• Prof. Ubiratan Jorge Iorio
  • 04 Dezembro 2019

 

As universidades públicas brasileiras são o caminho certo para transformar o filho que você criou com tanto amor e carinho em um robô, programado para repetir incessantemente, na boca e na prática, todo o repertório socialista-comunista, de que fazem parte a luta de classes, o controle do Estado sobre a vida dele e a sua, o desestímulo ao trabalho e ao mérito, a insuflação ao ódio entre brancos e negros, mulheres e homens e heterossexuais e homossexuais, o horror à iniciativa privada, ao lucro e ao capitalismo, a aversão à religião (especialmente ao Cristianismo), a contestação da instituição da família, o relativismo moral, o descuido com a própria higiene, a imposição de maluquices e depravações como se fossem manifestações realmente artísticas, a tolerância às drogas e aos bandidos e outras coisas do gênero, que são ensinadas como sendo necessárias para a “libertação”, como verdades absolutas e inoculadas em suas cabeças.

Esse triste quadro não acontece por acaso. É, como sabemos, fruto de décadas de um trabalho consistente e rigoroso de aplicação dos métodos frankfurtianos e gramscianos de ocupação de espaços em toda a estrutura do sistema cultural, para fazer a “revolução”. E também não se limita ao ensino superior, porque desde a mais tenra idade as crianças são submetidas à pedagogia freireana dos oprimidos, que não passa de uma forma rebuscada de incutir a praga do comunismo em suas cabeças, de um eufemismo para o mote ‘educar para a revolução’.

Quando pisei pela primeira vez na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), nos idos de 1991, para me informar sobre aquele concurso para docente da Faculdade de Ciências Econômicas por meio do qual, três meses depois, ingressei no Departamento de Análise Econômica, fiquei espantado com a quantidade de barraquinhas de partidos políticos, todos de esquerda, localizadas no “queijo”, como é chamado na intimidade dos que conhecem o campus do Maracanã, um pequeno bloco de concreto circular que existe no térreo, perto do acesso aos elevadores. Ali vendiam de tudo, pins, bottons, chaveiros, bonés, bandeiras, camisetas, folhetos, jornais em que se lia fora Collor e outras bugigangas, mas, sobretudo, vendiam as mercadorias ilegais – que não podem ser toleradas, especialmente em uma universidade - da ilusão do paraíso socialista, da quimera da utopia igualitária e da fábula da justiça social, que costumam ser atraentes para muitos jovens bem intencionados.

A partir de março de 1992, quando lá iniciei a atividade de docente e até 2018, quando (sabiamente) aposentei-me, aquela impressão inicial só se confirmou e – pior! – deixou de ser uma aborrecedora suposição para transformar-se em uma assustadora assombração, que – pior ainda! – agigantou-se com o passar dos anos, especialmente a partir da virada do século, quando a ocupação do PT em nível federal estendeu sua influência à maioria dos estados.

Universidades públicas não deveriam estar sujeitas às chuvas e trovoadas das influências políticas e nem às tempestades de ideologias de qualquer matiz, mas, infelizmente, não é isso o que acontece: elas vêm progressivamente se afastando da ciência e se entregando apaixonada e alucinadamente aos objetivos dos partidos de esquerda. Uma das funções das universidades é produzir conhecimento e, principalmente no caso das ciências sociais, influenciar indiretamente os programas dos partidos, mas o que está acontecendo é exatamente o contrário. Ao invés de coelhos comerem cenouras, estas é que passaram a devorar os simpáticos leporídeos. Sim, porque é preciso combater a “dominação” que esses seres dentuços e orelhudos exercem sobre o meio ambiente de que os vegetais fazem parte.

