• Gilberto Simões Pires
  • 07 Dezembro 2014

OLHO EM SANTIAGO E EM QUITO
Atrasei, propositadamente, a publicação deste editorial porque antes de fazer qualquer manifestação precisava ouvir o que tinham a dizer, principalmente, duas mulheres, as quais participaram, nesta sexta-feira, de eventos diferentes na America Latina.

CHRISTINE LAGARDE

Uma delas é a diretora-geral do FMI - Fundo Monetário Internacional-, Christine Lagarde, que esteve em Santiago (Chile) para participar da conferência "Desafios para Assegurar o Crescimento e uma Prosperidade Compartilhada na América Latina.

DILMA ROUSSEFF
A outra é a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, que esteve em Quito (Equador) para participar efusivamente da reunião de Cúpula Extraordinária da UNASUL -União das Nações Sul-Americanas-. ou, como já conhecida, a URSAL -União das Repúblicas Socialistas da América Latina-, por ser uma cópia fiel da URSS -União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

SEMELHANÇA
A propósito: a Unasul bem que poderia se chamar URSAL - União das Repúblicas Socialistas da América Latina-. Afinal, o compromisso é o mesmo, qual seja a formação do regime ditatorial comunista nos mesmos moldes do que foi feito na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, a extinta URSS.
Aliás, a semelhança é tamanha que até a bandeira da Unasul tem as mesmas cores da bandeira da URSS: vermelho-sangue e amarelo, que continuam sendo utilizadas pelo Partido Comunista.

LAGARDE ADVERTE E ADMITE
Christine Lagarde fez uma alerta: a América Latina enfrentará um caminho que parece cada vez mais instável com as mudanças nas condições econômicas globais. Mais: os preços das commodities, que alavancaram a região por mais de uma década, estão agora em queda forte. Como se isso não bastasse, a era do financiamento barato em dólar está prestes a acabar.
Lagarde arrematou dizendo: - Se forem introduzidas as reformas estruturais necessárias, o Brasil pode ser um gigante ainda maior do ponto de vista econômico.

DILMA CULPA O MUNDO PELOS SEUS ERROS
Dilma, por sua vez, em Quito, acompanhada pelos líderes de países-membros do Foro de São Paulo (que é representado pela Unasul), para comprovar que, além de grande mentirosa também é uma péssima administradora, cheia de arrogância preferiu culpar a crise internacional pelos problemas no Brasil. Pode?
Agindo de acordo com os ensinamentos obtidos através da Cartilha de Antonio Gramsci, cuja obra inspira as propostas do Foro de São Paulo, Dilma disse que a queda dos preços das commodities são, agora, os grandes responsáveis pela crise brasileira.


NÃO FOI GRAÇAS AO LULA
Ora, com este discurso até os menos atentos perceberam, finalmente, que não foi a capacidade do então presidente Lula que levou o Brasil a ganhar certa notoriedade internacional , como chegou a estampar o The Economist.
Portanto, só para esclarecer de uma vez por todas, o que, entre 2008/2012, realmente levou o Brasil a ser visto com interesse pelos investidores foram os altos preços das commodities e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Hoje, infelizmente, não temos em uma coisa nem outra. E para piorar, nenhuma reforma foi feita e nem será feita.
 

www.pontocritico.com

Continue lendo
  • Carlos I.S. Azambuja
  • 05 Dezembro 2014

 

“A vida perdeu para a morte, mas a memória ganha seu combate contra o nada” (Tzevetan Todorov, “Os Abusos da Memória”)

