• Gilberto Simões Pires
  • 05 Favereiro 2015


PERÍODO PREPARATÓRIO CONCLUÍDO
Para quem ainda não entendeu, não se flagrou, ou permanece na triste condição de -otimista irracional-, é muito bom que saiba que o período preparatório para o Brasil receber, de braços abertos, a intencional -RECESSÃO ECONÔMICA- programada pela presidente Dilma Neocomunista Rousseff, já está praticamente concluído.

ENTRADA TRIUNFAL
Tomando por base a máxima popular de que no nosso país o ano só começa mesmo, para valer, só depois do Carnaval, antes do início do mês de março, portanto, o Brasil deverá fazer a sua entrada triunfal, em forma de mergulho numérico-ornamental, num longo e programado período de RECESSÃO ECONÔMICA.

INTENCIONAL E PROGRAMADA
Atenção: digo intencional e programada porque a RECESSÃO ECONÔMICA foi muito bem estudada, calculada e agendada pelo governo Dilma Neocomunista Petista, para entrar, com pompa e circunstância, logo no início desse seu segundo mandato. Na mosca, como se vê e será muito sentido. Que tal?

NÃO É OBRA DO ACASO
Se o descobrimento do Brasil ainda permanece em dúvida a -Intencionalidade ou Acaso- dos portugueses ancorarem na costa do nosso país, no caso da RECESSÃO ECONÔMICA essa hipótese está totalmente descartada. A RECESSÃO não só é INTENCIONAL como foi cuidadosamente ESTUDADA, PROGRAMADA e PERSEGUIDA.

DETERMINAÇÃO
É importante entender que os sintomas de que haverá um prolongado período de PIB NEGATIVO estão muito claros, evidentes e com probabilidade zero de se constituir em algo brando.
Uma prova, aliás, de que este governo, quando se trata de tragédia, é muito determinado. Ou seja, quando o propósito é a desgraça, aí a turma do PT se enche de entusiasmo e vai em frente. E só descansa depois de lá chegar.

OTIMISTAS IRRACIONAIS
Sabendo ou não que Dilma tinha este propósito, os OTIMISTAS IRRACIONAIS não titubearam: a maioria, com o título de eleitor na mão, consagrou o programa recessivo que já vinha sendo preparado (e confirmado) ao longo do primeiro mandato da neocomunista. Espero, portanto, que desfrutem bastante o caos.

OS CULPADOS JÁ FORAM ESCOLHIDOS
Como o PT e seus seguidores não pregam prego sem estopa, e tudo que fazem é extraído da cartilha cuidadosamente preparada pelo Foro de São Paulo, os dois maiores culpados pela grave RECESSÃO também já foram escolhidos:
1- a CRISE MUNDIAL; e,
2- o falso programa de austeridade, conhecido como SACO de MALDADES, -apresentado- pelo ministro Levy.
Que tal?
 

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  • Vanderlino H. Ramage
  • 05 Favereiro 2015

No anode 2005 estive na Colômbia, e naquela ocasião estava chegando às livrarias a biografia de Pablo Escobar, o mega narcotraficante do chamado Cartel de Medellin. Impressiona a semelhança do que vivenciava aquele país, nos anos 80 e 90 do século passado, com o Brasil de hoje, com os níveis de violência, como decorrência do narcotráfico.
A biografia é um depoimento contundente e sem firulas, dado por Jhon Jairo Velásquez Vásquez, conhecido no mundo do crime como “Popeye”, à jornalista colombiana Astrid Maria Legarda Martínez. “Popeye” era o segundo na hierarquia do Cartel de Medellin, abaixo apenas do super “capo”, Pablo Escobar, sobreviveu ao Cartel, e deuesses depoimentos a partir de 1998, na prisão em Bogotá, Colômbia.

Para aqueles que se interessam, estudiosos, curiosos, sociologos, professores de direito, enfim todos aqueles que acreditam, de que não há efeito sem causa, e sobretudo acreditam no nosso país, recomendo que leiam “El VerdaderoPABLO, Sangre, traicion y muert...”, mutatis mutandis, concluirão de que o Brasil de hoje se encaminha (ou já vive) à Colômbia de ontem.

É inacreditável, mas Pablo Escobar, com seu Cartel de Medellin, chegou a dominar um país inteiro. O Estado Colombiano, foi posto de joelhos, ficou à mercê do traficante. Dominou o Congresso Nacional, chegando ao ponto de mudar a legislação que permitia extradita-lo para os EUA. Entretanto para atingir este nível de dominação, amedrontou a nação através do terror.

É necessário ressaltar,que Pablo angariava a simpatia de parte da população, que via nele um salvador, um benfeitor.Na realidade era um populista bandido, que sabia como poucos manipular as pessoas e carrear os anseios das populações humildes e carentes.Um Robin Hood às avessas, do século XX. Qualquer semelhança com o Brasil de hoje não é mera coincidência.