É muito chato escrever isso, mas hoje em dia é impossível escrever sobre as universidades públicas sem falar em política e na influência negativa que esta exerce sobre elas. No caso específico do Rio, para ficarmos apenas na chamada Sexta República, iniciada em 1985, de Brizola (PDT) a Pezão (PMDB), experimentamos, no Palácio Guanabara, quase todos os tons de esquerdismo, populismo, sindicalismo, trabalhismo e socialismo, passando, sucessivamente, por Moreira Franco (PMDB), novamente Brizola e Nilo Batista (PDT), Marcelo Alencar (PSDB), Garotinho (PDT e PSB), Benedita (PT), Rosinha (PSB e PMDB) e Cabral (PMDB, dois mandatos). Vamos, venhamos, suponhamos e convenhamos, não são muitos pernas de pau no mesmo time? É óbvio que os eleitores fluminenses viessem a ser cobrados por suas más escolhas. Não à toa, o estado do Rio de Janeiro, outrora um gigante com 2 metros de altura, foi encolhendo e metamorfoseando-se até atingir o estágio de um pigmeu de 1,50 m.

A cada mudança de governador e eleição para reitor, acontece um grande minueto de troca de cargos e de influências, mantidos pelos impostos pagos pelos fluminenses. O mesmo acontece em nível das federais. Com o pretexto de exercer a democracia, há eleições para praticamente tudo: reitores, chefes de centros, diretores de unidades, chefes de departamentos, em uma democracice aguda que, entre outros males, estimula a demagogia, sendo que na maioria dessas eleições, além de professores e funcionários administrativos, os alunos também votam e, em algumas universidades, seus votos têm o mesmo peso daqueles que passam 30 ou mais anos de suas vidas nos campi. Os chamados centros acadêmicos possuem forte poder político e de barganha, a ponto de influenciarem diretamente os candidatos aos cargos de escalões maiores. Em suma, um verdadeiro absurdo.

Foi um interminável remar solitário e contra a correnteza quando, movido pelo ideal de melhorar aquilo, convenceram-me a concorrer à direção da minha faculdade e acabei ganhando a eleição (de uma candidata petista) e acreditei ingenuamente que poderia resolver o problema da pobreza crônica de recursos, tornando a unidade menos dependente da centralização absoluta de recursos e da consequente discricionariedade da reitoria, mediante a atração de patrocínios de empresas privadas capazes de modernizar a infraestrutura, em troca de exposição de suas marcas e programas de treinamento profissional de nossos estudantes. Tentei também criar cursos de pós-graduação lato sensu, pagos. Tudo em vão. Fui considerado veladamente um “mercenário”.

Senti outro tipo de decepção quando se discutia no fórum de diretores a adoção de cotas raciais (a UERJ foi a primeira no país a adotá-las) e fizeram uma votação e das mais de 50 unidades, apenas duas votaram contra, a Economia e a Medicina. A mesma decepção e com placar idêntico aconteceu quando resolveram bajular o assassino Fidel Castro e bajulá-lo com o título de doutor honoris causa. Com essas e outras, você não desanimaria?

A única realização que considero boa em minha bem pouco agradável passagem pela direção, foi a de ter conseguido esvaziar a influência do centro acadêmico, em que perambulavam aqueles alunos maltrapilhos, barbudos e com matrículas mais velhas do que Matusalém, e em seu lugar estimular a criação da Economus, uma das primeiras “empresas juniores”, que obteve rapidamente estrondoso sucesso, tendo contado, inclusive, em sua segunda gestão, com o ótimo aluno Paulo Ganime, hoje um grande representante das ideias liberais na Câmara, onde está exercendo seu primeiro – e espero que venham a ser muitos – mandatos como deputado federal (partido Novo).

Limitei-me ao caso da UERJ por uma questão de espaço e, claro, por ter feito parte dele. Mas o que escrevi se aplica a todas – sim, a todas! – as universidades públicas no Brasil. [Ver, por exemplo, o artigo do mês de junho de 2019].

Lá, como em todas as universidades públicas, imperam inequivocamente quatro grandes mentiras, que comumente são fundidas em uma frase, usada como verdade incontestável pela mentalidade esquerdista e repetida em reuniões “acadêmicas”, em greves (em 26 anos na UERJ, sem exagero, devo ter presenciado a mais de 40 greves, ou seja, a algo como 0,75% do total de semestres letivos), em passeatas, em atos, em abraços, em festas regadas a sei lá o quê e em manifestações supostamente artísticas.

