Meu nome é Roberto Motta. Não sou delegado, oficial da PM, promotor ou juiz. Não sou um especialista em segurança pública. Sou um cidadão que cansou de viver o tempo todo com medo, e decidiu entender porque chegamos a esse ponto.
Estudei, li e pesquisei; minha tese de mestrado compara a cultura da polícia americana com a polícia brasileira. Conversei com as pessoas diretamente envolvidas no combate ao crime: juízes, promotores e policiais de todo o Brasil. O que descobri me surpreendeu.
Primeiro, fiquei estarrecido com a precariedade dos nossos mecanismos de proteção ao cidadão, e com o domínio que a ideologia de extrema-esquerda exerce sobre nossas instituições.
Afirmo, sem sombra de dúvida, que essa é a principal causa da criminalidade, aparentemente incontrolável, que ameaça todos nós. Essa descoberta criou em mim a convicção de que o controle do crime é muito mais fácil do que parece – basta retirar a ideologia da equação.
Ter ideólogos na segurança pública é como ter um filósofo no comando de um navio cargueiro. O desastre é garantido.
Uma das principais ocupações dos ideólogos da segurança é convencer o público de que “o problema do crime é muito mais complexo do que parece”, e que só vamos viver em paz quando acabar a desigualdade, quando a educação for de qualidade e quando todos tiverem acesso ao esporte.
São infinitas as condições que precisamos atingir para criar uma sociedade perfeita, a única em que será possível reduzir o crime.
Essas afirmações são mentiras, criadas por aqueles que ganham a vida explorando o conflito social e o medo.
Ganham como? Ocupando cargos públicos para os quais não têm preparo, recebendo verbas do Estado e de Fundações Internacionais em suas ONGs, sendo pagos por “pesquisas” sem base científica, dominando instituições de ensino e fechando gordos contratos de consultoria com o Estado.
Esses ideólogos estão em todos os lugares: nas escolas e universidades, nas entidades de classe e na mídia. Eles controlam o ecossistema de ONGs que vive do assunto “segurança pública”, principalmente no Rio.
Eles já se infiltraram nas Defensorias Públicas e no Ministério Público (dos estados e da União), no Judiciário e em todas as polícias, em todos os níveis. Como diz Percival Puggina, na introdução do essencial Bandidolatria e Democídio, de Diego Pessi e Leonardo Giardin de Souza:
“[...] Os avanços da criminalidade contam com o favorecimento proporcionado pelas elites políticas, pelas instituições do Estado, por amplos segmentos acadêmicos, por doutrinas em voga no mundo jurídico, pela ideologia da Teologia da Libertação e a maior parte dos nossos formadores de opinião”
O mantra que eles repetem, sob várias formas diferentes, é um só: o bandido é uma vítima da sociedade, e combatê-lo – prendê-lo, julga-lo, condena-lo e mantê-lo preso – é uma profunda injustiça social cometida pelos ricos contra os pobres.
Na realidade, os criminosos vêm de todas as classes sociais, e as maiores vítimas do crime são, justamente, os pobres, que não têm como se defender.
Mas a realidade não atende aos propósitos políticos dos ideólogos, e será sempre ignorada ou distorcida para servir aos seus interesses. Mesmo ao custo de 60 mil mortes por ano.
É inacreditável, mas é verdade.
*Publicado originalmente em @rmotta2
Se a saúde de todo mundo aqui é um "direito social" (art. 6º da Constituição) e provê-la é "dever do Estado" (art. 196), é óbvio que "pessoa portadora de HIV é despesa para todos no Brasil", assim como são, a rigor, desde a pessoa portadora de resfriado até a pessoa portadora de câncer. A diferença, no caso, é que a despesa da pessoa portadora de resfriado no máximo vai ser de um antigripal de R$ 2,00 (enquanto que o fornecimento de antirretrovirais aos portadores de HIV custa ao país cerca R$ 1,2 bi/ano), ao passo que, à exceção de alguns tipos de câncer, dificilmente alguém com essa doença poderia ter feito algo para evitar seu desenvolvimento (ao contrário de quem contrai qualquer DST, que poderia ter se prevenido através de camisinhas distribuídas gratuitamente desde postos de saúde até estações do metrô).
