• Francisco Pompeu
  • 21 Novembro 2014

 

O corte de publicidade governamental na VEJA parece ser um fato. Na edição que está nas bancas não há nenhum anúncio de estatais ou de organismos governamentais. Quando Paulo Henrique Amorim publicou a informação achei que era simples expressão de um desejo, pois a medida é flagrantemente ilegal, ferindo os princípios constitucionais da impessoalidade e moralidade, além de contrariar uma penca de dispositivos legais do Direito Administrativo.

A distribuição da publicidade governamental não pode privilegiar os amigos dos governantes de turno nem preterir seus desafetos. As licitações têm de obedecer critérios objetivos de tiragem e circulação. Um funcionário público ao comprar um bem qualquer para um órgão público não pode escolher a firma do amigo nem mesmo sua marca preferida, há que se estabelecer critérios de qualidade e preço e comprar o bem segundo padrões objetivos de qualidade satisfatórios e preço mínimo. Com a distribuição de publicidade se passa o mesmo e segundo quaisquer critérios razoáveis seria impossível excluir a revista semanal noticiosa de maior circulação e prestígio no país! Portanto, estamos diante de um crime perfeitamente capitulado em lei!

O funcionário responsável pela decisão do corte tem de ser responsabilizado e enquadrado nas penas da Lei. Se isto não acontecer, estamos realmente sob o império do arbítrio e a lei jogada no lixo! Notem que o mesmo raciocínio pode ser aplicado aos blogs, embora neste caso, dada a novidade do meio como veículo publicitário, eles talvez não estejam explicitamente previstos na lei. É um tapa na cara dos cidadãos de bem a volumosa propaganda governamental na blogosfera e sua ausência total nos blogs não-alinhados com o petismo. Não se pode entender a demora da Veja e também dos proprietários de blogs independentes em acionar legalmente a União diante destes crimes continuados
 

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  • Antônio Fallavena
  • 21 Novembro 2014

Quando se fala em projeto socialista e hegemônico e nele incluem-se Lulla/Dillma, é preciso completar a idéia para não perder-se o foco, a linha final da coisa toda. Construir, desenvolver e aplicar uma proposta/projeto, além do tempo que levará, etapas deverão ser cumpridas. Mas para tal realização, é fundamental contar-se com “cabeças” que contenham o conhecimento total, para a condução do processo.

Ouso dizer que Lulla/Dillma são apenas instrumentos. Nenhum dos dois, isoladamente ou em conjunto, possuem capacidade de conhecimento para tal. Assim, é fácil concluir que, embora com as mãos no poder, acima deles existe alguém ou grupo que comanda tudo. Não esqueçamos, jamais: intelectuais mão convencem e nem comandam massas.
A hierarquia do conhecimento e das decisões (pirâmide) não admite menos do que ” integrantes inteligentes. Medianos e mediocres é só para as tarefas subalternas. No PT, desde o nascimento, existe um grupo de pessoas que, raramente, se expõe nas áreas da administração direta. A eles estão reservados cargos/funções legislativas, grupos de formação política, estudos, etc.

Mesmo que alguns tenham abandonado o barco no meio do caminho, outros desencarnados, ainda existe este grupo pensante. É ele que monta as estratégias e que construiu o núcleo do conhecimento e das ideais petistas para o poder total e hegemônico. É certo e natural que estejam envelhecendo/envelhecidos mas, pouco a pouco, constroem seus “robôs descerebrados”, fiéis as mesmas causas e que conduzirão, SE DEIXARMOS, os destinos da nação nas próximas décadas. Só é possível enxergá-los participando do esquema, olhando-se de cima, a uma distância segura mas que não ofusque a figura, o desenho, a imagem.

Quem assistiu quando tudo estava surgindo, desde o começo, saberá e lembrará do que estou dizendo.
Há muitas semelhanças entre os componentes deste grupo. a intelectualidade, o visual externo e até na maneira de falar de gesticular. Pena que poucos se deram conta disso. Preocupações? Quase nenhuma e de quase ninguém.
Mas ainda há tempo para as correções.
Parece história, mas não é. Eu gostaria que fosse.
 

