Sílvio Munhoz
“Silêncio, abanem os lenços. Chora o vento em despedida”. Os dois versos de uma antiga música gaúcha expressam o que restará ao Brasil caso terça-feira próxima seja aprovado o PL das Fake News, nº 2630/20. Só lamentar a morte da liberdade de expressão!..
Objetivo, controlar as redes sociais. Tentarão criar um Ministério da Verdade à la Orwell com algum apelido bonito, Conselho Autônomo ou outro qualquer, com membros escolhidos pelo Governo e a função de decidir o que é verdade ou Fake News. Claro, vai funcionar... afinal, o Brasil viu nos últimos anos que órgãos autônomos, com membros nomeados pelo Governo continuam isentos, imparciais sem a balança pender para o lado de quem os nomeou. Vai funcionar!..
Como cravou Puggina “você conhece algum país onde [...] Os democratas querem calar o povo e entram em êxtase com a imposição de tiranias”. Sei, o nome do país está na ponta da língua, mas você teve aquela pequena falha de memória e não lembra. Entendo, afinal, pode ficar perigoso pensar ou falar caso a PL vire lei.
Bem capaz... alguém diria, a CF garante que o cidadão só seja punido quando lei anterior defina o crime e impede lei nova de retroagir em prejuízo do acusado (juridiquês: vedada retroatividade in malam partem). Sério! Ou o “tribunal autônomo” dos membros nomeados pelo governo destruiu esse e outros preceitos da Carta Magna.
Aliás, a última moda é denunciar “em lote” dizendo na denúncia “embora não exista até o momento prova da participação” e ser o recebimento das denúncias julgado pelo “tribunal autônomo”, que é incompetente. Verdadeiros processos Kafkianos. Há quem sustente que ainda vivemos em um “estado democrático de direito”... Que direito? Hoje “direito” não é o que está na Constituição ou nas Leis, mas, o que é ditado pelas cabeças pensantes na jurisprudência “eneadimensional do tribunal autônomo”. Estado democrático?
Ah os “democratas”, vejam as listas de quem votou o regime de urgência para o PL 2360/20 (voto direto em plenário, sem passar por Comissões e sem debates dos representantes do povo, os Deputados e sem ter nem mesmo um texto final). Viram? A maioria dos votos é dos partidos que compõem o governo e através da história se autoproclamam “democratas e defensores da liberdade”. Que no exercício cristalino de democracia chamam quem discorda de seu pensamento de antidemocrático, autoritário e fascista!..
Não, não estão preocupados com notícias falsas e com o prejuízo que possa acarretar à democracia, o que lhes assusta, realmente, é a verdade. Estavam acostumados com os tempos anteriores às redes sociais, quando criavam narrativas que, a troco de propagandas pagas com verbas do erário – dinheiro dos pagadores de impostos –, eram difundidas por grande parte dos órgãos de imprensa, hoje apelidada ex-imprensa.
A divulgação maciça sem contrapontos criava o fenômeno chamado “espiral do silêncio”... as pessoas não expressavam suas ideias, por medo de serem isoladas ou ridicularizadas, quando sua opinião era diferente da dominante, que por falta de contestação parecia ser aquela divulgada pelas grandes redes...
As redes sociais quebraram a espiral do silêncio, terminando com a “polarização feliz” – o conspiratório “teatro das tesouras”. Quebrado o silêncio foram difundidas outras ideias e surgiram inúmeros players novos no cenário político e muitos foram ouvidos e eleitos. Não, não pode... Como novas ideias e gente nova se elegendo... Necessário voltar aos tempos da “narrativa” ditada por nós. Esse o objetivo, não há dúvidas.
“O problema não é com os boatos falsos, mas sim com os fatos verdadeiros e com as opiniões que me contrariam: a liberdade de expressão é perigosa”, como escreveu meu irmão Adriano.
Sem liberdade de expressão não há democracia. Como denunciar as arbitrariedades quando não se pode expressar ideia diferente da “narrativa oficial”... estão umbilicalmente ligadas democracia e liberdade de expressão, uma não sobrevive sem a outra.