Trata-se da fábula das quatro falácias, a da universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada.

Universidades não são públicas, elas só pertencem a governos, porque você não pode descer do metrô, entrar no campus, assistir aulas, fazer provas, etc.

Universidades não são gratuitas, porque os alunos não pagam, mas os pagadores de impostos, em que se incluem os alunos ou seus responsáveis, pagam compulsoriamente.

Universidades só são de qualidade se o mercado absorver os que se formam nelas, mas quando os esquerdistas falam em qualidade estão, mesmo sem que o percebam, falando em intensidade da doutrinação.

Por fim, falar em universidades socialmente referenciadas ou é um pleonasmo, já que todas são, por estarem inseridas na sociedade, ou é uma grande bobagem, no sentido empregado pela nuvem de gafanhotos de esquerda que as ocupam, de que ser socialmente referenciada significa ser comprometida com as causas socialistas.

Depois de décadas de degradação esquerdista, visivelmente açodada durante o período das trevas do PT, o desafio da educação e, dentro dele, o das universidades, que se impõe aos primeiros governos que se posicionam contra o socialismo (em Brasília e no estado do Rio) é, simplesmente, monstruoso e demandará no mínimo duas décadas para ser inteiramente vencido. Mas, definitivamente, basta dessas universidades de uma nota só.

Por isso, para que voltemos a desejar que nossos filhos e netos estudem em universidades públicas, penso que seja nosso dever apoiar o ministro Abraham Weintraub e defendê-lo diante da campanha sistemática de desqualificação que move contra ele toda essa turma que mencionei aí em cima.

Porém, para não dizerem que não o critico, asseguro que o som que tira daquela terrível gaita não é lá dos mais agradáveis...

Em 5 de outubro de 2019.

*  Doutor em Economia (EPGE/Fundação Getulio Vargas, 1984); Economista (UFRJ, 1969); Presidente-Executivo do Centro Interdisciplinar de Ética e Economia Personalista (CIEEP); Diretor Acadêmico e Membro Honorário do Instituto von Mises Brasil (IMB)

** Publicado originalmente em: https://www.ubirataniorio.org/index.php/artigo-do-mes/387-out-2019-universidades-feitas-de-uma-nota-so


 

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  • Irineu Berestinas
  • 29 Novembro 2019



Vamos, neste texto, abordar uma gama de diagnósticos sobre a epígrafe, a começar pelo pensamento de Karl Marx e Friedrich Engels. Para ambos a história é movida pelas lutas de classes (proletariado X patrões)... Passaria por vários degraus, desde o comunismo das sociedades primitivas até chegar finalmente ao comunismo (a ditatura do proletariado), como decorrência do avanço do capitalismo e das suas diagnosticadas contradições... A política para Marx e Engels é um "epifenômeno". Ou seja, fenômeno que em nada interfere no fenômeno principal. A história tem instrumentos próprios...

 A primeira revolução comunista ocorreu na Rússia do início do século passado, num ambiente agrário e monárquico (família real, soldados do czar, nobreza, campesinato, o qual se constituía na imensa maioria da população, e pelo clero, cristão/ortodoxo).. Durante o processo revolucionário, o partido compunha-se de duas alas divergentes: os bolcheviques (maioritários), comandados por Lenin, Trotsky e Stalin, de um lado; e os mencheviques (minoritários), comandados por Pavel Axelrod, Julius Martov e Alexander Martinov, de outro lado. Os primeiros pregavam a imediata imposição do socialismo por meios das armas, com o confisco das propriedades, das fábricas, ainda nascentes, e das fazendas, ao que burgueses e proprietários deveriam submeter-se, sob pena de passarem pelo justiçamento revolucionário...

 Enquanto isso, os mencheviques defendiam a implantação gradual e não violenta do regime socialista. As questões deveriam ser resolvidas por voto no Parlamento russo e pelo trabalho cultural. Os bolcheviques, entretanto, venceram a disputa e instalaram-se no poder, cuja revolução estendeu-se de 1917 até 1991, em cumprimento dos seus cânones.

