• Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 23 Novembro 2018

 


DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS
Hoje, 22, a QUARTA quinta-feira de novembro, os americanos, canadenses e caribenhos, notadamente, comemoram o Dia de Ação de Graças (Thanksgiving Day). Nesta importante e tradicional data -móvel- as famílias se reúnem em torno de uma mesa farta para AGRADECER A DEUS, com orações e festas, pelos bons acontecimentos (colheitas) ocorridos durante o ano.

 BLACK FRIDAY

Ainda que no nosso empobrecido País o Dia de Ação de Graças exista por força da Lei n.º 781, desde 1949, o fato é que pouquíssimos brasileiros comemoram esta importante data. Nós, brasileiros, damos preferência menor, ou inexistente, para manifestar gratidão. O que interessa mesmo é o que vem a seguir, ou seja o BLACK FRIDAY.


AGRADECIMENTO PELAS BOAS COLHEITAS
A partir de 2015, quando passei pela boa experiência de passar o DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS nos EUA, na casa da família Mesquita, brasileiros que moram em Boca Raton, Flórida, faço de tudo para estar sempre presente neste evento que, desde 1621, estes povos do norte agradecem pelas boas colheitas.
Detalhe: a data é de tal importância que, em 1863, o presidente dos Estados Unidos Abraham Lincoln decretou oficialmente que a quarta quinta-feira de novembro seria o Dia de Ação de Graças.

ANO DA GRAÇA

Pois, como estou em Ft. Lauderdale, daqui a pouco (lá pelas 17 horas) eu e a Lúcia vamos para a casa dos Mesquita para desfrutar mais um Dia de Ação de Graças. Como brasileiros, certamente que esta data será ainda mais especial para comemorar, orar e agradecer por tudo que conseguimos neste ANO DA GRAÇA de 2018.

MUITO A AGRADECER
Farei, com muita alegria, uma oração agradecendo pela glória do Brasil estar livre da PRAGA COMUNISTA que levou o nosso empobrecido Brasil a uma destruição substancial dos tecidos -social, econômico e político. Mais: projetamos, através da eleição de Jair Bolsonaro, forte possibilidade de obtenção de colheitas fartas, abençoadas pela introdução de uma bem-vinda MATRIZ ECONÔMICA LIBERAL.

MUITO A COMEMORAR

Depois de muito agradecer por tudo de bom que aconteceu neste ano, como estou na terra onde se cultua o real CAPITALISMO, cujos resultados são simplesmente fantásticos, vou aproveitar para dar uma olhada no que o BLACK FRIDAY tem a oferecer.
Se estiverem de acordo façam o mesmo: reúnam seus familiares e amigos, deem as mãos e tenham, um FELIZ DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS!

 

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  • Catarina Rochamonte
  • 23 Novembro 2018

 


Não há mais como negar que o sistema educacional brasileiro foi capturado pela mentalidade marxista e progressista em suas várias facetas. Cresce, porém, o número de pais de crianças e de adolescentes que querem resistir a esse estado de coisas e por isso estão mais atentos, mais atuantes. Há uma relação intrínseca e viva entre conhecimento e liberdade e, por isso mesmo, faz-se necessário enfrentar o problema da doutrinação ideológica nas escolas.

Quando a escola oferece uma visão de mundo completa e acabada e a impõe como se fosse um credo, quando quer fazer valer na mente do jovem determinadas concepções que se contrapõem fortemente aos valores morais de seus próprios pais, então escola e professores assumem um papel político-partidário revolucionário e não formador.

O Estado brasileiro tem se imiscuído até as entranhas na sociedade civil, sendo, portanto, legítimo que reivindiquemos uma pauta de desestatização e desideologização. Uma vez que a liberdade de pensamento tem sido alijada pelo confronto de indivíduos com uma determinada ideologia que, no caso em questão, é uma ideologia coletivista que traz na sua essência a corrupção do desejo inato de liberdade, parece saudável que se abra amplo debate sobre a extensão dessa tutelagem nos domínios escolares. Por considerarmos que combater a doutrinação nas escolas não é cercear a liberdade, mas favorecê-la levamos a sério a iniciativa do projeto de lei Escola sem Partido e nos propomos agora a discuti-lo.

