• Juan Habanero Cubano
  • 22 Setembro 2015

 

O ditador Raúl Castro, em suas palavras de boas-vindas ao pontífice Francisco, traçou de maneira arrogante as regras do jogo para a visita papal, reafirmando, diante do ilustre visitante, o literal bloqueio interno em que os cubanos vivem há quase seis décadas.

Antes que Francisco tivesse oportunidade de oferecer sua proposta de “reconciliação” e “diálogo” para Cuba, o ditador Castro lhe recordou que a meta prioritária do regime continua sendo a de preservar o socialismo, que a “liberdade religiosa” já seria um direito “consagrado” na constituição, e que o regime não admite interferências, sequer “indiretamente”, no que considera “assuntos internos” da ilha-cárcere (leia-se liberdade e direitos humanos).

O recado estava transmitido e as regras do jogo desse brutal bloqueio interno castrista ficaram reafirmadas, não só ante o pontífice Francisco, senão, também, indiretamente, ante o presidente Obama. Ambos são seus grandes aliados neste momento em que estão respaldando, no plano internacional, o regime comunista e impedindo sua derrubada.

Boa parte dos desdobramentos da visita papal busca sentido e pode ser analisada do ponto de vista desse bloqueio imposto pelas regras do jogo do Lobo.

O recado recebido de um oficial da polícia política por Martha Beatriz Roque, uma destacada dirigente opositora que foi proibida pelo regime de encontrar-se com Francisco no jardim da Nunciatura, para onde havia sido convidada, é suficientemente expressivo e fala por si mesmo. “Se você tem algo que dizer ao papa, diga-o a nós, que o transmitiremos. Também é expressivo e fala por si o comentário balbuciante do porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, na reunião de imprensa posterior à missa em Holguín, sobre a detenção de dissidentes, conforme reproduzido pelo jornalista Jesús Bastante, responsável pelos assuntos religiosos na ABC de Madrid, no artigo para a agência espanhola Religión Digital (21 de setembro de 2015): Por que o papa Francisco não criticou a ditadura cubana? Por que não se encontrou com os dissidentes dos Castro?

O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, teve que lançar mão de toda a diplomacia da Santa Sé para responder às insistentes perguntas da imprensa internacional durante a rodada de entrevistas posterior à missa papal em Honguín.

“Não estava nem está prevista uma reunião, em sentido estrito”, com a dissidência, admitiu o porta-voz, que reconheceu ter havido uma tentativa “falida” para que alguns dissidentes pudessem saudar o papa “de passagem”. Alguns deles, como Martha Roque, foram detidos no sábado, quando se dirigiam à Nunciatura para saudar o papa em sua chegada e, posteriormente, participar da Liturgia das Horas (Vésperas) na catedral de Havana.

Sabia Francisco, que essas detenções haviam acontecido? Lombardi não soube responder. “Não tenho nenhuma resposta… de parte da Santa Sé, sussurou o porta-voz, que tampouco quis esclarecer se o papa se referia ao regime quando pediu, na missa de Holguín para superar “nossas resistências a mudança” (até aqui a versão textual do jornalista espanhol Jesús Bastante). Ao mesmo tempo, dezenas de opositores políticos foram detidos à saída de seus domicílios e nas ruas para evitar que com suas eventuais reclamações empanassem o clima de suposta “liberdade religiosa” que se vivia na ilha-cárcere das Antilhas.

O Partido Comunista de Cuba (PCC) exigiu receber as listas com os nomes dos fiéis católicos que precisaram dirigir-se em grupos à missa papal em Havana. E os bispos colaboracionistas consentiram. Mais ainda. Militantes comunistas viajaram em cada ônibus com os fiéis católicos que se dirigiram à missa. E o PCC controlou, com seus militantes, todo o trajeto de Francisco pelas ruas de Havana.

Alguns gestos, sussuros e palavras soltas de Francisco, que poderiam ser interpretados como uma tentativa de quebrar o bloqueio interno castrista, foram anulados pela horrorosa visita de Francisco ao ex-ditador Fidel Castro, solicitada pela Santa Sé. A julgar pelas fotos difundidas no periódico Granma, Francisco contemplava o sanguinário ex-ditador e estreitava suas mãos como se fosse um santo e não o homem responsável pelo fuzilamento de jovens mártires católicos que morreram no paredón exclamando “Viva Cristo Rei, abaixo o comunismo!”. Fidel foi, também, o artífice da estratégia posterior de criar apóstatas e não mártires, reconhecida em discurso na Universidade de Havana. Ele é o maior responsável, enfim, pela destruição de Cuba.