Este é um artigo baseado no livro de Anne Applebaum “Gulag, uma História dos Campos de Prisioneiros Soviéticos”. QUANTOS morreram? É uma pergunta até hoje sem resposta.
Embora a União Soviética dispusesse de milhares de campos de concentração e embora milhões de pessoas tenham passado por eles, durante décadas, ninguém, a não ser meia dúzia de burocratas, soube qual era o número de vítimas. Estimar esse número era um exercício de pura adivinhação enquanto a URSS ainda existia. Hoje em dia, o cálculo pode ser feito por suposição. QUANTOS?
No livro The Great Terror (O Grande Terror), de 1968, na época um relato original e inovador dos expurgos soviéticos, o historiador Robert Conquest estimou que a NKVD prendeu 7 milhões de pessoas em 1937 e 1938. Em Origins of the Purges (Origens do Expurgo), uma narrativa “revisionista” de 1985, o historiador J. Areh Getty falava apenas em “milhares” de presos nesses mesmos dois anos. QUANTOS?
Os prisioneiros deixavam os campos por vários motivos: porque morriam, porque fugiam, porque tinham sentenças curtas, porque haviam sido liberados para o Exército Vermelho, ou porque passavam a ocupar cargos administrativos nesses mesmos campos. E, freqüentemente, os velhos, os doentes e as mulheres grávidas eram anistiados. Mas a isso se seguiam, invariavelmente, novas ondas de prisões. Por volta de 1940, 8 milhões de prisioneiros já haviam passado pelos campos. Entre 1929 e 1953, estima-se que 18 milhões de pessoas passaram pelos campos. O próprio Nikita Kruschev dizia que 17 milhões de pessoas haviam passado pelos campos de trabalho forçado entre 1937 e 1953. Mas, afinal, QUANTOS?
Todavia nem sempre esses números proporcionam uma resposta para o que as pessoas realmente querem saber. QUANTOS morreram? O que as pessoas querem saber é QUANTOS morreram desnecessariamente em conseqüência da Revolução Bolchevique, do Terror Vermelho, da Guerra Civil, da fome gerada pela política brutal de coletivização, das deportações em massa, das execuções em massa, dos campos da década de 1920, dos campos de 1960 a 1980, e também dos campos e das execuções em massa do reinado de Stalin. Nesse caso, os números não são somente muito maiores, mas são uma questão de pura conjectura. Os autores do Livro Negro do Comunismo falam em 10 milhões de mortes. Mas, afinal, QUANTOS?
Entretanto, mesmo que chegássemos a esse número, ele também não poderia contar toda a história de sofrimento. Nenhum dado oficial pode retratar a mortalidade das viúvas, dos filhos e dos pais idosos que ficaram para trás, uma vez que a morte deles não foi computada. Durante a guerra os idosos morriam de fome sem os cartões de racionamento; se o filho condenado não estivesse extraindo carvão em Vorkuta, eles poderiam ter continuado vivos. As crianças sucumbiam às epidemias de tifo e sarampo nos orfanatos gelados e mal equipados; se as mães não estivessem costurando uniformes em Kengir, elas também poderiam ter sobrevivido. QUANTOS?
E nenhum número é capaz de retratar o impacto cumulativo da repressão stalinista na vida e na saúde de todas as famílias. Um homem foi julgado e morto como “inimigo do povo”; a mulher foi levada para um campo de concentração como “membro de uma família inimiga”; os filhos cresceram em orfanatos e se uniram a gangues de criminosos; a mãe morreu de desgosto e mágoa; os primos, as tias e os tios romperam relações com a família para que não fossem tidos como “corrompidos”. Famílias separadas, amizades desfeitas; o medo pesava muito sobre as pessoas, mesmo quando elas não morriam. QUANTOS?
No final, estatística alguma poderá jamais descrever completamente o que aconteceu. Nem os documentos arquivados, nos quais os atuais pesquisadores se baseiam. Todos os que escreveram sobre o Gulag sabem que isso é verdade. Eis o depoimento de um desses autores, que dá a palavra final sobre “estatística”, “arquivos” e “processos”.
Em 1990, o escritor Lev Razgon obteve autorização para ver o próprio processo, uma série de documentos que descreviam a sua prisão e a prisão de sua primeira mulher, Oksana, como também a de diversos membros da família. Depois, de lê-lo, Lev Razgon escreveu um pequeno ensaio:
“Já fazia muito tempo que eu tinha parado de virar as páginas do processo e elas estavam do meu lado havia mais de uma ou de duas horas, esfriando com os pensamentos. Meu guarda (o arquivista da KGB) começa a pigarrear sugestivamente e a olhar para o relógio. É hora de ir. Entrego o processo e ele é negligentemente jogado de novo num saco plástico. Desço as escadas, passo pelos corredores vazios, pelas sentinelas e chego à praça Lubyanka.
São apenas cinco horas da tarde, mas já está escurecendo, e uma chuva fina e silenciosa cai ininterruptamente. Fico na calçada sem saber o que fazer. Como é horrível não acreditar em Deus e não poder ir a uma igrejinha e ficar lá, acolhido pelo calor das velas, olhando para Cristo na cruz. Como é horrível não poder falar e fazer as coisas que tornam a vida do crente mais suportável.
Tirei o chapéu e gotas de chuva ou lágrimas rolaram pelo meu rosto. Tenho 82 anos e aqui estou, vivendo tudo outra vez. Ouço a voz de Oksana e a da sua mãe. Lembro-me delas, de cada uma. E se eu continuei vivo, essa é minha obrigação”.
Esse foi um dos que sobreviveram. Mas, afinal, QUANTOS morreram?