As ideias dos mencheviques desembocaram, entretanto, em Londres no ano 1883, nascendo, assim, os socialistas fabianos, ou seja, gente que pretendia chegar ao regime socialista por meio da política e dos votos nos parlamentos, incluída a cultura a ser propagada, sob a liderança de Hubert Bland, de George Bernard Shaw, dramaturgo, entre outros. As suas políticas foram implementadas no Reino Unido, por iniciativa do partido trabalhista, a partir da Segunda Guerra Mundial, cujas ações estavam pautadas na estatização de importantes setores da economia e no atendimento de extensa e criativa pauta social... Com o passar dos anos, o sistema fabiano, todavia, chegou à beira da saturação, não tendo mais como ser financiado por impostos e taxas, surgindo, em contraposição, no cenário, a lendária Margareth Thatcher, do partido conservador, que ocupou o cargo de primeira-ministra no período de 1979 a 1990. Política de ideias liberais e conservadoras, cujo desempenho enveredou por privatizações, redução do poder dos sindicatos, alterações tributárias e controle monetário em doses moderadas, que conheceu vitórias e derrotas em seu período. Ganhou a guerra sindical e a Guerra das Malvinas, mas não conseguiu domar a inflação e o desemprego, por sua tímida e acanhada dosimetria, segundo a avaliação dos economistas liberais, seus parceiros de visão de mundo.

Outros países adotaram as políticas dos socialistas fabianos, entre eles a Dinamarca, Noruega, Suécia e Finlândia, a seu modo.

Já o marxismo cultural, representado pela Escola de Frankfurt (Horkheimer, Marcuse, Adorno, etc) e pelas ideias de Antonio Gramsci, italiano contemporâneo de Mussolini, deu as costas ao determinismo histórico de Marx e Engels. Para os marxistas culturais, a revolução haveria de ser concretizada pela ação do lumpenproletariado, nele incluídas as minorias, inserindo nesse projeto a destruição dos valores ocidentais, fundados nos princípios judaico-cristãos, viabilizados pela superestrutura (religião, filosofia, direito, ciência, arte, cultura, etc), infiltrando-se os revolucionários em seu meio de divulgação (escolas, igrejas, universidades, meios de comunicação) para pôr abaixo os seus alicerces por meio da agenda do "politicamente correto".

Já para os fascistas, o motor da história é o estado interventor e regulador: na economia, nas relações de trabalho, na montagem social e na política expansiva e militarista das suas ideias. Os mais expressivos governantes que levaram a cabo essa ideia foram Benito Mussolini, na Itália, Juan Domingo Perón e seus seguidores peronistas na Argentina; Getúlio Vargas no Brasil, Gamal Nasser no Egito, Muammar al-Gaddafi na Líbia. Qualquer semelhança com a era Lula/Dilma fica por conta do leitor...

Já os liberais, defensores do direito à vida, liberdade, propriedade, livres mercados, quando muito, admitem a presença do Estado na saúde educação e públicas, segurança, justiça, diplomacia e previdência. No âmbito dos costumes, normalmente são conservadores e prezam a tradição. Como se pode deduzir, os liberais estão na contramão do fascismo e do nazismo. Nada a ver, portanto, com o tró-ló-ló e o vozerio das esquerdas, com o objetivo de colar essa pecha neles, a menos que se sintam tomados do espírito de Antonio Gramsci, que objurgava os defensores da cultura ocidental, tratando-os dessa maneira.

Por fim, Max Weber, o notável sociólogo alemão, entendia que o cenário social era governado por valores e significados, neles inseridas a religião, a economia, as tradições, a política, e assim por diante, sem conceber determinismos e positivismos em sua análise, com o que, alinha-se o autor deste texto.
 

 

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  • Fernando Fabbrini
  • 29 Novembro 2019

Aguardem, na grande imprensa nacional, mais um grande silêncio. Será o mesmo silêncio escandaloso adotado pela maior parte dos jornalistas quando da tortura, assassinato e esquartejamento do menino Rhuan Maycon, acontecido meses atrás.