A votação está programada para terça-feira, lute, converse ou mande e-mail para seu deputado. O Brasil não pode voltar aos tempos de censura.
Aprovada só restará dar adeus à liberdade de expressão e à democracia.
“Silêncio abanem os lenços
Chora o vento em despedida.” Luiz Coronel.
Que Deus tenha piedade de nós!..
Alex Pipkin, PhD
Sempre acreditei que entre as funções precípuas do Estado justo, estavam a garantia da lei e da ordem, a preservação das liberdades individuais, a provisão de bens públicos de qualidade, e o crucial papel do setor público como definidor de incentivos adequados à criação de empresas e de empregos, em especial, àqueles relacionados a geração de inovações.
Desafortunadamente, o que se constata a olhos nus no Brasil, apesar da retórica das desigualdades sociais, é uma profunda desigualdade de condições, em nível salarial e de benefícios, do setor público em relação aos trabalhadores do setor privado.
Evidentemente existem exceções tanto na esfera pública como na privada.
No entanto, a narrativa construída é bem outra: empresários inescrupulosos sugam a renda dos trabalhadores, e a era da sinalização de virtude corrobora para fazer crer que a solução para a vida dos cidadãos vem do grande Estado “salvador”.
É desprezível que hoje, no Brasil, estejamos enclausurados no buraco da tirania de agentes estatais autoritários, ao invés de estarmos gozando dos ares produtivos das efetivas liberdades individual e econômica.
Apesar disso, muitos grandes empresários, inclusive têm fomentado essa ladainha de desigualdades, e externado sob os holofotes nobres sentimentos de culpa e desejos de redução das desigualdades sociais.
Desejo destacar dois aspectos fundamentais.
O primeiro é que todo esse entorno das narrativas vitimistas têm fornecido gás e justificativas para uma atuação cada vez mais intrusiva dos governos, com mais intervencionismo que impõe aos indivíduos e as empresas, criadores de riquezas, mais regulamentos e dificuldades, mais burocracias e exigências laborais. Todo esse conunto impacta em maiores custos e menor propensão ao investimento e a geração de empregos e renda, além da mitigação de uma cultura empreendedora.
O segundo e mais nocivo aspecto se refere a uma espécie de aval popular geral, por parte da população, o que propicia aos governos um cheque em branco para formular e implementar políticas públicas bom-mocistas que, comprovadamente, vão de encontro a uma maior criação de empregos, de aumento da atividade empresarial, de redução da inflação e dos respectivos preços e, fundamentalmente, do fomento ao investimento produtivo no país.
Ainda que bem-intencionadas, políticas públicas populistas quase sempre vão na contramão daquilo que elas se propõem a cumprir.
O saudoso Roberto Campos dizia: “O mundo não será salvo pelos caridosos, mas pelos eficientes”.
É perigoso e lastimável que a narrativa vitimista das desigualdades esteja ganhando o jogo de goleada, pois ela seduz corações culpados, nobres e carentes.
A fim de atacar e vencer o real problema da pobreza, são necessárias ações duras de redução do tamanho do Estado, tornando-o mais eficiente, da criação de um ambiente de negócios mais favorável ao empresariado, com muito menos regulamentos e normas contraproducentes, desburocratizando e privatizando empresas estatais completamente ineficientes. É mister transformar a educação, orientando-a para preparar os estudantes para os desafios dos novos tempos, contrariamente ao atual teatro de doutrinação marxista.
O problema é que para tanto, é preciso impulsionar um forte debate para se romper com a distorcida agenda coletivista da esquerda do amor.
É desolador que a prioridade de governos esquerdistas esteja em políticas identitárias - que dão voto -, ao invés de estarem prioritariamente em políticas econômicas experimentadas, que melhoram a vida de todas as pessoas, não somente de funcionários públicos.
Não se trata de criticar o setor público, mas sim de torná-lo justo e eficiente para o bem de todos.
