• Dartagnan da Silva Zanela
  • 10 Abril 2023

 

Dartagnan da Silva Zanela

Nota do editor: Procusto, personagem da mitologia grega, era dono de uma estalagem onde hospedava seus clientes em camas sempre erradas. Se altos, dava-lhes um leito pequeno; se pequenos, um leito grande. À noite, invadia os quartos para cortar o que sobrasse dos maiores e espichar os baixinhos quebrando-lhes os ossos.

          Mêncio, o grande sábio chinês, nos ensina que um homem que se dobrou a si próprio, aos seus desejos e às suas paixões nunca poderá endireitar os outros.

Um homem que se rendeu aos seus caprichos não pode servir de exemplo de retidão para ninguém e, por isso mesmo, não tem autoridade alguma para palpitar sobre a educação de alguém, tendo em vista que a essência do ato de educar é a apresentação da retidão através do constante esforço individual para retificar de si próprio.

Aliás, como bem nos ensina o velho brocardo romano, as palavras movem e isso, como todos sabemos, é bom, mas não é suficiente. Já os exemplos, estes arrastam, e isso é a própria excelência vestida de carne e ossos; ou a decadência, dependendo do que estará sendo apresentado como exemplo.

Infelizmente, tornou-se um lugar comum no mundo contemporâneo, acreditar que a presença de um monte de traquitanas eletrônicas seria mais do que suficiente para se educar uma pessoa, como se plataformas digitais e coisinhas similares fossem as colunas fundamentais para a edificação de uma educação de qualidade.

Além disso, os crédulos desse tipo de patacoada hi-tech também creem que uma avalanche de controles burocráticos, estéreis e caducos seriam a garantia de que tudo correrá muitíssimo bem na formação das tenras gerações.

E o pior é que os tapados nem se tocam de que eles estão cada dia mais preocupados, preocupadíssimos, com os números apresentados de forma Mandrake pelos sistemas digitais de controle; e, cada vez menos, com o que efetivamente os infantes estão, de fato, aprendendo e, principalmente, com o tipo de pessoas em que eles se estão tornando.

Pois é. Todos sabem que essa conversa toda de novas tendências em matéria de educação é uma cilada, uma baita cilada; mas, "sacumé" que são as coisas: todos sabem, todos veem e, por isso mesmo, praticamente todos preferem fingir não estar vendo a longa marcha da vaca para o brejo que se descortina diante de nossos olhos.

Esse clima de dissimulação que impera em torno das tais plataformas digitais, dos sistemas de controle burocrático e tutti quanti, é o retrato fidedigno daqueles que estão ditando os rumos do sistema educacional, imagem essa que fala por si só, contradizendo tudo, tudinho que está sendo dito a respeito das mesmas, tendo em vista que, como havíamos destacado linhas acima, as palavras muitas vezes podem ser dúbias, mas os gestos, os atos, os exemplos, estes são sempre transparentes e, por isso, arrastam.

Sim, eles podem empurrar para o alto, mas também podem nos puxar para baixo. Eles podem nos convidar para almejarmos a excelência, como também podem nos aliciar a nos contentar com a mediocridade, ou com menos do que isso e, esse simulacro de educação hi-tech, com suas dissimulações sem fim, está ensinando, com a clareza de uma manhã de primavera, que fazer manha, fingir e dissimular é essencial para se adaptar a mediocridade reinante, para corresponder aos números que não refletem nada que valha a pena ser mensurado.

Agora, conhecer, de fato, crescer e amadurecer em espírito e verdade, não. Isso seria, nas atuais circunstâncias, dominada por medalhões machadianos digitalizados, uma baita inconveniência.

Sim, eu sei, ninguém diz esse tipo de coisas, por meio de palavras, para uma criança, ou para um adolescente, porém, é bem isso o que todo o sistema educacional, de mãos dadas com a bestializada sociedade midiatizada, está fazendo com as tenras gerações, tendo em vista que todos nós, em alguma medida, nos dobramos caninamente aos nossos caprichos e nos curvamos, servilmente, para as veleidades da sociedade que se ufana de suas vergonhas, que não são poucas.

 

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  • Marcelo Rates Quaranta
  • 08 Abril 2023


Marcelo Rates Quaranta

        Em 1968 o grande ator Lucio Mauro criou dois personagens para o programa "Balança Mas Não Cai" que ficaram famosos no Brasil inteiro: Fernandinho e Ofélia. Fernandinho era um homem rico e sofisticado que vivia constrangido pela extrema burrice da esposa "Ofélia", que era interpretada inicialmente pela atriz Sônia Mamede. 

