• Dartagnan da Silva Zanela
  • 13 Junho 2025


Dartagnan da Silva Zanela

           Não sei dizer se são as ideias que movem o mundo. Francamente, creio que o calibre do meu velho tinteiro não seja suficiente para meditar sobre essa questão. Porém, uma coisa me parece mais do que certa: as ideias que temos a respeito do mundo e de nós mesmos nos movem e nos levam para bem longe.

Terão aqueles que irão discordar desse simplório escrevinhador, dizendo que o que nos arrasta de um lado para o outro neste mundão de meu Deus é o tal do dinheiro e, à primeira vista, muitos de nós poderemos concordar com essa afirmação. Entretanto, não é o dinheiro, em si, que nos puxa de um lado para o outro, mas sim as ideias que cultivamos sobre ele e, consequentemente, o valor e a importância que atribuímos aos numerários.

E é claro que, também, haverá outros que afirmariam que o que realmente balança o nosso coração e faz ele dançar um pagode em nosso peito é o dito-cujo do poder, a procura pelo status, pela fama e todas as demais traquitanas similares. Pois é. Em alguma medida, isso é verdade; todavia, não é a glória em si que leva fileiras de pessoas a se engalfinharem por um trono de sal com pés de barro, mas sim, isso mesmo, a ideia que as pessoas têm a respeito do poder, da glória e do reconhecimento social.

Seja como for, não temos para onde correr. As ideias que cultivamos amorosamente em nosso íntimo, em grande medida, determinam a fisionomia da nossa personalidade e o modo como encaramos a vida. Ideias essas que, muitas e muitas vezes, nós simplesmente fomos assimilando a esmo, conforme elas foram aparecendo em nossa vida, conforme a sociedade, a grande mídia, os algoritmos e tutti quanti iam nos apresentando.

E as assimilamos não porque fizemos, como se diz, um exame crítico das abençoadas; nada disso. Simplesmente as assimilamos porque nos pareceram agradáveis e, em casos mais severos, as pessoas são incapazes de determinar como elas, as tais das suas ideias, surgiram em sua vida. E se nós não sabemos explicar como uma ideia passou a habitar a nossa vida, é sinal de que não somos nós que a possuímos, mas sim ela que nos possui, reduzindo-nos à condição de um reles marionete que, como todo marionete, acredita, candidamente, ser tão autônomo quanto crítico.

Por isso, revisar nossos valores, criticar nossas ideias e opiniões não é apenas um dever; é uma prática indispensável para não nos perdermos de nós mesmos. 

 

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  • Alex Pipkin, PhD
  • 13 Junho 2025

 

Alex Pipkin, PhD


       Há uma insanidade muito peculiar que só se manifesta entre os chamados “sãos”. Não entre os loucos que gritam nas esquinas, enfrentam fantasmas e desafiam postes. Esses, ao menos, não disfarçam sua loucura. O louco civilizado e funcional, veste toga, fala com pausas calculadas, assina decisões monocráticas e invoca a Constituição como um mágico tira lenços da cartola. Quanto mais lenços, menos se entende de onde vieram. O truque só funciona porque o país inteiro está trancado dentro do baú, aquele de onde o ilusionista só retira o que lhe interessa.

Não estamos mais diante de abusos isolados, mas da constatação de um novo regime. Um regime onde a aparência da legalidade é o verniz que cobre o vazio do direito. As instituições “funcionam” como verdadeiras máquinas de coerção travestidas de virtude. O Brasil hoje é governado por um Judiciário militante, que legisla, acusa, julga e censura. Um Supremo que confundiu a toga com cetro e o fórum com palco de vaidade.

A cada decisão, a Constituição encolhe. A cada despacho, a democracia definha. O Direito foi substituído pela vontade, fundamentalmente, de prender Bolsonaro.