No auge do seu poder e na luta titânica para não ser extraditado, Pablo Escobarcooptou especialistas dos grupos guerrilheiros ETA, das FARCs, do ELN, do M-19 etc, para as quais fornecia drogas em troca de armamento e treinamento operacional militar.É interessante, nesse relato biográfico,a evidência da simbiose do narcotráfico com as esquerdas latinas, os Sandinistas da Nicarágua, o General Noriega do Panamá, e os donos de “La Isla Paradiso” Cuba. Pablotinha a simpatia dos ditos“movimentos da sociedade organizada”, do “indigenismo”,dos“direitos humanos” etc.
As FARCs brasileiras tem outros nomes, mas são bem conhecidas, tem apelidoscamuflados como “Movimentos Sociais”, inclusive ONGs. Daí talvez, se possa começar a entender porque os “direitos humanos” nunca acodem as vítimas,o policial assassinado ou seus familiares, mas se apiedam sempre do bandido!

No final de sua vida, Pablo com seu Cartel de Medellin, entre outros recordes, contabilizava a morte de 1500 policiais, o assassinato de 03candidatos àpresidência da república, 02 ministros da justiça, 01 senador, 01 procurador da república, um avião com 107 passageiros abatido em pleno voo, mais de 250 atentados com dinamite, morte de mais de 1000 jovens das comunidades, centenas de civis inocentes, sequestros de empresários, jornalistas, políticos, etc, e a proeza de ter acabado com a cúpula do judiciário colombiano de uma tacada só,incluindo a morte de mais de 100 pessoas num único atentado. Foi aí que a nação começou a acordar! Será que o Brasil está necessitando de um choque semelhante?
No caso do Brasil a situação é mais grave, pois contabilizamos quase 60.000 assassinatos por ano, em grande parte, como decorrência do narcotráficoe seus desdobramentos. Incluindo as mortes no trânsito (50.000 por ano),chegamos a um número apocalíptico, de mais de 1.000.000 de mortes violentas em 10 anos. E ainda não acordamos!

É uma guerra das mais devastadores de todos os tempos. E o custo psicológico? Medo, descrença,insegurança. E o custo social e financeiro? Quanto custa aos contribuintes deste país pagar esta guerra fratricida?

Entretanto,o mais inverossímil foi o debate político das últimas eleições sobre o tema, quase nada. A preocupação relevante orbitava sobre a questão GLS, casamento gay, homofobia etc, temas que passaram a ser prioridade nacional, uma questão de Estado. Aliás, continuam como prioridades no Congresso Nacional. Enquanto isso a nação sangra.
Nas questões estratégicas, que realmente interessam para o futuro do nosso país, o Brasil virou o “samba do crioulo doido”: na TV o herói é do UFC, violência que faz do boxe um esporte para os fracos; do “BIG Brother”, da “novela das oito”, e para fechar a semana, o herói da “Dança dos famosos”.

O narcotráfico já mantém muitas áreas “liberadas” em cidades brasileiras,e está na gênese da maior parte da violência deste país. As medidas para extirpar esta chaga, tomadas pelas autoridades,sãode uma candura de fazer chorar o mais insensível dos mortais.
Vejamos: como se trata de uma guerra, o problema escapa a soluções meramente policiais. Todos sabem de onde vem as drogas, por onde entram no país, por onde entram as armas que dão suporte bélico e quem são os respectivos fabricantes.
Portanto as UPPs, tão celebradas como soluções em algumas grandes cidades brasileiras, são apenas respostas políticas de candidatos eleitoreiros.Na prática, servem de mortes anunciadas de policiais que morrem às dezenas, no cumprimento inglório do dever.

De outra parte, as campanhas antidrogas se revelam de um cinismo que despreza a capacidade de percepção e a sensibilidade do ser humano. Se restringem ao “CRACK”, o “genérico” das drogas. O “crack” incomoda ao grande traficante ea sensação que se tem é de que o narcotráfico já controla setores da mídia, dada as investidas para “legalizar” a maconha. Qualquer estudante do segundo grau sabe que a maconha é a porta de entrada para as drogas mais pesadas. O tabaco e o álcool destroem o físico, o narcótico destrói a alma

Causa espanto que os milhões de reais (quiçá bilhões), movimentados pelo narcotráfico, escapem ao controle das autoridades fazendárias deste país. Pois, qualquer brasileiro que já viveu a experiência de movimentar o montante de R$ 100.000,00 sabe que tem um órgão chamado COAF, que controla as movimentações financeiras desse porte. E mais,o dinheiro do tráfico necessita ser “lavado”, e não é feito em lavanderias convencionais. Todos sabem onde eles são “lavados” para legitima-los.

Há muitos anos, na época da inflação galopante, ouvi alguém dizer: “Sabem por que a inflação não acaba? Porque alguém lucra com ela, pois se a sociedade inteira,sem exceção, perdesse, ela acabaria no dia seguinte”.
Este raciocínio vale para o narcotráfico. Além dos narcotraficantes, alguém maislucra, alguém ou alguns muito poderosos, e dá para inferir quais sejam?!

Poderia continuar este raciocínio usando a lógica capitalista. O narcotráfico existe porque existe mercado. Como o maior mercado consumidor do mundo, até segunda ordem, continua sendo o mercado norteamericano, não seria ali,também,que o problema teria que ser atacado prioritariamente?

Num país como o Brasil, onde ocorrem perto de 60 mil assassinatos por ano, esta questão continua não sendo tratada como prioridade nacional, convenhamos, vivemos numa sociedade doente,num paroxismo sem fim!