Nessa perspectiva, a viagem papal a Cuba contribuiu, decisivamente, para manter o bloqueio interno que asfixia os cubanos e a empurrar os católicos para uma “reconciliação” com os Lobos comunistas. São estas algumas primeiras reflexões, sem dúvida esquemáticas, nos momentos em que termina a visita de Francisco à ilha-cárcere de Cuba.

Juan Habanero Cubano, 21 de setembro de 2015.

 

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  • Olavo de Carvalho
  • 20 Setembro 2015

(www.midiasemmascara.org)

Na peça teatral Processo e Morte de Stalin, de Eugenio Corti – escritor da estatura de um Manzoni ou de um Tolstoi --, o ditador soviético convida alguns de seus ministros e assessores para um jantar na sua casa de campo, na intenção de prendê-los e sacrificá-los num dos seus célebres “expurgos”. Eles descobrem o plano e decidem virar o jogo. Desarmam os guardas da casa e já estão quase liquidando com um tiro na nuca o velho companheiro, quando surge a idéia de lhe dar uma última oportunidade de se explicar perante o tribunal do materialismo histórico. O que se segue é uma obra-prima de argumentação dialética, na qual Stalin logra demonstrar, ante os olhos estupefatos de seus executores, que os crimes que perpetrou não foram jamais traições aos ideais revolucionários, mas sim a realização fiel, exata e genial dos princípios do marxismo-leninismo nas circunstâncias históricas dadas. Os conspiradores admitem que ele tem razão, mas resolvem matá-lo mesmo assim.

Para confirmar o dito de Karl Marx de que as tragédias históricas se repetem como farsas, alguém deveria escrever uma peça similar sobre o sr. Luiz Inácio Lula da Silva. Qualquer estudioso de marxismo que tenha feito a sua lição de casa – um tipo que, admito, é uma raridade absoluta tanto na esquerda quanto na direita hoje em dia --, tem a obrigação de perceber que, do ponto de vista da estratégia revolucionária, Lula nada fez de errado. Ao contrário. Seguiu a receita fielmente, com um fino senso dialético das condições objetivas, dos momentos e das oportunidades, logrando realizar o quase impossível: salvar da extinção o movimento comunista latino-americano e colocá-lo no poder em uma dúzia de países. Fidel e Raul Castro jamais puseram isso em dúvida. As próprias Farc reconheceram-no enfaticamente, na carta de agradecimento que enviaram ao XV aniversário do Foro de São Paulo. Mais ainda: no seu próprio país, Lula foi o líder e símbolo aglutinador da “revolução cultural” que deu aos esquerdistas o completo controle hegemônico das discussões públicas, ao ponto de que praticamente toda oposição ideológica desapareceu do cenário, sobrando, no máximo, as críticas administrativas e legalísticas que em nada se opunham à substância dos planos revolucionários. Isso nunca tinha acontecido antes em país nenhum. O próprio Lula, consciente da obra realizada, chegou a celebrar a mais espetacular vitória ideológica de todos os tempos ao declarar que, na eleição presidencial de 2002, o Brasil havia alcançado a perfeição da democracia: todos os candidatos eram de esquerda.

É fácil chamá-lo de ladrão, de vigarista, do diabo. Mas o fato é que essas críticas se baseiam num critério de idoneidade administrativa que só vale no quadro da “moral burguesa” e que, em toda a literatura marxista, não passa de objeto de zombaria. O que aconteceu foi apenas que Lula, como todo agente do movimento comunista internacional que não chega ao poder por meio de uma insurreição armada e sim por via eleitoral, como foi também o caso de Allende no Chile, teve de fazer alianças e concessões – inclusive e principalmente ao vocabulário da “honestidade burguesa”—com a firme intenção de jogá-las fora tão logo começassem a atrapalhar em vez de ajudar. Tanto ele quanto seu fiel escudeiro Marco Aurélio Garcia foram muito explícitos quanto a esse ponto: ele, em entrevista a Le Monde; Garcia, a La Nación. Mover-se no meio das ambigüidades de uma conciliação oportunista entre as exigências estratégicas do movimento revolucionário e os interesses objetivos dos aliados capitalistas de ocasião é uma das operações mais delicadas e complexas em que um líder comunista pode se meter. Mas, pelo critério dos resultados obtidos – o único que vale na luta política --, o sucesso do Foro de São Paulo é a prova cabal de que Lênin, Stálin ou Fidel Castro, no lugar de Lula, não teriam feito melhor.