Não é justiça, é obsessão. Um projeto de poder disfarçado em verniz moralista. Enquanto o país empobrece, o STF se expande em arrogância, visibilidade e vaidade. A indústria estagna, os jovens fogem, e a Corte cava, incansável, atrás do crime que justifique o castigo já decidido.

O Congresso, acuado por inquéritos e processos, começa a ensaiar uma rebelião tímida. Movimentos discretos surgem em reação a recentes decisões do ministro Dino, que, entre outras arbitrariedades, aludem a um novo “orçamento secreto” e a uma execução paralela de emendas por deputados e senadores, ferindo ainda mais a já combalida autonomia legislativa. Essa nova postura é um sinal claro de que os parlamentares, até então reféns do medo e da chantagem judicial, começam a reagir contra o sufocamento do Legislativo, embora ainda entre as sombras da toga.

Enquanto isso, os ministros se transformaram em celebridades da virtude pública. Não são juristas! São influencers togados, citando Rousseau, desfilando em festivais, dando entrevistas como se governassem por aplauso. São os iluministas da selfie, justiceiros de auditório, deslumbrados com o próprio reflexo.

A mídia, domesticada, militante e conivente, aplaude. O “consórcio” virou claques da nova teocracia judicial: jornalistas dóceis, colunistas domesticados, empresários omissos. Todos sabem que há censura, mas a chamam de “proteção da democracia”. Todos mentem, e sabem que mentem.

O resultado é visível: ninguém investe onde a palavra é crime. O país freia sob o peso da toga. O Brasil estagna enquanto o Judiciário milita.

Prender Bolsonaro virou o Plano de Governo. Não há projeto econômico, industrial ou social. Só resta destruir, apagar, criminalizar. Não basta derrotar, é preciso aniquilar.
Vivemos um “novo regime”. Aquele em que a liberdade é precária e o contraditório, suspeito. Onde a censura virou “decisão técnica” e o silêncio, “moderação”.

Sobrevivemos sob um mandado coletivo de busca e apreensão contra a própria República. O país está sendo reconfigurado, não por milicianos, mas por togados que se julgam deuses. Políticos disfarçados de juízes, iluministas de auditório, que não distinguem mais poder de deslumbramento.

Muita atenção - e apreensão!

Quando a liberdade precisa de autorização para existir, ela já não é liberdade! É apenas um intervalo entre dois decretos.

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  • Stephen Kanitz
  • 12 Junho 2025

 

Stephen Kanitz

       Quem tem muito dinheiro já foi embora. Quem ficou, ficará — para sempre.

Os últimos a saírem ainda conseguiram um visto italiano, português, americano.

Os que zombaram da política, que votaram "no que fala pouco", agora vão entender o preço da omissão.

No Brasil do futuro — que já começou — você somente obedecerá. Obedecerá calado.

Pagará impostos cada vez mais pesados, aceitará uma saúde pública em colapso, verá seus filhos estudarem em escolas sucateadas. E ainda agradecerá, pois reclamar será crime.

Desde o fim do regime militar, único período de crescimento sustentado, nossa renda per capita foi cortada pela metade. Dado escondido pelo IBGE, abafado pela imprensa.

Caímos do 40º onde hoje está a Grécia, para o 81º lugar no ranking global de renda.

Sim, caímos — e acreditamos todo este tempo estar subindo. Foram 40 anos de doutrinação.

Nossos jornalistas, intelectuais e professores venceram: conseguiram fazer o país regredir em nome de justiça social — uma justiça que só distribui miséria.

Como ex-professor universitário, afirmo: nunca ouvi na USP uma conversa séria sobre crescimento. Só sobre distribuição.

Nunca discutimos eficiência. Só aumento de gastos.

Nunca produtividade. Só aumento de salários do funcionalismo.

Agora, quando o Brasil se tornar verdadeiramente inviável, Flórida e Portugal não estarão com os braços abertos para nos receber. Estarão com os portões trancados. E com razão.

A esperança de que  Tarcísio, Caiado, ou Ratinho, poderão mudar tudo isso sozinhos, é uma ingenuidade atroz.

