomático.

Nesse empenho ele recebeu o apoio entusiástico do então presidente dos EUA, Woodrow Wilson, que consagrou a ideia num dos seus famosos “Quatorze Pontos”.

O que Wilson não podia prever, mas Trotski não podia ignorar, é que a república soviética nascida sob a bandeira da transparência já planejava e iria em breve transformar-se num tipo novo de Estado, até então desconhecido: o Estado integralmente baseado no segredo, o Estado moldado e dirigido pela polícia secreta. A URSS elevou até às alturas de grande arte a técnica de ocultar por completo o funcionamento da sua máquina estatal, ao mesmo tempo que vasculhava e exibia o das nações ocidentais com toda a estridência e o fulgor do escândalo.

***

Ciência é confrontação de hipóteses à luz dos fatos, mas essa comparação é impossível se você não confronta também fatos com fatos, pesando-os com equanimidade. Essa ideia jamais ocorreu à maioria dos historiadores do “regime militar” e está praticamente proibida na mídia nacional. A norma geral é tomar partido de uma hipótese e somar os fatos que a confirmam, sem tentar jamais impugná-la com outros que a contradizem. A simples tentação de comparar já é repelida in limine como pecado mortal. A norma geral é, quando aparece um fato adverso, inventar logo uma hipótese qualquer que pareça neutralizá-lo, e então apegar-se à hipótese em lugar do fato.

Digo isso porque, tendo absorvido intensamente a narrativa esquerdista e acreditado nela com a fé de um devoto entre os meus dezessete e 35 anos, só muito tarde me ocorreu examinar os fatos adversos, e então descobri que praticamente nenhum livro que os mostrasse tinha sido jamais lido ou consultado pelos historiadores bem-pensantes. A imensidão da literatura internacional sobre a KGB, por exemplo, estava totalmente ausente do mercado brasileiro, e mais ainda das bibliografias universitárias. A história da Guerra Fria, vista desde o Brasil, tinha e tem um só personagem: a CIA. O antagonista, a KGB, é só um mito distante.

Foi sobretudo essa experiência que, contra a minha vontade, e entre espasmos de revolta contra a maldita realidade reacionária, foi minando a minha confiança na esquerda, até reduzi-la, hoje em dia, a zero. Todo intelectual de esquerda que repita essa experiência deixará de ser de esquerda e perderá seu círculo de amigos, talvez até seu emprego, motivo pelo qual cada um foge dela como um rato foge de um gato.

*      Publicado originalmente no Diário do Comércio de 13 de abril de 2014. Reproduzido de https://olavodecarvalho.org/profetas-russos-e-outras-notas/

 

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  • Olavo de Carvalho
  • 31 Março 1964

 

Olavo de Carvalho

Nota do editor:  O conflito estabelecido entre a Rússia e a Ucrânia, torna oportuno transcrever estas notas extraídas de um texto de Olavo de Carvalho sobre os desastres periodicamente proporcionados pelo profetismo russo.        

Uns cento e tantos anos atrás, os intelectuais russos mais ligados à Igreja Ortodoxa alardeavam a plenos pulmões que no século XX a Rússia iria encabeçar uma grande revolução espiritual destinada a salvar o mundo da corrupção ocidental católico-protestante-judaico-ateística. O que veio foi a Revolução de 1917 e a maior perseguição anticristã de todos os tempos.

A Revolução, por sua vez, prometia um paraíso de paz, liberdade e prosperidade. O que veio foi a transformação da Rússia e de vários países em torno em matadouros humanos como ninguém tinha visto antes nem poderia jamais ter imaginado.

A pergunta decisiva da qual duguinistas e putinistas se evadem como baratas assustadas é a seguinte: Por duas vezes a Rússia já prometeu salvar o mundo e só conseguiu torná-lo mais parecido com o inferno. Vamos dar-lhe um novo crédito de confiança para que ela o faça uma terceira vez?

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Mais um exemplo de quanto valem as promessas russas. Uma das primeiras decisões de Leon Trotski como ministro das Relações Exteriores da Rússia Soviética, em 1917, foi divulgar o conteúdo de vários tratados secretos altamente comprometedores assinados entre as potências combatentes e iniciar uma campanha mundial pela abolição de todo segredo diplomático.