Nem mesmo o enriquecimento pessoal ilícito pode ser alegado seriamente contra ele, pelos cânones da moral revolucionária. De um lado, em todos os clássicos da literatura comunista não se encontrará uma única palavra que sugira, nem mesmo de longe, que o compromisso de fachada com a “moral burguesa” deva ser cumprido literalmente como guiamento moral da pessoa do líder, ou mesmo do menor dos militantes. De outro lado, é fato histórico arquicomprovado que todas as estrelas maiores do cast comunista enriqueceram ilicitamente – Stalin, Mao, Fidel Castro, Pol-Pot, Allende, Ceaucescu --, sendo uma norma tácita que tinham até a obrigação de fazê-lo, de preferência com contas na Suíça, para ter os meios de resguardar-se e reiniciar a revolução no exterior em caso de fracasso do projeto local. O próprio Lênin só não chegou a poder desfrutar do estatuto de nababo porque semanas após a vitória da Revolução a sífilis terciária, cumprindo seu prazo fatal, o reduziu a um farrapo humano. Como dizia Yakov Stanislavovich Ganetsky (também chamado Hanecki), o mentor financeiro de Lênin, “a melhor maneira de destruirmos o capitalismo é nós mesmos nos tornarmos capitalistas”.

O movimento revolucionário sempre viveu do roubo, da fraude, do contrabando, dos seqüestros, do narcotráfico e, nos países democráticos onde chegou ao poder, do assalto aos cofres públicos. Lula não inventou nada, não inovou em nada, não alterou nada, apenas demonstrou uma habilidade extraordinária em aplicar truques tão velhos quanto o próprio comunismo.

No tribunal da ética revolucionária, portanto, nem uma palavra se pode dizer contra ele. As críticas só podem provir de três fontes:

a) Reacionários empedernidos, frios, desumanos e incompreensivos como o autor destas linhas, que não condenam Lula por desviar-se do movimento revolucionário e sim por permanecer fiel ao esquema de destruição civilizacional mais cínico e diabólico que o mundo já conheceu.

b) Aliados burgueses insatisfeitos de que ele viole de maneira demasiado ostensiva as regras da moral capitalista, sujando a reputação de quem só quer ajudá-lo.

c) Esquerdistas com precária formação marxista, que não entendem a natureza puramente tática da retórica burguesa de idoneidade administrativa e imaginam – ou se esforçam para imaginar diante do espelho -- que a roubalheira seja uma traição aos ideais revolucionários.

Os primeiros são os únicos que dizem o português claro: a roubalheira petista não é um caso de “corrupção” igual a tantos outros que a antecederam, mas é um plano gigantesco de apropriação do dinheiro público para dar ao movimento comunista o poder total sobre o continente.

Os segundos, ideologicamente castrados, imaginam poder vencer ou controlar o comunopetismo mediante simples acusações de “corrupção” desligadas e isoladas de qualquer exame da sua retaguarda estratégica. Inclui-se aí toda a grande mídia brasileira, com a exceção de alguns colunistas mais ousados como Reinaldo Azevedo, Percival Puggina e Felipe Moura Brasil.

Os terceiros macaqueiam o discurso dos segundos na esperança de salvar a reputação do movimento revolucionário mediante o sacrifício de uns quantos “corruptos” mais visíveis. Nas suas mentes misturam-se, em doses iguais, a falsa consciência, o fingimento histérico de intenções angélicas e o desejo intenso de limpar com duas palavrinhas tardias uma vida inteira de serviços prestados ao mal.

Não espanta a pressa obscena dos segundos em celebrar estes últimos como heróis nacionais. Vêem neles uma ajuda providencial para tomar do parceiro incômodo o controle da aliança sem ter de passar por anticomunistas, uma perspectiva que os horroriza mais que o risco do paredón.

Publicado no Diário do Comércio.
http://olavodecarvalho.org
 

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  • Rafael Hollanda
  • 20 Setembro 2015

www.midasemmascara.org


Recentemente, o governo, através do noticiário, disponibilizou a população uma amostra do design do qual se comporão os novos passaportes utilizados por este país que se encontra sob o comando do partido mais corrupto, antinacional e mentiroso que a América Latina já presenciou.

A um observador ingênuo e despercebido, a face extremamente minimalista do documento que contém apenas a nomenclatura oficial do Brasil e o Cruzeiro do Sul com a inscrição “MERCOSUL” logo abaixo não tem absolutamente nada de suspeito. Sendo apenas uma versão “modernizada” do documento de viagem que simboliza o rosto do Estado brasileiro perante autoridade estrangeira.