Lembro-me de uma amiga,que teve seu único filho assassinado num latrocínio. Esta mãe teve que lutar, como só uma mãe o faz, para conseguir prender e manter o bandido na cadeia. Passado algum tempo, alegando insegurança, este facínoraconseguiu a transferência de um presídio de segurança máxima para um presídio de segurança mínima, no interior do Estado. Esta mãe, periodicamente,se dirigia àquela cidade para conferir se o “seu bandido” ainda estava lá encarcerado. Como já sepassaram muitos anos, “a progressão da pena”, a Lei que autoriza bandidos a continuarem praticando novos delitos, já deve ter colocado este assassino no convívio da sociedade.

Os exegetas do Direito dirão: são conquistas da civilização! E, quem pensa diferente, os esquerdopatas logo rotulam de autoritário, direitista e fascista.

Arrematando, me disse aquela mãe: a sociedade brasileira silencia e o silêncio a faz conivente.
Silencia o Executivo, silencia o Judiciário, silencia o Legislativo!

Dizem que“A história se repete duas vezes, a primeira como farsa, a segunda como tragédia”.A farsa é a pseudodemocracia que vivenciamos, a tragédia é o que virá depois!

“Isto não é o fim do mundo, é o fim do Brasil, apenas”!

Florianópolis, dezembro de 2014
Vanderlino H Ramage
Administrador/ Of Ref da AER
 

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  • Bruno Braga
  • 05 Favereiro 2015

A "vida dupla" de João.

João - o Deputado Federal petista que, a despeito de contrariar os princípios e orientações da Igreja Católica, promove sua carreira política apresentando-se como "padre" - consagrou-se à "reforma política". Por onde passa, ele prega a realização de um "Plebiscito Constituinte" e a aprovação de um projeto de lei de "iniciativa popular" subscrito pela CNBB.

O que essas propostas têm em comum - além de maquiarem maliciosamente a ampliação e o fortalecimento do projeto de poder petista-socialista-comunista (Cf. Artigos Recomendados - II) - é o "sermão" da necessidade de impedir a influência do "poder econômico" no processo eleitoral e na política. O "artigo de fé" - o termo da proposta - é um absurdo em si mesmo. E não só por causa do seu caráter ideológico evidente; mas porque ele afasta as empresas - representadas por seus proprietários - da vida pública, proibindo-as de se posicionarem em um plano - o plano político - que determina o exercício de suas atividades.

Mas é oportuno verificar se João realmente vive aquilo que prega. Para isso, a prestação de contas de sua campanha eleitoral - com a qual ele se reelegeu Deputado Federal em 2014 - é um documento precioso. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registra doações do Banco Bom Sucesso, do mega-empresário Benjamin Steinbruch, da Construtora Camargo e Correia, e R$ 76.000,00 da Odebrecht (Cf. Imagem - os destaques em vermelho são meus. Para consultar a documentação completa acesse: [http://inter01.tse.jus.br/spceweb.consulta.receitasdespesas2014/abrirTelaReceitasCandidato.action].
 

Eis a "vida dupla" de João. Ele, que sataniza a iniciativa privada quando prega sobre reforma política, mas parasita o tal "poder econômico" para sustentar o seu poder político. É o modo de viver na fraude. Não só na militância para promover propostas de reforma política, mas no ato de apresentar-se como "padre" - fingindo ser aquilo que não é - para fomentar iniciativas que estão frontalmente em contradição com os princípios da Igreja Católica.

II.

João é Deputado Federal pelo PT de Minas Gerais. Sua primeira legislatura na Câmara foi no ano de 2011 (Cf. [http://www.camara.leg.br/internet/deputado/Dep_Detalhe.asp?id=530068]). Que o parlamentar tenha construído a sua carreira política como "padre", é de fato um absurdo. Porque João viola integralmente os princípios e orientações da Igreja Católica. É filiado a um partido que protagoniza - desde o Foro de São Paulo - a promoção do socialismo-comunismo na América Latina e que tem em sua agenda ítens como a ideologia de gênero, o aborto - o assassinato de crianças - e a legalização das drogas. Um absurdo em parte explicável pela pregação da Teologia da Libertação - um instrumento malicioso que distorce o sentido da fé, dando à militância de João uma "aparência" de "sacerdócio". Uma "aparência" apenas - que ainda deixa as deformidades à mostra - mas capaz de ludibriar o fiel e o público em geral e alavancar sua carreira política.

Contudo, as considerações acima deixam um caso sem explicação. Como é possível que João, em 2012 - portanto, já eleito Deputado Federal e, consequentemente, impedido de celebrar os sacramentos ou ter participação ativa nas questões da Igreja Católica - tenha participado de uma Celebração Eucarística? Como é possível ver na foto abaixo, uma participação solene. Talvez o local da celebração sugira uma resposta: a CNBB.

III.

"MPF acusa deputado federal PADRE JOÃO de usar ministério para fazer campanha em 2014".

- Parlamentar do PT teria utilizado servidores em Minas Gerais para elaborar cartilha.

O Globo, 23 de Janeiro de 2015 [http://oglobo.globo.com/brasil/mpf-acusa-deputado-federal-padre-joao-de-usar-ministerio-para-fazer-campanha-em-2014-15139676].