Como se trocar o piloto mudasse o avião em queda.

A verdade é amarga: 1,5 milhão de brasileiros irresponsáveis, somados aos 12 milhões que anularam o voto, colocaram no poder um condenado em três instâncias. Mesmo que a primeira instância fosse falha, a segunda e a terceira confirmaram e isso ainda não foi contestado.

Prepare-se. O Brasil caminha para mais 50 anos de estagnação, comandado por políticos e economistas que vivem do que você produz, sem entregar nada em troca.

Mas ainda há tempo para reagir. Comece se educando, politicamente e economicamente.

Exija reformas, desmascare as mentiras, confronte o discurso único.

Ensine seus filhos a pensar — e não a repetir slogans.

Denuncie o populismo, o aparelhamento, a corrupção sistêmica. Vote com coragem, com lucidez, com memória.

O futuro do Brasil não será diferente enquanto os brasileiros forem os mesmos. Mude. Agora.

Ou se conforme em assistir o país definhar — por sua culpa.

*      O autor, STEPHEN KANITZ, é Consultor de empresas e Conferencista brasileiro, Professor na USP, Mestre em Administração de Empresas da Harvard Business School e Bacharel em Contabilidade pela Universidade de São Paulo

**           Reproduzido do Blog do autor, em https://blog.kanitz.com.br/as-portas-se-fecham-para-nos-brasileiros/

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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 07 Junho 2025

 

Gilberto Simões Pires

ESTADO DE COMA

Mesmo cercado de muita desconfiança, vi com bons olhos o fato de que, nesta semana, o ministro André Mendonça, do STF, deu sinais de que, enfim, conseguiu sair do PROFUNDO ESTADO DE COMA, que parecia ser IRREVERSÍVEL a considerar o largo tempo em que permaneceu OMISSO e/ou FAVORÁVEL às TIRÂNICAS DECISÕES tomadas a cada momento pela CELESTIAL SUPREMA CORTE.

FRUSTRAÇÕES

Vale lembrar que desde o dia 16 de dezembro de 2021, quando os senadores aprovaram a indicação de Mendonça como ministro do STF, tudo aquilo que se esperava dele em termos de -JUSTIÇA-, infelizmente resultou em sucessivas FRUSTRAÇÕES. Esse sentimento foi de tal ordem que precisei me beliscar para ter certeza de que era real a afirmação do ministro André Mendonça, ao DEFENDER, durante a leitura do voto que discute a validade do artigo 19 do MARCO CIVIL DA INTENET, que o Poder Judiciário adote uma postura “autocontida” no julgamento sobre a RESPONSABILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS por conteúdos ilícitos de usuários. 

DIREITO DO CIDADÃO

Mais: a percepção de que Mendonça saiu do COMA PROFUNDO ficou ainda mais clara quando afirmou que as pessoas têm o direito de desconfiar das instituições, inclusive da Justiça Eleitoral, em defesa da LIBERDADE DE EXPRESSÃO que PROTEGE TODA A SOCIEDADE. “A Justiça Eleitoral brasileira é confiável e digna de orgulho. Se, apesar disso, um cidadão brasileiro vier a desconfiar dela, este é um DIREITO. No Brasil, arrematou -com lucidez- o ministro André Mendonça: é lícito duvidar da existência de Deus, de que o homem foi à Lua e também das instituições”.

BEM COLETIVO

Embora Mendonça seja o único dos 11 ministro do STF que recuperou a razão e a decência, há que se levar em conta que suas afirmações representam um RESPIRO DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO em meio ao MAR DE CENSURA!  Soou, portanto, como uma bela música a defesa de que MAIS DO QUE UM DIREITO INDIVIDUAL, A LIBERDADE DE EXPRESSÃO É UM BEM COLETIVO!  

