Dagoberto Lima Godoy
Os discursos dos presidentes do Brasil e da Argentina, na recente sessão de abertura da ONU, põem na tela claramente duas visões de mundo e duas perspectivas do futuro de seus países.
Lula, além da propaganda duvidosa das realizações do seu governo, afirmou sua aprovação do Pacto de Futuro, o documento assinado dois dias antes, que nada mais é do que um reforço da Agenda 2030 e dos ODS -Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Isso, mesmo ele reconhecendo o “alcance limitado” do badalado pacto, que, nas suas palavras, anda em círculos entre compromissos possíveis e resultados insuficientes.
Não se precisa ser um leitor muito arguto, para perceber a mensagem de Lula a favor de uma “governança intergovernamental”, como deixou claro com referência à inteligência artificial, ou quando insistiu na “cooperação internacional para desenvolver padrões mínimos de tributação global”.
Milei, por sua vez, denunciou o tal Pacto do Futuro como nada mais que um “aprofundamento do trágico curso” que a ONU vem tomando, o que, nas palavras do seu Secretário Geral (que Milei cita), “requer a definição de um novo contrato social em escala global”, redobrando os compromissos da Agenda 2030. Milei avaliou como “ridículas” as políticas promovidas pelo Fórum Econômico Internacional (aquele de Davos), “com antolhos malthusianos”, como a de Emissões Zero ou as ligadas a direitos sexuais e de reprodução. Afirmou com vigor que a Agenda 2030, ainda que bem intencionada, não é outra coisa senão “um programa de governo supranacional, de corte socialista”, que propõe medidas que “atentam contra a soberania dos Estados-Nações e violentam o direito à vida, à liberdade e à propriedade das pessoas”.
Enquanto Lula terminou seu discurso clamando por mudanças, que parecem ser daquelas que mudam para tudo ficar como está, Milei desmascara a ONU como “uma organização que impõe uma agenda ideológica a seus membros”, e tem sido uma das principais promotoras da violação sistemática da liberdade, dando o exemplo das quarentenas impostas globalmente em 2020, as quais ele taxou de “delito de lesa humanidade”.
Num pronunciamento que considero de valor histórico, por desvendar as construções doutrinárias politicamente corretas que tomam conta do mundo atual, Milei parece rebater um dos pontos defendidos por Lula, quando denuncia as políticas da ONU como um modelo de “governo supranacional de burocratas internacionais”, que pretendem impor aos cidadãos do mundo um modo de vida padrão. Abro parênteses para registrar que minha experiência pessoal como membro, por doze anos, do Conselho de Administração da Organização Internacional do Trabalho (OIT), uma estrela da constelação da ONU, me induz a modestamente endossar essa definição.
Milei ainda marca outros pontos essenciais, como o coletivismo da agenda woke e a lembrança de que a história do mundo demonstra que a única maneira de garantir a prosperidade é limitando o poder do monarca, garantindo a igualdade ante a lei e defendendo o direito à vida, a liberdade e a propriedade dos indivíduos.
Não é preciso ir adiante para identificar, nos pronunciamentos dos dois governantes, as linhas mestras que conduzem os seus governos. Ai de nós, brasileiros, que bem conhecemos as consequências. E as sofremos.
25-09-2024
Gilberto Simões Pires
RISCO
Antes de tudo, RISCO, por definição, é resultante do cálculo da PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA de algo INCERTO ou DESCONHECIDO. Por consequência, portanto, o RISCO é algo inerente ao FRACASSO e/ou ao SUCESSO, de tudo que está em jogo, tanto para aquilo que PROJETAMOS quanto para o que achamos por bem INVESTIR.
DESEQUILÍBRIO ENTRE RECEITAS E DESPESAS DO GOVERNO
Pois, partindo desta clara e indiscutível premissa, não cabe dizer que o Brasil corre sério RISCO FISCAL, como a grande maioria dos ECONOMISTAS e PALPITEIROS -fala e escreve-, diariamente, na vã tentativa de explicar o crescente e incrivelmente prazeroso -DESEQUILÍBRIO ENTRE RECEITAS E DESPESAS DO GOVERNO-.