As criminosas foram Rosana Auri da Silva Candido, mãe de Rhuan, e sua companheira Kacyla Priscyla Santiago Damasceno. A existência do garoto representava um empecilho ao relacionamento delas. Após humilhações inomináveis impostas ao menino – do tipo vestir-se com roupas de mulher e fingir-se de “menina” – ele teve seu pênis decepado, olhos perfurados e foi finalmente decapitado (provavelmente, segundo os legistas, ainda vivo) e jogado numa cova rasa.

Agora, em Nova Marilândia, cidade mato-grossense próxima à Cuiabá, outro menino de apenas três anos - Davi Gustavo Marques de Souza – morreu após espancamentos perpetrados pela mãe, Luana Marques Fernandes, de 25 anos, e pela companheira dela, Fabíola Pinheiro Bacelar, 22 anos.

Criado pelas duas mulheres, a criança era vítima de maus-tratos há muito tempo, segundo constatação da polícia. O pai, Gustavo de Souza, já havia registrado boletins de ocorrência em julho deste ano denunciando a situação. Ao buscar o menino na escolinha, percebeu que ele apresentava vários ferimentos pelo corpo, incluindo mordidas profundas. Na época, a polícia e as entidades de proteção à infância não tomaram nenhuma atitude prática. E aconteceu o pior.

Davi Gustavo deu entrada no Pronto-Atendimento esta semana já sem vida, levado pela companheira da mãe, com inúmeras escoriações, hematomas pelo corpo e fraturas assustadoras nos ossos da bacia e das pernas. Fabíola deixou-o lá e foi-se embora, sem mais. Apenas declarou que o menino sofrera uma queda. Diante da gravidade do quadro, os médicos acionaram a polícia e chegou-se à apavorante verdade: Davi tinha sido atropelado pela companheira de sua mãe, que esmagou-o com o carro diversas vezes contra o portão da casa. Ambas foram presas.

Repito aqui minha frase inicial: aguardem, na grande imprensa nacional, mais um grande silêncio. Davi é mais uma criança vítima da maldade dos adultos, somando-se à dolorosa estatística de abusos, estupros, maus-tratos contra meninos e meninas que povoam as manchetes do dia. No entanto, assim como no caso de Rhuan, a repercussão será discreta. Ou quase nula.

Surgem novos casais homo afetivos dignos de todo respeito e admiração. Mas ocorrem também as insanidades, as aberrações que devem ser denunciadas, divulgadas e punidas. Tal como Rhuan, Davi era considerado um “estorvo” na vida de duas mulheres. Como no Brasil a indignação agora é seletiva e sujeita às asneiras e modismos do politicamente correto, a notícia será discretamente suprimida nas redações. Muitos jornalistas têm medo de tocar no assunto e preferem calar-se, de pura covardia.

Portanto, em memória de Davi Gustavo Marques de Souza, mais uma criança assassinada por conta dos delírios de dois adultos – vejam só - “em nome do amor”, faço questão de registrar o fato, pelo menos aqui no nosso Dom Total.

*Fernando Fabbrini é roteirista, cronista e escritor, com quatro livros publicados. Participa de coletâneas literárias no Brasil e na Itália e publica suas crônicas também às quintas-feiras no jornal O Tempo.  

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  • Gilberto Simões Pires em Ponto Crítico
  • 27 Novembro 2019

GUEDES EM WASHINGTON
Ontem, o ministro Paulo Guedes, que está em Washington para participar do -Fórum de CEOs Brasil-EUA-, na entrevista coletiva que concedeu a jornalistas do mundo todo foi questionado sobre as PROVOCAÇÕES TERRORISTAS que vem sendo feitas pelo ex-presidente Lula (vários vídeos que circulam nas Redes Sociais provam o TOM INCENDIÁRIO manifestado pelo bandido número um do Brasil).