 

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  • Hon. Justice Aggrey
  • 07 Junho 2025

 

Hon. Justice Aggrey

         "Existe um tipo de sabedoria que não é elevada. Ele não procura atenção. Ele não grita para ser visto. Ela simplesmente existe, silenciosa, profunda e eternamente. Esta é a sabedoria da Igreja Católica, um corpo que sobreviveu a impérios, a cismas, suportou escândalos e, ainda assim, permanece de pé, firme e sagrado. A Igreja Católica não é uma tendência. Não é uma onda social. É uma instituição que caminha com o tempo, mas escuta a eternidade.

Enquanto o mundo se ocupava de previsões, elaborando listas de cardeais notáveis, analisando alinhamentos políticos e formulando teorias sobre quem seria o próximo Papa, o Colégio dos Cardeais escolheu um caminho diferente. Ignoraram o barulho. Afastaram-se dos holofotes. Entraram no sagrado e regressaram com um nome que o mundo jamais imaginou. Papa Leão XIV. Um nome que não tinha sido sussurrado nos corredores da especulação. Um homem desconhecido nas manchetes. Uma escolha que silenciou todos os analistas e redefiniu a bússola da seleção divina.

Isto não é uma coincidência. É uma confirmação da ordem divina.

O que o Vaticano fez não foi apenas eleger um novo Papa. Fizeram uma declaração ao mundo. Lembraram à humanidade que Deus não segue tendências. Ele as define. Que a verdadeira liderança nem sempre se encontra no óbvio. Que por vezes, quem carrega o manto não é aquele que o mundo espera, mas aquele que o céu aprova. Este é o mistério da sucessão divina, envolto em silêncio, revestido de oração e selado em sagrada deliberação.

Eu não sou católico. Mas a cada dia que passa, vejo claramente porque é que esta instituição continua a ser venerada. Não é porque os seus membros são perfeitos. Não é porque os seus líderes sejam imunes ao erro. Isto porque, apesar da imperfeição humana nela existente, a Igreja Católica permanece enraizada na ordem sagrada, na governação estruturada e na disciplina espiritual. É uma instituição que domina a continuidade. A sua longevidade não é sustentada pela conveniência, mas pela consagração.

Nenhuma igreja é perfeita. Nenhuma instituição humana está isenta de falhas. A Igreja Católica não é exceção. Nela existem homens e mulheres com diferentes graus de santidade, sinceridade e luta. Mas no meio de tudo isto, permanece um núcleo profundamente espiritual, um centro que se mantém, um sistema que funciona, um ritmo que não se quebra. Há aqueles que estão dentro dos seus muros que servem a Deus em espírito e em verdade, silenciosa, humilde e fervorosamente. A devoção deles não é uma performance. A fé deles não é uma moda. É uma vida.

O que aconteceu na eleição do Papa Leão XIV não é apenas um acontecimento político ou eclesiástico. É um espelho para o resto do mundo cristão. Expõe, por comparação, o caos que reina em muitos ambientes das igrejas modernas, particularmente no espaço pentecostal. Em algumas destas assembleias, as lutas pelo poder substituíram a oração, e a ambição afogou a unção. A liderança é herdada como propriedade. As eleições são manipuladas como acordos comerciais. O púlpito tornou-se uma plataforma para a performance, não um lugar de transformação. O altar tornou-se um local de exposição, não um santuário.

Mesmo entre os chamados irmãos, o amor arrefeceu. A lealdade é transacional. A fraternidade é vazia. É uma tragédia que muitas igrejas pentecostais não conseguem sequer imaginar manter um processo de sucessão tão transparente, espiritual e altruísta. Ajudar um colega ministro é visto como uma ameaça. A ideia de unidade na liderança foi substituída pela competição e pela suspeita. O sagrado está a ser sacrificado no altar do sucesso.

Mas hoje, a Igreja Católica recordou-nos algo que nos esquecemos. Que o reino de Deus não é ruído, mas ordem. Não exibição, mas disciplina. Não a popularidade, mas a pureza. Lembrou-nos que, quando Deus tem permissão para falar, Ele geralmente escolhe alguém que ninguém esperava. Ele ressuscitará o homem que está escondido. Ele levantará aquele que esteve no lugar secreto.

