• José Mauricio de Barcelos
  • 22 Outubro 2018

 

Em um espaço de pouco mais de hora e meia ouvi de pessoas do povo, que encontrei casualmente no centro do Rio de Janeiro, três observações ou simples opiniões que representam, com muita propriedade, a realidade em que vivemos e o sentimento da grande maioria de nossa gente, isto é, do homem comum. Primeiro foi a de um jovem funcionário terceirizado da Caixa Econômica Federal que me confidenciou desabafando: agente até queria votar no Bolsonaro, mas quem garante que ele não vai vender a Caixa ou mesmo reduzir nosso salário, que eu consegui, com muito custo através de um político do PT?

Adiante, falando com dois motoristas de táxi parados em um ponto onde embarquei em seguida, deles ouvi igual resposta à minha pergunta no sentido de saber em quem eles votariam em segundo turno destas eleições para Presidente da República: "senhor, sejam os taxistas ou quem quer que trabalhe direto nas ruas, se não votam no Bolsonaro, ou tão malucos ou tão ligados à bandidagem".

Ainda no caminho para meu destino parei para falar com um velho doceiro ambulante com quem habitualmente compro algo e converso um pouco. Com uma simplicidade comovente, o vendedor perguntou o seguinte: "o senhor que é um homem estudado e religioso pode me explicar como pode aqueles "anticristos do PT" entrar numa missa, tomar hóstia e ficar por isso mesmo"? O Papa num vai excomungar essa gente não?

Lembrando depois dessas pessoas me ocorreu o que disse o escritor espanhol do século XVIII, Tomás de Iriarte: "Opiniões e autoridades há muitas; mas a verdade é apenas uma". Tudo quanto disseram e têm alardeado a grande imprensa e seus deformadores de opinião, bem como vêm propagando os poderosos com suas abomináveis pesquisas de opinião a rigor não representam o sentimento da grande maioria da população. Tudo é muito diferente do que realmente ocorre, porque em tudo e por tudo entram os interesses espúrios do establishement que pugna pelo continuísmo dos seus privilégios e regalias.
Aquelas opiniões colhidas junto ao povo diretamente, desestimuladas ou sem induzimento, são muito mais confiáveis que os imperscrutáveis levantamentos e suas sofisticadas análises compradas a peso de ouro pelos poderosos.

Analisem e depois retenham algumas das simples e despretensiosas conclusões decorrentes daqueles encontros casuais aos quais me referi e que, certamente, serão confirmadas ao cabo destas eleições, quando a verdade surgir inapelavelmente: a) um em cada três brasileiros de diferentes seguimentos da sociedade, por mero instinto de sobrevivência, ainda se vê compelido a votar nos petralhas ou em membros das quadrilhas afins, pelo o que, então, o candidato líder nas pesquisas, provavelmente terá quase o dobro dos votos do "Lambaio de Lula"; b) o fator segurança, ou melhor, aquilo que a corja do PT fez com a segurança do nosso povo, principalmente em relação à classe média que produz e paga a conta, está sendo considerada a maior preocupação do cidadão comum; c) a tentativa da esquerda delinquente de destruir a família brasileira e a fé cristã calou tão fundo no sentimento deste País – ainda a maior Nação Católica do ocidente – que foram absolutamente ruinosas para ela os propósitos da abjeta classe política, bem como, também, dos poderosos encrostados nos três poderes da República visando conspurcar nossos princípios, valores e tradições.

A meu sentir, a incompetência da esquerda no Brasil impediu que fosse mais longe. Não conseguiram dar continuidade a seu projeto de poder que estava mesmo fadado ao insucesso por causa de sua incompatibilidade com a índole e a natureza do povo da Nação Verde e Amarela. Com ajuda das sanguessugas da sociedade tramaram muito, mentiram sempre e roubaram tudo para pagar seus desvarios, mas o povo até aqui votou em quem bem entendeu e agora votará também em que melhor lhe aprouver, dando um "adeus de mão fechada" para os partidos políticos, seus lideres e para os caciques da "calhordice" e da empulhação, que arrastaram o Brasil e sua gente desvalida para este caos moral, social e econômico em que nos encontramos. Foi uma delícia ver a faxina que resultou do primeiro turno das eleições no que tange aos patifes que sobraram e soçobraram por causa do vendaval que veio das urnas em 07 de outubro.