Qualquer um aqui vai dizer que 12, 13 ou 14 anos de idade é muito cedo pra que alguém inicie a vida sexual. Se você acha isso, saiba que está em boa companhia: o Código Penal não só torna ilícitas todas as relações sexuais mantidas com menor de 14 anos (art. 217-A), como ainda fixa, como causa de aumento de pena em diversos crimes, o fato de a vítima ter menos de 14 anos. Não é a Damares, é todo o nosso sistema jurídico que diz que menores de 14 anos são vulneráveis e não estão prontos para uma série de coisas, incluindo sexo. E, no entanto, dizer que uma menina de 11 anos não está pronta para se expor a uma gravidez vira uma "polêmica" aqui na Terra do Nunca, e tem até "especialista" assegurando que não transar não garante que a moça vá deixar de engravidar (!?). Quem diria que uma ministra evangélica faria até ateu acreditar em concepção virginal?
"Parasitas", de acordo com a biologia, são "organismos que vivem em associação com outros dos quais retiram os meios para a sua sobrevivência, normalmente prejudicando o organismo hospedeiro". Se você tem uma empresa e ela está em crise, você pode ou cortar pessoal ou deixar de conceder aumento de salário, não porque você odeia os seus funcionários, e sim porque você deve preservar o equilíbrio financeiro do seu negócio se quiser manter os demais empregos e continuar provendo produtos e serviços aos seus consumidores. Mas se você tem um funcionário que, mesmo com a empresa falindo, não pode ser demitido e ainda te obriga a conceder 50% de aumento, é óbvio que esse funcionário está parasitando a sua empresa. Por conta desse parasita, sua empresa pode quebrar, mas o parasita não se importa, porque se isso acontecer o hospedeiro vai ter que se livrar de todos os outros órgãos, mas não vai poder expurgar o parasita de seu organismo. Essa verdade é tão verdadeira, mas tão verdadeira, que, em se tratando de Brasil, o cara que a disse precisou se desculpar, deixar claro que não foi bem isso que quis dizer, e prometer que no futuro vai se policiar mais e procurar falar menos verdades.
No Brasil a mentira e a fabulação são tão benquistas que até documentário vira obra de ficção. Então, fica a dica: quer manter seu emprego, ser popular, quer ser admirado e querido? Minta, mas minta muito. Porque, no Brasil, a verdade não compensa.
* Publicado originalmente no Facebook do autor.
Oh bondade suprema! Nada contra a bondade - voluntária -, mas é incrível e cômico constatar professores de negócios pregadores do socialismo! Tá certo. Muitos somente trabalharam em áreas funcionais de universidades, muitas dessas religiosas.
Um destes professores do tipo “justiceiro social”, adora colar e postar textos e imagens sobre desigualdades sociais, anticapitalismo, condenação do lucro e por aí afora.
Como todo esquerdista que se preza, cultua a novilingua orwelliana, a “arte” de inverter significados e/ou inventar palavras.
Tal professor de negócios (negócio deve ser filantropia!), agora colou e copiou um texto do professor italiano Stefano Zamagni. Título emocionante e atrativo! “Meritocracia, não. Meritoriedade, sim”.
Segundo o texto, a meritocracia é um mecanismo de poder e de reprodução das elites. Seria uma estratégia visando a preservação das desigualdades sociais por parte das “elites”. Já a novíssima meritoriedade - que nobre criação! - dependeria de um tratamento igualitário a todos os indivíduos, e esses não deveriam estar sujeitos às relações de poder.
Vamos lá. Evidente que as todas as pessoas devem ter igualdade perante a lei. Contudo, a verdadeira igualdade, creio que se refira à proibição de subordinação de um indivíduo a outro coercitivamente. Ninguém tem o poder de impor algo a outra pessoa por meio da coerção, contra a sua vontade! Todos os indivíduos têm os mesmos direitos e deveres, inclusive o direito de não se subordinar a ninguém. A premissa do mérito, genuinamente, diz respeito às liberdades individuais que precisam ser respeitadas e a liberdade de escolha individual. Quem, racionalmente, não sabe que os seres humanos são diferentes em nível de recursos, de capacidades, de habilidades, distintas formações, meios familiares e contextos sociais, etc...?
Meritoriedade parte da visão pueril de que seria possível inventar um novo mundo para que todas as pessoas saíssem do mesmo ponto de partida. Os contumazes engenheiros sociais creem ser possível criar um “novo” mundo ideal e igualitário! Mais uma utopia socializante.
