• Rodrigo Constantino
  • 31 Dezembro 2014

Há algo novo no ar. Sinto ventos de mudança. A esquerda radical está perplexa, não sabe como reagir. Por décadas reinou absoluta nas universidades, com seus diretórios dominados, o monopólio da palavra, dos protestos e da organização de eventos. Agora não entende mais nada e cai em histeria diante de um fenômeno novo: a reação da direita!

Vejam o que alguns alunos fizeram na UFF, antro de esquerdistas em Niterói. Pertencem ao grupo Liberalismo Conservador, e se juntaram para fazer uma arrecadação voluntária e mandar imprimir diversos adesivos. Colaram tais adesivos em cima de mensagens pichadas pelos comunistas.

Quem diria?! “Menos Marx, Mais Mises” espalhado por cima de símbolos como a foice e o martelo comunista e o logotipo do PSOL. É fantástico! Sem falar que agora, ao menos, os brucutus terão escutado o nome Mises, completa novidade para eles. Trata-se do grande economista austríaco Ludwig von Mises, cujos livros representam o melhor antídoto existente contra a praga comunista.

Esses alunos estão de parabéns pela louvável iniciativa. Que outros sigam o exemplo Brasil afora. E notem a diferença já na largada: enquanto os comunistas picham as paredes e estragam o patrimônio das universidades, os liberais colam adesivos apenas, que podem ser retirados sem dano ou estrago à propriedade. Questão de princípios e valores já no básico.

Nesse outro caso, alunos da UFSC, outro antro de marxistas, retiraram a bandeira vermelha e hastearam a bandeira do Brasil no mastro, e em seguida cantaram o hino nacional, enfrentando a cambada de comunistas que amam mais greves do que trabalho. Emocionante.

A esquerda jurássica tem motivo para ficar exaltada e histérica, em polvorosa. Nunca antes da história deste país se viu tal clima crescente de reação espontânea a essa hegemonia marxista nas universidades, que ninguém aguenta mais!


http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/educacao/quando-a-direita-reage-nas-universidades/

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  • Jaime Edmundo Dolce
  • 31 Dezembro 2014

 

quando ouço falar em revisão da Lei da Anistia, fico enojado. Se ela for revista, minha mãe terá a chance de ver julgados os assassinos de meu pai?

A divulgação do relatório final da Comissão Nacional da Verdade veio à tona no último dia 10 comovendo muitas pessoas, inclusive a presidente da República, Dilma Rousseff. Para minha família e eu, no entanto, a emoção se transformou em um misto de revolta e indignação. Esse documento não dedica um capítulo sequer às pessoas que, como meu pai, foram brutalmente assassinadas por terroristas de esquerda.

Meu pai, Cardênio Jayme Dolce, nasceu em Dom Pedrito (RS), em 1914. Ainda pequeno, mudou-se para Porto Alegre onde fez o Colégio Militar. Na década de 1930, foi morar no Rio de Janeiro, onde serviu na Escola Naval. Saiu da Marinha como aspirante porque não queria prosseguir na carreira militar, seu desejo era ser policial civil.

Foi da Polícia Civil até 1968, quando se aposentou como agente federal de primeira classe, cargo que hoje equivale ao de um delegado da polícia civil. Em 1969, começou a trabalhar como chefe de segurança da Casa de Saúde Dr. Eiras, instituição privada que atendia doentes mentais em Botafogo, no Rio.

Lá trabalhou até 2 de setembro de 1971, quando foi cruel e covardemente morto a tiros de metralhadora disparados por terroristas da ALN (Aliança Libertadora Nacional).

Na época eu tinha 10 anos e meus irmãos, 13, 12 e 8. O grupo terrorista invadiu a clínica onde ele trabalhava para roubar cerca de 100 mil cruzeiros, que seriam pagos aos funcionários. Para realizar o assalto, mataram meu pai e outros dois colegas, Silvino Amancio dos Santos e Demerval Ferreira. O enfermeiro Almir Rodrigues de Morais e o médico foram feridos.

Meus irmãos e eu nos tornamos quatro das 21 crianças que ficaram órfãs de pai depois da chacina promovida pelos terroristas da ALN. Pouco tempo depois do atentado, soubemos pela televisão que havia sido feito um ataque terrorista à Casa de Saúde Dr. Eiras e que meu pai e outros colegas tinham sido baleados. Ou seja, fomos os últimos a saber do atentado.