Seria difícil selecionarmos, a título de ilustração, materiais que comprovem a existência de doutrinação, já que são centenas, ou melhor, milhares de aberrações fotografadas, filmadas e documentadas. O sujeito que fala em “suposta doutrinação” é obviamente alguém que concorda com a visão de mundo imposta e que acha não apenas legítimo, mas também absolutamente necessário que se avance nessas pautas, nessas agendas ideológicas, e que não dá a mínima para o direito de resistência dos pais em relação ao aliciamento a que submetem os filhos alheios.

O modus operandi preferido da esquerda tem sido a desqualificação dos seus adversários por meio da manipulação da linguagem e, no caso em pauta, não é diferente. Os professores militantes que buscam desqualificar o projeto apelidaram-no de Lei da Mordaça, como se se tratasse aí de calar a dissidência e a crítica, impossibilitando o pluralismo de ideias, quando se trata exatamente do oposto disso. Como explica o advogado Miguel Nagib, em palestra cujos pontos principais passamos agora a expor, o Escola sem Partido não quer proibir o debate, mas incentivar um debate qualificado, pautado pela honestidade intelectual.

Para espanto daqueles que já militam fervorosamente contra o referido programa sem terem buscado outras informações além das bravatas ditadas pelos seus professores politicamente engajados em lhes corromper o bom senso, o projeto nada mais é do que uma proposta que visa a informar o aluno, por meio da afixação de um cartaz, de restrições às práticas consideradas abusivas na atividade docente, sendo que tais restrições nem mesmo estão sendo impostas pelo projeto, pois já existem na constituição.

De fato, os princípios constitucionais da neutralidade política e ideológica do Estado, da laicidade, da liberdade de crença e de consciência e do pluralismo de ideias asseguram-nos que a máquina do Estado, seu pessoal e suas instalações não podem estar a serviço de um determinado partido ou de uma determinada corrente que disputa o poder na sociedade”.

Embora os detratores desse projeto de lei costumem se utilizar da bandeira do Estado laico para contrariar o interesse dos pais que resistem à imposição da agenda ideológica progressista aos seus filhos, precisamos ser claros e contundentes em afirmar que são eles que estão a ferir a laicidade do Estado com a sua sanha em incutir seus desvalores e seu imoralismo às crianças na mais tenra idade, sob o subterfúgio de uma educação sexual ou de uma educação para a diversidade.

Não serei tautológica aqui a ponto de elencar todas as situações aberrantes que se disfarçam sob o pretexto de educar para a diversidade sexual, bastando para isso que se tenha os olhos abertos para o que acontece não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. O que importa para o contexto deste artigo é tornar claro que, se o Estado não pode adotar uma ideologia oficial, não podemos aceitar a imposição da agenda sexual progressista muito bem indicada pela conhecida expressão “ideologia de gênero”.

Dizer que o gênero é uma construção social e que não há que se fazer distinções básicas entre meninos e meninas na educação infantil, a fim de não interferir nas suas futuras escolhas de gênero, é justamente interferir na formação sadia dessas crianças, que estão hoje sujeitas ao desvario de educadores lobotomizados por um sistema que, já os tendo doutrinado para que acreditassem na necessidade de doutrinarem, entra agora em fase mais radical e perversa de desconstrução de valores através da banalização da sexualidade e da erotização infantil.

Como bem explica Miguel Nagib, convém notar que o Estado obriga os pais a mandarem seus filhos para a escola e que há pais – provavelmente a maioria – que discordam da necessidade de professores tratarem de questões de gênero e sexualidade com suas crianças. O que está em jogo, portanto, não é o cerceamento do direito à liberdade de orientação sexual de ninguém, mas o direito dos pais de educarem seus filhos conforme seus próprios valores morais e não conforme uma agenda ideológica progressista, revolucionária e transgressora.

A imposição, por parte do poder do Estado, de uma agenda ideológica hostil à moral cristã fere tanto o princípio de laicidade do Estado quanto “o direito dos pais dos alunos a que seus filhos recebam a educação religiosa e moral que esteja em acordo com suas convicções.” Ora, de que outra forma esse direito dos pais pode ser preservado senão com a devida limitação dos direitos dos professores sobre seus filhos? De que outra forma senão com o cumprimento do primeiro item do cartaz do Escola Sem Partido, onde se lê como primeiro dever do professor que ele “não se aproveitará da audiência cativa dos alunos para promover os seus próprios interesses, opiniões, concepções ou preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias”?