RESPOSTA DE GUEDES
Guedes respondeu dizendo exatamente o seguinte: - " É irresponsável chamar alguém pra rua agora pra fazer quebradeira. Pra dizer que tem que tomar o poder. Se você acredita numa democracia, quem acredita numa democracia espera vencer e ser eleito. Não chama ninguém pra quebrar nada na rua. Ou DEMOCRACIA é só quando o seu lado ganha? Quando o outro lado ganha, com dez meses você já chama todo mundo pra quebrar a rua? Que responsabilidade é essa? Não se assustem então se alguém pedir o AI-5. Já não aconteceu uma vez? Ou foi diferente?"
Ao concluir, Guedes disse o seguinte -apenas o seguinte-: "Levar o povo para rua para quebrar tudo é estúpido, é burro, não está à altura da nossa tradição democrática".


REAÇÃO DE DIAS TOFFOLI
Veja agora a pronta, mas nada surpreendente, reação do péssimo e odiado presidente do STF, ministro Dias Toffoli: -"O AI-5 é incompatível com a democracia. Não se constrói o futuro com experiências fracassadas do passado".
Observem que além de todos os males que já fez, e outros tantos que promete fazer ao nosso empobrecido Brasil, Toffoli ainda se esmera em dar as mais claras e evidentes mostras do quanto detesta a tal DEMOCRACIA que se referiu. Que tal?


FASCISTA
Como se vê, e isto não é novo, Lula, assim como toda turma da esquerda, entendeu como NORMAL E DEMOCRÁTICO promover desordens de todo tipo, tamanho e sabor. E quem não tolera este comportamento tipicamente incendiário e, portanto, NADA DEMOCRÁTICO, é imediatamente rotulado de -FASCISTA-. Pode?


NOVO BRASIL
Pois, da minha parte e de todos aqueles que querem um NOVO BRASIL, a ordem é afastar, de uma vez por todas, com esta ideia de que falar em -AI-5-, além de TABU é considerado algo muito ruim para o nosso país. Ruim e francamente danoso é permitir que os bandoleiros destruam os avanços recentemente conquistados, que decididamente, podem tirar o Brasil da UTI que os petistas construíram e desenvolveram com carinho.

 

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  • Alex Pipkin PhD
  • 27 Novembro 2019


 

A graça do mundo civilizado é que ele evoluiu por meio de uma série de ordens espontâneas!

Conseguimos sair do enclausurado período tribal e da barbárie para viver, em cada contexto social, em condições mais civilizadas.

A independência da América do Norte, em 1776, foi e é, sem dúvida, traumática para as populações indígenas!

No entanto, os pais fundadores da América, com a sensata visão de mundo e de futuro, estabeleceram uma matriz institucional que desde lá, transformou os estados americanos num ambiente democrático, livre e numa pujante economia de mercado, pondo em relevo o papel do indivíduo livre!

Basta analisar o processo de ascensão social de imigrantes que lá chegaram de todos os cantos do mundo.

Surpreende-me sobremaneira a parcialidade com que alguns colunistas de jornais tratam dos fatos e elaboram comparações aberrantes.

Exemplo emblemático neste sentido é o romancista Luis Fernando Veríssimo.

O Sr. Veríssimo alega que o legado da lei na América é a lei como instrumento de enrolação.

Lá, Sr. Veríssimo, a instituição formal da lei, e especialmente às instituições informais na sociedade, sempre privilegiaram o processo de inclusão social.

Não, Sr. Veríssimo, lá se tem instituições inclusivas, em que existem menos e verdadeiras leis, estáveis, que devem ser cumpridas, não havendo tolerância para o seu descumprimento.

Como as paixões ideológicas são capazes de perverter a realidade do sistema legal americano! Sem dúvida, o mais eficiente do mundo, que pode ser tudo menos enrolado.

Já aqui no país do pau Brasil, sem dúvida, com a brutal matriz institucional extrativista, formal e informal, no país da impunidade, a lei serve como instrumento de enrolação!

ilhares de regulamentos, feitos para que os amigos do rei, com recursos de todos os níveis, burlam-nos tranquilamente de acordo com seus vis interesses.