Depois de 2 de setembro de 1971, nossa rotina se transformou completamente. Meu pai deixou algum patrimônio e uma boa pensão da polícia, mas, apesar disso, minha mãe teve que se desdobrar para sustentar meus três irmãos e eu.
Hoje, aos 79 anos, mamãe continua esperando um pedido de desculpas do Estado.

Minha família nunca entrou na Justiça, pois sabíamos que eram pequenas as chances de haver algum reparo. O dono da Casa de Saúde Dr. Eiras era Leonel Miranda, que tinha sido ministro da Saúde no governo do general Artur da Costa e Silva (1967-1969). Ele prometeu dar amparo às famílias das vítimas.

No final das contas, não fomos amparados por ninguém, nem pela Casa de Saúde Dr. Eiras nem pelo governo militar. Minha família recebeu apenas os direitos trabalhistas do meu pai. Só isso. 

Dos terroristas que assassinaram meu pai, dois estão vivos: Sônia Hipólito, servidora da Câmara dos Deputados, e Flávio Augusto Neves Leão Salles, que vive hoje no Pará.

Minha família, apesar de todo o estrago que foi feito, hoje vive em paz. Eu espero apenas que não se faça a revisão da Lei da Anistia, como querem aqueles que defendem os terroristas de esquerda.

Meu pai não era agente da ditadura, não torturou ninguém, não caçou comunistas. Teve o azar de estar no lugar errado, na hora errada. Quando ouço alguém falar em revisão da Lei da Anistia, fico enojado. Se a lei for revista, minha mãe, aos 79 anos, terá a chance de ver julgados os assassinos de meu pai?

Jaime Edmundo Dolce, 53, é comerciante em Varginha (MG)
 

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  • Felipe Moura Brasil
  • 30 Dezembro 2014