Os efeitos da Teologia da Libertação - agentes políticos que assaltaram a Igreja Católica disfarçados de "sacerdotes" e "religiosos" para politizar a fé e ludibriar os fiéis. O objetivo é um só: favorecer e ampliar o criminoso projeto de poder petista-socialista-comunista.

IV.

O petista Fernando Pimentel foi eleito Governador de Minas Gerais. Bastou ser empossado o terrorista comunista - "companheiro de armas" da Presidente Dilma Rousseff (Cf. "Pimentel - CODINOME: 'Jorge'" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/09/pimentel-codinome-jorge.html] - para se começar a instalar no estado o mesmo esquema quadrilheiro que está estabelecido no âmbito da administração federal. E para participar do processo de aparelhamento, eis aqui - ora, ora - João. O Deputado Federal do PT - que promove sua carreira política como "padre", apesar de contrariar integralmente os princípios e orientações da Igreja Católica - participa de um "seminário para CONSTRUIR AS DIRETRIZES DA NOVA SECRETARIA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO" na sede do INCRA, em Belo Horizonte (29 de Janeiro de 2015) (Cf. imagem - os destaques em vermelho são meus). Na companhia de João - para decidir itens de políticas públicas em Minas Gerais - está um líder do MST. Do grupo de guerrilha que, disfarçado de "movimento social", é um braço, não só do PT, mas do Foro de São Paulo, para a promoção do projeto de poder socialista-comunista na América Latina.

V.

Em 2014, Elías Jaua - Ministro do Poder Popular para Comunas e Movimentos Sociais da Venezuela - esteve no Brasil para estabelecer um acordo de cooperação com o MST. O governo bolivariano se comprometia com a doutrinação ideológica dos sem-terra e com o treinamento em táticas guerrilha dos seus militantes. Mesmo diante de um escândalo que afetava inclusive a soberania do país, João se prontificou a defender o acordo (Cf. vídeo).

Deputado Federal pelo estado de Minas Gerais, João é uma amostra concreta do que é capaz de produzir a Teologia da Libertação - um simulacro de teologia forjado para distorcer e instrumentalizar a fé, para sorrateiramente tomar de assalto a Igreja Católica, utilizando-a para favorecer o projeto de poder socialista-comunista e promover os seus agentes políticos. João construiu sua carreira política - e a promove - apresentando-se como "padre". Porém, o sacerdócio é apenas um disfarce. Porque ele contraria integralmente os princípios e as orientações da Igreja Católica. João está filiado ao PT. Consequentemente, trabalha para um partido que é protagonista na pretensão de realizar - sob as determinações do Foro de São Paulo - o totalitarismo socialista-comunista na América Latina. João trabalha para um partido que tem entre os ítens de sua agenda a ideologia de gênero, a implantação definitiva do ABORTO no país - isto é, do ASSASSINATO DE CRIANÇAS - e a legalização das drogas.

Muito bem. O discurso do deputado João na defesa do acordo MST-Venezuela é mais uma amostra da Teologia da Libertação - não em tese, mas em ato. Na Câmara dos Deputados, trata-se de um agente político travestido de "padre", esforçando-se com malabarismos conceituais, babando estereótipos e esgoelando pregação militante para encobrir os crimes e mal-feitos dos seus aliados e parceiros. Porque o MST não é apenas um braço do PT de João. É parte do Foro de São Paulo com a maquiagem de "movimento social" e com um objetivo bem definido: erguer a "Patria Grande" socialista-comunista latino-americana.

VI.

O parlamentar mineiro que promove sua carreira política fingindo ser "padre" - é um embusteiro da Teologia da Libertação - celebrava os 30 anos do movimento sem-terra e dava início ao VI Congresso Nacional do MST, que seria realizado em Brasília. Por conta desse evento - patrocinado com dinheiro público -, os sem-terra marcharam pela capital federal - João era um deles (Cf. Artigos Recomendados) - e barbarizaram. A guerrilha petista-socialista-comunista - braço do Foro de São Paulo - ameaçou invadir o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.


ARTIGOS RECOMENDADOS.

I. Sobre João - o Deputado Federal que se disfarça de "padre".

BRAGA, Bruno. "O 'apostolado' do SOCIALISMO-COMUNISMO em Brasília" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/03/o-apostolado-do-socialismo-comunismo-em.html].
______. "MST e 'apóstolo da revolução' - JUNTOS - BARBARIZANDO em Brasília" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/03/mst-e-apostolo-da-revolucao-juntos.html].
______. "JOÃO e o seu 'apostolado da revolução'" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/05/joao-e-o-seu-apostolado-da-revolucao.html].
______. "O MST e o Foro de São Paulo" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/12/o-mst-e-o-foro-de-sao-paulo.html].
______. "Os 'padres' que absolveram Dilma" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/12/os-padres-que-absolveram-dilma.html].