 Historiador
Notas:
Do livro “Gulag, uma História dos Campos de Prisioneiros Soviéticos”, de Anne Applebaum, Prêmio Pulitzer 2004 não ficção.
 

Continue lendo
  • Olavo de Carvalho
  • 05 Dezembro 2014


(Notas publicadas pelo filósofo em seu página no Facebook.)

NUNCA, AO LONGO DE TODA A DITADURA MILITAR, estudantes e professores precisaram ter medo de expressar livremente suas idéias no recinto universitário, tanto que as expressavam o tempo todo e fizeram da universidades os principais centros de resistência ao governo. Hoje, o ambiente nessas instituições é de medo, de censura e autocensura. Do mesmo modo, algumas notícias nos jornais eram proibidas, mas havia dezenas de jornais de oposição, a maioria francamente comunista, circulando toda semana e alcançando milhões de leitores. Hoje, o Mídia Sem Máscara é o PRIMEIRO jornal impresso que, a duras penas, venceu uma barreira de silêncio que já durava vinte anos, e mesmo essa única voz discordante já é considerada excessiva. VIVEMOS NUMA DITADURA MUITO PIOR QUE A DOS MILITARES.

Os militares colocavam, no máximo, UM agente em cada redação. Hoje os agentes do petismo são dezenas, centenas em cada organizacão de mídia, espionando, fiscalizando, censurando, delatando. Não há comparação possível.

* * *
É claro que sou a favor do impeachment da Dilma, mas sou MUITO MAIS a favor do desmantelamento completo da máquina golpista da esquerda, incluindo "movimentos sociais", ONGs, hegemonia editorial, grupelhos de interproteção mafiosa na mídia, nas universidades e igrejas. etc. Na vida há obstáculos que não podem ser "vencidos": só podem ser DESTRUÍDOS.
* * *
CHEGA de fingir que existe democracia no Brasil. Eleições e partidos de oposição (repletos de comunistas) existiam também na ditadura militar.

Chega de GUERRA ASSIMÉTRICA. Por que esses filhos da puta hão de ter sempre o direito de dizer o que não podemos dizer, de fazer o que não podemos fazer? Por que eles podem pregar abertamente o homicídio em massa e nós não podemos sequer dizer que o Lula é um bêbado?

Por que uma dona pode dizer que tem "saudade dos fuzilamentos" e eu não posso nem dizer que ela é uma vaca filha da puta?

Você tem saudade dos fuzilamentos? Pois eu tenho saudade dos tempos em que gente com o seu QI não podia esperar da vida nada mais que um bom tanque de lavar roupa.

Tens saudade dos fuzilamentos? Vai trabalhar, vagabunda! "Saudade dos fuzilamentos" foi só brincadeirinha? Pois então vá tomar no cu de brincadeirinha.

Mais importante do que tirar a Dilma da presidência é expulsar os comunistas da sua escola, da sua igreja, da sua sociedade de bairro, do seu clube. Isso não depende de grandes mobilizações, depende só da coragem e iniciativa de cada um. Isso não é nem política: é dever pessoal. Denuncie cada filho da puta, atire na cara dele, em público, todo o mal que ele representa e personifica. Recuse-lhe amizade, tolerância ou respeito, mesmo em pensamento. Esses canalhas vivem da generosidade das suas vítimas.

Discrimine quem o discrimina, oprima quem o oprime, achincalhe quem o achincalha. Faça justiça a si mesmo.

Comece agindo por si. Logo vira moda.

Nunca esqueça: Cada comunista trama dia e noite a morte de quem atravesse, mesmo por descuido, o caminho da maldita revolução.

Chamar um comunista de assassino é redundância.

* * *
Prestem atenção: O Mário Ferreira dos Santos foi e será PARA SEMPRE mais inteligente do que eu. Ele é a medida máxima da inteligência no Brasil.

O que o Mário Ferreira deu a este país ultrapassa o total das necessidades nacionais. Quem precisa dele, por enquanto, são europeus e americanos.

* * *
Não sou nem favorável nem desfavorável a uma "ação militar" porque isso não é assunto de livre escolha e sim de análise estratégica.