www.veja.com/felipemourabrasil

Nomeado ministro da Defesa pela presidente Dilma Rousseff, o governador petista da Bahia, Jaques Wagner, tem todas as credencias para ocupar o cargo que subentende a responsabilidade pela direção superior das Forças Armadas, pelo estabelecimento de políticas ligadas à segurança do país, e até pela aviação civil:
Wagner sempre patrocinou o MST, idolatra terrorista de esquerda, a taxa de homicídios é alta em seu estado, seu nome está envolvido em denúncias de corrupção, e ele não sabia de nada.
Como poderia haver melhor opção para o PT, logo agora que a ditadura venezuelana firmou acordo com o MST “para fortalecer o que é essencial para uma revolução socialista”?
Em 2009, Wagner gastou R$ 161,3 mil em aluguel de ônibus para levar os sem-terra de volta ao interior após uma invasão de prédio superanimada.
Em 2010, instalou quatro banheiros químicos, um tanque d’água e um barracão como “apoio logístico” para outro protesto.
Em 2011, para comemorar o circuito de 40 propriedades rurais invadidas, forneceu verduras e 600 quilos de carne por dia (com gasto diário de R$ 6 mil) para alimentar os cerca de 3.000 sem-terra que invadiram o prédio da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária, em Salvador. Ofereceu também 32 banheiros químicos, dois chuveiros improvisados e toldos.
A infraestrutura do trio “Abril Vermelho” aumentava a cada ano. Com Wagner na Defesa, não faltarão os camarotes com Open Bar, o Asa de Águia e o Chiclete com Banana.
Como forma de agradecimento pela desocupação da Secretaria, Wagner nomeou Vera Lúcia da Cruz Barbosa secretária de Políticas para as Mulheres. Ela é dirigente do MST, membro da Via Campesina e integrante da Coordenação Nacional dos Movimentos Sociais (CMS).
Uma semana depois, dois grupos pertencentes a esta coordenação (Ceta e MTD) invadiram de novo a Secretaria, na ânsia por um churrasquinho e um cargo no governo.
Em 2013, o MST invadiu a Secretaria de Segurança Pública da Bahia para cobrar agilidade na investigação do assassinato de um dirigente do movimento na zona rural de Iguaí. Como os policiais não conseguiram conter o grupo, o subsecretário da pasta, Ari Pereira, disparou sua arma de fogo. Wagner defendeu o subsecretário, dizendo que o tiro foi só “para intimidar e não se [deixar] concluir o processo de ocupação e invasão no prédio”.
“Não é razoável que a sede da Segurança Pública ou de qualquer outra secretaria seja invadida por uma porção de gente com foice, facão, enxada. As pessoas não podem confundir democracia com baderna”, afirmou Wagner, após anos patrocinando a baderna.
“Daqui a pouco, um integrante do movimento ia estar sentado na cadeira do secretário. Só me faltava essa”, completou o mesmo governador que já havia nomeado uma integrante do movimento para sentar na cadeira da secretaria de Políticas para as Mulheres.
Para um petista, qualquer semelhança com a recomendação atribuída a Lenin – “Xingue-os do que você é, acuse-os do que você faz” – nunca é mera coincidência.
Em agosto de 2013, depois de repassar R$ 120 mil para Daniela Mercury participar da Parada Gay de São Paulo, Wagner decidiu financiar com R$ 200 mil o projeto do “Museu da Resistência”, em homenagem ao chefão de extrema esquerda da ALN (Ação Libertadora Nacional) Carlos Marighella, que defendia abertamente execuções sumárias em seu “Minimanual da Guerrilha Urbana”.
Esses foram os indivíduos assassinados nos covardes atos terroristas da ALN:
– José de Carvalho
– Guido Boné
– Natalino Amaro Teixeira
– José Getúlio Borba
– Newton de Oliveira Nascimento
– José Armando Rodrigues
– Bertolino Ferreira da Silva
– Sylas Bispo Feche
– Iris do Amaral
– Walter César Galleti
– Mário Domingos Panzarielo
– Sílvio Nunes Alves
– Manoel Henrique de Oliveira
Em fevereiro de 2014, para que as criancinhas também se espelhassem no ícone do terrorismo esquerdista, Wagner celebrou no Facebook a mudança de nome do Colégio Médici para Colégio Marighella, onde, assim como no museu e na Comissão da Mentira do PT, as vítimas da ALN serão sempre ignoradas.
Não é de surpreender que um estado governado por um fã de Marighella tenha 37,9 homicídios por 100 mil habitantes, 224% a mais que São Paulo, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2014, que traz o balanço de 2013; e 22 cidades na lista das 100 mais violentas do país, segundo o Mapa da Violência.
A relação delicada entre a gestão Wagner e a Polícia Militar baiana ainda resultou em 52 assassinatos em dois dias de greve da PM em abril deste ano, durante a qual o mesmo governador que contribui para a satanização das Forças Armadas pediu à presidente Dilma que enviasse tropas para socorrer seu estado.
Em setembro, uma reportagem de VEJA revelou que uma ONG chamada Instituto Brasil, criada em 2004 para supostamente facilitar a construção de casas próprias, com dinheiro federal, para pessoas de baixa renda na Bahia, era na verdade um dos braços do PT para desviar dinheiro dos cofres públicos para o bolso dos petistas: R$ 50 milhões ao longo de seis anos, segundo denúncia da própria presidente da entidade, que cuidou do esquema para os petistas até 2010. Dalva Sele Paiva, que disse ter entregado vários pacotes de dinheiro de R$ 20 mil a R$ 50 mil ao deputado federal Afonso Florence quando ele era secretário de Jaques Wagner, disse que era impossível o governador não saber do esquema.
Para completar, Wagner, que é originário do sindicalismo petroleiro, agora também tem o nome envolvido no escândalo do Petrolão a partir das denúncias feitas pela ex-gerente Venina Fonseca. De acordo com uma auditoria interna realizada na Petrobras, duas produtoras de vídeo que trabalharam nas campanhas do governador e de duas prefeitas do PT receberam R$ 4 milhões da estatal em 2008, sem licitação, em projetos autorizados pelo gerente de Comunicação da área de Abastecimento, Geovane de Morais.
Há muito mais coisas interessantes no currículo do novo Ministro da Defesa, mas creio que este resumo é o bastante.
Eu já estou me sentindo muito mais seguro agora. Você não?
Felipe Moura Brasil ? http://www.veja.com/felipemourabrasil
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Tags: Dilma Rousseff, Forças Armadas, Jaques Wagner, MST, PT
 

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  • Humberto Fontova
  • 27 Dezembro 2014

Front Page Magazine, 22 de Dezembro de 2014.