II. Sobre a Reforma Política.

BRAGA, Bruno. "Padres pregam proposta de reforma política. Fiéis, não assinem!" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/07/padres-pregam-proposta-de-reforma.html].
______. "O porta-voz comunista da reforma política celebrada por padres" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/07/o-porta-voz-comunista-da-reforma.html].
______. "A reforma política da CNBB. Católicos, não assinem!" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/08/a-reforma-politica-da-cnbb-fieis.html].
______. "CNBB firma PACTO com Governo PETISTA: promover a reforma política SOCIALISTA-COMUNISTA" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/08/cnbb-firma-pacto-com-governo-petista.html].
______. "'O Chefe' convoca a militância para a reforma política da CNBB" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/08/o-chefe-convoca-militancia-para-reforma.html].
______. "O 'poder econômico' no projeto de reforma política da CNBB" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/09/o-poder-economico-no-projeto-de-reforma.html].
______. "Ameaças e intimidações para promover Reforma Política. E agora, CNBB?" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/11/ameacas-e-intimidacoes-para-promover.html].
______. "CNBB se associa a bando que atacou a sede da Editora Abril para reivindicar Reforma Política 'democrática'" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/11/cnbb-se-associa-bando-socialista.html].
______. "Se a CNBB realmente quer 'eleições limpas'..." [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/11/se-cnbb-realmente-quer-eleicoes-limpas.html].

NOTA.
ASSINE e COMPARTILHE esta petição: "Pela retirada da CNBB do projeto de Reforma Política e Plebiscito Constituinte" [http://www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR77163].

 

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  • Olavo de Carvalho
  • 04 Favereiro 2015

Volto à análise da Teologia da Libertação.
Se a coisa e até o nome que a designa vieram prontos da KGB, isso não quer dizer que seus pais adotivos, Gutierrez, Boff e Frei Betto, não tenham tido nenhum mérito na sua disseminação pelo mundo. Ao contrário, eles desempenharam um papel crucial nas vitórias da TL e no mistério da sua longa sobrevivência.

Os três, mas principalmente os dois brasileiros, atuaram sempre e simultaneamente em dois planos. De um lado, produzindo artificiosas argumentações teológicas para uso do clero, dos intelectuais e da Cúria romana. De outro lado, espalhando sermões e discursos populares e devotando-se intensamente à criação da rede de militância que se notabilizaria com o nome de “comunidades eclesiais de base” e viria a constituir a semente do Partido dos Trabalhadores. “Base” é aliás o termo técnico usado tradicionalmente nos partidos comunistas para designar a militância, distinguindo-a dos líderes. Sua adoção pela TL não foi mera coincidência. Quando os pastores se transformaram em comissários políticos, o rebanho tinha mesmo de tornar-se “base”.

No seu livro E a Igreja se Fez Povo, de 1988, Boff confessa que foi tudo um “plano ousado”, concebido segundo as linhas da estratégia da lenta e sutil “ocupação de espaços” preconizada pelo fundador do Partido Comunista Italiano, Antonio Gramsci. Tratava-se de ir preenchendo aos poucos todos os postos decisivos nos seminários e nas universidades leigas, nas ordens religiosas, na mídia católica e na hierarquia eclesiástica, sem muito alarde, até chegar a época em que a grande revolução pudesse exibir-se a céu aberto.

Logo após o conclave que o elegeu, em 1978, o papa João Paulo I teve um encontro com vinte cardeais latino-americanos e ficou muito impressionado com o fato de que a maioria deles apoiava ostensivamente a Teologia da Libertação. Informaram-lhe, na ocasião, que já havia mais de cem mil “comunidades eclesiais de base” disseminando a propaganda revolucionária na América Latina. Até então, João Paulo I conhecia a TL apenas como especulação teórica. Nem de longe imaginava que ela pudesse ter se transformado numa força política de tais dimensões.

Em 1984, quando o cardeal Ratzinger começou a desmontar os argumentos teóricos da “Teologia da Libertação”, já fazia quatro anos que as “comunidades eclesiais de base” tinham se transfigurado num partido de massas, o Partido dos Trabalhadores, cuja militância ignora maciçamente quaisquer especulações teológicas, mas jura que Jesus Cristo era socialista porque assim dizem os líderes do partido.

Dito de outro modo, a pretensa argumentação teológica já tinha cumprido o seu papel de alimentar discussões e minar a autoridade da Igreja, e fora substituída, funcionalmente, pela pregação aberta do socialismo, onde o esforço aparentemente erudito de aproximar cristianismo e marxismo cedia o passo ao manejo de chavões baratos e jogos de palavras nos quais a militância não procurava nem encontrava uma argumentação racional, mas apenas os símbolos que expressavam e reforçavam a sua unidade grupal e o seu espírito de luta.

O sucesso deste segundo empreendimento foi proporcional ao fracasso do trio na esfera propriamente teológica. É possível que na Europa ou nos EUA um formador de opinião com pretensões de liderança não sobreviva à sua desmoralização intelectual, mas na América Latina, e especialmente no Brasil, a massa militante está a léguas de distância de qualquer preocupação intelectual e continuará dando credibilidade ao seu líder enquanto este dispuser de um suporte político-partidário suficiente.

No caso de Boff e Betto, esse suporte foi nada menos que formidável. Fracassadas as guerrilhas espalhadas em todo o continente pela OLAS, Organización Latino-Americana de Solidariedad, fundada por Fidel Castro em 1966, a militância se refugiou maciçamente nas organizações da esquerda não-militar, que iam colocando em prática as ideias de Antonio Gramsci sobre a “ocupação de espaços” e a “revolução cultural”. A estratégia de Gramsci usava a infiltração maciça de agentes comunistas em todos os órgãos da sociedade civil, especialmente ensino e mídia, para disseminar propostas comunistas pontuais, isoladas, sem rótulo de comunismo, de modo a obter pouco a pouco um efeito de conjunto no qual ninguém visse nada de propaganda comunista, mas no qual o Partido, ou organização equivalente, acabasse controlando mentalmente a sociedade com “o poder invisível e onipresente de um mandamento divino, de um imperativo categórico” (sic).