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  • Dom Aloísio Roque Oppermann
  • 20 Novembro 2014

(Texto de D. Aloisio, falecido em 26 de abril deste ano, e publicado no site da CNBB)

Se os serviços públicos são geridos por empresas particulares, ou pelo governo, é uma questão de eficiência. Não é de ideologia política. Mas não esqueçamos que os serviços públicos “gratuitos” alguém os precisa pagar. A passagem de ônibus eu posso pagar do meu bolso, diretamente para a companhia particular, que presta esse serviço. Ou eu entrego essa mesma contribuição ao governo, para que ele a administre. Não existe jantar gratuito. O socialismo sempre fascinou a mente humana, porque parece ser mais justo, e atender melhor à parte mais pobre da humanidade. Isto, precisamente, sempre foi o ponto fraco do capitalismo: não ter plano de salvação para os perdedores. Mas o socialismo carrega consigo uma mancha execrável. Não é capaz de respeitar o que é inerente ao ser humano, que é a sua liberdade. Como não conseguirá jamais se estabelecer com a concordância dos cidadãos, precisa se impor à força. As cabeças de quem pensa, e é cioso em permanecer livre, rolam inexoravelmente. Esse regime é o mais catastrófico da história, tendo assassinado mais de 80 milhões de rebeldes. Tornou-se uma mancha na história da humanidade.

No Brasil, alegremente estamos correndo para os braços das ditaduras. Sem pejo nenhum, e sem falsete no rosto dos nossos dirigentes, temos relações diplomáticas preferenciais com nações, onde as liberdades individuais são uma quimera. As visitas oficiais a certos países, de visceral princípio socialista, são uma constante. A importação de médicos estrangeiros (não quero duvidar de sua competência profissional), tem como objetivo acostumar nossa população com as belezas do socialismo. Os gastos financeiros com doações em favor de nações mais pobres (todas socialistas), são uma constante. Os Black Blocs, quebrando com grande satisfação os Bancos, mostram que já estão infectados com esse vírus, francamente anti-livre mercado. Os que querem os serviços públicos todos gratuitos, vivem de um delírio deplorável. Tudo está sendo feito à luz do sol. Os condutores da nação terão o direito de dizer: “eu avisei”. É muito provável que entre os condenados pelos crimes do mensalão, já se encontrem aqueles que, no futuro, serão os dirigentes da Nação.

* Arcebispo emérito de Uberaba/MG

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  • Milton Pires
  • 20 Novembro 2014

Primeiro fui eu, Milton Pires, que na condição de cidadão que atacou a “presidenta” Dilma ficou conhecido como o “carniceiro de Porto Alegre”..ou “o médico que ofendeu uma pessoa quando ela estava com pressão baixa”. Depois foi a desembargadora do Nordeste que, inconformada com o resultado do pleito de outubro, manifestou-se (também como cidadã) no Facebook e provocou a histeria petralha que quis, inclusive, denunciá-la junto ao Conselho da Magistratura. Agora um promotor de Santa Catarina foi afastado porque escreveu nessa rede social uma “Carta às Forças Armadas”

Pergunto o seguinte: por que esse maldito partido não cria, através de uma Medida Provisória, uma Lei proibindo qualquer brasileiro de manifestar-se contra ele. Hoje, nessa nação, se uma prostituta escrever um texto com ofensas ao PT ou à “presidenta”, a primeira coisa que essa ralé vai fazer é procurar o “Sindicato das Profissionais do Sexo”. O sindicato então, dominado pelos petistas como qualquer outro sindicato ou órgão de classe no Brasil, vai emitir uma nota “lamentando as declarações e dizendo que isso não representa a categoria como um todo”.

Quando esse tipo de palhaçada vai terminar? Até onde isso vai ? Precisamos ficar lendo, vindo desses marginais, que “não podemos, doutor, separar a sua condição de médico (juiz ou promotor) da sua condição de cidadão” ??? Como, pergunto eu, não podemos ?? Se eu me manifestasse a favor do Governo da Venezuela, poderíamos, não poderíamos ??? Se eu, como médico, colocasse saia, salto alto, uma peruca e maquiagem e saísse na Passeata do Orgulho Gay, não haveria problema algum com o CFM, haveria ???

Até onde, meus amigos, vai a hipocrisia dessa ralé que governa o Brasil ?? Até quando nós vamos ficar tolerando que, ao mínimo sinal de descontentamento público, esses marginais mensaleiros partam para tática do print screen e da denúncia às “entidades de classe” que, eles mesmos marginais, aparelharam e controlam..