[http://www.frontpagemag.com/2014/humberto-fontova/obama-comes-to-castros-rescue/].
Tradução: Bruno Braga.

Você notou o exato momento da salvação econômica dada por Obama a Castro, de acordo com o anúncio do dia 17 de Dezembro, sob o pretexto de "mudar [nossas] relações com o povo [a ênfase é minha] de Cuba"?

Não? Mas você tem observado os preços nas bombas de gasolina, certo? Estas duas questões estão intimamente ligadas. Ah, por falar nisso, todas as evidências indicam que o "povo" real de Cuba, na verdade, quer as sanções americanas contra o regime stalinista que o tortura [1]. Por isso, o Presidente Obama deveria parar de insultar a inteligência dos Observadores de Cuba com a pretensão de falar e agir em nome deles. Eis a reação que tiveram nesta semana com o presente de Natal antecipado que Obama deu ao ditador stalinista que os tortura:

"Infelizmente, o Presidente Obama tomou a decisão errada. A liberdade e a democracia não serão alcançadas para o povo cubano através dos benefícios dados por ele - não ao povo cubano - mas ao governo de Cuba. O governo cubano só vai aproveitar para fortalecer a máquina repressiva, reprimir a sociedade, o povo, e permanecer no poder" - Berta Soler, líder do "The Ladies in White", o maior grupo dissidente de Cuba.

"[Alan Gross] não foi preso pelo que ele mesmo fez, mas pelo que poderia ser ganho com a sua prisão. Ele era simplesmente uma isca, e eles estavam cientes disso desde o começo... O Castrismo venceu" - Yoani Sanchez, a dissidente cubana mais famosa no exterior.

"Sinto-me como se tivesse sido abandonado no campo de batalha" - Dr. Oscar Elias Biscet, ex-preso político cubano premiado com a Medalha Presidencial da Liberdade pelo Presidente Bush.
A lista de dissidentes cubanos apunhalados e indignados é muito, muito maior.

De qualquer forma, a Venezuela - o "papaizinho" [2] pós-soviético de Cuba - está atualmente em situação econômica difícil com a queda abrupta do preço do petróleo, seu principal produto de exportação. A salvação econômica do regime de Castro parece incerta, daí o "Aqui vou eu para salvar o dia" do Presidente Obama.

Mas vamos encará-lo. Por mais de meia década, o regime stalinista de Castro prendeu, torturou e assassinou milhares de pessoas (incluindo cidadãos americanos), mas a maioria dos americanos parece não dar a mínima. Muito bem. Então vamos consultar mais um dissidente cubano - um que consome um pouco de carne vermelha. Vamos avisar ao cidadão comum e à dona de casa (que de forma muito compreensiva acham todas essas coisas de direitos humanos relativas a um país estrangeiro totalmente irrelevantes) que talvez seja a hora de prestar mais atenção ao problema:
"Se os Estados Unidos permitem financiamento para Cuba, então seriam os contribuintes americanos que sustentariam o regime Castro. Uma vez que ele corre para bater à porta [por crédito], o regime Castro está focado agora nos Estados Unidos" - Rene Gomez Manzanoin, dissidente cubano e três vezes considerado prisioneiro de consciência pela Anistia Internacional.

Bom, a Câmara de Comércio dos Estados Unidos, o lobby agrícola, o Council on Foreing Relations e os agentes de influência de Castro (e eu me repito) evitam de forma compreensiva esta questão como uma praga, daí a sua invisibilidade na mídia. Portanto, ouça: por mais de uma década, o chamado embargo americano, tão difamado pelo Presidente Obama, estabeleceu que o regime stalinista de Castro pague um "adiantamento" [3] por todos os produtos agrícolas americanos através de um banco de terceiros; nenhum Exportador-Importador - contribuinte americano - financia vendas desse tipo. E é isso que enfurece Castro e motiva seus agentes de influência dos Estados Unidos [4].

Promulgada pela equipe de Bush em 2001, essa política de adiantamento [5] tem sido monumentalmente benéfica para os contribuintes americanos, colocando-os entre os poucos no mundo que não são trapaceados pelo regime Castro, que proporcionalmente à população é o maior devedor do mundo, com uma dívida externa estimada em 50 bilhões de dólares, uma classificação de risco próxima à da Somália e um registro ininterrupto de calotes. A Standard & Poors se recusa até mesmo a avaliar Cuba, considerando os dados econômicos apresentados pelo seu apparatchiks stalinista como absolutamente falsos. Só neste ano os russos perdoaram 30 bilhões de dólares que os Castro ainda os devia.