Nesse empenho ele recebeu o apoio entusiástico do então presidente dos EUA, Woodrow Wilson, que consagrou a ideia num dos seus famosos “Quatorze Pontos”.

O que Wilson não podia prever, mas Trotski não podia ignorar, é que a república soviética nascida sob a bandeira da transparência já planejava e iria em breve transformar-se num tipo novo de Estado, até então desconhecido: o Estado integralmente baseado no segredo, o Estado moldado e dirigido pela polícia secreta. A URSS elevou até às alturas de grande arte a técnica de ocultar por completo o funcionamento da sua máquina estatal, ao mesmo tempo que vasculhava e exibia o das nações ocidentais com toda a estridência e o fulgor do escândalo.

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Ciência é confrontação de hipóteses à luz dos fatos, mas essa comparação é impossível se você não confronta também fatos com fatos, pesando-os com equanimidade. Essa ideia jamais ocorreu à maioria dos historiadores do “regime militar” e está praticamente proibida na mídia nacional. A norma geral é tomar partido de uma hipótese e somar os fatos que a confirmam, sem tentar jamais impugná-la com outros que a contradizem. A simples tentação de comparar já é repelida in limine como pecado mortal. A norma geral é, quando aparece um fato adverso, inventar logo uma hipótese qualquer que pareça neutralizá-lo, e então apegar-se à hipótese em lugar do fato.

Digo isso porque, tendo absorvido intensamente a narrativa esquerdista e acreditado nela com a fé de um devoto entre os meus dezessete e 35 anos, só muito tarde me ocorreu examinar os fatos adversos, e então descobri que praticamente nenhum livro que os mostrasse tinha sido jamais lido ou consultado pelos historiadores bem-pensantes. A imensidão da literatura internacional sobre a KGB, por exemplo, estava totalmente ausente do mercado brasileiro, e mais ainda das bibliografias universitárias. A história da Guerra Fria, vista desde o Brasil, tinha e tem um só personagem: a CIA. O antagonista, a KGB, é só um mito distante.

Foi sobretudo essa experiência que, contra a minha vontade, e entre espasmos de revolta contra a maldita realidade reacionária, foi minando a minha confiança na esquerda, até reduzi-la, hoje em dia, a zero. Todo intelectual de esquerda que repita essa experiência deixará de ser de esquerda e perderá seu círculo de amigos, talvez até seu emprego, motivo pelo qual cada um foge dela como um rato foge de um gato.

*      Publicado originalmente no Diário do Comércio de 13 de abril de 2014. Reproduzido de https://olavodecarvalho.org/profetas-russos-e-outras-notas/

 

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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico

 

Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico

 

HECTOR BRENNER

Ontem à noite, mexendo na gaveta onde guardo os textos -inteligentes-, assinados por autores cujas análises, propostas e críticas nunca saem de moda, me deparei com o espetacular relatório que foi produzido e divulgado pelo MOVIMENTO NACIONAL PELA LIVRE INICIATIVA, referente ao período de 1978 a 1988, encabeçado pelo então presidente do CNP - Conselho Nacional de Propaganda- o saudoso e muito competente publicitário, Héctor Brenner, um argentino que cultivou carinho especial pelo Brasil, especialmente na sua trajetória profissional.

PEÇAS PUBLICITÁRIAS

No seu discurso de apresentação do relatório, em 26 de maio de 1988 (lá se vão mais de 33 anos), Brenner fez um especial agradecimento aos veículos de propaganda do RS pelo excelente material que elaboraram, todo ele com a pretensão de transformar o Brasil em um país próspero e democrático. Aqueles antigos e corretos profissionais, por tudo que fizeram durante a década de atuação do MOVIMENTO PELA LIVRE INICIATIVA, deixaram bem claro o quanto não queriam mais viver sob a interferência do Estado em forma de PESADA CENSURA.