Decerto que não tratamos aqui de uma problemática de fácil solução, pois assim como não interessa à formação humana a imposição, na educação, de determinadas ideologias, não se pode também reivindicar a tutela absoluta dos pais sobre seus filhos sem ferir com isso o direito do jovem de aprender para além do universo teórico e moral de seus pais. O problema parece ser de tal sutileza que só poderia ser bem equacionado por meio do bom senso e da boa vontade, coisa que costuma faltar sempre que se exacerbam as paixões ideológicas.


Convém, de todo modo, assumir os riscos e travar o debate, pois se é bem verdade que o jovem tem direito ao acesso mais amplo possível à informação e que não nos convém subestimar sua capacidade de, por si mesmo, defender-se da manipulação psicológica que se lhes quer impor por meio da modificação dos seus valores, atitudes e comportamentos, o mesmo não ocorre com a criança na primeira infância. A criança pequena não tem nada além da tutela dos adultos e sua curiosidade inocente. O abuso do poder do professor sobre essa estrutura psicológica infantil, que ainda não se constituiu como um sujeito livre capaz de tomar decisões conscientes, é algo contra o que qualquer pessoa sensata deve lutar.

Tentar sugerir a uma criança de três, cinco, sete anos que cabe a ela decidir sobre opção sexual ou gênero é de uma irresponsabilidade sem tamanho. É um verdadeiro abuso e uma grande covardia querer incutir nessas mentes inocentes as concepções de mundo de professores moralmente, psicologicamente e sexualmente confusos. O que as crianças precisam é de uma educação mais livre, mais nobre, mais alta em teor moral e intelectual e o mais distante possível das histerias coletivas que por vezes acometem as sociedades que julgam progredir quando tentam transmitir os seus delírios às novas gerações.

*    Graduada em Filosofia pela UECE (Universidade Estadual do Ceará), mestre em Filosofia pela UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), doutoranda em Filosofia pela UFSCar (Universidade Federal de São Carlos); é escritora e jornalista independente.
**  Publicado originalmente em https://www.institutoliberal.org.br

 

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  • Ney Lopes
  • 21 Novembro 2018

 

Após as agitações eleitorais, os novos governos – federal e estaduais – começam a colocar os times em campo, para enfrentarem desafios à frente.

Disse bem o ex-ministro e governador Ciro Gomes sobre o presidente Bolsonaro: “ele comanda o avião em que todos estamos como passageiros. Sou obrigado a desejar que dê tudo certo”.

Preocupam-me os resquícios do radicalismo político-ideológico, a característica marcante da eleição de 2018.

A polarização PT e anti-PT enlouqueceu a direita radical, que considerava “esquerdinha petista”, quem não pensasse como ela e extremistas de esquerda rotulavam de “golpistas fascistas”, os que deles discordassem.

Ficaram mais perto da sensatez, aqueles que receberam epítetos, de um lado e de outro.

A campanha passou.

De agora por diante, a palavra chave deverá ser “tolerância” com ideias e propostas com as quais não haja concordância, sem prejuízo da critica, quando considerada necessária.

O radicalismo ideológico, vetos prévios, o sectarismo, ações extremadas são exemplos de intolerância.

Afinal, o que distingue a democracia de uma ditadura é a liberdade dos que discordam poderem dizer “não”, desde que assumam as consequências.

A tolerância é necessária na política, por significar valor supremo e elemento essencial da Democracia.

No atual momento nacional, exemplo incontroverso de intolerância são as ácidas críticas ao embaixador Ernesto Araújo, indicado pelo Presidente Bolsonaro para o ministério das Relações Exteriores.
“Por que” a manifestação de tanta indignação do PT e aliados, quando se trata de Embaixador, considerado competente pelos próprios colegas, afável no trato, tendo sido promovido e exercido funções importantes em governos petistas?

O seu brilhante curriculum justifica a indicação, por ter exercido as chefias de Serviços, Investimentos e Assuntos Financeiros; Negociações Extra-Regionais do MERCOSUL; Ministro-Conselheiro no Canadá e em Washington; Vice-chefia de Missão diplomática nessas mesmas embaixadas, quando ficou à frente de negociações importantes, como da tarifa do etanol e o contencioso do algodão.

Serviu ainda em Berlim e Bonn (Alemanha), entre outras funções.