Porém, ao olhar para o documento e fazer a analogia daquilo que ele representa e qual o contexto-geral que se encontra o que ele simboliza, percebe-se claramente que o Estado brasileiro, membro do MERCOSUL, que é a personificação exata do Foro de São Paulo (associação criada em 1991 por Lula e Fidel Castro para reunir a esquerda latino-americana no pós-guerra fria) no que concerne à materialização político-nacional do movimento, já começou o processo de destruição dos símbolos nacionais do Brasil. Algo que já vem sendo posto em prática desde o segundo governo Lula quando o poder legislativo do país concedeu o mesmo status legal aos símbolos do MERCOSUL em relação aos símbolos nacionais. Não é a toa que a bandeira do MERCOSUL é, por lei, obrigada a estar hasteada juntamente com a bandeira nacional em todas as repartições públicas do Brasil.

O que se nota cada vez mais nos países do América do Sul governados pelos partidos ligados ao Foro de São Paulo é a descaracterização dos símbolos nacionais para que, em um futuro não muito distante, todos eles sejam mesclados e reduzidos a um Cruzeiro do Sul, talvez, na bandeira de uma provável União das Repúblicas Socialistas Latino-Americanas (URSAL): o objetivo primário dos governos do Foro de São Paulo que foi criado justamente para isto.
Diagnosticar o patriotismo como uma barreira ao avanço da tirania comunista e tentar acabar com ele a qualquer custo através da construção de novos símbolos sem representatividade objetiva é algo que o comunismo tem consolidado em suas escrituras de fundação: o Manifesto Comunista, quando prega o fim das nações e a unificação mundial para um mundo comunista e a Quarta Internacional Trotskista quando diz que o internacionalismo é a única forma possível de construir o comunismo.

Marx dizia que os símbolos antigos, sejam eles de qual natureza forem, eram formas de expressão da classe dominante, alienando e aprisionando o proletariado que deverá tomar o poder, banir os símbolos tradicionais e substitui-los pelos símbolos do movimento revolucionário. Ele inclusive dizia que haviam povos tão ligados a seus símbolos “burgueses” que não teriam salvação e deveriam ser exterminados. Como os poloneses, fortemente ligados a Igreja Católica e os sérvios fortemente ligados a monarquia austríaca e suas tradições e símbolos. Cabe aqui um parêntese para dizer que Marx era um eslavofóbico inflamado, por isso achei conveniente citar aqui o exemplo de duas nações eslavas.
A doutrina comunista literalmente diz: “destruam as nações, seus símbolos, seu orgulho e sua unidade”. Depois dos símbolos propriamente ditos, o banimento passa inevitavelmente para os símbolos espirituais esvaziando-os do seu conteúdo original, como no caso do Brasil pela Revolução Cultural Gramsciana, ou os perseguindo abertamente como nos regimes comunistas clássicos.

Os revolucionários bolcheviques, logo após a revolução de 1917, baniram e proibiram por lei toda e qualquer exibição de símbolos nacionais russos, instaurando em seu lugar o famigerado pavilhão vermelho com a foice e o martelo. Uma bandeira nacionalmente inócua e sem sentido algum, mas que designava o movimento comunista que governava a União Soviética. E no comunismo não importa a nação, importa o governo. Em todas as quinze repúblicas as bandeiras regionais foram banidas e substituídas por bandeiras vermelhas com detalhes azuis, verdes ou brancos sem nenhum sentido nacional. A Igreja Ortodoxa Russa foi perseguida e as suas atividades tornaram-se proibidas. A destruição dos símbolos desorienta e se faz perder a consciência nacional de um povo. Tudo o que o comunismo precisa para o seu surgimento ou, no caso do Brasil, a sua consolidação. O governo brasileiro está preocupado em “consciência regional”, não em consciência nacional.

O mesmo fez a China, banindo a histórica bandeira colorida da República Chinesa e instaurando a bandeira vermelha com as estrelas amarelas. Mais uma vez, como em todo movimento comunista, a bandeira considerava apenas o movimento golpista de 1949 e não a nação chinesa em si. A Revolução Maoísta baniu até símbolos do antigo Império Chinês como o dragão, que era o animal oficial do país e perseguiu brutalmente a religião budista que era a religião majoritária da população chinesa, matando milhões de budistas em campos de concentração e confinando seus monges em um militarizado e policialesco Tibet.

Entre casos igualmente notáveis de revisionismo simbólico podemos citar o Camboja do Khmer Vermelho, o Laos, a Coréia do Norte, a Romênia governada pelo ditador Nicolae Ceaucescu e a Alemanha Oriental.