É interessante que um dissidente cubano possa compreender este assunto com mais precisão do que aqueles "defensores dos contribuintes americanos", Rand Paul e Jeff Flake, que aplaudiram fortemente o presente de Natal que Obama deu esta semana a Castro. Da Casa Branca, "Informe: Traçar um novo curso para Cuba":
* Instituições americanas terão permissão para abrir contas correspondentes em instituições financeiras cubanas para facilitar o processamento de transações autorizadas.
* A definição regulamentar do termo estatutário "dinheiro adiantado"será revisada para especificar que ele significa "dinheiro antes da transferência do título"; isso proporcionára um financiamento mais eficiente do comércio autorizado com Cuba.
Opa! Apesar de um pouco superficial, certamente soa como se estivéssemos nos movendo na direção contra a qual Rene Gomez nos alertou. Essa questão foi explicada recentemente com mais detalhes por um colunista do interior no SunNews network do Canadá [6].

Obama alega que temos "isolado" Cuba. Novamente, pare de insultar nossa inteligência, Senhor Presidente. A saber:

Em 1957, quando Cuba era uma "colônia econômica dos Estados Unidos", como é dito constantemente pela mídia (embora os investimentos americanos em Cuba representassem apenas 14% do PIB da ilha), os Estados Unidos exportaram 347,5 milhões de dólares em valor de mercadoria para Cuba.

Em 2013 (quando Cuba estava sendo "estrangulada pelo bloqueio econômico americano", como constantemente é dito pela mídia), os Estados Unidos exportaram 457,3 milhões de dólares para Cuba. De fato, para cada ano de Obama no gabinete do "Cuba-embargo", os Estados Unidos exportaram mais bens para Cuba que em 1957.

Em 1957 (quando Cuba era um "parque de diversão para turistas americanos", como constantemente é dito pela mídia), 263.000 pessoas dos Estados Unidos visitaram Cuba.

Em 2013 (quando Cuba estava sendo diabolicamente "bloqueada" pelos Estados Unidos, de acordo com a mídia), estima-se que 500.00 pessoas dos Estados Unidos visitaram Cuba. Então, com Obama, visitam Cuba duas vezes mais pessoas que nos anos de ouro da década de 1950.

Em 1958, - com um "ditador apoiado pelos Estados Unidos", com os americanos "controlando a economia cubana" (de acordo com a mídia, embora, de fato, as companhias americanas empregassem 7% da força de trabalho de Cuba) - a equipe da embaixada dos Estados Unidos em Cuba era de 87 pessoas, incluindo os funcionários cubanos.

Hoje, que supostamente não há qualquer relação diplomática com Cuba (de acordo com a mídia) a equipe da Seção de Interesse dos Estados Unidos tem 351 pessoas, incluindo os funcionários cubanos. Na verdade, por mais de uma década os Estados Unidos tiveram o dobro de funcionários diplomáticos em Havana que no Canadá e no México juntos. Na zona cinzenta ocupada pela mídia americana isso é "isolamento diplomático".

De ordem executiva em ordem executiva, o Presidente Obama já aboliu as restrições de viagens e envios do Presidente Bush ao feudo patrocinador do terrorismo de Castro. Abriu o oleoduto a um ponto em que o fluxo de caixa dos Estados Unidos para Cuba foi estimado em 4 bilhões de dólares no último ano; enquanto Cuba - uma orgulhosa província da União Soviética - recebia anualmente de 3 a 5 bilhões de dólares dos Sovietes. Em resumo, quase todos os anos desde que Obama assumiu a presidência, escoou mais dinheiro dos Estados Unidos para Cuba que dos Sovietes no auge do seu patrocínio à ilha caribenha. Na zona cinzenta ocupada pelos principais órgãos de mídia isso é conhecido como "embargo econômico".

Em suma, a demonstração é: registro de turismo e investimento estrangeiro em Cuba = registro de repressão do povo cubano. Cada fragmento de evidência observável prova que viajar para Cuba e fazer negócios com essa mafia stalinista enriquece e consolida estes proprietários da economia de Cuba fortemente armados e treinados pela KGB. Desta maneira, eles continuam sendo os mais empolgados guardiões do status quo do Stalinismo e Patrocínio-do-Terror de Cuba.