Nesse quadro o "Fernandinho" sempre defendia a esposa diante dos seus visitantes cada vez que ela falava uma asneira imensurável, porém todas as vezes assumia que apesar de burra ela servia para satisfazer seus desejos sexuais, quando dizia que ela podia ser "atrapalhada" ou ter "um jeito burrinho", mas debaixo dos lençóis... Bom, de verdade ele dizia que naquele reino, fora da cama ela era uma jumenta e na cama uma rainha, daí as coisas se compensarem.

O quadro era muito engraçado e quem era inteligente sabia que não se tratava de ofender pessoas simples ou com pouco conhecimento, e sim caricaturar as burras e fúteis. As pessoas simples guardam um tesouro muito grande que é a sabedoria. A ofélia não caricaturava a mulher e sim as pessoas burras de uma forma geral, pois há por aí inúmeros "ofélios" também.

Tempos depois o programa "Sai de Baixo" copiou o formato da Ofélia e criou a Magda (interpretada pela Marisa Orth), cujo jargão que a marcava era"Cala a boca Magda!". Magda era tão burra e tão fútil quanto a ofélia e ainda só servia para os mesmos propósitos.

Até aí tudo bem, porque era um humor focado nas tais caricaturas e não faziam alusão a nada conhecido no mundo real. O grande problema veio com a chamada "pátria educadora" e com a internet, que passou a criar Ofélias e Magdas às toneladas e a dar visibilidade a essas aberrações. 

A política não passou incólume. Tivemos uma Ofélia encarnada numa presidente da república que nos fazia rir a cada declaração. Dilma era a própria Ofélia, e o brasileiro, sempre com vergonha, se limitava a rir das suas declarações que eram capazes de fazer os escritores do quadro da Ofélia uns meros estagiários de redação. Outro exemplo: Quem ouve parlamentares como a Talíria Petrone, Sâmia Bonfim. Janone ou Erika Kokay  sente um ímpeto de gritar "CALA A BOCA MAGDA!" - Mas foram eleitos e tristemente transformam o plenário num "citycom" que empalidece seus pares mais cultos.

As redes sociais espalharam pelo Brasil as inúmeras Magdas e Magdos, dando visibilidade a Felipe Neto e outros seres ignóbeis que se projetaram falando as piores asneiras, e com declarações tão profundamente estúpidas, que são capazes de corar qualquer criança do Jardim I.

No meio musical projetaram funkeiros analfabetos que além de não cantarem nada, cantam com um português sofrível e denotam apenas que o brasileiro medíocre - identificado com essa falta de cultura emanada pelos seres mais estúpidos da periferia - idolatra esse tipo de gente em vez de valorizar a verdadeira cultura. Cada um deita na cama em que cabe... Para muitos só o chiqueiro.

Recentemente vi que uma "influenciadora digital", num total desconhecimento sobre genética, fez plástica para que os filhos nascessem bonitos. Não riam. Isso é muito triste, pois o fato de essa mula ter milhares de seguidores nos sinaliza o péssimo futuro que espera o Brasil. Olhem a quem nossos jovens seguem!

Então, a burrice e a ignorância que antes não passavam de humor, passaram a ser glamourizadas como uma espécie de padrão no país dos filósofos do vazio (Karnal e cia) e da "pátria educadora freireana", aquele que foi o precursor de um método que converte potenciais mentes pensantes em ofélias e magdas reais, e isso ainda ajudado por professores formados pelo mesmo método e pelo bombardeio constante da cultura do ignóbil pelas redes sociais.

Hoje o Brasil aplaude de pé a ignorância. Amanhã não precisará mais de soja, milho e etc. Bastará plantar capim e as novas gerações estarão alimentadas.  Bom, pelo menos haverá segurança alimentar, já que cultura...

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  • Alex Pipkin, PhD
  • 06 Abril 2023


Alex Pipkin, PhD         

        Desde muito jovem viajo a Argentina. Ai, como era bom!

Em meu imaginário, Buenos Aires sempre foi um “país europeu”, com os padrões econômicos, sociais e culturais de outrora.