Nenhum instrumento se prestava melhor a esse fim do que as “comunidades eclesiais de base”, onde as propostas comunistas podiam ser vendidas com o rótulo de cristianismo. No Brasil, o crescimento avassalador dessas organizações resultou, em 1980, na fundação do Partido dos Trabalhadores, que se apresentou inicialmente como um inocente movimento sindicalista da esquerda cristã e só aos poucos foi revelando os seus vínculos profundos com o governo de Cuba e com várias organizações de guerrilheiros e narcotraficantes. O líder maior do Partido, Luís Inácio “Lula” da Silva, sempre reconheceu Boff e Betto como mentores da organização e dele próprio.

Nascido no bojo do comunismo latino-americano por intermédio das “comunidades eclesiais de base”, o Partido não demoraria a devolver o favor recebido, fundando, em 1990, uma entidade sob a denominação gramscianamente anódina de “Foro de São Paulo”, destinada a unificar as várias correntes de esquerda e a tornar-se o centro de comando estratégico do movimento comunista no continente.

Segundo depoimento do próprio Frei Betto, a decisão de criar o Foro de São Paulo foi tomada numa reunião entre ele, Lula e Fidel Castro, em Havana. Durante dezessete anos o Foro cresceu em segredo, chegando a reunir aproximadamente duzentas organizações filiadas, misturando partidos legalmente constituídos, grupos de sequestradores como o MIR chileno e quadrilhas de narcotraficantes como as Farc, que juravam nada ter com o tráfico de drogas mas então já costumavam trocar anualmente duzentas toneladas de cocaína colombiana por armas contrabandeadas do Líbano pelo traficante brasileiro Fernandinho Beira-Mar.

Quando Lula foi eleito presidente do Brasil, em 2002, o Foro de São Paulo já havia se tornado a maior e mais poderosa organização política em ação no território latino-americano em qualquer época, mas sua existência era totalmente desconhecida pela população e, quando denunciada por algum investigador, cinicamente negada. O bloqueio chegou ao seu ponto mais intenso quando, em 2005, o sr. Lula, já presidente do Brasil, confessou em detalhes a existência e as atividades do Foro de São Paulo. O discurso foi publicado na página oficial da Presidência da República, mas mesmo assim a grande mídia em peso insistiu em fingir que não sabia de nada.

Por fim, em 2007, o próprio Partido dos Trabalhadores, sentindo que o manto de segredo protetivo já não era necessário, passou a alardear aos quatro ventos os feitos do Foro de São Paulo, como se fossem coisa banal e arqui-sabida. Somente aí os jornais admitiram falar do assunto.

Por que o segredo podia agora ser revelado? Porque, no Brasil, toda oposição ideológica tinha sido eliminada, restando apenas sob o nome de “política” as disputas de cargos e as acusações de corrupção vindas de dentro da própria esquerda; ao passo que, na escala continental, os partidos membros do Foro de São Paulo já dominavam doze países. As “comunidades eclesiais de base” haviam chegado ao poder. Quem, a essa altura, iria se preocupar com discussões teológicas ou com objeções etéreas feitas vinte anos antes por um cardeal que levara a sério o sentido literal dos textos e mal chegara a arranhar a superfície política do problema?

Nos doze anos em que permaneceu no poder, o PT expulsou do cenário toda oposição conservadora, partilhando o espaço político com alguns aliados mais enragés e com uma branda oposição de centro-esquerda, e governou mediante compras de consciências, assassinatos de inconvenientes e a apropriação sistemática de verbas de empresas estatais para financiar o crescimento do partido.

A escalada da cleptocracia culminou no episódio da Petrobrás, onde o desvio subiu à escala dos trilhões de reais, configurando, segundo a mídia internacional, o maior caso de corrupção empresarial de todos os tempos. Essa sucessão de escândalos provocou algum mal-estar na própria esquerda e constantes reclamações na mídia, levando aintelligentsia petista a mobilizar-se em massa para defender o partido. Há mais de uma década os srs. Betto e Boff estão ocupados com essa atividade, na qual a teologia só entra como eventual fornecedora de figuras de linguagem para adornar a propaganda partidária. A TL havia assumido, finalmente, sua mais profunda vocação.

Quem quer que leia os escritos de Gutierrez, Boff e Betto descobre facilmente as suas múltiplas inconsistências e contradições. Elas revelam que esse material não resultou de nenhum esforço teorizante muito sério, mas do mero intuito de manter os teólogos de Roma ocupados em complexas refutações teológicas enquanto a rede militante se espalhava por toda a América Latina, atingindo sobretudo populações pobres desprovidas de qualquer interesse ou capacidade de acompanhar essas altas discussões.

Os boiadeiros chamam isso de “boi-de-piranha”: jogam um boi no rio para que os peixes carnívoros fiquem ocupados em devorá-lo, enquanto uns metros mais adiante a boiada atravessa as aguas em segurança.