As restrições baseiam-se em posições pessoais assumidas pelo embaixador Ernesto Araújo, com base em divulgações distorcidas, contra a orientação política do PT, antiglobalização e simpatia pelo presidente Trump.

Não de trata de concordar ou não com essas ideias do novo ministro, mas sim repetir Voltaire: “Posso não concordar com nenhuma das palavras que disser, mas defenderei até a morte o direito de dizê-las”.


Quando presidi o PARLATINO (Parlamento Latino Americano) e a Comissão Mista do MERCOSUL no Congresso Nacional testemunhei o eficiente trabalho do Embaixador Ernesto Araújo, no Ministério das Relações Exteriores.

Pela vivência parlamentar que tive, recordo que o PT adotou posições ultrarradicais na política externa brasileira, a partir de 2003.

O “guru” ideológico do Presidente Lula, professor Marco Aurélio Garcia, durante treze anos, exerceu de “fato” o cargo de Ministério das Relações Exteriores. O ministro Celso Amorim apenas “carimbava” as suas decisões.
Foi Marco Aurélio Garcia quem implantou a chamada diplomacia “ativa e altiva”, com apostas na América do Sul, África, palestinos e árabes, incluindo notórias ditaduras.

A política externa passou a ser “ideológica” e “partidarizada”. Sabe-se, inclusive, que existiam discordâncias internas no próprio governo.

Em entrevista ao professor Dawisson Belém Lopes (Estado), o professor Marco Aurélio revelou um fato, que aproxima as posições atuais do Embaixador Ernesto Araújo ao deputado José Dirceu, à época chefe da Casa Civil.

Disse Marco Aurélio, que Dirceu “era muito pró-americano no começo do governo Lula” e chegou a sugerir que o embaixador americanista Rubens Barbosa fosse o Ministro de Relações Exteriores de Lula.
Somaram-se desastres na política externa petista.

Um deles é a criação em 2008, da UNASUL (União de Nações Sul-Americanas) pelos ex-presidentes Lula, Hugo Chávez (Venezuela) e Nestor Kirchner (Argentina), com o único objetivo de “esvaziar” o PARLATINO (Parlamento Latino-Americano), que não “cheirava bem” ao governo petista.

Hoje restam escombros da tal UNASUL, além de vários escândalos, com a sede do Equador praticamente fechada.

O governo brasileiro paga uma cota de US$ 4 milhões por ano e, em agosto, devia US$ 12,5 milhões.

Enquanto isso, o PARLATINO, instituição referendada por todos os países latino-americanos e que mantém parceria com o Parlamento Europeu, funciona há mais de 50 anos, sem nunca ter ocorrido escândalo em suas gestões político-administrativa, incluindo-se o período exercido pelo autor do artigo.

Outra lamentável injustiça ocorreu com a demissão sumária do Ministério das Relações Exteriores, do embaixador Antonio Patriota, que foi vítima da “intolerante” política externa petista ao manifestar-se favorável ao asilo político do senador boliviano Roger Pinto.

Dilma demitiu o ministro Antonio Patriota, para satisfazer Evo Morales, o ditador boliviano.

Diante de tantos precedentes falta autoridade ao petismo para condenar a nomeação do embaixador Ernesto Araújo.

O PT, que fala tanto em democracia, precisa aprender que na política, jamais todos pensarão da mesma maneira e sempre existirá uma parte da verdade abrigada pela tolerância.

Para Gandhi “a lei de ouro do comportamento é a tolerância mútua”.
Diante de tantos precedentes falta autoridade ao petismo para condenar a nomeação do embaixador Ernesto Araújo.

O PT, que fala tanto em democracia, precisa aprender que na política, jamais todos pensarão da mesma maneira e sempre existirá uma parte da verdade abrigada pela tolerância.

O Embaixador Ernesto Araújo exerce apenas o seu direito de pensar, como da mesma maneira no passado, o “conselheiro” Marco Aurélio Garcia, conduziu a nossa política externa, voltada para alianças consideradas suspeitas, em várias partes do mundo.

Será que o embaixador Ernesto Araújo está impossibilitado de ser ministro, apenas por discordar da orientação dos governos Lula-Dilma?

É o caso dizer: basta de tanta intolerância!