Se vocês querem que os militares entrem em ação, façam a sua parte, a qual NÃO É pedir intervenção militar e sim combater o inimigo na sociedade civil.

Civis combatem na esfera civil, políticos na esfera política, militares na esfera militar.

Não combata o comunismo no governo. Combata ONDE VOCÊ ESTIVER.

* * *
Quem gosta de "tomar posição" dificilmente aprende o raciocínio dialético que é indispensável em todo cálculo estratégico.

Resultado: toma posição fica lá mesmo, imóvel, sem poder fazer nada.

* * *
Sugestão útil (espero que seja):

Nunca expressem nojo ou repulsa perante HÁBITOS SEXUAIS PESSOAIS que não entrem na esfera da conduta criminosa ou da blasfêmia proposital. Com isso vocês perdem TODA a autoridade moral necessária para combater as aberracões políticas e jurídicas que nos estão sendo impostas em nome de caprichos sexuais.

Desde que li a declaração de um gay machão de que tinha "nojo" dos transexuais que invadiam a sua querida sauna masculina, entendi que reações orgânicas são O CONTRÁRIO de uma atitude moral.

De modo geral, expressões como "Me dá nojo", "me dá ânsia de vômito", etc. são confissões de fraqueza.

Se você diz "Me dá nojo", mostra que foi ferido, afetado fisicamente. É o mesmo que dizer "Ai, me dói." Conversa de perdedor. Nunca se permita sentir nojo no meio de uma briga: ao contrário: Instile-o no adversário, faça o desgraçado ter diarréia, vômito, enxaqueca, o diabo.


https://www.facebook.com/carvalho.olavo
http://olavodecarvalho.org
 

Continue lendo
  • Ricardo Hingel
  • 05 Dezembro 2014

Após muito discutir-se, a dívida estadual será renegociada com o governo federal. Solução? Adianto a resposta.
Adianto a resposta com uma notícia para o governador eleito: a renegociação em nada repercutirá em seu fluxo de caixa, pois as prestações e o comprometimento da receita não serão reduzidos. Mais, com a renegociação, os encargos continuarão elevados, mantendo sua condição de impagável. Saliente-se que o ex-governador Antônio Britto herdou uma dívida resultante de continuados anos de déficits e que foi negociada em 1998, em conjunto com outros Estados e municípios, com um prazo de 30 anos e limitando seu pagamento em 13% da receita líquida. O que excedesse os 13% geraria um resíduo a ser pago após o 30º ano. O custo foi um índice de preços, retratando a inflação, mais 6% anuais, taxa de juros real usada no combate à inflação.

Com a renegociação, a dívida continuará impagável, pois foi reduzida apenas em parte a parcela de juros de 6% para 4% ao ano, mais o índice de preços, e limitou-se à variação da taxa Selic.

Resta uma taxa de juros nominal para 2015 próxima de 11%, cara para a capacidade de pagamento do Estado, pois a economia e a arrecadação não crescem nessa proporção. Lembramos que em 1998 o Plano Real estava se consolidando e a expectativa era de que a inflação se reduzisse ao longo dos anos a níveis inferiores aos atuais, o que permitiria também a diminuição dos juros reais, porém, continuados erros de gestão econômica do governo federal fizeram com que a inflação persistisse e os juros permanecessem altos.

Portanto, o custo e o tamanho da dívida resultam exatamente da condução da política econômica federal. Se a partir de 1998 o Brasil tivesse ajustado sua economia com crescimento e baixa inflação, teríamos encargos inferiores aos verificados, uma dívida menor e uma arrecadação maior.

Ciente da inadequação das taxas de juros praticadas no Brasil, o governo federal financiou, através do BNDES, com bilionários subsídios, os mais diversos investimentos. Mesmo tratamento não tiveram os Estados, que arcaram com as consequências dos maus resultados econômicos provocados pelo governo federal, conforme aqui sintetizado.