Como o Brasil adotou a linha ideológica de instaurar o comunismo pela revolução cultural, nenhum símbolo deve ser retirado de imediato. O processo de retirada deve ser longo e passar despercebido, substituindo os símbolos nacionais por um ambíguo que tenha, ao mesmo tempo, certa ligação com o país, mas nem tanto, como é o caso do Cruzeiro do Sul.
A constelação do Cruzeiro não é um símbolo exclusivamente brasileiro. É o símbolo da Austrália, da Nova Zelândia, da Samoa, da Papua Nova-Guiné e de uma série de micronações do Pacífico sul. Mais especialmente ela é o símbolo da organização que é a materialização do Foro de São Paulo como entidade politica e nacional. O que torna claro que o Cruzeiro do Sul como colocado no novo passaporte não simboliza de maneira nenhuma o Brasil, mas sim a tão sonhada unidade continental de uma América do Sul vermelha.

A conclusão sobre isto é simples: já se foram os tempos em que a esquerda brasileira, intoxicada pelo trabalhismo varguista, era nacionalista e prezava pelos símbolos nacionais. Hoje em dia a esquerda brasileira não é nacionalista. Ela é apenas comunista e tem um projeto de poder criminoso, internacionalista e expansionista. E isso já denota o caráter intrinsecamente antinacional da sua natureza que, sem a maior sombra de dúvidas, tenta transformar o patriotismo em algo ridículo e ultrapassado e a substituição de símbolos é apenas o começo.

Rafael Hollanda é estudante de Direito do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC-RJ) e membro-fundador do Movimento Universidade Livre.
 

 

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  • Prof. Nelson Perez
  • 20 Setembro 2015


É como acontece na guerra e se reproduz em jogos, desafios ou apostas: “QUEM PERDE PAGA!”

Assim estamos no Brasil, como na fase final de uma guerra.

A nação (cidadãos, famílias, comunidades e empresas), mais uma vez, derrotada pelos seus governantes.

O Brasil, por suas “estratégias”, no último período, distribuiu quantias astronômicas de dinheiro em operações não produtivas para, segundo seus mentores, obter resultados sociais e de desenvolvimento.

Foram realizados volumosos investimentos de infraestrutura em nações amigas como Bolívia, Venezuela, Cuba e Panamá, em estradas, portos, aeroportos e refinarias.

O Governo Brasileiro com o objetivo de “estreitar relações”, perdoou dívidas que superam US$ 1 Bilhão dos países africanos: Congo, Tanzânia, Zâmbia, Etiópia, Costa do Marfim, Senegal, Gabão, República da Guiné, Mauritânia, São Tomé e Príncipe, Sudão e Guiné Bissau. Conjunto de países que inclui algumas das mais violentas ditaduras da atualidade.

Perdoamos também a dívida da Bolívia (US$ 52 Milhões), da Venezuela (R$ 20 Bilhões) e ainda doamos US$ 800 Milhões para o governo de Cuba.

Aumentamos neste ano, o Fundo Partidário (dinheiro destinado ao “sustento” dos Partidos Políticos) de 289 Milhões, para R$ 868 Milhões em um aumento de mais de 200%.

Fizemos transferências diretas R$ 27 Bilhões via Bolsa-família, para 50 Milhões de pessoas, um exército que já representa ¼ da população total do País.

Para a Copa do Mundo de Futebol, foram gastos R$ 33 Bilhões, sendo R$ 1,1 Bilhão só para o estádio do Corinthians e R$ 1,05 Bilhão para o Maracanã.

Gastamos em 2014 para manter nossos inacreditáveis 39 Ministérios, a quantia de R$ 400 bilhões, remunerando mais de 113.000 empregados.

Cartões Corporativos do Governo Federal custaram em 12 meses aos cofres públicos, R$ 61,8 Milhões, sendo 49% deste montante, em gastos sigilosos.

Alguns Bilhões ainda foram dedicados à ONGs, convênios, incentivos, patrocínios, participações, “comissões”, etc.

Alguns obtiveram grandes vantagens. Mas, ao final, pelo menos para nós, deu errado! Fomos os derrotados!

A economia encolheu, perdemos mais de meio milhão de postos de trabalho em seis meses, a inflação cresceu, a insegurança é assustadora, o sistema de saúde se deteriora, a educação diminui seu orçamento e não evolui, nossa infraestrutura é precária e a corrupção se dissemina implacavelmente em todas as dimensões e por todo território nacional.