No Brazil, a lei e o julgamento dos ministros togados escolhidos pelos próprios poderosos, variam de acordo com os interesses mancomunados entre o excelso ministro e o conhecido réu-infrator!

Aqui, Sr. Veríssimo, a lei e outras instituições extrativistas servem para manter o Estado de compadrio eficiente para poucos e dar a graça do pão e circo não só para os indígenas, mas para todo o conjunto de indivíduos "comuns".

A propósito, que juridiquês rebuscado, ininteligível, mentiroso e hipócrita, que baita "enrolation" que se utilizou para livrar o condenado ex-presidente das grades!

Não concorda, caro Sr. Veríssimo?

Alex Pipkin, PhD

 

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  • Stephen Kanitz
  • 25 Novembro 2019

 

23/11/2019


Marx não foi um gênio, foi um filósofo medíocre, queria ser professor de Filosofia, mas nunca foi convidado.

Foi um jornalista também medíocre, óbvio, sequer estudou jornalismo e quebrou vários jornais que criou.

Escreveu um livro que nem o título acertou.

Deveria ter sido "O Ativo Produtivo" e nao "O Capital".

Meios de produção são Ativos e não um Passivo aos acionistas.

Nunca passou pela cabeça de nenhum Marxista, por que aparece "Capital Social" nos demonstrativos capitalistas, que a maioria nem sabe ler.

É Social porque o Capital Social, uma vez investido na empresa, não mais pertence aos acionistas e sim à Sociedade Limitada ou Anônima.

Capital Social(ista) sim, a grana somente retorna se a empresa encerrar. Se quebrar, os acionistas dançam.

E por 200 anos ninguém sequer ficou curioso com essa "contradição do Capitalismo"?

"O Ativo Produtivo" foi um livro de mentiras e erros metodológicos, mas que caiu como uma luva para a Quarta Classe.

O livro só ficou popular porque Marx dizia justamente o que a Quarta Classe queria ouvir.

Uma justificativa para tirar recursos financeiros dos mais produtivos para os mais espertos, eles, usando a violência revolucionária.

Isso é muito comum na história dos livros famosos.

Não são obras primas da ciência ou do processo analítico.

São simplesmente "narrativas" inventadas que agradam o público leitor.

A industrialização trouxe de fato uma série de mudanças de hábitos impopulares, que nem todos aceitavam.

Primeiro a pontualidade, que antes nunca existiu.

Antes, todos trabalhavam nos seus teares em casa, na hora em que bem entendessem.

Uma fábrica inglesa só começava se 95% dos trabalhadores chegassem no mesmo horário, daí a pontualidade britânica.

Mas daí, atacar e querer destruir o sistema, esquecer o que realmente aumenta a produtividade são os ativos, os meios de produção, que pertencem a todos enquanto empresa e não aos acionistas?

Nossos intelectuais são muito ignorantes sobre como as empresas funcionam.

Antigamente os trabalhadores acordavam a hora que queriam, o dono idem.

Começavam a fazer artesanato a hora que queriam.

Podiam brincar com os filhos, cortar uma linguiça, ir para o banheiro quando precisassem, era outra vida.

A cooperação humana se chama cooperação humana por uma razão.

Só assim aumentamos a produtividade e tiramos bilhões da pobreza.

As crianças que Karl Marx demoniza, eram órfãos que morriam aos 18 anos limpando chaminés. Agora tinham trabalho salubre, que simplesmente exigia enrolar com o dedo dois fios quebrados.

Mães solteiras eram condenadas à prostituição, mas com a mecanização, que não exigia força bruta, substituíram os homens, um insulto na época.

Marx jamais conduziu uma pesquisa, entre jovens de 16 anos e mães solteiras de 18 anos, se estavam mais felizes.

Só ouviu aqueles que eram contra a cooperação humana, pontualidade britânica, e emprego de mulheres e jovens de 16 anos chamados de "crianças".

 

*Publicado originalmente em https://blog.kanitz.com.br/industrializacao/

 

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