*Economista
 

Continue lendo
  • The economist
  • 04 Dezembro 2014

The economics of oil have changed. Some businesses will go bust, but the market will be healthier
Dec 6th 2014 | From the print edition

THE official charter of OPEC states that the group’s goal is “the stabilisation of prices in international oil markets”. It has not been doing a very good job. In June the price of a barrel of oil, then almost $115, began to slide; it now stands close to $70.
This near-40% plunge is thanks partly to the sluggish world economy, which is consuming less oil than markets had anticipated, and partly to OPEC itself, which has produced more than markets expected. But the main culprits are the oilmen of North Dakota and Texas. Over the past four years, as the price hovered around $110 a barrel, they have set about extracting oil from shale formations previously considered unviable. Their manic drilling—they have completed perhaps 20,000 new wells since 2010, more than ten times Saudi Arabia’s tally—has boosted America’s oil production by a third, to nearly 9m barrels a day (b/d). That is just 1m b/d short of Saudi Arabia’s output. The contest between the shalemen and the sheikhs has tipped the world from a shortage of oil to a surplus.
Fuel injection
Cheaper oil should act like a shot of adrenalin to global growth. A $40 price cut shifts some $1.3 trillion from producers to consumers. The typical American motorist, who spent $3,000 in 2013 at the pumps, might be $800 a year better off—equivalent to a 2% pay rise. Big importing countries such as the euro area, India, Japan and Turkey are enjoying especially big windfalls. Since this money is likely to be spent rather than stashed in a sovereign-wealth fund, global GDP should rise. The falling oil price will reduce already-low inflation still further, and so may encourage central bankers towards looser monetary policy. The Federal Reserve will put off raising interest rates for longer; the European Central Bank will act more boldly to ward off deflation by buying sovereign bonds.
There will, of course, be losers (see article). Oil-producing countries whose budgets depend on high prices are in particular trouble. The rouble tumbled this week as Russia’s prospects darkened further. Nigeria has been forced to raise interest rates and devalue the naira. Venezuela looks ever closer to defaulting on its debt. The spectre of defaults and the speed and scale of the price plunge have unnerved financial markets. But the overall economic effect of cheaper oil is clearly positive.
Just how positive will depend on how long the price stays low. That is the subject of a continuing tussle between OPEC and the shale-drillers. Several members of the cartel want it to cut its output, in the hope of pushing the price back up again. But Saudi Arabia, in particular, seems mindful of the experience of the 1970s, when a big leap in the price prompted huge investments in new fields, leading to a decade-long glut. Instead, the Saudis seem to be pushing a different tactic: let the price fall and put high-cost producers out of business. That should soon crimp supply, causing prices to rise.
There are signs that such a shake-out is already under way. The share prices of firms that specialise in shale oil have been swooning. Many of them are up to their derricks in debt. Even before the oil price started falling, most were investing more in new wells than they were making from their existing ones. With their revenues now dropping fast, they will find themselves overstretched. A rash of bankruptcies is likely. That, in turn, would bespatter shale oil’s reputation among investors. Even survivors may find the markets closed for some time, forcing them to rein in their expenditure to match the cash they generate from selling oil. Since shale-oil wells are short-lived (output can fall by 60-70% in the first year), any slowdown in investment will quickly translate into falling production.
This shake-out will be painful. But in the long run the shale industry’s future seems assured. Fracking, in which a mixture of water, sand and chemicals is injected into shale formations to release oil, is a relatively young technology, and it is still making big gains in efficiency. IHS, a research firm, reckons the cost of a typical project has fallen from $70 per barrel produced to $57 in the past year, as oilmen have learned how to drill wells faster and to extract more oil from each one.
The firms that weather the current storm will have masses more shale to exploit. Drilling is just beginning (and may now be cut back) in the Niobrara formation in Colorado, for example, and the Mississippian Lime along the border between Oklahoma and Kansas. Nor need shale oil be a uniquely American phenomenon: there is similar geology all around the world, from China to the Czech Republic. Although no other country has quite the same combination of eager investors, experienced oilmen and pliable bureaucrats, the riches on offer must eventually induce shale-oil exploration elsewhere.
Most important of all, investments in shale oil come in conveniently small increments. The big conventional oilfields that have not yet been tapped tend to be in inaccessible spots, deep below the ocean, high in the Arctic, or both. America’s Exxon Mobil and Russia’s Rosneft recently spent two months and $700m drilling a single well in the Kara Sea, north of Siberia. Although they found oil, developing it will take years and cost billions. By contrast, a shale-oil well can be drilled in as little as a week, at a cost of $1.5m. The shale firms know where the shale deposits are and it is pretty easy to hire new rigs; the only question is how many wells to drill. The whole business becomes a bit more like manufacturing drinks: whenever the world is thirsty, you crank up the bottling plant.
Sheikh out
So the economics of oil have changed. The market will still be subject to political shocks: war in the Middle East or the overdue implosion of Vladimir Putin’s kleptocracy would send the price soaring. But, absent such an event, the oil price should be less vulnerable to shocks or manipulation. Even if the 3m extra b/d that the United States now pumps out is a tiny fraction of the 90m the world consumes, America’s shale is a genuine rival to Saudi Arabia as the world’s marginal producer. That should reduce the volatility not just of the oil price but also of the world economy. Oil and finance have proved themselves the only two industries able to tip the world into recession. At least one of them should in future be a bit more stable.
 