É pena que eu não seja um ser televisivo, porque segundo amigos, tem sido um verdadeiro deleite ver a "cara de tacho" de uns famosos "capachildos" de um jornalão noturno da Rede Goebells deixando transparecer, com seus trejeitos e salamaleques engraçados, não só sua enorme frustação porque a esquerda nociva está indo para o brejo com o PT e tudo, mas também o seu ódio doentio contra o candidato líder nas pesquisas.

Contudo, atenção! Não se pense que a luta vai ser fácil. As urnas já fizeram uma boa limpeza, colocando fora da vida pública um bom bocado de ladrões e velhacos, porém tem gente em penca pronta para solapar e destruir a nova ordem que virá inevitavelmente. Não nos esqueçamos de olhar para dentro desta doida máquina pública prenhe de Mandarins, Príncipes e Nababos com seus abomináveis códigos de vantagens. O desespero desses vendilhões da Pátria é manifesto e eles farão tudo que puderem para preservar a esquerda bandida, ladra e ineficiente.

Perigoso mesmo não é o jovem terceirizado da Caixa ao qual me referi, ele é apenas um pobre e pequeno exemplo de um grande universo de pessoas que aparelham a máquina governamental e que, para defender seus status ou suas gordas remunerações, são capazes de qualquer coisa ou dos atos mais vis para impedir que o Brasil tome o rumo certo. Esta gente, sim, pode muito. Vou dar um exemplo. Vários jornalões do País noticiam que o a PGR vai se opor ao projeto de Bolsonaro que salva a vidas dos policiais, hoje entregue à sanha dos criminosos que os calhordas dos "direitos dos manos" defendem e prestigiam. Então é assim, enquanto morreram pais de família e policiais corajosos e dedicados, nunca vi os Príncipes do "Mistério Público" se indignarem e por estes honrados brasileiros lutarem. Bastou alguém surgir e se apresentar para esta Sociedade enlutada pelas mãos do crime organizado como o líder que quer por fim a bandidagem, que a esquerda patife e sócia do narcotráfico infiltrada na máquina governamental, se põe a "berrar mais do que bode embarcado".

Em apoio àquela atitude desprezível e covarde, um deformador de opinião e antigo esquerdopata cativo de um jornalão do Rio de Janeiro, ainda outro dia, saiu de seus cuidados para tentar ridicularizar e deturpar o objetivo da visita do candidato líder nas pesquisas a um quartel do BOPE. No meu modesto entender nenhum desses privilegiados da máquina pública ou qualquer desses penas de aluguel vale a metade de um valente agente daquela corporação policial e pondere o caro leitor, qualquer um daqueles vermes fatura por mês dez vezes mais do que recebem os homens do valente Batalhão, que diariamente expõem suas vidas para nos salvar.

Em apoio, também, ao ladrãozinho de Lula, já pego pela Lava Jato, vi reunidos num hotel de luxo em São Paulo a nata dos advogados defensores de políticos bandidos, revelando em seus semblantes todo um pavor ante a possibilidade da chegada de novos tempos, que deles exijam que comprovem suas fortunas recebidas de seus execráveis clientes.

Pois bem, penso que agora não tem mais jeito. A alternância do poder acontecerá e como tudo indica, com a proteção de Deus, a escória da esquerda perversa acompanhada de todos seus asseclas estarão fora do governo central e, sendo assim, a profilaxia na gestão pública será inevitável.

Essa gente de Sarney a Temer, com destaque para FHC, Lula e Dilma, roubou muito, se aproveitou o quanto pôde, humilhou a Nação perante o Mundo e nos tornou uma terra de 25 milhões de desvalidos e desempregados. Tudo isso fizeram ao longo de 30 anos de governos civis, mas desgraçaram seu projeto de poder porque subestimaram a nós todos ao tentar destruir nossa essência ou, como se diz comumente, as células básicas da nossa sociedade: a família brasileira e nossa cultura judaico-cristã.

Jose Mauricio de Barcellos ex Consultor Jurídico da CPRM-MME é advogado
 

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  • Estadão, editorial
  • 20 Outubro 2018


Consciente de que será muito difícil reverter a vantagem de Jair Bolsonaro (PSL) na disputa pela Presidência da República, o PT decidiu partir para seu "plano B": fazer campanha para deslegitimar a eventual vitória do oponente, qualificando-a como fraudulenta. É uma especialidade lulopetista.