Ney Lopes – jornalista, advogado, ex-deputado federal; ex-presidente do Parlamento Latino-Americano, procurador federal – nl@neylopes.com.br – blogdoneylopes.com.br

*Publicado originalmente no Diário do Poder.
 

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  • Antônio Augusto Mayer dos Santos
  • 19 Novembro 2018

 

  Dias atrás, numa entrevista coletiva, o futuro ministro da Justiça do governo Bolsonaro defendeu o "endurecimento" das regras para que o sistema prisional deixe de ser “leniente” com aqueles que foram condenados por crimes graves.

  Sérgio Moro está corretíssimo. É necessário, absolutamente necessário, que o Parlamento promova uma alteração nos dispositivos legais relacionados às penas daqueles delitos mais cruéis. Nessa rubrica, entre outros, se enquadram os homicídios qualificados, o latrocínio, o tráfico de drogas, os sequestros, todas as formas de extorsão e a pedofilia, ou seja, as barbaridades que os brasileiros se acostumaram a ver, ler e ouvir diariamente nos jornais e noticiários.

  Na prática, penas inconsistentes, benefícios paternalistas e o regime semiaberto, além de verdadeiros deboches em relação às vítimas, aos seus familiares e policiais que arriscaram suas vidas, são lirismos jurídicos que após ficarem praticamente inalterados por mais de quatro décadas, se esgotaram. Os tempos são outros. O Brasil do terceiro milênio é um país encurralado porque não reagiu à altura da evolução dos crimes e dos criminosos.

É exatamente por conta desta omissão dos poderes públicos que o país está entre os primeiros do mundo em índices de homicídio e roubo, sendo que determinadas cidades e regiões brasileiras registram o dobro de crimes da média nacional.

Vitaminado pela impunidade, o nível de ousadia e perversidade das práticas delituosas é crescente e vem aterrorizando estados e municípios de todos os portes. Esta violência intolerável e os índices bélicos de criminalidade que a acompanham inseriram o Brasil no rol dos países mais violentos do globo. Para ter uma ideia do quanto, a sua taxa endêmica de crimes supera em três vezes a média mundial (WHO, 2004).

Cesare Beccaria (1738-1794), autor de um clássico do Direito Penal cujo nome é o título deste artigo, já frisava que “o fim das penalidades não é torturar, nem desfazer um crime que já está praticado”, mas “não existe crime sem castigo, o castigo é o efeito necessário e inelutável”.

Os séculos passaram e as assertivas do conde milanês seguem certas. No entanto, é necessário admitir que o sistema penitenciário e a justiça criminal, nos moldes como estão funcionando, infelizmente não tem sido suficientes para conter a escalada de atrocidades praticadas ininterruptamente contra os brasileiros.

Ao contrário do que pregam os céticos, os teóricos “humanistas” que jamais pisaram num IML ou os filósofos que nunca estiveram frente a frente com um assassino, o Brasil se encontra na contramão ao manter o regime semiaberto, ao não reduzir a “maioridade penal”, ao limitar as penas em 30 anos (as quais, como se sabe, raramente chegam a ser integralmente cumpridas), ao não disciplinar uma jornada diária de trabalho para os presos, ao não privatizar (e, consequentemente, não adequar) os presídios por meio de Parcerias Público-Privadas e ao desconsiderar a prisão perpétua para os crimes hediondos.

A próxima composição do Congresso Nacional terá a possibilidade de debater profundamente essas questões, todas elas, aliás, aflitivas e já materializadas em dezenas de projetos legislativos. Algo precisa ser feito. Não se quer preso em masmorra ou submetido a maus tratos, mas que as penas previstas correspondam à gravidade dos delitos praticados e alguns benefícios extintos ou reduzidos.
 

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  • Ernesto Araújo
  • 18 Novembro 2018

 


!Uma equivocada interpretação das tradições diplomáticas brasileiras tenta impor-nos, há muitos anos, a visão de que o Brasil é simplesmente um país grande: desistimos de ser um grande país.

No universo da diplomacia pós-moderna, que infelizmente nos apressamos a copiar a partir de modelos externos, não existe grandeza. Não existe vontade ou paixão. Não existe orgulho.

O desejo de grandeza é o que de mais nobre pode haver numa nação que se coloca diante do mundo.