Intelectualmente e teologicamente, a TL está morta há três décadas. Mas ela nunca foi um movimento intelectual e teológico. Foi e é um movimento político adornado por pretextos teológicos artificiosos e de uma leviandade sem par, lançados nas águas de Roma a título de “boi de piranha”. A boiada passou, dominou o território e não existem piranhas de terra firme que possam ameaçá-la.

Sim, a TL está morta, mas o seu cadáver, elevado ao posto mais alto da hierarquia de comando, pesa sobre todo um continente, oprimindo-o, sufocando-o e travando todos os seus movimentos. A América Latina é hoje governada por um defunto.
 

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  • Ives Gandra da Silva Martins
  • 03 Favereiro 2015

À luz de um raciocínio exclusivamente jurídico, há fundamentação para o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff


Pediu-me o eminente colega José de Oliveira Costa um parecer sobre a possibilidade de abertura de processo de impeachment presidencial por improbidade administrativa, não decorrente de dolo, mas apenas de culpa. Por culpa, em direito, são consideradas as figuras de omissão, imperícia, negligência e imprudência.

Contratado por ele --e não por nenhuma empreiteira-- elaborei parecer em que analiso o artigo 85, inciso 5º, da Constituição (impeachment por atos contra a probidade na administração).

Analisei também os artigos 37, parágrafo 6º (responsabilidade do Estado por lesão ao cidadão e à sociedade) e parágrafo 5º (imprescritibilidade das ações de ressarcimento que o Estado tem contra o agente público que gerou a lesão por culpa --repito: imprudência, negligência, imperícia e omissão-- ou dolo). É a única hipótese em que não prescreve a responsabilidade do agente público pelo dano causado.

xaminei, em seguida, o artigo 9º, inciso 3º, da Lei do Impeachment (nº 1.079/50 com as modificações da lei nº 10.028/00) que determina: "São crimes de responsabilidade contra a probidade de administração: 3 - Não tornar efetiva a responsabilidade de seus subordinados, quando manifesta em delitos funcionais ou na prática de atos contrários à Constituição".

A seguir, estudei os artigos 138, 139 e 142 da Lei das SAs, que impõem, principalmente no artigo 142, inciso 3º, responsabilidade dos Conselhos de Administração na fiscalização da gestão de seus diretores, com amplitude absoluta deste poder.

Por fim, debrucei-me sobre o parágrafo 4º, do artigo 37, da Constituição Federal, que cuida da improbidade administrativa e sobre o artigo 11 da lei nº 8.429/92, que declara: "Constitui ato de improbidade administrativa que atente contra os princípios da administração pública ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições".

Ao interpretar o conjunto dos dispositivos citados, entendo que a culpa é hipótese de improbidade administrativa, a que se refere o artigo 85, inciso 5º, da Lei Suprema dedicado ao impeachment.

Na sequência do parecer, referi-me à destruição da Petrobras, reduzida a sua expressão nenhuma, nos anos de gestão da presidente Dilma Rousseff como presidente do Conselho de Administração e como presidente da República, por corrupção ou concussão, durante oito anos, com desfalque de bilhões de reais, por dinheiro ilicitamente desviado e por operações administrativas desastrosas, que levaram ao seu balanço não poder sequer ser auditado.

Como a própria presidente da República declarou que, se tivesse melhores informações, não teria aprovado o negócio de quase US$ 2 bilhões da refinaria de Pasadena (nos Estados Unidos), à evidência, restou demonstrada ou omissão, ou imperícia ou imprudência ou negligência, ao avaliar o negócio.

E a insistência, no seu primeiro e segundo mandatos, em manter a mesma diretoria que levou à destruição da Petrobras está a demonstrar que a improbidade por culpa fica caracterizada, continuando de um mandato ao outro.

À luz desse raciocínio, exclusivamente jurídico, terminei o parecer afirmando haver, independentemente das apurações dos desvios que estão sendo realizadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público (hipótese de dolo), fundamentação jurídica para o pedido de impeachment (hipótese de culpa).

Não deixei, todavia, de esclarecer que o julgamento do impeachment pelo Congresso é mais político que jurídico, lembrando o caso do presidente Fernando Collor, que afastado da Presidência pelo Congresso, foi absolvido pela suprema corte. Enviei meu parecer, com autorização do contratante, a dois eminentes professores, que o apoiaram (Modesto Carvalhosa, da USP, e Adilson Dallari, da PUC-SP) em suas conclusões.

* Advogado, é professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra

www.gandramartins.adv.br


 

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  • Marco Antônio Villa
  • 03 Favereiro 2015

 

A presidente imaginou (ingenuamente) que a vitória obtida nas urnas era mérito seu.

O governo Dilma acabou. É caso único na história republicana brasileira. Vitorioso nas urnas, duas semanas depois do pleito já dava sinais de exaustão. De um lado, a forma como obteve a vitória (usando da calúnia e da difamação) enfraqueceu a petista; de outro, o péssimo cenário econômico e as gravíssimas acusações de corrupção emparedaram o governo.

 Esperava-se que Dilma aproveitasse os louros da vitória para recompor a base política e organizasse um ministério sintonizado com o que tinha prometido na campanha eleitoral. Não foi o que aconteceu.