A ofensiva da tigrada está assentada na acusação segundo a qual a candidatura de Bolsonaro está sendo impulsionada nas redes sociais por organizações que atuam no "subterrâneo da internet", segundo denúncia feita anteontem na tribuna do Senado pela presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, que lançou o seu J'accuse de fancaria.

"Eu acuso o senhor (Bolsonaro) de patrocinar fraude nas eleições brasileiras. O senhor é responsável por fraudar esse processo eleitoral manipulando e produzindo mentiras veiculadas no submundo da internet através de esquemas de WhatsApp pagos de fora deste país", afirmou Gleisi, que acrescentou: "O senhor está recebendo recursos ilegais, patrocínio estrangeiro ilegal, e terá que responder por isso. (...) Quer ser presidente do Brasil através desse tipo de prática, senhor deputado Jair Bolsonaro?"

Como tudo o que vem do PT, nada disso é casual. A narrativa da "fraude eleitoral" se junta ao esforço petista para que o partido se apresente ao eleitorado - e, mais do que isso, à História - como o único que defendeu a democracia e resistiu à escalada autoritária supostamente representada pela possível eleição de Bolsonaro.

Esse "plano B" foi lançado a partir do momento em que ficou claro que a patranha lulopetista da tal "frente democrática" contra Bolsonaro não enganou ninguém. Afinal, como é que uma frente política pode ser democrática tendo à testa o PT, partido que pretendia eternizar-se no poder por meio da corrupção e da demagogia? Como é que os petistas imaginavam ser possível atrair apoio de outros partidos uma vez que o PT jamais aceitou alianças nas quais Lula da Silva não ditasse os termos, submetendo os parceiros às pretensões hegemônicas do demiurgo que hoje cumpre pena em Curitiba por corrupção?

Assim, a própria ideia de formação de uma "frente democrática" é, em si, uma farsa lulopetista, destinada a dar ao partido a imagem de vanguarda da luta pela liberdade contra a "ditadura" - nada mais, nada menos - de Jair Bolsonaro. Tudo isso para tentar fazer os eleitores esquecerem que o PT foi o principal responsável pela brutal crise política, econômica e moral que o País ora atravessa - e da qual, nunca é demais dizer, a candidatura Bolsonaro é um dos frutos. Como os eleitores não esqueceram, conforme atestam as pesquisas de intenção de voto que expressam o profundo antipetismo por trás do apoio a Bolsonaro, o PT deflagrou as denúncias de fraude contra o adversário.

O preposto de Lula da Silva na campanha, o candidato Fernando Haddad, chegou até mesmo a mencionar a hipótese de "impugnação" da chapa de Bolsonaro por, segundo ele, promover "essa campanha de difamação tentando fraudar a eleição".

Mais uma vez, o PT pretende manter o País refém de suas manobras ao lançar dúvidas sobre o processo eleitoral, assim como já havia feito quando testou os limites legais e a paciência do eleitorado ao sustentar a candidatura de Lula da Silva. É bom lembrar que, até bem pouco tempo atrás, o partido denunciava, inclusive no exterior, que "eleição sem Lula é fraude".

Tudo isso reafirma, como se ainda fosse necessário, a natureza profundamente autoritária de um partido que não admite oposição, pois se julga dono da verdade e exclusivo intérprete das demandas populares. O clima eleitoral já não é dos melhores, e o PT ainda quer aprofundar essa atmosfera de rancor e medo ao lançar dúvidas sobre a lisura do pleito e da possível vitória de seu oponente.

Nenhuma surpresa: afinal, o PT sempre se fortaleceu na discórdia, sem jamais reconhecer a legitimidade dos oponentes - prepotência que se manifesta agora na presunção de que milhões de eleitores incautos só votaram no adversário do PT porque, ora vejam, foram manipulados fraudulentamente pelo "subterrâneo da internet".

* Editorial Estadão, 19/10

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  • Leonardo Faccioni
  • 20 Outubro 2018

 

É inacreditável que uma cópia exata da narrativa utilizada nos Estados Unidos para deslegitimar o resultado inconveniente das urnas e impedir o eleito de governar conseguiu o domínio completo da pauta a uma semana da eleição brasileira.