Após uma semana, retornei ontem de “Mi Buenos Aires Querido”. Abismo. Surreal.

Um primeiro olhar sobre o Centro, Palermo, Recoleta, e até mesmo La Boca é, certamente, enganador.

Bastam três minutos para sentir a dura realidade de uma nação destruída pela incompetência, pela politicagem barata, pela corrução escancarada, e pela retórica ideológica coletivista, muito embora se saliente que o peronismo esteja incrustado em todas as veias partidárias.

Não imagino que no presente momento haja número maior de pedintes por metro quadrado que no país de Gardel. Em qualquer lugar da capital, é impossível não ser abordado a cada minuto por gente pedindo por plata nas ruas. Naturalizaram-se os moradores de rua.

A inflação é, de fato, grande “comedora de criancinhas”, de jovens, de adultos e de velhos, em especial, os mais pobres, já que corrói o poder de compra, fazendo aumentar os preços de tudo. A Argentina não tem mais moeda. O câmbio paralelo é o dobro do oficial. A inflação ultrapassou os 100% no acumulado em um ano, pela primeira vez em mais de 30 anos.

O povo hermano está enojado e desacreditado da política.

O ex-presidente Macri, temeroso da insatisfação popular, procrastinou nas fundamentais reformas estruturantes e não fez o que deveria ter realizado.

O medo é paralisante…

Macri renegociou a gigantesca dívida argentina com o Fundo Monetário Internacional (FMI), prolongando os prazos de vencimento, aumentando-a. Não havia o que fazer.

Embora o atual presidente Alberto Fernández culpe o acordo com o FMI e o câmbio, suas medidas populistas de contenção da crise, imprimindo dinheiro e congelando preços, agravaram em muito o processo inflacionário. Como quase sempre, são as práticas “progressistas”.

Como de costume, a “mãe dos pobres”, Cristina Kirchner, já condenada a seis anos de detenção, continua a ludibriar corações e mentes de sonhadores utópicos argentinos, mas ainda não se sabe se concorrerá às eleições em Outubro. É a saída para ela não ser encarcerada.

Pela informal enquete que fiz com muitos taxistas hermanos, passeando pela monumental Buenos Aires, de sete entre dez deles, dizem:”Déjala ir!”.

Deus os ouça.

Dentro de um taxi, jurei que estava escutando um programa humorístico, quando uma economista, ou melhor, sectária esquerdista, afirmou que Cristina Kirchner deveria se candidatar, uma vez que seria então a “salvação para a nação”.

Inacreditável. Pelo menos a jornalista que a entrevistava, formulou uma série de questionamentos lógicos, fazendo transparecer as incongruências e a dissonância cognitiva de tal “economista”. Aparenta que a mídia argentina não é tal qual a pequena imprensa verde-amarela.

É muito triste constatar que tanto na Argentina como aqui, os fatos parecem ser desimportantes, valendo mais os discursos e as narrativas. Grotesco.

Mais chocante ainda é ouvir os relatos de jovens trabalhadores em bares e em restaurantes, criticando governos incompetentes e corruptos, e desejando deixar o país em busca de esperança e de melhores oportunidades. Prostração.

Bem, embora o câmbio favorável para nós brasileiros, não há nada barato para nosotros, mesmo num país sem moeda e sem câmbio, imaginem para o pueblo hermano!

Opa! Sim, devo admitir que a única, pero valiosa coisa, que está em conta, é o néctar dos deuses.

Porém, mesmo com os maravilhosos tintos efetivamente baratos, para o bem da Argentina, e como a grande maioria dos argentinos aparenta desejar, que se vão Cristina, Fernández, e toda a tropa de coletivistas enganadores.

Tomara que em Outubro eles escolham, embora pareça ser difícil no meio político argentino, a competência e a técnica para uma real arrumação macroeconômica, ao invés das mentirosas narrativas de bastardos coletivistas incompetentes.

Fora, Fernández, Cristina e parceiros!

Queremos de volta, Nuestro Buenos Aires Querido!

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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 04 Abril 2023

 

ILUMINISTA ROBERTO CAMPOS

Volta e meia, notadamente quando ouço ou leio afirmações feitas por SOCIALISTAS EM GERAL, antes de manifestar o meu ponto de vista sobre os COSTUMEIROS ABSURDOS, não raro busco socorro nas frases e/ou comentários proferidos pelo imortal- iluminista Roberto Campos, que sempre tinha, na ponta da sua afiada língua, uma correta observação para explicar os mais diversos desvarios. 