CERTEZA
Portanto, se levarmos em conta mais do que certa que RISCO é resultante da PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA, em se tratando da QUESTÃO FISCAL do nosso empobrecido Brasil a tal PROBABILIDADE já deu lugar à CERTEZA DE OCORRÊNCIA DO FRACASSO. Mais: considerando que o propósito do PT e seus aliados sempre foi a DESTRUIÇÃO ECONÔMICA, o ROMBO FISCAL é festejado como um RETUMBANTE SUCESSO.
ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO 2025
Esta verdade é de tal forma CRISTALINA que nem mesmo a eterna e perseguida PRETENSÃO PETISTA/COMUNISTA de AUMENTAR DRASTICAMENTE OS IMPOSTOS, como está posto claramente no -ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO 2025, tem como propósito ZERAR O ROMBO FISCAL do próximo exercício. Ou seja, o PT et caterva só tem olhos voltados para INDECENTES E CRESCENTES DESPESAS PÚBLICAS.
Alex Pipkin, PhD
Nada é tão ruim que não possa piorar.
Em nome da suposta defesa da civilidade democrática, o atual governo brasileiro, alinhado com o Supremo Tribunal, está, factualmente, não só destruindo os valores democráticos verde-amarelos, como também penhorando o futuro de gerações de brasileiros.
Objetivamente, todo o transparente autoritarismo que se vê, foi meticulosamente planejado, sendo executado conforme manda o figurino coletivista. A cada dia que passa, na república das bananas, do arrozal, e da “in”justiça, o consórcio coletivista, mesmo sob às visíveis e inquestionáveis arbitrariedades, e a eliminação dos direitos e das liberdades individuais, tem dobrado a aposta.
A dobradinha trabalha duro e ditatorialmente, a fim de centralizar o poder, censurar vozes dissonantes, e eliminar a vital individualidade, com o claro objetivo de, cada vez mais, coletivizar e exercer o controle via poder de Estado.
Evidente que fatos como a proibição do X no país, almejam ceifar a dissidência e suprimir os planos e aspirações do indivíduo, em favor do abstrato Estado coletivista. Esse filme de terror, digno de Hitchcock, não traz muitos novidades, comparando-se as ações do referido consórcio, com aquilo que já foi vivenciado e amplamente exposto no ciclo de vida soviético, cambojano, entre outros, e na Venezuela do “companheiro” Maduro. A ideologia do fracasso, o coletivismo, necessita enfraquecer e acabar com os direitos e as liberdades individuais, transformando os indivíduos em, literalmente, servos do Estado.
O engodo da preocupação com o bem-comum, tem o nefasto poder de ludibriar mentes idealistas, despreparadas, e/ou interesseiras, destruindo o poder da agência individual, exterminando as possibilidades das pessoas agirem de acordo com seu livre arbítrio, segundo seus próprios objetivos e planos de vida.
?A imposição do árbitro, de ameaças e do medo, vai corroendo o pensamento, a responsabilidade e a ação individual, que são substituídas a fórceps pela necessidade da ação do Estado coercitivo, esse decidindo sobre tudo e todos, inclusive na esfera privada.
Mais uma vez, o estrago para as gerações brasileiras futuras é incalculável e devastador. Todo o avanço das narrativas e do projeto coletivista nacional, atua como um câncer maligno nas liberdades individuais, e no essencial estímulo a responsabilidade individual e a autodeterminação, ingredientes indispensáveis para o progresso humano.
O “pai dos pobres”, apologista do grupo terrorista Hamas, quer a paz no mundo, o político, disfarçado sob a toga preta de ministro, deseja a defesa da “democracia e do Estado de Direito”, arbitram eles. Porém, as aparências já não enganam mais, nem só os incautos brasileiros, como também, o mundo.
O que o consórcio tem realizado, sem qualquer brecha de dúvidas, é subverter os valores civilizações que ergueram a “sociedade civilizada” e verdadeiramente progressista, ou seja, os da civilidade democrática, da genuína liberdade de pensamento e expressão, da fatual tolerância e da realidade objetiva.
Também não é nenhuma novidade o corolário disso que aí se apresenta: decadência moral, econômica e, evidente, o empobrecimento humano na terra do pau Brasil.