E agora, a despeito de já pagarmos mais de 45% de tudo o que produzimos em impostos aos nossos governantes e de já possuirmos uma liderança mundial inalcançável na relação injusta entre a arrecadação de impostos e a entrega de serviços à população, nossos governantes chegam a conclusão de que devemos pagar mais impostos ainda, para acertar o caixa e manter o pais, minimamente, viável.
Dizem eles, que isso é o que precisa e o que deve ser feito. Mas não pode ser por necessidade! Não é possível que seja! Certamente, não é. Só pode ser pela lógica da guerra e pela execução de sua principal regra. Uma regra opressora, tacitamente estabelecida e aplicada por quem detém muito poder e nenhum senso de justiça.

Aos vencedores, cabe a apropriação da riqueza. Aos perdedores, a assimilação de seus prejuízos, a indenização dos custos e o pagamento da premiação aos vitoriosos.

Não deveria ser assim. Mas vai acontecer novamente... Mais uma vez nós perdemos... E QUEM PERDE, PAGA.
 

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  • Dr. Constantine Menges
  • 19 Setembro 2015

O ARTIGO QUE DEU ORIGEM AO TÍTULO DO LIVRO “O EIXO DO MAL LATINO-AMERICANO E A NOVA ORDEM MUNDIAL”

7 de Agosto de 2002

Uma nova ameaça que inclui terrorismo e armas e mísseis balísticos pode surgir de um novo eixo incluindo Fidel Castro, de Cuba, o regime de Chávez na Venezuela e o candidato radical a Presidente do Brasil, todos ligados ao Iraque, Irã e China. Ao visitar o Irã no ano passado, Mr. Castro disse: “Irã e Cuba podem colocar os Estados Unidos de joelhos”, e expressou sua admiração por Saddam Hussein quando visitou o Iraque.