DATAFOLHA

 

Ontem por exemplo, ao tomar conhecimento da pesquisa Datafolha, divulgada nesse domingo, 02, a qual aponta que 80% dos entrevistados avaliam que Lula -AGE BEM- ao pressionar o Banco Central pela REDUÇÃO DA TAXA DE JUROS, e que apenas 16% acham que ele -AGE MAL-, me veio imediatamente à cabeça a seguinte frase dita certa vez por Campos: NO BRASIL, A BURRICE TEM UM PASSADO GLORIOSO E UM FUTURO PROMISSOR. 

IGNORÂNCIA EXPLÍCITA

 

Na real, a pesquisa deixa bem claro o descomunal tamanho que a IGNORÂNCIA do nosso povo já atingiu, onde grande parte se deve a muito do que é dito e repetido a todo momento através da MÍDIA, que de maneira geral faz com que um enorme contingente de leitores, ouvintes e telespectadores confunda -CAUSA com EFEITO-. Ou seja, ao invés de atacar a -INFLAÇÃO como DOENÇA-, e a -TAXA DE JUROS como REMÉDIO-, a maioria, como aponta a pesquisa Datafolha, faz exatamente o contrário. 

VÍDEO

 

Como os meus editoriais têm, por princípio e fim, levar constantes esclarecimentos aos leitores/assinantes, mesmo consciente da minha limitação aproveito, além de uma ou outra frase dita ou escrita por Roberto Campos, a pesquisa que revela que 80% do povo brasileiro ignora a importância da INDEPENDÊNCIA DO BANCO CENTRAL, para disponibilizar o vídeo no qual o ex-ministro Paulo Guedes explica com muita didática o assunto.  Clique aqui e confira: (https://youtu.be/wFHV5amAdEQ).

CAPITALISMO E SOCIALISMO

 

Para finalizar, esta frase do saudoso Roberto Campos diz muito sobre o atual momento que vivemos: - O CAPITALISMO TEM PREÇOS FLEXÍVEIS E PRATELEIRAS CHEIAS; O SOCIALISMO; PREÇOS CONGELADOS E PRATELEIRAS VAZIAS . 

 

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  • Olavo de Carvalho
  • 31 Março 2023

 

Olavo de Carvalho

Nota do editor:  O conflito estabelecido entre a Rússia e a Ucrânia torna oportuno transcrever estas notas extraídas de um texto de Olavo de Carvalho sobre os desastres periodicamente proporcionados pelo profetismo russo.        

Uns cento e tantos anos atrás, os intelectuais russos mais ligados à Igreja Ortodoxa alardeavam a plenos pulmões que no século XX a Rússia iria encabeçar uma grande revolução espiritual destinada a salvar o mundo da corrupção ocidental católico-protestante-judaico-ateística. O que veio foi a Revolução de 1917 e a maior perseguição anticristã de todos os tempos.

A Revolução, por sua vez, prometia um paraíso de paz, liberdade e prosperidade. O que veio foi a transformação da Rússia e de vários países em torno em matadouros humanos como ninguém tinha visto antes nem poderia jamais ter imaginado.

A pergunta decisiva da qual duguinistas e putinistas se evadem como baratas assustadas é a seguinte: Por duas vezes a Rússia já prometeu salvar o mundo e só conseguiu torná-lo mais parecido com o inferno. Vamos dar-lhe um novo crédito de confiança para que ela o faça uma terceira vez?

***

Mais um exemplo de quanto valem as promessas russas. Uma das primeiras decisões de Leon Trotski como ministro das Relações Exteriores da Rússia Soviética, em 1917, foi divulgar o conteúdo de vários tratados secretos altamente comprometedores assinados entre as potências combatentes e iniciar uma campanha mundial pela abolição de todo segredo diplomático.

Nesse empenho ele recebeu o apoio entusiástico do então presidente dos EUA, Woodrow Wilson, que consagrou a ideia num dos seus famosos “Quatorze Pontos”.

O que Wilson não podia prever, mas Trotski não podia ignorar, é que a república soviética nascida sob a bandeira da transparência já planejava e iria em breve transformar-se num tipo novo de Estado, até então desconhecido: o Estado integralmente baseado no segredo, o Estado moldado e dirigido pela polícia secreta. A URSS elevou até às alturas de grande arte a técnica de ocultar por completo o funcionamento da sua máquina estatal, ao mesmo tempo que vasculhava e exibia o das nações ocidentais com toda a estridência e o fulgor do escândalo.