Vou repetir mais uma vez, e vou escrever quantas vezes for necessário: EU SOU BRASILEIRO ! EU NÃO PRECISO DE LICENÇA DE CONSELHO NEM DE SINDICATO ALGUM PARA ME MANIFESTAR CONTRA ESSE GOVERNO DE MARGINAIS...

Quem não concordar comigo, que “Não se atreva a falar mal do PT”

Porto Alegre, 19 de novembro de 2014 (Dia da Bandeira do Brasil; não de Cuba, seus desgraçados)

 

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  • Alexandre Schwartsman
  • 20 Novembro 2014

 

Nunca mais um governo terá que cumprir metas fiscais anacrônicas: a meta será sempre o que alcançarmos
Um governo verdadeiramente comprometido com as causas populares não pode se sujeitar às restrições impostas pelas forças conservadoras, neoliberais, feias, bobas e cara de tacho.
A despeito das objeções da direita golpista, amparadas em obras marcadamente reacionárias, como "A Aritmética da Emília" e "Aprendendo a Contar" (Yoyo Books: obviamente uma insidiosa doutrinação imperialista), as forças progressistas enviaram ao soberano Congresso Nacional (de quem se espera a não sujeição às pressões autoritárias da oposição) projeto de lei que revoluciona a matemática e cria um instrumento de revolta contra as classes opressoras.
Muito embora a Lei de Diretrizes Orçamentárias (a famigerada LDO) requeira do governo popular da presidenta Dilma a geração neste ano de um superavit primário de R$ 116 bilhões para atender as demandas dos rentistas, a combinação de sua administração previdente e a matemática dialética já permitia atender essa injusta exigência com um superavit de apenas R$ 49 bilhões.
A diferença (R$ 67 bilhões) seria utilizada para fins mais nobres, como o Programa de Aceleração de Crescimento (o PAC, já em sua n-ésima edição, sem que a primeira tenha sequer acabado!) e as desonerações tributárias, peças essenciais da estratégia de desenvolvimento com inclusão (oposta, é bom dizer, à defendida pelos ortodoxos), que permitem crescimento acelerado com melhora na distribuição de renda, mesmo que os números do IBGE, possivelmente devido a uma conspiração retrógrada, ainda se recusem a admitir essas conquistas.
Não contávamos, contudo, com a má vontade dos países desenvolvidos, que --certamente com o objetivo de impedir os avanços populares no Brasil-- se recusam a crescer. No entanto, sob a inspirada gerência da nossa presidenta, a Guia Genial dos Povos, e do Querido Líder, o ministro-chefe da Casa Civil, demos um passo extraordi- nário à frente. Com a nova proposta poderemos abater dos recur- sos destinados aos rentistas um valor maior do que os R$ 116 bilhões originalmente reservados. O resultado final será negativo, mas também superavitário!
Em outras palavras, criamos o superavit negativo, a contradição dialética que fará avançar não apenas a Economia Política, mas a própria matemática, muito além dos limites estreitos da imaginação burguesa. Demos início à Nova Matriz Aritmética (NMA).
Segundo essa nova práxis, as forças progressistas deixarão de se sujeitar aos ditames do mercado e dos professores de matemática. De agora em diante o superavit negativo será a norma. Nunca mais na história deste país um governo terá que cumprir metas fiscais anacrônicas: a meta será sempre aquilo que alcançarmos, nem mais nem menos (ou os dois ao mesmo tempo).
As implicações são infinitas. Por exemplo, no mundo da NMA a inflação pode ser superior à meta ao mesmo tempo em que é igual a ela e também inferior. Com isso o BC se livrará do jugo do mercado financeiro e poderá se dedicar ao objetivo de estimular ainda mais o desenvolvimento do país.
A assim chamada "inflação", outra invenção conservantista, será incorporada ao crescimento do PIB, impulsionando de forma decisiva a renda da classe trabalhadora.
De quebra a NMA possibilitará ainda que a Petrobras nunca mais passe pelo vexame de não conseguir fechar seu balanço na data-limite. Aliás, não haverá balanço que não feche; principalmente aqueles de empresas que financiam as lutas políticas em prol da igualdade.
O primeiro governo Dilma lançou as bases da prosperidade nacional; seu segundo governo, agora amparado pela NMA, irá ainda mais longe, além de onde Judas perdeu as botas. Lamentamos apenas que o ministro da Fazenda, um dos criadores da NMA, não possa nos liderar nessa jornada rumo ao futuro. Esperamos, todavia, que continue a ensinar essa disciplina na escola da vida; só, de preferência, jamais no Pronatec.
Folha de São Paulo, 19/11/2014
 