"Inacreditável", claro, é uma hipérbole. A serpente argumentativa há muito vinha sendo chocada. A histeria sobre "notícias falsas", com mira conveniente apenas nas imprecisões ou nas bobagens inócuas dos notórios "tiozões do Zapzap", cumpria à perfeição a função de espantalho para que os donos da opinião pública justificassem sua impotência.

É como se a realidade dos últimos anos -- a corrupção, a insegurança, a anomia cabal -- fosse de uma insignificância atroz, e o populacho vivesse em um mundo paralelo de notícias mirabolantes e credulidade absoluta em linhas de texto tecladas no celular.

Os desapossados senhores da opinião pública imaginam o eleitorado à sua imagem e semelhança, mas invertido como em um espelho: os que vivem do consumo exclusivo das obsessões lúbricas da universidade e da imprensa pensam que o seu Zé da Padaria, o Chicão da linha de produção e a cabeleireira Wanda, todos com dinheiro contando até o fim do mês e sobreviventes do quinto ou sexto assalto, pudessem se apartar da realidade no mesmo grau dos doutores da lei que vivem de honorários criminosos; dos parlamentares encastelados na Ilha da Fantasia; dos jornalistas que recebem na Pessoa Jurídica e pagam por fora o décimo-terceiro do segurança da babá.

Há mais de ano os editoriais autorizados vociferam: tudo o que compromete o consenso social democrata do Projacquistão é "fake news", e o fato mesmo de o Projacquistão, pela primeira vez, não conseguir pautar uma eleição torna a deliberação eleitoral ilegítima.

Quem quer que tenha experiência de campo em disputas eleitorais contra a extrema-esquerda (pode ser de eleição de DCE a corrida de prefeitura de interior: a dinâmica não muda em essência, apenas em proporção) conhece o talento petistóide para a desinformação e para a calúnia. Foram sempre especialistas em incinerar reputações de adversários na base da farsa, do "smearing", da boataria sensacionalista. Mestres do ofício décadas antes das mídias sociais, fizeram-se pioneiros na manipulação também destas: até hoje a campanha de Dilma Rousseff responde pelo uso de robôs digitais e financiamento ilícito para mídias subordinadas.

De repente, a dona Marocas da Quitanda compartilhando nota do site RepúblicaDeValparaisoPontoCom que imputa a Haddad a "distribuição" do KitGay (que existiu tal e qual noticiado, mas - oh!, que radical injustiça! - acabou parcialmente abortado sob pressão congressual posterior ás denúncias) é vicio insanável, que clama ao TSE por anulação de eleições presidenciais.

O partido que está sob fortes suspeitas de receber aportes milionários de ditadores estrangeiros (a quem o dinheiro público brasileiro financiou durante seu governo) inverte magicamente a acusação, sem uma prova sequer, para dizer que seu adversário abusa de poder econômico ao promover correntes de WhatsApp não vistas, até hoje, por ninguém.

Os critérios a que o petismo desesperado se agarrou de uma semana para cá tornariam retroativamente ilegítimas todas as vitórias eleitorais do partido, desde o primeiro grêmio estudantil na biografia do Zé Dirceu.

Essa hipocrisia cínica é revoltante e odiosa, mas não prosperará. Vão perder, e vão perder feio - como lhes é merecido. O chato será aguentar durante anos o novo mimimi dos mesmos que enchem os ouvidos sobre o "gópi" até aqui.

* Do Facebook do autor.
 

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  • Antônio Augusto Mayer dos Santos
  • 19 Outubro 2018

 

  Ninguém pode sempre. Custou, é verdade. Foi uma longuíssima espera para aqueles casos mais graves. Mas aconteceu. E o desfecho geral foi pelo voto. Um punhado de abjetos personagens da política brasileira foi defenestrado do Congresso Nacional. Suas excelências não terão mais imunidades, gabinetes, carguinhos e foro privilegiado.