Acabou se sujeitando ao fisiologismo descarado e montou um ministério medíocre, entre os piores já vistos em Pindorama. 

A presidente imaginou (ingenuamente) que a vitória obtida nas urnas era mérito seu. Pobre Dilma. Especialmente no segundo turno, quem venceu foi Lula. Sem a participação direta do ex-presidente, ela teria sido derrotada. Vale sempre lembrar que, em vários comícios da campanha, a candidata foi “representada” por Lula.

Mas ela entendeu que a vitória daria uma espécie de salvo-conduto para organizar a seu bel-prazer o Ministério e as articulações políticas com o Congresso Nacional. Ledo engano. Em um mês de governo, já gastou o crédito dado a qualquer presidente em início de mandato.

Isolada no Palácio do Planalto, a presidente perdeu a capacidade de iniciativa política. E pior: se cercou de auxiliares ruins, beirando o pusilânime. Nenhum governo sério pode ter na coordenação política Aloizio Mercadante.

Na primeira presidência Dilma, ele ocupou três ministérios distintos e não deixou sequer uma simples marca administrativa. Foi um gestor de soma zero. Lula, espertamente, nunca o designou para nenhuma função executiva. Conhece profundamente as limitações do ex-senador e sabe o potencial desagregador do petista.

Não satisfeita com a ruinosa escolha, Dilma nomeou para a coordenação política o inexpressivo e desconhecido Pepe Vargas. Não é a primeira vez que a presidente mete os pés pelas mãos ao formar sua equipe política. É inesquecível a dupla Gleisi Hoffmann e Ideli Salvatti, mas naquele momento a conjuntura política e o cenário econômico eram distintos.

Assolada pelo petrolão — que pode colocar em risco o seu mandato —, Dilma passou um mês escondida dos brasileiros. Compareceu à posse — que era o mínimo que se poderia esperar dela —, discursou e sumiu. Reapareceu na ridícula reunião ministerial, discursou sobre um país imaginário, brigou com um funcionário e só.
Poderia ter aproveitado o tempo para articular a sua base de sustentação no Congresso. Mas não. Delegou aos auxiliares a atribuição presidencial. Ela dá a impressão de que não gosta da sua função, que não tem qualquer prazer no exercício da presidência e que estaria somente cumprindo uma missão (mas para quem?).

Como seria de se esperar, foi duplamente derrotada na eleição paras as mesas diretoras da Câmara e do Senado. Na Câmara foi mais que derrotada, foi humilhada. Seu candidato teve quase que o mesmo número de Júlio Delgado e metade dos votos do vencedor.

Em outras palavras, ficou a sensação de que o governo tem seguros apenas 25% dos votos dos deputados. Se fosse no final da gestão, seria ruim mas até compreensível. Porém, a nova presidência mal começou. Mais da metade dos parlamentares forma uma maioria gelatinosa, sem forma e que pode a qualquer momento, dependendo da situação política, se voltar contra Dilma.

No Senado, a vitória com Renan Calheiros pode ter vida curta. Ainda no ano passado foi revelada uma lista de parlamentares envolvidos com o doleiro Alberto Yousseff e dela fazia parte o senador por Alagoas.

Caso se confirme, veremos novamente o filme de 2007: ele deverá renunciar à presidência para, ao menos, garantir o seu mandato. E naquela Casa — agora com uma participação mais qualificada da oposição — também a maioria dos senadores vai, primeiro, pensar em garantir o seu futuro político e depois em defender o governo.

Dessa forma, Dilma corre perigo. Sem uma segura base parlamentar, tendo, especialmente na Câmara, um presidente que não reza pela sua cartilha; e com uma pífia coordenação política, poderá ter a curto prazo sérios problemas.

De forma mais direta: vai ter de engolir uma CPI sobre a Petrobras. E com o que conhecemos até hoje da Operação Lava-Jato, o seu mandato pode ser abreviado — caso, evidentemente, se confirmem as denúncias envolvendo a empresa, políticos, empreiteiras e o Palácio do Planalto.

Lula se mantém em silêncio. Estranho, muito estranho. Por quê? Ele, que sempre falou sobre tudo, mesmo quando não perguntado, agora está homiziado em São Bernardo do Campo. Medo? Teria vergonha da compra da refinaria de “Passadilma”?

E o projeto mais desastroso da história do Brasil, a refinaria de “Abreu e Lulla”? Como explicar que tenha custado dez vezes mais do que foi orçada? Conseguiria responder sobre a amizade com Paulo Roberto Costa, mais conhecido como “Paulinho do Lula”? O silêncio é uma forma de confissão? Afinal, foi durante a sua presidência que foram gestados estes escândalos.

Teremos um 2015 agitado, o que é muito bom. Nunca um governo na História da República esteve tão maculado pela corrupção, nunca. O que o Brasil quer saber é se a oposição estará à altura da sua tarefa histórica.

Se não cometerá os mesmo erros de 2005, no auge da crise do mensalão, quando não soube ler a conjuntura e abriu caminho para a consolidação do que o ministro Celso de Mello, em um dos votos no julgamento do mensalão, chamou de “projeto criminoso de poder.”
 

O Globo, 03/02/2015

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