A meritocracia, de fato, também é um modelo de gestão. Trata-se de um processo salutar de premiação pela agregação de valor útil para os clientes de uma organização, tanto em nível individual e/ou de equipes de trabalho. Esforço não é uma condição suficiente, é necessário criar valor sob a ótica do mercado.
Os critérios devem ser justos e iguais para todos os membros de uma hierarquia, empresarial ou estatal. O mérito é algo que deve ser definido e caraterizado de acordo com as características de cada contexto específico.
Ah, como faltam os fundamentos de mercado, aqueles que pelo crivo democrático do mercado são determinantes da oferta e da demanda e o estabelecimento real do sistema de preços. No livre mercado os sujeitos deveriam ser livres para escolherem, ou seja, o indivíduo deve ser livre para decidir o que fazer com sua própria vida.
Esses socialistas de IPhone, não se dão conta que a igualdade que desejam é aquela estabelecida a força pelo poder coercitivo do Estado, unicamente pela padronização de todos na pobreza.
A ajuda aos outros, se desejada, faz parte de uma escolha individual e voluntária!
O falacioso discurso vermelho quer impor aos outros o “auxílio forçado” para àqueles que se encontram numa situação reconhecida como “privilegiada”.
Esses professores do “copia e cola” desconhecem os exemplos de pessoas e grupos sociais que nasceram e ascenderam social e economicamente, ou através de esforço e mérito pessoal, ou de grupos sociais que migraram de estados socialistas e, assim, puderam colocar suas mentes empreendedoras livres em ação.
Na verdade, é justamente o aparato estatal que rouba a liberdade, as oportunidades e as possibilidades de mobilidade social proporcionadas pelos livres mercados.
Por favor! O ser humano responde, para o bem ou para o mal, aos incentivos.
Meritocracia, não a quimérica meritoriedade, é a recompensa natural daqueles homens e mulheres e grupos que acreditam no seu potencial, investem em si mesmos e em projetos, e agem para descobrir e materializar novas soluções criadoras de valor genuíno para suas empresas e seus contextos sociais.
Intenções benevolentes, mesmo que pretensamente positivas, mas sem fundamentação lógica, efetivamente confundem e atrapalham!
Nada mais saudável e moral do que a recompensa pelo progresso econômico e social, ou não?
PERDA DA LIBERDADE
Nesta manhã (12//02), ao ler a Gazeta do Povo, fiquei sabendo que a Medida Provisória da -LIBERDADE ESTUDANTIL-, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro em 9 DE SETEMBRO DE 2019, a qual garantia a GRATUIDADE na obtenção -SEM CUSTOS- da CARTEIRA DE IDENTIFICAÇÃO ESTUDANTIL DIGITAL, infelizmente vai CADUCAR neste domingo, 16 de fevereiro.
PASSIVIDADE
O que mais me espanta é a total PASSIVIDADE dos estudantes deste nosso imenso e empobrecido Brasil. Mais: até agora não se tem conhecimento de nenhum PROTESTO quanto ao brutal descaso do Congresso Nacional, que em momento algum manifestou qualquer interesse pelo assunto e tampouco foi pressionado pelos até então beneficiados com a gratuidade imposta pela MP.
FIM DO MONOPÓLIO DA UNE
Só para refrescar a memória, em nenhum momento a Câmara e o Senado se mobilizaram para instalar a comissão especial para analisar o conteúdo da MP. Por ocasião da sua publicação o ministro Abraham Weintraub declarou que a GRATUIDADE DA CARTEIRINHA tinha como propósito a DEFESA DA LIBERDADE dos estudantes. E completou dizendo: - Estamos aumentando a liberdade com mais opções, mais concorrência, mais liberdade e o fim do monopólio da UNE.
MASSA DE MANOBRA
Mais do que sabido, a maioria dos estudantes são comumente usados, tanto pela UNE- União Nacional dos Estudantes quanto pela UBES -União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, como MASSA DE MANOBRA para defender os lamentáveis IDEAIS SOCIALISTAS/COMUNISTAS promovidos por estas entidades. Exemplo: os protestos para impedir o aumento do valor das tarifas de transporte coletivo.