Mas alguém decidiu definir a presença do Brasil no mundo por sua adesão aos "regimes internacionais", por sua obediência à "ordem global baseada em regras". O Brasil assim concebido quer ser apenas um bom aluno na escola do globalismo. Não quer nem mesmo ser o melhor aluno, pois isso já seria destacar-se demais, já envolveria um componente de vontade e grandeza que repudiamos.

Quando eu era criança, pela metade dos anos 70, ficava horas folheando um livro chamado "Atlas das Potencialidades Brasileiras" cheio de mapas de reservas energéticas e minerais, produção industrial e agrícola, etc. O subtítulo do livro dizia: "Brasil Grande e Forte". Hoje, querem colocar nas mãos das crianças livros sobre sexo, mas se vissem uma criança lendo um livro chamado "Brasil Grande e Forte" prenderiam os pais e mandariam a criança para um campo de reeducação onde lhe ensinariam que o Brasil não é nem grande nem forte, mas apenas um país que busca a justiça social e os direitos das minorias.*

Antes fosse. Se houvesse uma alternativa excludente entre grandeza e força, de um lado, justiça social e direitos das minorias, de outro, seria até válido optar por estas últimas.

Mas não há excludência. O que há é uma ideologia manipuladora que cria uma histeria permanente sobre justiça social e minorias, sem fazer absolutamente nada concreto nem pelas minorias nem pela maioria, sem nenhum compromisso em melhorar a vida real de ninguém, e que veste o manto da justiça social para roubar e tentar sair com o produto do roubo, desrespeitando tanto a justiça social quanto a justiça propriamente dita. Essa ideologia faz de tudo para destruir qualquer poder mobilizador autêntico que ela não controle, e por isso dedica-se a sufocar o desejo de grandeza associado ao sentimento nacional.

A grandeza mobiliza e organiza um povo, sentido e gera energia humana, sabidamente a mais preciosa forma de energia. Nada pior para os planos da ideologia esquerdista. A esquerda não tem o menor interesse em justiça social, mas utiliza esse conceito para contaminar a água da nação, para criar pessoas raivosas e ignorantes e assim desmobilizar o povo, proibi-lo de ter ideais, separá-lo de si mesmo, desligar a energia criativa. Justiça social, direitos das minorias, tolerância, diversidade nas mãos da esquerda são apenas aparelhos verbais destinados a desligar a energia psíquica saudável do ser humano.

A aplicação dessa ideologia à diplomacia produz a obsessão em seguir os "regimes internacionais". Produz uma política externa onde não há amor à pátria, mas apenas apego à "ordem internacional baseada em regras". A esquerda globalista quer um bando de nações apáticas e domesticadas, e dentro de cada nação um bando de gente repetindo mecanicamente o jargão dos direitos e da justiça, formando assim um mundo onde nem as pessoas nem os povos sejam capazes de pensar ou agir por conta própria.

O remédio é voltar a querer grandeza.

Encha o peito e diga: Brasil Grande e Forte.

Milhares de pequenos esquerdistas imediatamente te atacarão como formigas quando você chuta o formigueiro, mas se você resistir e não recuar eles ficarão desorientados e se dispersarão na sua insignificância, deixando aberto o campo para construirmos um país de verdade.

* Ernesto Araujo é diplomata e próximo chanceler do Brasil

** Publicado originalmente no blog do autor: https://www.metapoliticabrasil.com/blog/querer-grandeza
 

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  • Marcelo Rates Quaranta
  • 17 Novembro 2018

 

Pablo Vittar é cotado como "mulher" mais sexy, Thammy Gretchen é cotada como "homem" mais sexy e agora só falta o Tiririca ganhar um assento na Academia Brasileira de Letras e a Jojo Todynho ganhar o concurso de Miss Brasil. Isso não é nada para um país que tem um presidiário analfabeto como Doutor Honoris Causa e um Presidente da Suprema Corte que nunca foi Juiz.

Vivemos no país do espelho, onde as imagens são invertidas pela grande mídia comprometida com a esquerda. Uma parcela do povo idolatra e pede a liberdade de um corrupto que não só roubou dinheiro, mas também os sonhos das pessoas, e ainda chamam de "criminoso" o Juiz que o condenou pelos crimes.

Mulheres escrevem cartas de amor para um ex-goleiro matador de mulher; gays idolatram Che Guevara que matava gays e ativistas negros endeusam um líder de quilombo que mantinha escravos negros, mas esquecem de todos os brancos abolicionistas que lutaram pela liberdade dos escravos, sobretudo daquela que a assinou.