O novo eixo ainda pode ser evitado, mas se o candidato pró-Castro for eleito Presidente do Brasil, o resultado pode incluir um regime radical que restabeleça o programa de armas nucleares e o de mísseis balísticos (1) e o incremento dos laços com os países que promovem o terrorismo, como Cuba, Iraque e Irã, e ainda podendo apoiar a desestabilização das frágeis democracias vizinhas. Isto poderia levar a que 300 milhões de pessoas em seis países se submetessem ao controle de regimes radicalmente anti-Americanos e à possibilidade de doutrinação de milhares de novos terroristas que poderiam atacar os Estados Unidos a partir da América Latina. No entanto, a administração em Washington parece não estar dando a devida atenção.
O Brasil terá eleições presidenciais em outubro e, se as atuais pesquisas forem confiáveis, o vencedor será um radical pró-Castro com profundas ligações ao terrorismo internacional. Seu nome é Luís Ignácio Lula da Silva, o candidato do Partido dos Trabalhadores que conta com aproximadamente 40% nas pesquisas. O candidato Comunista está em segundo lugar com 25% e o concorrente democrata em torno de 14% (2).
Mr. da Silva não faz segredo de suas simpatias. Foi aliado de Mr. Castro por mais de 25 anos e com seu apoio fundou o Foro de São Paulo em 1990, uma reunião anual de comunistas e outras organizações políticas e terroristas da América Latina, Europa e Oriente Médio. (O Foro) foi utilizado para coordenar e planejar atividades políticas e terroristas em todo o mundo, contra os Estados Unidos. O último encontro foi em Havana, Cuba, em Dezembro de 2001. Envolveu terroristas da América Latina, Europa e Oriente Médio e condenou fortemente a administração Bush e suas ações contra o terrorismo internacional.
Como Mr. Castro, Mr. da Silva culpa os Estados Unidos e o neo-liberalismo por todos os reais problemas sociais e econômicos com que se defrontam o Brasil e a América Latina. Mr. Da Silva chamou o Free Trade Area of the Americas (3) de uma conspiração dos Estados Unidos para “anexar” o Brasil e acusou todos os credores internacionais que esperam o pagamento de $250 milhões em empréstimos de “terroristas econômicos”. Também afirmou que todos os que estavam retirando seu dinheiro do Brasil, o faziam por temerem seu regime, e também acusou-os de “terroristas econômicos”. Isto nos dá uma pista sobre o tipo de “guerra contra o terrorismo” que será conduzido em seu governo.
O Brasil é um País ricamente dotado, quase do tamanho dos Estados Unidos, com uma população de 180 milhões de habitantes e a oitava economia mundial (com um PIB de mais de $ 1.1 trilhão de dólares). Poderia em curto prazo se tornar uma das potência nucleares. Entre 1965 e 1994 os militares trabalharam para desenvolver armas nucleares, conseguiram projetar duas bombas atômicas e estavam a ponto de testar um artefato nuclear quando um novo governo democrático e uma investigação legislativa encerraram o projeto.
Aquela investigação revelou, no entanto, que os militares haviam vendido oito toneladas de urânio ao Iraque em 1981. Também foi relatado que após o bem sucedido programa de mísseis balísticos ter sido fechado, o General (4) e 24 cientistas que lá trabalhavam foram para o Iraque. Existem relatórios revelando que, com financiamento iraquiano, a capacidade em armas nucleares foi desenvolvida em segredo, contrariando as diretivas dos líderes civis democratas.
Mr. da Silva declarou que o Brasil deveria possuir armas nucleares e aproximar-se da China, que vinha ativamente cortejando os militares brasileiros. A China vendeu ao Brasil urânio enriquecido e investiu na indústria aeroespacial brasileira, tendo como resultado um satélite conjunto de observação e reconhecimento.
O Brasil tem fronteira com outros dez países na América do Sul, o que ajudaria da Silva a incrementar, como disse que faria, uma política exterior mais próxima do regime pro-Castro e pro-Iraque de Chávez na Venezuela que apoia a guerrilha narco-terrorista das FARC colombianas, assim como outros grupos anti-democráticos da América do Sul. Hugo Chávez trabalhou com Mr. Castro para temporariamente desestabilizar a frágil democracia no Equador há dois anos. No momento, ambos apoiam o líder socialista dos cocaleiros, Evo Morales, que espera tornar-se Presidente da Bolívia em agosto próximo.
Além de ajudar as guerrilhas comunistas a tomarem o poder na conturbada democracia colombiana, um regime de Mr. Da Silva no Brasil estaria muito bem situado para auxiliar os narco-terroristas e outros grupos antidemocráticos a desestabilizar as frágeis democracias da Bolívia, do Equador e do Peru, além de explorar as profundas crises econômicas na Argentina e no Paraguai.
Ainda mais, um governo de Mr. Da Silva tenderia a não pagar sua dívida, levando a uma aguda crise econômica em toda a América Latina, com isso aumentando a vulnerabilidade das democracias da região. Poderia desencadear uma segunda crise econômica nos Estados Unidos com a contração dos mercados exportadores.
Um eixo Castro-Chávez-da Silva significaria a união da guerra política de Castro contra os Estados Unidos que já dura 43 anos com a riqueza petrolífera da Venezuela e o potencial econômico do Brasil, além da possível construção de mísseis balísticos.
Nas nossas eleições de 2004 os Americanos podem perguntar: quem perdeu a América do Sul? Os Estados Unidos permaneceram passivos durante a administração Clinton, ignorando os pedidos de ajuda dos líderes democráticos da Venezuela para se opor às ações anticonstitucionais e ilegais de Mr. Chávez e também ignoraram suas óbvias alianças com países patrocinadores do terrorismo. Por que a administração Bush não poderia agir frente a 20 anos de ganhos democráticos na América Latina que estavam ameaçados de serem revertidos? Por que não poderia fazer alguma coisa frente à abertura de nosso flanco sul às ameaças terroristas e ver nossa nação ameaçada por mais um regime anti-americano radical com intenções de adquirir armas nucleares e mísseis balísticos?
Este desastre para a segurança nacional dos Estados Unidos e para o povo da América Latina deve e pode ser evitado se os elaboradores de nossas políticas agirem rápida e decisivamente, mas isto deve ser feito já. Uma oportuna atenção e ação políticas por parte dos Estados Unidos e outras democracias deveria incluir o encorajamento para os partidos políticos pro-democráticos do Brasil se unirem e apoiarem um líder honesto e capaz que represente as esperanças da maioria dos brasileiros por uma genuína democracia e que possua os recursos de montar uma campanha nacional efetiva.
(1) Refere-se ao programa nuclear encerrado por Collor na Serra do Cachimbo e à produção de foguetes em Alcântara, MA
(2) Menges provavelmente se referia a José Serra (comunista) e Anthony Garotinho (democrata). O resultado foi: Lula (PT) 39.455.233, 46,44%, José Serra (PSDB) 19.705.445, 23,19% e Anthony Garotinho (PSB) 15.180.097, 17,86%
(3) Área de Livre Comércio das Américas [ALCA] uma proposta em 11 de dezembro de 1994 como acordo para eliminar ou reduzir as barreiras tarifárias entre todos os países das Américas, com exceção de Cuba.
(4) Provável referência ao Brigadeiro Hugo de Oliveira Piva, exageradamente chamado de “Von Braun brasileiro”. Ver entrevista do mesmo ao Reservaer (http://www.reservaer.com.br/gblrnew/texto.php?pSerial=10665) , onde mostra simpatias por Saddam Hussein e hostilidade em relação a GeorgeW. Bush.
Constantine C. Menges, quando escreveu este artigo era um senior fellow do Hudson Institute e ex membro do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos. Nasceu em Ancara, Turquia, a 1º de setembro de 1939 e faleceu em Washington, D.C., 11 de julho de 2004. Chegou aos Estados Unidos com a família em 1943. Bacharel em Física. Foi diretor para assuntos latino-americanos do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, nomeado por Ronald Reagan em 1983. Anteriormente, entre 1981 e 1983, foi analista de informações da Central Intelligence Agency (CIA) para a América Latina. Desde esta época já pertencia ao Hudson Institute, think tank sediado em Washington, D.C. que reúne a nata do conservadorismo estadunidense. Foi doutor em Ciência Política pela Universidade Columbia.
Artigos selecionados sobre o Autor
http://michellemalkin.com/2004/07/12/constantine-menges-rip/
http://www.washingtontimes.com/news/2004/jul/15/20040715-082645-4699r/
http://themengesproject.blogspot.com.br/
Troca de cartas com Olavo de Carvalho e outros artigos:
http://www.olavodecarvalho.org/semana/040717globo.htm
http://www.olavodecarvalho.org/english/texts/menges_letter_en.htm
http://www.olavodecarvalho.org/semana/070718dc.html
http://www.olavodecarvalho.org/english/texts/menges_letter_en.htm
http://www.olavodecarvalho.org/traducoes/carta_menges.htm
Tradução: Heitor De Paola