***

Ciência é confrontação de hipóteses à luz dos fatos, mas essa comparação é impossível se você não confronta também fatos com fatos, pesando-os com equanimidade. Essa ideia jamais ocorreu à maioria dos historiadores do “regime militar” e está praticamente proibida na mídia nacional. A norma geral é tomar partido de uma hipótese e somar os fatos que a confirmam, sem tentar jamais impugná-la com outros que a contradizem. A simples tentação de comparar já é repelida in limine como pecado mortal. A norma geral é, quando aparece um fato adverso, inventar logo uma hipótese qualquer que pareça neutralizá-lo, e então apegar-se à hipótese em lugar do fato.

Digo isso porque, tendo absorvido intensamente a narrativa esquerdista e acreditado nela com a fé de um devoto entre os meus dezessete e 35 anos, só muito tarde me ocorreu examinar os fatos adversos, e então descobri que praticamente nenhum livro que os mostrasse tinha sido jamais lido ou consultado pelos historiadores bem-pensantes. A imensidão da literatura internacional sobre a KGB, por exemplo, estava totalmente ausente do mercado brasileiro, e mais ainda das bibliografias universitárias. A história da Guerra Fria, vista desde o Brasil, tinha e tem um só personagem: a CIA. O antagonista, a KGB, é só um mito distante.

Foi sobretudo essa experiência que, contra a minha vontade, e entre espasmos de revolta contra a maldita realidade reacionária, foi minando a minha confiança na esquerda, até reduzi-la, hoje em dia, a zero. Todo intelectual de esquerda que repita essa experiência deixará de ser de esquerda e perderá seu círculo de amigos, talvez até seu emprego, motivo pelo qual cada um foge dela como um rato foge de um gato.

*   Publicado originalmente no Diário do Comércio de 13 de abril de 2014. Reproduzido de https://olavodecarvalho.org/profetas-russos-e-outras-notas/

 

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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 28 Março 2023

Gilberto Simões Pires,

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CORRIDA CONTRA O TEMPO

Hoje, 27, o desgoverno Lula completa 86 dias repletos de tragédias e mentiras que por si só garantem, inequivocamente, a certeza de que o Brasil corre contra o tempo para assumir, muito em breve, a liderança do seleto TIME DE PAÍSES LATINOAMERICANOS, cujos presidentes-tiranos- fizeram valer os -PRINCÍPIOS E PROPÓSITOS COMUNISTAS- que estão elencados de forma extremamente didática e cuidadosa na CARTILHA DO FORO DE SÃO PAULO, organização que reúne de maneira promíscua partidos políticos de esquerda, organizações criminosas e grupos de narcotraficantes.

PROJETO DE DESTRUIÇÃO NACIONAL

Lembro bem, e até mencionei num dos meus editoriais, o MENTIROSO DISCURSO que o líder do crime proferiu no Congresso, no dia 01/01, sob aplausos da Mídia Abutre Consorciada, quando classificou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro como PROJETO DE DESTRUÍÇÃO NACIONAL. Alto e bom tom, Lula subiu nas tamancas do comunismo ao dizer que estava assumindo o país sob TERRÍVEIS RUÍNAS e com um DESASTRE ORÇAMENTÁRIO. Que tal? 

GÊNERO, NÚMERO E GRAU

Considerando a importância que é dada, tradicionalmente, aos primeiros 100 dias de governo, período que o novo governante usa para marcar o território das suas intenções e propósitos para os 4 anos de mandato, o que temos, faltando apenas 14 dias para o fechamento deste ciclo, é simplesmente ASSUSTADOR. Ou seja: tudo de ruim e péssimo que se poderia esperar de Lula & Cia já excedeu, de forma gritante, e inquestionável, em GÊNERO, NÚMERO E GRAU. Um legítimo HORROR.