O Estado existe para servir, e não para se servir do setor privado. Urge inverter essa agenda coletivista, populista e equivocada. Narrativas são muito distintas dos fatos, da realidade.
É indispensável centrar o foco e os esforços nos incentivos adequados aos indivíduos e as empresas, criadores de emprego, renda e riqueza para todos.
Sem a criação de riqueza, com maior atividade econômica, que produz mais a ser arrecadado, sem os impostos, o Estado não sobrevive. O resto são narrativas.
A crueza e a dureza estão em que essa façanha não é nada singela.
Cel. João Batista Pinheiro
O governo brasileiro, mormente o atual encabeçado pelo senhor Lula da Silva parece baratas tontas em seus convênios internacionais, não sabendo se agarrar em qual modelo de associação lhe convém para as suas necessidades políticas, econômicas e de defesa.
Com o progresso mundial e a velocidade dos meios de comunicações, os povos de todos os cantos do planeta têm necessidade de se associar formando blocos poderosos na defesa de seus interesses e em busca de paz e harmonia. Depois da 2ª Guerra Mundial foi criada a Organização das Nações Unidas (ONU), justamente para prevenir novas guerras tão indesejadas por todos.
Mesmo fazendo parte da ONU, foi criado o bloco das Nações Socialistas Soviéticas que dividiu o mundo em dois pedaços, a URSS com seus agregados, contra o resto do mundo, encabeçado pelos norte-americanos. Vieram na esteira dessas associações, a Organização do Atlântico Norte (OTAN) para se opor aos soviéticos.
Assim, como os homens em sua vivência terrestre, se reúnem para debater os seus problemas de convivência pessoais e de melhoria de vida, as nações também o fazem. O nosso país é membro da Organização dos Estados Americanos (OEA) e ainda criou o Mercosul para as suas atividades mercantilistas neste lado da América. O BRICS é um ajuntamento de 5 nações grandes em extensão e riquezas, incluindo o Brasil, espalhadas em 4 continentes que jamais vão se juntar. Assim, como nos times de futebol, o interesse de cada grupo se agrega ao interesse coletivo dos torcedores. As nações do mundo também desejam se unir a quem lhes pode proporcionar vantagens econômicas em todos os sentidos.
O Brasil figura aos olhos dos países desenvolvidos como uma nação abençoada pela natureza, pelo seu tamanho geográfico, clima temperado, população equilibrada, trabalhadora e ordeira, água em abundância, minerais preciosos, e ainda exibindo uma cepa de produtos alimentares capazes de saciar a fome da humanidade por longo tempo, desde que haja um controle populacional no mundo. Todos os países adotam medidas simpáticas para atrair o Brasil como um satélite poderoso. Nesse contexto, a nossa nação aparece como uma linda garota desejável por vários paqueras internacionais.
De nada adianta o presidente Lula andar pulando de galho em galho, em viagens desnecessárias ao exterior, como um macaquinho de circo, gastando rios de dinheiro e fazendo média com políticos e empreendedores nacionais, oferecendo o Brasil mundo a fora, como se fora prendas em leilões de igreja do interior. O nosso país já é muito manjado pelos asiáticos e outros povos pelas suas qualidades de nação poderosa, rica e pacífica. Não temos necessidade em sermos bajuladores internacionais, devemos é arregaçar as mangas da camisa e partirmos para o trabalho, em direção ao nosso Éden.
* Articulista do jornal Inconfidência, onde este artigo foi originalmente publicado.
DESABAFO DE STEINBRUCH
Li, na coluna do jornalista Lauro Jardim, que ontem, na residência oficial de Rodrigo Pacheco, onde se reuniram empresários, equipe econômica e políticos, o petista e maior acionista da CSN, Benjamin Steinbruch, elevou o tom da voz para atacar e condenar a TAXA DE JUROS - SELIC-. Steinbruch afirmou que os estoques da indústria estão muito elevados, os pátios das montadoras lotados e o risco de uma paralisação da economia é real. Mais: tem absoluta certeza de que esses problemas vão se avolumar nos próximos 30 dias, ou seja, o mês de junho será farto em más notícias.