Esta semana eles estão todos brindando com Obama, rindo e esfregando as mãos. Então, protejam suas carteiras, amigos [7].


Referências.

[1]. Cf. [http://www.capitolhillcubans.com/2014/06/over-830-cuban-democracy-activists-sign.html].
[2]. "Sugar-daddy", "o velho rico que sustenta a jovem namorada".
[3]. "Cash up front".
[4]. Cf. [http://www.amazon.com/Longest-Romance-Mainstream-Media-Castro/dp/1594036675/ref=sr_1_1?s=books&ie=UTF8&qid=1376276049&sr=1-1&keywords=the%20longest%20romance%20humberto%20fontova&tag=viglink20738-20].
[5]. "Cash-up-front policy".
[6]. Cf. [http://www.sunnewsnetwork.ca/video/3949008632001].
[7]. Cf. [http://www.amazon.com/Longest-Romance-Mainstream-Media-Castro/dp/1594036675/ref=sr_1_1?s=books&ie=UTF8&qid=1376276049&sr=1-1&keywords=the%20longest%20romance%20humberto%20fontova&tag=viglink20738-20].
 

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  • Gilberto Simões Pires
  • 26 Dezembro 2014


TRÉGUA NATALINA
Diante do sempre oportunista governo Dilma Neocomunista Rousseff, que se aproveita ainda mais dos momentos festivos para tirar o máximo de obstáculos possíveis do caminho que nos conduz ao Bolivarianismo, não há como se entregar à -politicamente correta-Trégua de Natal.

FALTA TEMPO
Aliás, se existe algo que deva ser comemorado, neste fatídico 2014, é que estamos a apenas cinco dias do seu encerramento. Ou seja: graças à limitação imposta pelo calendário faltará tempo para o governo Dilma completar a sua grande obra, qual seja a de destruir de vez com a economia brasileira.


TRIPÉ DESTRUÍDO
Através de uma -Retrospectiva-, como sugerem quase todos os meios de comunicação a cada fim de ano, fica claro e evidente que ao longo de 2014 o PT simplesmente derrubou o TRIPÉ DE SUSTENTAÇÃO MACROECONOMICA, criado lá no governo FHC.

SUBSTITUIÇÃO

O tripé, que era composto por :
1) METAS DE INFLAÇÃO, com autonomia do Banco Central para chegar lá;
2) CÂMBIO FLUTUANTE; e;
3) RESPONSABILIDADE FISCAL,
foi substituído por um outro, com muito mais presença e força, representado por:
1-MENTIRAS;
2-CORRUPÇÃO; e
2-INCOMPETÊNCIA.


MENTIRAS
Ficando apenas com as MENTIRAS ECONÔMICAS, o ministro Mantega, legítimo ventríloquo de Dilma, abriu 2014 prometendo:
1- Crescimento de 4% do PIB;
2- Inflação de 4,5%; e
3-Superávit Fiscal suficiente para pagar os juros da dívida pública.


REALIDADE
Faltando menos de uma semana para o encerramento do exercício, a realidade é vista totalmente fora da curva:
1- A Economia não deve crescer mais do que 0,2%. Se tanto...
2- A Inflação deve fechar com alta de 6,5%.
3- Quanto ao Superávit, o governo precisou recorrer à alquimia (por lei) para não fechar no vermelho.
4- O Câmbio só não disparou mais devido ao controle do governo (sem livre flutuação, portanto)


CORRUPÇÃO
No item CORRUPÇÃO, este governo já é considerado como -hors concours-. Se em algum momento, por ventura, o PT teve alguma preocupação em propor uma limitação de roubo e safadeza, o fato é que, pelo tamanho que as falcatruas já chegaram, não há similar na face da Terra de algo parecido. A Petrobrás (apenas ela) que o diga.


INCOMPETÊNCIA
Como se as MENTIRAS e CORRUPÇÃO não bastassem, o governo Dilma ainda foi, simplesmente, brilhante em termos de INCOMPETÊNCIA.
Vide, por exemplo, o papel da figura (horripilante) da presidente da Petrobrás, Graça Foster. Mesmo (pelo que se sabe até agora) não sendo beneficiada pelo roubo, a sua absoluta incompetência para presidir foi mais do que revelada até aqui. Pois, só por isso Dilma faz questão de mantê-la no posto. Pode?
 