DADOS DA OCDE, BANCO MUNDIAL E MINISTÉRIO DA ECONOMIA

Observem que Lula, seguindo a velha e conhecida lógica de Goebbels, de que uma mentira repetida várias vezes faz dela uma verdade, disse inúmeras vezes que durante o governo Bolsonaro (2019 a 2022) o Brasil ficou ISOLADO do resto do mundo. Pois, para que não se perca de vista a verdade, eis o que dizem, por exemplo, os dados compilados a partir de estatísticas da OCDE, BANCO MUNDIAL E MINISTÉRIO DA ECONOMIA:  

1. O *Brasil foi o 4° maior destino de investimento estrangeiro direto (IED) em 2021* segundo a OCDE.

2. O *Brasil foi o maior destino de investimento estrangeiro direto (IED) como proporção do PIB* em 2021, consideradas as 15 maiores economias do ranking do Banco Mundial.

3. *Em 2022, o Brasil se consolida como 4° maior destino de IED e maior destino como proporção do PIB*, com base em dados da OCDE.

4. A *OCDE formalizou o processo de acessão do Brasil* à Organização em 2022.

5. O *Brasil é o único país a integrar o G20, o BRICS* e em processo de ingresso à *OCDE.*

6. De *2019 a 2022, Brasil* conclui *15 acordos de comércio internacional*.

7. Em 2019, o *Brasil liderou a conclusão do acordo Mercosul-União Europeia, maior tratado* entre blocos econômicos da *história do comércio internacional.*

8. Em 2019, o *Brasil liderou a conclusão do acordo Mercosul-EFTA*, a área de livre comércio que reúne os países mais ricos da Europa fora da zona do euro.

9. *De 2003 a 2018*, o Brasil concluiu 17 acordos, todos *de abrangência menor do que os dos últimos 3 anos e meio.*

10. De 2018 a 2021, o *Brasil* é a economia dentre os *países do G20* que *mais aumentou a participação do comércio exterior* (exportações + importações) como percentual do *PIB.* 

11. *Em 2021, o comércio exterior brasileiro atingiu recorde sobre PIB*. A soma de exportações e importações chegou a 39% do PIB, *maior patamar da série histórica iniciada pelo Banco Mundial* em 1960.

12. *Em 2021, a corrente de comércio brasileira* (exportações + importações) foi de *meio trilhão de dólares*. Recorde histórico.*

13. *Em 2021, as exportações brasileiras* foram de *US$ 280,4 bilhões. Recorde histórico.*

14. *Em 2021, o superávit comercial brasileiro* (exportações - importações) foi de *US$ 61 bilhões. Recorde histórico.*

15. De janeiro a agosto de 2022, as *exportações brasileiras somaram *US$ 225,1 bilhões, recorde histórico para o período.*

16. De janeiro a agosto de 2002, a *corrente de comércio exterior* (exportações + importações) de jan a ago 2022 é de *US$ 407 bilhões, recorde histórico para o período.*

17. O *Brasil é o *país ocidental que apresenta o maior superávit* em seu comércio bilateral *com a China.*

18. Nos últimos 3 anos e meio o Brasil obteve superávit comercial com a China superior ao acumulado *durante os 16 anos de governos anteriores..*

19.  Comparado com os números de 2018, *em 2021 o Brasil teve crescimento em sua corrente comercial com União Europeia, EUA, países da ASEAN e do Oriente Médio.*

20. Na comparação entre janeiro-agosto de 2022/2021, *dos 20 principais destinos de exportação do Brasil, houve crescimento nas transações para 19*, sendo que 17 tiveram *crescimento de dois dígitos.*

21. *Superávit comercial médio mensal nos governos brasileiros de 2003-2018* foi de US$ *2,28* bilhões. *Superávit comercial médio mensal de janeiro de 2019 a julho de 2022:*US$ *4,35* bilhões. 

22. *De janeiro de 2019 a agosto de 2022, o *superávit comercial acumulado do Brasil* chegou a US$ 191 bilhões. O valor é equivalente a *R$ 1 trilhão.*

DEMOCRACIA

Tudo isto, infelizmente, está sendo atacado e destruído a todo vapor.  Assim, sem tirar nem pôr, a considerar o quanto os primeiros 100 dias já se mostraram catastróficos, tudo leva a crer que os próximos 100 dias serão marcados por TRAGÉDIAS que neste momento ainda estão fora da nossa imaginação. Mais: a julgar o que significa -DEMOCRACIA-, por tudo que estamos assistindo, e principalmente sentindo, este REGIME já deixou de existir no nosso Brasil. Isto ficou claro a partir do momento em que o STF e o PCC, com total determinação, passaram a governar o nosso país. 

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