Pois, quando o governo trata de emitir uma MP com o propósito de conceder a GRATUIDADE das Carteiras Estudantis, que dá por encerrada a nojenta cobrança das mesmas pela UNE e/ou pela UBES, aí nada acontece. Pode?
LAMENTÁVEL
Na reportagem, o jornalista Roger Pereira informa que a MP DA LIBERDADE ESTUDANTIL previa validade “enquanto o aluno permanecer matriculado” na instituição de ensino. Assim, as quase 300 mil carteirinhas digitais emitidas até domingo seguirão valendo em todo o território nacional. A partir desta 2ª feira, 17, as carteiras nacionais de identificação de estudante voltarão a ser emitidas apenas pelas entidades representantes das classes, que VOLTARÃO A COBRAR R$ 35,00 (ou mais) por ano. Que tal?
SÉTIMA ARTE
No final do século 19, as SEIS ARTES (música, dança, pintura, escultura, arquitetura e poesia) que tinham o belo como preocupação ganharam a companhia do CINEMA, inventado pelos irmãos Auguste e Louis Lumière. O sucesso foi de tal ordem que no início do século 20 o intelectual italiano, Ricciotto Canudo, ao escrever o -MANIFESTO DAS SETE ARTES-, elegeu o CINEMA como -SÉTIMA ARTE- destacando a sua capacidade em reunir todas as outras.
FASCÍNIO
Considerando o fascínio pelo CINEMA, que só aumentou em praticamente todo o mundo, a cada cerimônia de entrega do OSCAR muita gente fica ligada para acompanhar as escolhas feitas pela-Academy Awards-, nas categorias: - Melhor Filme, Diretor, Ator principal, Atriz principal, Ator coadjuvante, Atriz coadjuvante, Filme internacional, Roteiro original, Roteiro adaptado, Curta-metragem, Longa-metragem de animação, Curta-metragem de animação, Edição de som, Mixagem de som, Canção original, Trilha sonora, Efeitos visuais, Fotografia, Montagem, Direção de arte, Figurino, Maquiagem e penteados, Documentário de longa-metragem, Documentário de curta-metragem e Música original.
PARASITA
Pois, nesta edição -OSCAR 2020-, o público apaixonado pelo cinema foi sacudido por uma grande surpresa: enquanto todos esperavam que a escolha de melhor filme (longa-metragem) seria decidida entre os badalados - O IRLANDÊS, de Martin Scorsese; ERA UMA VEZ...EM HOLLYWOOD, de Quentin Tarantino; 1917, de Sam Mendes; CORINGA, de Todd Phillips, eis que o ganhador da estatueta foi o -PARASITA-, filme sul-coreano de thriller, drama e comédia, dirigido por Bong Joon-ho, vencedor do Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes.
MÁ ÍNDOLE
Pois, neste clima de grande expectativa, uma parte do povo brasileiro, notadamente formada por pessoas detentoras de MÁ ÍNDOLE (ou DEFORMAÇÃO DE CARÁTER), que impede o desenvolvimento do raciocínio lógico, torcia como nunca para que o FALSO DOCUMENTÁRIO -Democracia em Vertigem-, dirigido pela petista PETRA(LHA) COSTA, viesse a ser agraciado com o -OSCAR de DOCUMENTÁRIO DE LONGA-METRAGEM-.
UMA FÁBRICA AMERICANA
Pois, mesmo que a Academy Award não revele o que levou a obra -UMA FÁBRICA AMERICANA- a ser escolhida como melhor DOCUMENTÁRIO, uma coisa me parece certo: o termo -DOCUMENTÁRIO- só cabe àquilo que tem compromisso com a VERDADE.
PARA NÃO EMPORCALHAR O OSCAR
O que eu presumo é que os julgadores, para não emporcalhar o OSCAR, resolveram que OBRAS DE FICÇÃO não podem ser consideradas como -DOCUMENTÁRIOS-. Esta possibilidade, aliás, é algo que só existe na cabeça de ESQUERDISTAS DA GEMA, que têm por hábito tentar transformar as MENTIRAS em VERDADES. Como se viu, felizmente, ainda não foi desta vez que a LÓGICA DOS COMUNISTAS PETISTAS conseguiu emplacar.
O PT, quem diria, está fraco, envelhecido, debilitado aos 40 anos. Para um partido que desejou reinar para sempre, que se denominou o maior da esquerda latino-americana, que se pretendeu hegemônico, tal desgaste está deixando seus dirigentes e seu dono, Lula da Silva, atônitos, desesperados para regatar o poder que lhes proporcionou tantos privilégios, um reinado de 8 anos do chefe e mais quatro e meio de Dilma Rousseff.