  Para felicidade geral da Nação, a inteligência prevaleceu no primeiro domingo de outubro desse estranho ano de 2018. Nesse dia histórico, um timaço de psicopatas, seres vocacionados para urdir tramas e imbuídos de maldades, cinismos ou condutas indecorosas, foi demitido dos seus mandatos pelo patrão da soberania. Pessoas desagradáveis e na maioria das vezes repugnantes por suas opiniões, palavras e votos, legisladores medíocres, adoradoras do poder e de suas benesses afrodisíacas acabaram enxotadas da ilha da fantasia.

O julgamento do povo foi sonoro. E implacável. Criaturas as quais não devemos denominar de “tristes figuras” para não macular a imagem de um homem puro e honrado como Dom Quixote de la Mancha, tiveram concluídas as suas pálidas carreiras políticas no dia 7 de outubro.

Outrora tolerados ou temidos porque momentaneamente investidos numa posição estratégica de mando e desmando, esses embustes finalmente pagaram a fatura pelas posturas asquerosas e linguagem de sarjeta que tanto utilizaram.

A história não ficou parada. Num mundo civilizado, a democracia até pode tardar, mas acaba acontecendo. Romero Jucá, Eunício Oliveira, Roberto Requião, Lindbergh Farias, Edison Lobão, Lúcio Vieira Lima, Valdir Raupp, Jovair Arantes, Heráclito Fortes, Vanessa Grazziotin, Leonardo Picciani e outros não farão falta alguma ao Congresso Nacional ou ao país. O logro por eles aplicado terminou. E o que é mais importante: agora sem foro, é Moro.

* Advogado e professor de Direito Eleitoral.
 

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  • Gilberto Simões Pires
  • 19 Outubro 2018

 

PAÍS DOS ABSURDOS
Aproveitando este grande momento em que a maioria dos brasileiros cultiva a grande esperança de que ao eleger Jair Bolsonaro o Brasil deve se tornar um país mais justo e decente, o que mais espero é que haja um efetivo desmonte de todos os privilégios que além de nojentos fazem de alguns brasileiros MAIS IGUAIS DO QUE OUTROS.


BOLSA DITADURA
Um desses nojentos e absurdos privilégios é o tal de BOLSA DITADURA. Por incrível que possa parecer para milhões de brasileiros -pagadores de impostos- o Brasil tem em torno de 20 MIL ANISTIADOS que recebem um benefício, que nada tem de justo, conhecido como BOLSA DITADURA(?).

Entre esses privilegiados que recebem o maldito benefício estão, por exemplo: FHC, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Marieta Severo, etc., junto com alguns criminosos, como é o caso de Lula, Dilma, Zé Dirceu, José Genuíno, etc...

ISENÇAO DE IMPOSTO DE RENDA
Se o caro leitor achou isto nojento é porque não viu tudo. Talvez muita gente não saiba é que os benefícios concedidos como -BOLSA DITADURA (?)- são simplesmente isentos de pagamento do Imposto de Renda. Pode?

TETO CONSTITUCIONAL
Mais: desses perto de 20 mil, a metade (em torno de 10 mil) das indenizações pagas, mensalmente, estão acima do -teto constitucional-, cujo valor estabelecido, por lei jamais cumprido, é de R$ 33.763,00. Ques tal?

EX-PRESIDENTES
Pois, para piorar ainda mais a vida dos desgraçados -pagadores de impostos-, os bárbaros -Lula, Dilma e Fernando Henrique- ainda são agraciados com a aposentadoria conferida a ex-presidentes, o que lhes garante mais R$ 30.471,00 mensais.

TODOS ESQUERDOPATAS
Essa turma pesada de maus brasileiros, que além de injustos sao, todos, esquerdopatas, falam, e muito, em direitos iguais para todos. No entanto, o que mais fazem é subtrair dos cofres públicos algo como R$ 365 milhões todo o santo mês. Por ano, o saque fica em torno de R$ 4,38 bilhões. Que tal?

 

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  • Miguel Gustavo de Paiva Torres
  • 18 Outubro 2018

 

Na última semana de dezembro de 2002, época de festas natalinas e réveillon, coube a mim participar, em regime de plantão de fim de ano, ao lado de um colega embaixador, da recepção de uma equipe de transição do Partido dos Trabalhadores, que percorria a esplanada em busca de informações administrativas para a então iminente posse do novo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em primeiro de janeiro de 2003. Para nossa surpresa, verificamos que o interesse principal da equipe de transição, que visitava naquele dia o Itamaraty , era tão somente um assunto específico: quantos DAS ( Direção e Assessoramento Superior) e DAI ( Direção e Assessoramento Intermediário), referentes a cargos de chefias e assessoramentos, estavam disponíveis para preenchimento em nosso Departamento específico e no Ministério em geral.