Continue lendo
  • Francisco Ferraz
  • 04 Dezembro 2014


 A eleição presidencial deste ano foi muito menos conclusiva que a eleição de 2010.
Narecém-disputada eleição,a presidente da república ganhou com uma diferença muito menos expressiva do que na de 2010. Além disso, o governonão enfrentava uma crise econômica da gravidade da atual e, nem o governo do PT passava por uma crise política como a resultante das revelações da rede de corrupção na Petrobrás.
Tampouco a eleição presidencial de 2010 deixara o rastro de intensa hostilidade política que a campanha de 2014 deixou. Por fim, o outro saldo importante da campanha eleitoral deste ano foi o aparecimento de uma oposição forte, determinada e qualificada, com um líder consagrado nas urnas, pelo resultado de sua votação e pelo seu desempenho na campanha.
O quadro político do país apresenta-se, neste final de 2014, como muito mais complexo e indefinido do que há 4 anos.
Há como indica o título do artigo, mais de uma dezena de estratégias em jogo sobre a mesa, o que equivale a dizer que há mais de dez atores políticos de primeira linha, em condições de influir decisivamente sobre a configuração do tabuleiro político, onde o jogo será jogado.
Por outro lado, há também situações em andamento e em desenvolvimento que condicionam a iniciativa de ação dos principais players.Quais são esses?
Num primeiro plano a Presidente da República, o lider da oposição senador Aécio Neves, o juiz Sérgio Moro, o PMDB especialmente Michel Temer, Eduardo Cunha, o ex presidente Lula, o STF, a nova equipe econômica, o PT, o novo senado e a nova câmara dos deputados.
Há ainda muitos outros players que neste momento podem parecer secundários, mas que podem afetar posições dos principais.
Há o TCU, os empresários investigados, a CPMI, os partidos políticos da base, da oposição, governadores de estados, investigações sobre a Petrobrás e o governo em andamento no exterior, reações da população ao preço a pagar pela recuperação econômica, novas e mais graves descobertas produzidas pelas investigações.
A qualquer momento, um fato novo provocado por um dos players – principais ou secundários – pode fazer com que as peças já dispostas no tabuleiro tenham que se mover.

Por enquanto todos esperam por sinais para avançar suas peças. Em condições menos complexas os principais atores – especialmente governo e oposição – criam os eixos organizadores da política, em relação aos quais os demais players se alinham.
Na atual situação, contudo, nem mesmo esses dois polos básicos do sistema político se atrevem a oferecer aos demais, os eixos estruturantes do jogo político.
Nem a presidente sabe ainda o quanto o governo Dilma II poderá ser semelhante ao Dilma I e, nem a oposição sabe ainda o quão agressiva poderá ser sem se afastar do sentimento médio da população.
Para Dilma as condições de governabilidade dependerão da não ocorrência da ‘tempestade perfeita’, a combinação de:
• Agravamento da crise econômica;
• Evolução da crise política a ponto de atingi-la;
• Revolta da população com o preço da recuperação.
Para a oposição a intensidade de sua atuação dependerá em grande medida das dificuldades do governo nessas três áreas: econômica, política e popular.
Outros players, como o PMDB de Temer e de Eduardo Cunha, evitam comprometer-se incondicionalmente (como fizeram em 2010), sem antes avaliar como Dilma evitará a tempestade perfeita e, enquanto pairarem incertezas graves o preço de sua adesão será evidentemente elevado.
Neste período de curto prazo quem dá as cartas é o juiz Sérgio Moro, embora eticamente não se afaste de sua posição técnica no desempenho de sua função jurídica.
É dele, da PF, da Procuradoria, dos depoimentos dos diretores da Petrobrás e dos empresários investigados que poderão surgir fatos novos que alterem este quadro políticoainda muito indefinido, e forcem o aparecimento dos eixos organizadores da dinâmica política democrática.

www.politicaparapoliticos.com.br
 

Continue lendo