A eleição do Papa Leão XIV é uma lição para a Igreja e para o mundo. É um apelo ao regresso à estrutura, à sacralidade, à tomada de decisões guiada pelo espírito. É a prova de que uma instituição pode ser antiga, mas não obsoleta. Antigo, mas não irrelevante. Tradicional, mas não estagnado. É a sabedoria em ação.

Esta é a sabedoria da Igreja eterna. Este é o mistério da ordem divina. Este é o poder do sagrado. E num mundo afogado em confusão, ela brilha como uma luz que não pode ser escondida.

Que todo o ouvido que ouve ouça. Que todo o olho que o vê aprenda. Que todo o coração que o compreenda regresse ao antigo caminho que conduz à vida.

Verdadeiramente, Deus não pode ser manipulado como muitas das nossas eleições africanas!! Deus é Deus para sempre!"

*       O autor, Justice Aggrey Otsyula Muchelule, é ministro da Corte de Apelação do Kenia e ex-pastor Metodista.

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  • Alex Pipkin, PhD
  • 06 Junho 2025


Alex Pipkin, PhD

          O Brasil, outrora celebrado como o “país do futuro”, vive hoje sob o torpor letárgico de um modelo econômico esgotado, autofágico e moralmente falido.

É como um navio enferrujado, onde os passageiros tiram selfies no convés enquanto a água invade a casa de máquinas. A dívida pública cresce como uma massa disforme, impagável, e o governo finge que não vê. O lulopetismo, fiel à sua natureza, não tem qualquer compromisso com disciplina fiscal. Gasta como se houvesse amanhã. E não haverá.

Enquanto o país sangra, a Esquerda Letrada preserva sua fórmula de poder: compadrio no topo e dependência na base.

De um lado, subsídios bilionários sustentam empresas zumbis, ineficientes e blindadas contra a concorrência. Em 2025, mais de R$ 615 bilhões foram drenados para manter vivos setores improdutivos. É o capitalismo do compadrio, ou seja, uma elite empresarial mantida em incubadora estatal, sustentada por renúncias fiscais, favores regulatórios e proteção contra a competição internacional.

De outro, o assistencialismo crônico, vendido como justiça social, mas operado como máquina de dominação eleitoral. Mais de R$ 270 bilhões, ou 2,5% do PIB, foram transferidos para programas como o Bolsa Família e o BPC. Não se trata de autonomia, mas de um sistema de domesticação coletiva. Distribui-se dinheiro para manter votos. Compra-se lealdade com o suor do pagador de impostos.

Até quando aceitaremos esse pacto silencioso? Onde está a coragem de romper com essa engrenagem perversa que premia a dependência e pune quem produz? A “elite” do funcionalismo público trabalha e vive em Nárnia!

Esse duplo veneno é o coração do projeto lulopetista! Um modelo que paralisa a produtividade, desincentiva o mérito, desmoraliza o esforço e entorpece a sociedade. Tudo isso embalado em discursos sobre “inclusão” e “justiça social” que apenas perpetuam o atraso.

Enquanto isso, a dívida pública se aproxima de 80% do PIB, os juros devoram o orçamento e o déficit é maquiado com truques contábeis. O Brasil caminha, sem freios, para um colapso fiscal antes de 2030.

Não há mais espaço para reformas cosméticas. É preciso cortar com bisturi, não com espátula. Extinguir o compadrio, desmontar o assistencialismo eleitoreiro e devolver ao brasileiro a dignidade de produzir, competir e prosperar. Isso exigirá coragem. E enfrentamento de verdade.

Não há mais tempo de espera. Ou encerramos esse ciclo de decadência ou aceitaremos, como cúmplices, o colapso iminente de um país que já foi promissor — o eterno país do futuro que nunca chega.

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