Cuidadosamente, explicamos aos nossos interlocutores que todos os cargos do Ministério das Relações Exteriores, por lei, eram restritos aos membros do Serviço Exterior Brasileiro, admitidos por concursos públicos e , no caso específico dos diplomatas, com formação no Instituto Rio Branco, também matéria legal.

Foi evidente o desconforto da equipe visitante com a nossa resposta, mas prosseguiram tomando notas e com novas questões sobre o funcionamento da máquina administrativa do Ministério. Com o desenrolar do novo governo, alterações paulatinas passaram a ocorrer na área administrativa do MRE, uma das mais estranhas foi a de transportes internacionais das mudanças dos funcionários do Serviço Exterior, rubrica com importante impacto financeiro no minguado orçamento da Casa.

A tradição administrativa, até então, era a de que cada funcionário deveria convidar três empresas de mudanças para realizar orçamento, e o mais barato venceria, salvo em caso de comprovada inidoneidade ou ineficiência da empresa convidada , que deveria constar obrigatoriamente de cadastramento no Ministério. No exterior o processo era idêntico: o funcionário que estava em Tóquio, sendo removido para a Bolívia ou para o Brasil deveria convidar três empresas idôneas locais cadastradas no Consulado ou na Embaixada, para processo idêntico. As empresas vencedoras, aquelas de menor preço, eram responsáveis pelo recolhimento e entrega da mudança no sistema porta a porta.

Deixou de ser assim.

O Itamaraty passou a ter uma lista especifica de empresas brasileiras escolhidas para gerenciar as mudanças por regiões do mundo, e as contratações das mudanças entre postos no exterior e entre os postos e Brasília, a serem feitas exclusivamente por essas empresas brasileiras autorizadas, sem a possibilidade de escolha e decisão dos funcionários e dos postos. Assim, se você estava em Ulan Bator, na Mongólia, e precisava levar sua mudança para o Consulado em Santa Cruz de La Sierra, quem decidiria qual seria a empresa da Mongólia a adentrar sua residência e fazer a mudança passava a ser a empresa brasileira responsável por aquela região do mundo. No mínimo estranho. Esdrúxulo.

Aos poucos, por motivos de serviço, foram sendo requisitados funcionários de outros ministérios e se deu início, também, a um processo de terceirização nas atividades meio, com justificativa de economicidade. O Ministério homogêneo que garantiu excelência no serviço público por largo período da nossa história diplomática, passou a ter uma massa crescente e heterogênea de funcionários, circulando por salas e espaços depositários de documentos confidenciais e secretos.

Finalmente, para completar o quadro da suposta democratização administrativa do Ministério, seguiu-se um acelerado processo de promoções e remoções de funcionários do serviço exterior para postos chaves da diplomacia brasileira, e um afastamento progressivo de toda uma geração que dirigiu a política externa do Brasil até o início dessa nova fase administrativa. Os que permaneceram na ativa foram relegados a consulados confortáveis, para não reclamarem, a postos exóticos e distantes ou ao ostracismo permanente.

Caso emblemático ocorreu em El Salvador, onde embaixador exemplar, de fina competência e trato, passou a receber pedidos-ordens da primeira dama do país, uma senhora brasileira militante do Partido dos Trabalhadores, casada com o então Presidente socialista salvadorenho. Evidente que o digno representante brasileiro não aceitou essas interferências indevidas. Por este motivo, de não aceitar, sofreu brava reprimenda do nosso então Ministro das Relações Exteriores, sucessor de Celso Amorim, por não tratar o caso com "sensibilidade política".

O Embaixador foi retirado do Posto para ser enviado para Sri Lanka, onde certamente não necessitaria da sensibilidade política preconizada pelo chefe, entre aspas, da diplomacia brasileira. Claro que o competente embaixador não aceitou a decisão manu militaris de ser enviado para onde não deveria ser. E sobreviveu ao tsunami do aparelhamento ideológico da esplanada dos ministérios.


*Diplomata.
**Publicado originalmente no Diário do Poder

 

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