O PT institucionalizou a corrupção sem nenhum pudor, simulou ser o salvador dos pobres, mas muitos de seus membros, incluindo, Lula da Silva, enriqueceram no poder enquanto a desigualdade social permanecia. Não houve competência para fazer as reformas necessárias e os alardes de maravilhas executadas não passaram de engodos.
Quanto aos valores que norteiam as percepções morais da sociedade foram pisoteados através do vale-tudo dos comportamentos. A Educação caiu ao seu pior nível, pois não interessava o aprendizado, mas a doutrinação petista capaz de gerar profissionais que até hoje acreditam que Lula é um coitado inocente e que o fazer do partido, que é um misto de seita e máfia, é excelso e puro. O PT não erra, mas sim os outros, porque o PT tudo pode, inclusive, estaria acima da Lei.
Mas nada dura para sempre. O abuso chegou ao ponto que não foi mais tolerado. Quando o governo de Dilma Rousseff, especialmente no segundo mandato, aos seguir as ordens de seu criador político mergulhou o País em sua pior recessão aconteceu o inusitado, o nunca havido: multidões foram às ruas gritar: Fora Lula. Fora Dilma, Fora PT.
Naturalmente, petistas, acostumado a transformar retoricamente suas derrotas em pseudovitórias, preferiram chamar de golpe as manifestações populares que desembocaram no Congresso cujos membros se nutrem da opinião pública. O impeachment, ironicamente sempre tentado para outros, atingiu o coração do partido, que a dali em diante começou a descer a ladeira da decadência política. Especialmente, Lula foi atingido e não conseguiu demover deputados e senadores manter sua comandada.
Seguiu-se a perda de mais de 60% das prefeituras. Um baque e tanto, político e financeiro. Outros fatos se seguiram indicando sinais de decrepitude, mas um deles provocou um abalo sísmico, profundas rachaduras na carapaça petista: a prisão do líder, baseada não só em delações, mas em documentação farta e provas concretas sobre crimes cometidos.
Novamente o PT inventou uma risível e estapafúrdia explicação: Lula é preso político, enquanto este se apresentava como a criatura mais inocente do planeta. O culpado não era Lula, mas o então juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça e da Segurança Pública, um magistrado de rara coragem e competência, uma exceção brasileira capaz de nos fazer orgulhar do Brasil.
E veio a eleição presidencial. Uma nesga de esperança despertou nas hostes petistas. Mas Haddad, denominado jocosamente de poste, perdeu para Jair Bolsonaro, o qual para os institutos de pesquisa estava destinado inexoravelmente à derrota.
Agora o PT, decrépito e atordoado, tenta recuperar o tempo perdido, mas sua única inovação é a seguinte: ao invés de tentar inutilmente uma frente das ditas esquerdas, quer ir além da pose em que figuraram Lula, Haddad e Paulo Maluf, as louvações a Sarney e a proximidade com outros políticos antes execrados. Agora vale parcerias não só com os partidos nanicos que se dizem de esquerda, mas a associação com o antes "horripilante" Centrão formado pelo PL, PP, DEM, PRB e Solidariedade. Tem mais, candidatos petistas a prefeito poderão receber apoio, além do Centrão que engloba o DEM, do PSDB. Portanto, acabou aquela coisa de partido golpista e se instalou a mixórdia total.
Quando afirmei em artigos anteriores que os partidos brasileiros não passam de clubes de interesse, trampolins para se alçar ao poder, sem ideologia ou programas não vejo exceções. O PT é um partido igual aos outros, só que pior, porque sempre se escondeu atrás de uma inverídica ética. Aliás, em seus congressos o PT nunca conseguiu definir seu socialismo, seja o comunismo ou a socialdemocracia. Entretanto, lançou a moda de chamar os que considera seus inimigos de fascistas. Mais um sinal de ignorância porque petistas não têm a mínima noção do que é fascismo, mesmo porque nunca souberam se definir ideologicamente. Agora, seguem desgastados, decrépitos aos 40 anos, em busca do poder pelo poder que como sempre foi SEU obetivo.
* Maria Lucia é socióloga.