Dartagnan da Silva Zanela
Há um belíssimo ensaio de Ortega y Gasset intitulado "No ser hombre de partido", onde o mesmo apresenta-nos uma longa reflexão sobre a tomada de posição em relação às contendas políticas que tomam conta da vida nas sociedades contemporâneas.
Como todos nós muito bem sabemos, não existe essa história de não tomar partido e isso vale, principalmente, para a turma que prefere colocar-se em uma torre de marfim, toda limpinha, acima do bem e do mal, muito além das disputas e picuinhas da direita e da esquerda; pessoas essas que se consideram isentas, prudentes e muitíssimo sofisticadas e que, de forma muito ladina, querem apenas e tão somente, se possível for, tirar o máximo de vantagem de qualquer time que venha a encilhar sua cela política na égua baia do poder estatal.
Se nos portamos desse modo não estamos, de modo algum, agindo por princípios, nada disso. Estamos apenas elevando, a categoria de princípios, os nossos interesses tacanhos e imediatistas, disfarçando-os com as plumas e paetês de uma desavergonhada e suposta superioridade moral. Resumindo: não há nada de digno nesse tipo de oportunismo rastaquera.
Doutra parte, é importante lembrarmos, que não há nada de profundamente meritório em ser um "homem de partido", que defende com unhas e dentes todas as traquitanas e estripulias que são orquestradas por um partido político, ou que são praticadas em nome dele. Se agimos assim, estamos, de forma insensata, abdicando do uso da nossa consciência para colocar em seu lugar os ditames de uma agremiação política.
Quando procedemos dessa maneira, acabamos por confundir a tomada de partido em relação a algo, com a tomada de nossa consciência por um partido, para nos manipular em relação a tudo.
Como diria Ortega y Gasset, muitas e muitas pessoas preferem agir assim por causa da segurança psicológica que lhes é dada pelo fato de estarem integrando um grupo. Há pessoas que preferem ter sua mente carregada pelas mãos invisíveis de um partido, e arrastada pelos tentáculos de uma multidão, do que andar, de forma claudicante, com pernas da sua própria consciência.
Diante do exposto, o que seria então menos danoso para a nossa personalidade: a atitude cínica do "isentão", ou o engajamento insensato e temerário nas fileiras de uma ideologia? Francamente, penso que nem uma coisa, nem outra.
Devemos, sim, no meu entender, nos esmerar em tomarmos uma posição clara em relação à realidade dos fatos da vida, à luz da nossa consciência. Por isso, recuar pode ser uma opção, avançar também, mas nos calar e nos omitir, não. De jeito-maneira.
Sim, podemos nos equivocar ao tomar uma decisão, como podemos estar redondamente mal informados a respeito dos acontecimentos que estão marcando os caminhos e descaminhos da sociedade, mas seremos nós que estaremos cometendo esse erro e assumindo a responsabilidade pela escolha malfadada que fizemos. Não terá essa de nos fiarmos na máxima de Homer Simpson, que diz: "a culpa é minha e eu coloco em quem eu quiser". Nada disso.
Agora, quando colocamos nossos interesses mesquinhos acima da nossa consciência, o trem desanda de vez, porque, deste modo, acabamos por eleger, como critério de julgamento das nossas decisões, da nossa "cidadania", tão só e simplesmente o tamanho das vantagens pecuniárias que poderão ou não ser obtidas por nós em uma disputa de poder, seguindo à risca velha lei de Gerson.
E se aderimos apaixonadamente a um partido, colocando-o no lugar da nossa consciência, adotando suas diretrizes como se fossem os princípios orientadores da nossa vida, o único critério de avaliação que teremos será a conquista do poder pelo partido e, é claro, a manutenção da presença do dito-cujo nas entranhas da besta-fera estatal.
Por isso, tomar partido, de forma responsável, é defender a soberania da verdade sobre todos os interesses, inclusive e principalmente, sobre os nossos. Ser um homem de partido é tomar parte na luta pela defesa da majestade da verdade sobre todos nós, principalmente quando a verdade está nos chamando a atenção para as nossas inúmeras fraquezas e limitações.