ALTÍSSIMA DESPESA PÚBLICA
Procurei no texto do jornalista Jardim, se o empresário-petista-do aço fez algum comentário sobre a -CAUSA- da elevada taxa de juros. Em vão. Ao contrário: para justificar o seu claro posicionamento a favor de governos de esquerda, notadamente o PT, em nenhum momento Steinbruch se referiu à ALTÍSSIMA DESPESA PÚBLICA, tida e havida, no mundo todo, como PRINCIPAL RESPONSÁVEL PELA TAXA DE JUROS.
SILÊNCIO TOTAL QUANTO AO ARCABOUÇO FISCAL
Mais: como fiel apoiador do governo Lula, o empresário silenciou sobre o ARCABOUÇO FISCAL, aprovado na calada da noite de ontem. Como diz o velho ditado -QUEM CALA CONSENTE, Steinbruch entende que o Brasil não precisa de -TETO DE GASTOS-, regra esta, como bem esclarece o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança, não apenas vinha funcionando como proporcionava o EQUILÍBRIO FISCAL.
DUAS PRERROGATIVAS
Pois, ainda que o empresário petista não tenha surpreendido com suas declarações em tom de voz alto, o que me resta é GRITAR AOS QUATRO CANTOS DO PAÍS, através dos meus editoriais, que a aprovação do ARCABOUÇO FISCAL confere ao governo duas prerrogativas : 1- LICENÇA PARA AUMENTAR GASTOS; e, 2- GARANTIR UM AUMENTO SIGNIFICATIVO DA ARRECADAÇÃO.
CAUSA E CONSEQUÊNCIA
Como só os seres racionais são capazes de perceber (os petistas-da-gema sofrem de TRANSTORNO COGNITIVO), o terrível cenário traçado -em voz alta- por Benjamim Steinbruch, no encontro na residência de Rodrigo Pacheco, tem como grande -CAUSA- o AUMENTO DO GASTO PÚBLICO E O AUMENTO DA ARRECADAÇÃO. A TAXA DE JUROS, portanto, é pura CONSEQUÊNCIA.
Marco Frenette
Salvo raras exceções, nas quais a direita conseguiu impor sua vontade e impedir a esquerda de implementar seus projetos criminosos, a história política moderna tem comprovado, de modo empírico e inequívoco, que:
1 - A esperteza, a resiliência, o cinismo, a delinquência e a amoralidade da esquerda têm sido ferramentas eficientes para alcançar o poder;
2 - A inteligência, a hesitação moral, a cultura do adiamento (a espera do mítico momento de agir com a ilusória estratégia perfeita), e a pretensão da direita têm sido ferramentas inadequadas para alcançar o poder.
Dessas duas verdades históricas modernas, tira-se mais duas:
3 - A esquerda, quando é retirada do poder, consegue retomá-lo em tempo recorde, contrariando todas as probabilidades e todas as previsões;
4 - A direita, quando alcança o poder, o perde em tempo recorde, assemelhando-se a um cometa de pouca duração.
A principal desculpa mundial da direita para tal assimetria vergonhosa é esta:
5 - A direita tem um conjunto de virtudes morais que a impede de agir como a esquerda age; e, portanto, a esquerda termina vencendo por jogar sujo.
Essa desculpa é muito fraca, uma vez que:
6 - "Virtude" que permite que o mal cresça e vença, não é virtude, mas covardia e omissão disfarçadas de virtude;
7 - É perfeitamente possível vencer o mal sem se igualar a ele, e usando as mesmas ferramentas e estratégias.
Historicamente, a direita tem dificuldade de entender a postura suicida contida no item 5, e raras vezes aplicou as verdades dos itens 6 e 7, porque:
8 - Atribui erroneamente "virtude" e "moral" aos objetos e às estratégias, e não ao tipo de uso dos mesmos objetos e estratégias.