A MELHOR ESCOLHA É A LIBERDADE DE ESCOLHA

Vejam , a seguir, algumas peças que foram publicadas durante o período da campanha do MOVIMENTO NACIONAL PELA LIVRE INICIATIVA, começando por esta aí: A MELHOR ESCOLHA É A LIBERDADE DE ESCOLHA. Entre tantas e ótimas razões o texto publicitário destaca: - NUNCA, NA HISTÓRIA DO HOMEM, SE VIU UMA SOCIEDADE POLITICAMENTE LIVRE QUE NÃO SE BASEASSE NUM SISTEMA ECONÔMICO LIVRE-. Bons tempos, não? 

CAMPANHA

Outra: PARA EXERCER A LIVRE INICIATIVA BASTAM DUAS CONDIÇÕES: SER LIVRE E TER INICIATIVA. Mais outra: SE A LIVRE INICIATIVA FECHAR OS OLHOS A CERTAS COISAS, MUITO EM BREVE ELA PODERÁ NÃO SER MAIS LIVRE. Neste texto a peça publicitária faz a seguinte referência: ENQUANTO EXISTIREM BRASILEIROS VIVENDO EM CONDIÇÕES SUBUMANAS, A LIBERDADE NÃO SERÁ SUA PRIMEIRA PRIORIDADE. Que tal?

LUCRO

Outras mais: QUANDO EXISTE LUCRO, TODO MUNDO SAI LUCRANDO! Aí a peça faz duas referências: 1-: O LUCRO É O INSTRUMENTO FUNDAMENTAL NA ECONOMIA DE MERCADO; e, 2- O LUCRO É NEUTRO, NÃO É BOM NEM MAU. O QUE PODE SER QUESTIONADO É A FORMA COMO ELE FOI OBTIDO OU APLICADO.  

MELHOR SISTEMA ECONÔMICO

Mais ainda: - PELAS "4 ÚNICAS MANEIRAS DE GASTAR DINHEIRO" VOCÊ DESCOBRE O MELHOR SISTEMA ECONÔMICO -. As 4 únicas maneiras, como refere a peça publicitária, são:

1- GASTAR O DINHEIRO PRÓPRIO EM BENEFÍCIO PRÓPRIO;

2- GASTAR O DINHEIRO PRÓPRIO EM BENEFÍCIO DOS OUTROS;

3- GASTAR O DINHEIRO DOS OUTROS EM BENEFÍCIO PRÓPRIO; e,

4- GASTAR O DINHEIRO DOS OUTROS EM BENEFÍCIO DOS OUTROS!

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  • Felipe Fiamenghi

NÃO DISCUTO MAIS COM ESQUERDISTAS

Felipe Fiamenghi

Não discuto mais com esquerdistas. A pandemia serviu pra mostrar que é impossível entrarmos em um consenso. O motivo é simples: Não buscamos a mesma coisa. Nós queremos o progresso; eles querem o poder.

 

O combate ao COVID no Brasil deixou isso extremamente claro. O foco não é vencer a doença, mas derrubar o Presidente. E, de verdade, tem que ser muito idiota para não perceber isso. Infelizmente, idiotas existem aos montes.

 

Agora, aliás, ao abrir o Facebook para fazer essa postagem, me deparei com um "print" dizendo que "as pessoas estão morrendo porque o Bolsonaro não comprou vacina". Coisa de demente, que não tem capacidade de se informar através de canais oficiais e fica reproduzindo discurso da extrema-imprensa.

 

O Brasil é o 5º país que mais vacinou no mundo; 1º lugar entre os países que não possuem uma plataforma própria. Já foram ministradas mais de 13 MILHÕES DE DOSES e, até o final do ano, já estão garantidas 500 MILHÕES. Mais do que o suficiente para as duas doses em TODA A POPULAÇÃO; a 6ª maior do Planeta Terra.

 

Para se ter ideia da dimensão disso, na Alemanha, com 80 milhões de habitantes, a previsão para vacinação das pessoas na faixa dos 30 anos é em MARÇO DE 2022!

 

A esquerda NÃO QUER UMA SOLUÇÃO. Ela quer um culpado. Divulga mortes com uma satisfação mórbida, como se comemorasse uma vitória do seu time. Ela se alimenta do caos, das mazelas sociais. É um abutre, vivendo da miséria. É nisso que seu discurso se sustenta.

 

O objetivo é claro: Sufocar a economia até quebrar o país, responsabilizar o governo e, ano que vem, se apresentar como a solução dos problemas que criou.