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  • Editorial de O Estado de São Paulo
  • 20 Novembro 2014

 

 

Quando começou a vir à luz o conteúdo das investigações da Operação Lava Jato, lançada pela Polícia Federal (PF) em março deste ano para apurar a corrupção dentro da Petrobrás, houve quem previsse que a dimensão dessa encrenca poderia comprometer a realização das eleições presidenciais. Esse vaticínio catastrófico era obviamente exagerado. Mas os acontecimentos dos últimos dias revelam que esse escândalo sem precedentes não apenas compromete indelevelmente a imagem da maior empresa brasileira e da cúpula do partido que controla o governo federal há 12 anos - inclusive o ex-presidente Lula e a presidente reeleita Dilma Rousseff, como mostramos em editorial de sexta-feira -, mas pode ser só a ponta de um gigantesco iceberg.

Para ficar apenas nos acontecimentos mais importantes dessa semana: a empresa holandesa SBM Offshore, fornecedora da Petrobrás, fez um acordo com o Ministério Público de seu país pelo qual pagará US$ 240 milhões em multas e ressarcimentos para evitar processo judicial por ter feito "pagamentos indevidos" para obter contratos no Brasil e em outros dois países. No Brasil, a CGU iniciou investigações sobre as suspeitas de que cerca de 20 funcionários da Petrobrás teriam aceitado suborno da empresa holandesa.

Na quinta-feira, a auditoria PricewaterhouseCoopers anunciou que não vai assinar o balanço contábil do terceiro trimestre da Petrobrás - cuja divulgação foi por essa razão adiada - enquanto não conhecer as conclusões das investigações internas da empresa sobre o escândalo, por temer o impacto do desvio de recursos sobre os ativos da petroleira. Trata-se de uma precaução raramente adotada por firmas de auditoria - o que demonstra a gravidade da situação da Petrobrás.

Na sexta-feira, a Operação Lava Jato iniciou nova fase, colocando 300 policiais em ação em cinco Estados - São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco e Minas Gerais - mais o Distrito Federal, para cumprir 85 mandados de prisão ou de busca contra executivos de empreiteiras e outros investigados por crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro. Para começar, prenderam no Rio de Janeiro o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque, indicado para o cargo por José Dirceu.

Enquanto isso, chega a cerca de uma dezena o número de investigados da Lava Jato que reivindicam o benefício da delação premiada, numa demonstração de que quem tem o rabo preso no escândalo já percebeu que a casa caiu e a melhor opção é entregar os anéis para salvar os dedos, como já fizeram o ex-diretor Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef.

Diante das surpreendentes proporções do esquema de corrupção armado dentro da maior estatal brasileira com o objetivo de carrear recursos para o PT e seus aliados, não surpreende que os dois presidentes da República no poder durante o período em que toda essa lambança foi praticada soubessem perfeitamente o que estava ocorrendo. Em 2010 - Lula presidente e Dilma chefe da Casa Civil -, o Palácio do Planalto, por meio de veto aos dispositivos da lei orçamentária que bloqueavam os recursos, liberou mais de R$ 13 bilhões para o pagamento de quatro contratos de obras da Petrobrás, inclusive R$ 6,1 bilhões para a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O TCU havia chegado à conclusão de que esses custos estavam superfaturados, mas Lula e Dilma entenderam que era preferível tocar as obras. Só essa decisão comprova a responsabilidade desses políticos por um escândalo que deixa o Caso Collor no chinelo.

De fato, está registrada no Diário Oficial da União a prova documental da conivência de dois presidentes da República com a corrupção na Petrobrás. É um escândalo de dimensões mastodônticas que envolve todas as diretorias operacionais da estatal, dezenas de executivos de empreiteiras e outro tanto de políticos de praticamente todos os partidos mais importantes da base governista no desvio de recursos estimados em pelo menos uma dezena de bilhões de reais.

Somente alguém extremamente ingênuo, coisa que Lula definitivamente não é, poderia ignorar de boa-fé o que se passava sob suas barbas. Já Dilma Rousseff de tudo participou, como ministra de Minas e Energia e da Casa Civil e, depois, como presidente da República.

Devem, todos os envolvidos no escândalo, pagar pelo que fizeram - ou não fizeram.

16 Novembro 2014 | 02h 03 

 

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