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  • Carlos I.S. Azambuja
  • 26 Dezembro 2014

“Divide e impera”, ensinava Maquiavel

Ao final da II Guerra Mundial, foi constituída na Hungria uma Frente Nacional integrada por todos os partidos antifascistas. Em novembro de 1945 foram realizadas, em forma totalmente livre, eleições parlamentares. A maioria absoluta foi obtida pelo Partido dos Pequenos Proprietários Agrícolas com 57% dos votos. Em segundo lugar chegaram os socialistas do Partido Social Democrata, com 17,41%. Em terceiro lugar os comunistas, com 16,92%, e finalmente o Partido Nacional Camponês, criado e controlado pelos comunistas, com 6,87%. A pequena quantidade de votos restante foi diluída entre os partidos Liberal e Radical.

Com base nesses resultados foi constituído um governo formado por 7 membros do Partido dos Pequenos Proprietários, 3 comunistas, 3 socialistas e um do Partido Camponês. O Ministério do Interior e, portanto, toda a Polícia, ficou em mãos dos comunistas.

Apesar de contar com menos de 17% dos votos, o Partido Comunista passou a afirmar que “o programa e a política do partido expressavam os verdadeiros interesses de todo o povo” e que agora, face aos resultados eleitorais, era mister “afastar as forças reacionárias da Frente Nacional e da coalizão governamental”.

O primeiro e imediato objetivo dos comunistas era o partido majoritário, dos Pequenos Proprietários Agrícolas. Com esse fim, em março de 1946, o PC isolou esse partido criando dentro da frente única que assumira o governo, um Bloco de Esquerda dirigido pelo Partido Comunista Húngaro e desse Bloco faziam parte o Partido Social Democrata, o Partido Nacional Camponês e os sindicatos, controlados os dois últimos pelos comunistas e com uma forte infiltração entre os socialistas.

A tática utilizada contra os Pequenos Proprietários, partido heterogêneo formado por diversas agremiações, foi assim descrita cinicamente pelo dirigente comunista da época, Matyas Rakosi: “Prosseguia o desmascaramento, separação e isolamento dos elementos reacionários do Partido dos Pequenos Proprietários. Sem lhes dar trégua, esse partido foi obrigado a excluir e expulsar seus membros comprometidos. A isto se denominou a tática do salame, que consistia em despachar, dia a dia, fatia por fatia, a reação que se ocultava no Partido dos Pequenos Proprietários. Mediante essa luta sem trégua, desgastamos a vitalidade do inimigo e lesionamos seu prestígio ante as massas camponesas” (Matyas Rakosi, “A Via da Nossa Democracia Popular”, Revista Sociológica, Budapeste, março/abril de 1952).

Para a adequada aplicação da tática do salame os comunistas procedem à formação de um bloco de partidos e logo o vão liquidando, por fatias, como se fosse um salame, apoiando-se em cada ação naqueles que serão as próximas vítimas. Em resumo: é a liquidação das maiorias por uma minoria ativa.

Na primeira série desse processo eliminatório, os comunistas lograram seu objetivo apoiados em uma feroz campanha propagandística contra os Pequenos Proprietários, auxiliados por agentes comunistas dentro desse partido e inclusive com a suicida colaboração oportunista dos socialistas. Uma vez preparado o clima psicológico apropriado, acusados de reacionários e até traidores da Pátria, todos os anticomunistas destacados do partido, o Ministério do Interior passou a “descobrir” complôs contra o governo. A seguir, em fins de 1946, “foi desmascarado e liquidado um complô”, iniciando-se uma ampla luta contra as forças da reação. Em conseqüência disso, os principais representantes da burguesia foram postos para fora da coalizão e do governo. Assim, em janeiro de 1947, o Secretário-Geral do Partido dos Pequenos Proprietários, Bela Kovacs, foi detido pela polícia secreta sob a acusação de espionagem militar. E logo a seguir, em junho, renuncia e foge do país o Primeiro-Ministro, também desse partido.