Vamos traduzir essa afirmação do item 8 por meio de dois exemplos:
9 - Um policial que atira contra um bandido armado não está se igualando moralmente ao bandido porque usou o mesmo objeto elegido pelo bandido: a arma de fogo;
10 - Um político honesto que destrói a reputação de um político bandido usando a verdade dos fatos não está se igualando ao político bandido que destrói a reputação de um político honesto por meio de mentiras. Porém, ambos estão usando a mesmíssima estratégia.
Mais recentemente, uma outra desculpa surgiu para defender o hábito da direita de manter as calças abaixadas:
11 - A esquerda já aparelhou de tal modo as instituições e a cultura, que nada resta a fazer a não ser resistir, mas bem moderadamente para não provocar a fúria do monstro.
Essa é uma meia verdade, porque:
12 - Boa parte do poder da esquerda é blefe. Ela diz que tem poder, e todos obedecem, e, paradoxalmente, o falso poder se torna real, e o sofrimento, censura, prisões e medo se tornam também reais. Mas a direita tem muita culpa nisso, por permitir o crescimento do mal até o ponto de ser quase impossível enfrentá-lo;
13 - Se o aparelhamento da esquerda fosse total, não aconteceria a chegada dos conservadores ao poder, como vimos em vários países nas últimas duas décadas. E todos eles já perderam o poder, mas a culpa não foi da esquerda, mas da própria direita.
E por que a culpa foi da direita? Há vários motivos, todos com base no equívoco histórico da direita de confiar na sua superioridade moral. Porém, esse erro se destaca:
14 - Quando a esquerda está no poder, ela trata a parcela honesta dos políticos e da população como criminosos; e a direita, quando está no poder, se desmancha em explicações e justificativas para a parte desonesta dos políticos e da população, relutando em fazer o que deve ser feito. E de relutância em relutância, acaba descobrindo que é tarde demais.
* Reproduzido da excelente página do autor, Marco Frenette, no Facebook.
Sílvio Lopes
A Finlândia foi, pelo sexto ano consecutivo, considerada a nação mais feliz do mundo. Situada no norte da Europa tem uma população de 5,5 milhões de habitantes, sendo 90 % deles, de religião protestante. Sentimento de felicidade pode ser muito relativo, variar de pessoa a pessoa, mas há indicadores sociais que permitem medir graus de felicidade coletiva.
Três características dos finlandeses concorrem para tal: 1) Adoção de padrões de felicidade individual. Ou seja: evitar a comparação com os outros. Maquiavel já profetizava: "Se quiséssemos ser apenas felizes, não seria difícil; mas como queremos ser mais felizes que os outros, se torna impossível, pois que julgamos que os são mais felizes do que realmente o são". Segundo ponto: Respeito à natureza, de onde absorvem a boa energia. E terceiro: Estabelecimento de um ciclo impermeável de confiança na sociedade, em que a honestidade é o elemento e o elo mais forte de transmissão.
Fez- se, até uma experiência, entre dezenas, para avaliar o grau de honestidade de vários países. Foram deixadas em locais públicos 192 carteiras. Em Helsinque, das doze espalhadas, onze foram devolvidas. Experiência dessa natureza, por aqui, que resultado teria? Fácil responder, não é mesmo? Essa é a tragédia nacional. Jamais iremos atingir grau elevado de desenvolvimento econômico e social (pré-requisitos para se alcançar a felicidade no mundo moderno, seja individual ou coletivamente), se a cultura do povo escarnece e ridiculariza os honestos, defenestra a honestidade e, ao mesmo tempo, escolhe como seu líder máximo o mais abjeto e desonesto até hoje nascido neste imenso país.
Pra finalizar, cito Emil Farhat que em seu conceituado livro "Brasil, País dos coitadinhos". Sentenciou ele: "O Brasil deve decidir-se entre ser uma grande nação – o que todos sonhamos –, ou um vasto albergue". Aliás, já estamos albergados. Ou ainda restam dúvidas sobre isso?
* O autor, Sílvio Lopes, é jornalista e economista. Palestrante sobre a Economia Comportamental.