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They who can give up essential liberty to obtain a little temporary safety deserve neither liberty nor safety. Benjamin Franklin

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They who can give up essential liberty to obtain a little temporary safety deserve neither liberty nor safety. Benjamin Franklin

 

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  • Diego Casagrande
  • 19 Setembro 2015

 

A proibição das doações de empresas em campanhas eleitorais pelo STF, a pedido da OAB petista e com comemoração carnavalesca pelo PT e PSOL, é um golpe contra a democracia. Um golpe bolivariano aplicado para manter no poder quem já tem o poder. E o pior: com cara de algo legítimo, constitucional.
Não há país livre no mundo onde uma patuscada destas aconteça. Não existe eleição sem financiamento.

Criar limites, aprimorar as regras e dar transparência às doações é uma coisa. Criminalizar duramente quem desrespeitar as regras também. Mas proibir empresas que estão legalmente constituídas gerando empregos, renda e desenvolvimento de doar alegando que isso gera corrupção é raso, surreal, um atentado contra a liberdade. Seria como proibir o automóvel porque o Brasil é campeão mundial de mortes no trânsito.

Para quem não sabe, 95% das empresas brasileiras são micro e pequenas. E apenas 20 dentre as maiores empresas nacionais respondem por mais de 50% das doações para os grandes partidos. Portanto, o problema não são as doações e sim a distorção, que sempre pode ser corrigida. Ao invés de se jogar a água do banho fora, se jogou a água, a bacia e a criança junto.

Os espertos bolivarianos, apanhados no maior esquema de roubo de dinheiro da história brasileira, inventaram um discurso redentor, valeram-se da mídia amestrada para pautar o que é a verdade deles, conseguiram fazer as pessoas ingênuas repetirem que o "financiamento privado é a causa da corrupção" no país, e contaram com o STF ideológico de Toffoli e Lewandowski para colocar o cabresto. Bye bye democracia. Bem-vindo caixa dois bolivariano. Em breve as contas nos paraísos fiscais serão movimentadas para perpetuar a turma vermelha.

E mais. Ainda que eu não soubesse nada sobre o que foi discutido, pelo simples fato de PT e PSOL comemorarem como final de Copa do Mundo esta proibição tosca, é sinal de que não é bom para o país.

Ou o Congresso derruba essa porcaria fazendo uma emenda constitucional que permita a doação privada ou tratem de colocar uma estatueta do pixuleco no altar de casa. Mas não deixem a carteira por perto.
 

(foto: pres. do STF Ricardo Lewandowski, presidente Dilma Rousseff e o pres. da OAB Marcus Vinícius Coêlho em animado convescote mês passado no Alvorada)

* Jornalista

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