Aqui o Hino Nacional, em vez de ser um orgulho, para muitos é visto como símbolo de vergonha, e o funk, carregado de letras apelativas e que fazem referência a facções criminosas é considerado "cultura". Aqui uma parada gay reúne mais gente do que uma parada militar. Espera... quem é que defende a nossa soberania, afinal? Uma tropa de travestis ou de soldados?

Que maravilha de país! Guerrilheiros recebem pensão como prêmio por assaltos, assassinatos e sequestros e um fuzil nas mãos de um bandido não representa qualquer ameaça.

Enquanto isso nossos policiais são mortos aos borbotões. Mas o que esperar de uma gente que transformou Marielle em heroína, mas esqueceu da professorinha que morreu queimada depois de salvar várias crianças de um incêndio criminoso? Isso fora os que acharam um absurdo uma policial matar um bandido que ameaçava mães na porta de uma escola.

Invasores de terras matam gado, destroem laboratórios e queimam casas em nome da "justiça social", e manifestantes queimam carros, depredam patrimônio público e saqueiam lojas pedindo "ordem". Tempos atrás foi por causa de um aumento de vinte centavos nas passagens, mas são os mesmos que clamam pela liberdade de quem lhes roubou bilhões de reais, e quando roubou, ficaram calados.

Nas universidades, que deveriam ensinar os alunos a serem produtivos, doutrinam com base nas filosofias de um vagabundo improdutivo chamado Marx. Mulheres gritam contra o feminicídio, mas defendem a morte de inocentes no ventre. Feministas pedem respeito expondo as genitálias e expondo cartazes dizendo (SIC) "a buceta é minha". No Brasil padres defendem ideologias de ateus. Pode isso, Arnaldo?

No nordeste vota-se em massa em velhos coronéis que durante décadas prometem uma nova política, mas apenas renovam o atraso a cada mandato, e como solução promovem a continuação da falta de soluções para os seus problemas.

Aqui os militantes que pregam a paz são os que praticam o ódio e os políticos que falam em liberdade são os que aprisionam os humildes na ignorância. Até o que veio pedir o fim das "fake news" foi o que mais se utilizou de mentiras em sua campanha.

Aqui, meu filho, comunistas falam em igualdade morando em mansões, voando de primeira classe, comendo em restaurantes caros e com rolex no pulso. Lutam contra o capitalismo tirando férias na Disney ou Nova York, e fazendo discursos pelos bares da Praça São Salvador, em Laranjeiras, ou tomando um scotch 20 anos no baixo Leblon. É lá que fazem defesas apaixonadas da "democracia" de Cuba, onde não tem eleições desde 1959 e nem é permitido existir oposição. É onde empunham suas bandeiras contra a ditadura e defendem a liberdade de expressão, mas reverenciam Maduro, que condena seus opositores às masmorras, retira toda a liberdade de expressão e pune com a morte os manifestantes. Puxa... Que romântico!

Esse foi o legado deixado pela esquerda depois de longos 14 anos: Fazer do Brasil uma grande Asa Branca (cidade de Roque Santeiro), recriando várias viúvas Porcina - Aqueles que foram sem nunca terem sido. Nada original... Dias Gomes já havia pensado nisso em 1975, e depois, em 1986 a novela foi ao ar..

Quem acertou em quase tudo foi o Tim Maia, quando disse que "Aqui prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e pobre é de direita". Errou na última parte. Ainda bem que agora começou a ser de direita, porque enquanto foi de esquerda, continuou pobre e só carregou cangalha. E não é porque comprou uma geladeira em 30 vezes a juros abusivos ou fez uma viagem de avião que deixou de ser pobre e de carregar cangalha. Aliás, o peso da cangalha ficou ainda maior.

Só espero, sinceramente, que estejamos entrando numa nova fase, e que o Brasil comece a sair dessa inversão maldita, passando a trilhar por uma estrada reta e decente, porque nunca antes se viu um país pegando um atalho tão curto para a decadência.

Com todo o direito você pode concordar com tudo, com parte ou com nada.

Mas por mim... Chega de tanta inversão!

*Publicado originalmente em https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/12090/um-brasil-do-lado-de-la-do-espelho
 

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