Nessas condições as eleições seguintes, em agosto de 1947, apresentavam excelentes perspectivas para os comunistas. Além dos partidos que constituíam a Frente Nacional, foi permitida a apresentação de candidatos da oposição. Essa circunstância foi aproveitada pelos comunistas para criar a União das Mulheres Cristãs e o Partido Democrata Independente, com a finalidade de dividir e ramificar o movimento anticomunista e tirar votos do já combalido Partido dos Pequenos Proprietários. Os socialistas, por sua vez, que começavam a ser fortemente atacados pelos comunistas, denunciaram a intervenção do Ministério do Interior nas eleições. Os resultados das pesquisas apresentaram uma brusca queda dos Pequenos Proprietários: de 57% em 1945 para 15,2% em 1947; os comunistas subiram de 16,9% em 1945 para 21,5%, e seus aliados do Partido Nacional Camponês, de 6,87% para 8,7%, enquanto os socialistas perdiam votos: de 17,41% para 14,8%.

Com os partidos de oposição, que obtiveram 36,8%, a tática do PC não foi diferente. Logo o Partido da Independência (16,1%) foi dissolvido quando seu chefe máximo foi acusado de haver sido protetor de fascistas. O Partido Democrático Popular (14,4%) se desintegrou quando seu principal dirigente foi perseguido e teve que fugir para o estrangeiro. A União das Mulheres Cristãs e o Partido Democrático Independente (7,7% no total), como criaturas que eram do PC, solicitaram seu ingresso na Frente Única, fazendo o mesmo o Partido Radical (1,7%).

Enquanto prosseguia a liquidação sistemática do já decaído Partido dos Pequenos Proprietários, o PC centrava o fogo contra os socialistas, seja intensificando pressões mediante provocações e perseguições nas fábricas, seja tentando seus dirigentes.

A ala esquerda do Partido Social Democrata, cujos dirigentes eram, em sua maioria, agentes comunistas, manobrava contra os elementos realmente democratas do partido. Era a tática do salame novamente em ação. Conforme a opinião científica de Matyas Rakosi, o crescente poder do PC dava a possibilidade de “assestar um golpe decisivo nas forças inimigas incorporadas ao Partido Social Democrata. Cada vez mais – continua Rakosi –colocávamos a descoberto as manobras por meio das quais os dirigentes da Social-Democracia se opunham ao desenvolvimento de nossa democracia popular e ajudavam, assim, os inimigos de nosso povo. Assim, mobilizamos os trabalhadores social-democratas de Budapeste que se opunham crescentemente à política de seus dirigentes. Em 1947, como resultado dessa ação, em Budapeste ocorreu uma crise na cidadela dos organismos social-democratas. Dessa forma, colocamos em evidência, com exemplos concretos, a colaboração de certos dirigentes social-democratas com os fascistas ou espiões imperialistas” (Rakjosi, “A Via da Nossa Democracia Popular”, Revista Sociológica, março/abril de 1952).

O Ministério do Interior, por sua vez, “descobria” novos complôs, agora organizados pelos socialistas. Vários dirigentes foram deportados para a Sibéria enquanto outros eram condenados a trabalhos forçados. Em fins de 1947, finalmente, foi montado um espetacular processo por “alta traição”, sendo condenados, entre outros, um membro da Executiva do partido. Essa perseguição e liquidação dos dirigentes socialistas anticomunistas permitiu que a ala esquerda, pró-comunista, se apoderasse do partido. Entre março e junho de 1948, a “limpeza” realizada pelos agentes do PC dentro do Partido Socialista eliminou mais de 40 mil socialistas anticomunistas e no Parlamento húngaro foram “inabilitados” 35 dos 67 deputados socialistas.

Os comunistas lograram, assim, a destruição do socialismo democrático na Hungria e a capitulação dos restos do Partido Social Democrata, podendo dizer o dirigente comunista G. Kallai: “A reação foi derrotada. Em junho de 1948 se unificaram os dois partidos operários, constituindo-se um partido único, revolucionário, marxista-leninista da classe operária. Com isso foram concluídas as mudanças: a revolução política socialista havia triunfado. A classe operária havia conquistado o Poder” (Revista Internacional nº 10, 1965).

Com essa fusão e o ingresso no Partido Comunista dos restos dos demais partidos, se instaurou na Hungria a “ditadura do proletariado” e o comunismo emergiu como dono absoluto do campo político.

Nas eleições de 1949 – apenas 4 anos depois de cortada a primeira fatia do salame - os eleitores votaram em uma lista única.

 *Historiador

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