Sejamos de direita, de esquerda, ou tico-tico no fubá (isentão), é de fundamental importância que procuremos lutar para preservar a nossa mente das sedições que se levantam contra ela, sublevações essas que abundam nesse mundo e que não medem esforços para nos degradar e, principalmente, lutemos, sem fatigar, para proteger nossa consciência contra as mil e uma fraquezas do nosso caráter, ou da falta dele.
* O autor é professor, escrevinhador e bebedor de café e autor de "A QUADRATURA DO CÍRCULO VICIOSO", entre outros livros.
Gilberto Simões Pires
INTENÇÃO DIABÓLICA
A diabólica e antiética intenção do governo, de -CONFISCAR MAIS DE R$ 30 BILHÕES- que o Banco Central considera como -DINHEIRO ESQUECIDO- nos bancos, sem fazer muito esforço mental faz lembrar o que ocorre com os -PRÊMIOS DE LOTERIA NÃO RESGATADOS JUNTO À CAIXA FEDERAL, cujos ganhadores têm um prazo de 90 dias para PEGAR A GRANA.
DAR LUZ AOS VALORES ESQUECIDOS
O curioso, para ficar somente com este termo de definição, é que os bancos em geral, cuja tarefa gerencial é ficar em constante contato com seus clientes e/ou correntistas, oferecendo aplicações financeiras, parecem não estar interessados em rastrear e/ou informar sobre os VALORES ESQUECIDOS. Muito estranho, não?
LOTERIA
Vejam que no caso dos PRÊMIOS DE LOTERIA, o CARTÃO DE APOSTAS, por ser do tipo -AO PORTADOR-, a CAIXA FEDERAL não exige o CPF nem o CNPJ do APOSTADOR. Aí, como é impossível RASTREAR O GANHADOR, a regra determina o prazo de 90 dias para REIVINDICAR O PRÊMIO.
DEPÓSITO BANCÁRIO
Já no caso dos DEPÓSITOS BANCÁRIOS, a primeira exigência imposta pelo Banco Central é a ABERTURA DA CONTA. Para tanto, o cliente precisa ser devidamente CADASTRADO, ou seja, precisa apresentar IDENTIDADE, informar o ENDEREÇO, o ESTADO CIVIL, etc., e no caso de empresa, o CONTRATO SOCIAL, CNPJ, ETC., permitindo assim o possível e/ou o devido RASTREAMENTO.
RASTREAMENTO
Portanto, o que mais chama a atenção é o SILÊNCIO DOS BANCOS, que não se propõem a fazer o RASTREAMENTO dos seus CLIENTES -ESQUECIDOS-. Não é possível que um cliente que tenha -ESQUECIDO- a quantia de R$ 11,2 milhões, e o banco não tenha mostrado mínimo interesse em prestar a preciosa informação ao próprio ou à sua família.
Gilberto Simões Pires
INFERNO DANTESCO
Mais do que sabido, pela ótica popular-cristã, o INFERNO, no conceito do poeta italiano Dante Alighieri, em sua obra -A DIVINA COMÉDIA- é um lugar rodeado de MUITO FOGO e carregado de SOFRIMENTO E DOR.
SATANÁS
Com isso, surgiu a imagem de um SATANÁS, que no imaginário popular é tido e havido como o GOVERNANTE do INFERNO, e como tal se tornou o agente cruel que inflige TORTURA E CASTIGO AOS PECADORES.
BRASIL INFERNAL
Pois, coincidentemente ou não, o nosso imenso Brasil, sem tirar nem pôr, está transformado, literalmente, num GRANDE INFERNO. A rigor, nem mesmo o poeta Dante Alighieri seria capaz de conceber e/ou imaginar um ambiente tão INFERNAL, no qual o nosso imenso país se mostra -RODEADO DE FOGO POR TODOS OS CANTOS E LADOS-.
INÚMEROS SATANÁZES
A única coisa que diferencia o INFERNO DE DANTE do nosso INFERNO é que no BRASIL temos inúmeros -SATANÁSES-, embora todos estejam unidos e prontos, para fazer com que qualquer crítico ou quem pensa diferente do PENSAMENTO INFERNAL é considerado, imediatamente, como PECADOR INAFIANÇÁVEL. Como tal é submetido ao SOFRIMENTO E DOR provocado pela LIBERDADE ASFIXIADA.