 

Espero honestamente que o povo não seja tão ingênuo. Mas confesso que, pelo que tenho visto, ando com pouca fé.

 

Felipe Fiamenghi - 21/03/2021

 

"Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir."

(CHURCHILL, Winston)

Publicado na página de Pátria Amada Brasil no Facebook

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  • Editorial Estadão

 

A trágica herança deixada pelos últimos anos da era lulopetista na economia fica evidente também nos dados sobre a demografia das empresas que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acaba de divulgar. Em 2016, último ano da desastrosa passagem de Dilma Rousseff pela Presidência da República, o Brasil perdeu 70,8 mil empresas, o que resultou na demissão de 1,6 milhão de trabalhadores. É o que mostra o estudo Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo 2016 divulgado pelo IBGE.

O fato de esse ter sido o terceiro ano consecutivo em que o saldo total de empresas em operação no País foi negativo comprova, com estatísticas expressivas sobre a deterioração do ambiente empresarial, o que outros indicadores já mostravam. A crise que afetou duramente o País começara efetivamente em 2014. Foi o ano em que, escondendo dados sobre a realidade da economia e das finanças públicas e fazendo promessas que jamais poderia cumprir, Dilma iludiu boa parte do eleitorado e conseguiu sua reeleição.

As mentiras com que Dilma e sua companheirada animaram a campanha eleitoral tinham pernas curtas, a recessão se instalou, as pedaladas fiscais com que o governo petista tentou esconder a gravidade da crise das contas públicas se evidenciaram e a presidente, afinal, foi definitivamente afastada do cargo no dia 31 de agosto de 2016. Os efeitos de sua danosa gestão, porém, persistiram por vários meses após seu impeachment. Desse modo, comprometeram o início do governo de seu sucessor legítimo, Michel Temer, a despeito do esforço deste para iniciar um severo controle das contas públicas destroçadas nos anos anteriores.

Em 2016, havia 4,5 milhões de empresas ativas, que ocupavam 38,5 milhões de pessoas, das quais 32,0 milhões eram assalariadas e 6,5 milhões, sócias ou proprietárias. Em relação ao ano anterior, o saldo total de empresas caiu 1,6% e o total de pessoal assalariado, 4,8%.

A taxa de entrada das empresas no mercado, que mede a proporção de empreendimentos iniciados no ano em relação ao universo total das empresas, por sua vez, caiu pelo sétimo ano consecutivo. Essa taxa fixou em 14,5% em 2016, o menor valor da série iniciada em 2008. Isso sugere que, no Brasil, os efeitos da crise financeira mundial de 2008 - que afetaram a disposição de empreender em todo mundo durante algum tempo - se estenderam por um período mais longo em razão das imensas dificuldades que a equivocada política econômica do governo Dilma impôs à atividade empresarial.

O impacto negativo dessa política econômica foi particularmente notável nas estatísticas sobre as empresas consideradas de alto crescimento. São as empresas que desempenham um papel socioeconômico mais relevante, pois estão nessa classificação aquelas que aumentaram o número de empregados em pelo menos 20% ao ano, em média, por três anos consecutivos e tinham 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas no ano inicial da classificação. Entre 2015 e 2016, o número dessas empresas diminuiu 18,6% e seu pessoal assalariado caiu 23,5%. Mesmo assim, embora representassem apenas 0,9% do total do universo das empresas, elas ocupavam o equivalente a 8,3% de todo o pessoal assalariado.

O forte impacto social negativo dos últimos anos do governo de Dilma é nítido também nas taxas de desocupação aferidas regularmente pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua, também do IBGE. Essa taxa é a média do trimestre móvel encerrado no mês de referência. Ela começa a subir no trimestre encerrado em janeiro de 2015, primeiro mês do segundo mandato de Dilma, quando ficou em 6,8%. Um ano depois, já estava em 9,5%. A deterioração do mercado de trabalho em consequência da recessão provocada pelos equívocos da política econômica petista se acentuou nos meses seguintes, até alcançar seu ponto máximo em março de 2017, quando chegou a 13,7%.

São números que o eleitor deveria levar em conta quando for depositar seu voto domingo.
 

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