(Publicado originalmente em http://www.diariodopoder.com.br/noticia.php?i=64904207534)

A Justiça Federal rejeitou o arquivamento da investigação sobre supostas ameaças ao juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, ditas publicamente pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, durante manifestação na Avenida Paulista. “Nós vamos nos livrar do Moro”, disse Freitas, na ocasião, 18 de março.

Sob argumento de que as palavras do sindicalista representam liberdade de expressão exercida em meio a paixões políticas, a Procuradoria decidiu dar um fim na apuração. Mas o Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal Federal, não concordou com a medida e mandou enviar o caso para apreciação da Procuradoria-Geral da República, conforme prevê o artigo 28 do Código de Processo Penal.

Os ataques a Moro foram realizados pelo presidente da CUT em 18 de março. No palanque montado na Paulista também estavam o ex-presidente Lula e o prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT). Dias antes, Lula havia sido alvo da Operação Aletheia, desdobramento da Lava Jato que pegou o ex-presidente no grampo com a então presidente Dillma, ministros, políticos e com o próprio líder da CUT.

“Um golpe, um juiz de toga, acha que pode substituir o voto”, disse Vagner Freitas. “Juiz é pra julgar, quem manda somos nós, que temos voto. Não podemos ter a ditadura do Poder Judiciário. Não podemos ter o que o Moro fez.” Em seguida. “Quero lhe dizer presidente Lula, que o Moro não grampeou o Lula e a Dilma, o Moro grampeou a democracia. O Moro grampeou o Estado de direito. O Moro grampeou o Brasil. E nós vamos nos livrar do Moro”. O evento foi filmado e postado no canal de vídeos do Youtube.

O juiz ressalta que ‘as palavras não foram pronunciadas por pessoa simplória ou parva, mas propagadas por uma liderança expressiva, presidente da maior entidade de representação sindical brasileira’.
 

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CONVIDADO DE HONRA?

Percival Puggina

13/09/2016

 

 A nova presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, fez um belo discurso de posse. Como são belos certos discursos de posse! É muito mais fácil fazer um bom discurso lecionando a audiência do que, depois, exercitando o que se discursou. Ela abriu sua fala "quebrando o protocolo", no dizer da mídia, com uma saudação ao povo brasileiro, soberano de todos os poderes constituídos e destravou o gatilho para o enfrentamento da corrupção. Beleza!

 Bem perto dela, confortavelmente instalado numa das poltronas mais bem posicionadas, sentado imediatamente atrás dos ministros Toffoli e Gilmar Mendes e ao lado de José Sarney, o ex-presidente Lula a tudo ouvia e assistia como quem carregasse na alma as seriedades do mundo. Lula, cujo nome tem o dom da onipresença quando se trata de denúncias de corrupção. Lula, aquele de quem se fala quando o assunto é Lava Jato, Curitiba e Sérgio Moro. Lula do vocabulário pouco asseado e dos costumes dissolutos. Lula, que na véspera fora objeto de gravíssima revelação feita pelo publicitário Marcos Valério, era convidado de honra da presidente que tomava posse.

 Não se diga, em favor da ministra, que é de protocolo convidar os ex-presidentes da República. Não há sentido algum em ocorrer posse no órgão máximo do Poder Judiciário e uma simples olhada no ambiente trazer à lembrança o samba de Moreira da Silva. Se alguém gritar pega ladrão haverá um esparramo na sala. Mas assim é o Brasil.
 

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QUEREM VENEZUELIZAR O BRASIL

Renato Sant'Ana

10/09/2016

 

(Publicado originalmente em www.alertatotal.net)

Marcelo Rodrigues, presidente da CUT-RJ, escancarou: a greve geral dos bancários, deflagrada em 06/09/16, tem por objetivo "incendiar o país contra Michel Temer". Com sua peculiar incapacidade de sentir constrangimento (característica burilada na personalidade dos que são amestrados para serem "revolucionários"), ele proclamou: "Eu tenho o maior orgulho de estar na assembleia que vai dizer que nós vamos mudar o rumo desse país. E que esses golpistas de merda vão ser relegados ao lixo da história."

Ora, "mudar o rumo desse país" é só mais um clichê vulgar, como tantos outros que compõem o repertório de palavras de ordem usado pela banda raivosa da esquerda. De qualquer modo, não é coisa de se "deixar pra lá". Com efeito, é indispensável compreender qual é o "rumo" para o qual a Central Única dos Trabalhadores (CUT) quer empurrar o Brasil.

Já não é segredo que a meta da CUT é implantar o socialismo no país. Antes, seus militantes ainda escondiam suas verdadeiras intenções. Hoje, não. Também não é mais segredo que a CUT faz parte do nefasto Foro de S. Paulo - muito embora boa parcela dos que engrossam as "manifestações" da CUT ainda negue a existência do tal Foro, dizendo que é tudo "teoria da conspiração". Uns negam de má-fé, mas outros por genuína ignorância.

Rumo infeliz

O país em que mais amplamente foram concretizadas as diretrizes do Foro de S. Paulo (o socialismo bolivariano) é a Venezuela. Como ficou? De uns quantos anos para cá, embora tendo as maiores jazidas de petróleo do mundo, a Venezuela enfrenta uma carestia que não cessa de piorar: faltam alimentos, remédios, produtos de higiene e limpeza - itens mínimos de subsistência vão desaparecendo e agravando o desespero da população.

Indissociável do desastre político do chavismo - regime que afronta as liberdades individuais, que persegue, aprisiona e tortura opositores, que impede a atuação da imprensa, que traz o judiciário e o ministério público a cabresto -, a tragédia econômica da Venezuela (com a mais elevada inflação do mundo, em torno de 700%) é bem retratada na falta de caixões para enterrar os mortos. Desde 2014, o alto custo e a escassez de materiais vêm obrigando a indústria a fabricá-los de madeira barata e até de papelão. Ainda assim o preço é cada vez mais proibitivo para as condições dos venezuelanos. Há famílias que alugam caixão apenas para o velório, devolvendo-o depois para reaproveitamento. Quem não pode, enterra o parente em caixão de papelão.

Persistência no rumo do desastre

"A greve é por tempo indeterminado. Vamos para luta, convocando mais do que bancários e bancárias, todos os trabalhadores, a vir para rua para dizer 'Fora, Temer'", diz Marcelo Rodrigues, simulacro de Mussolini.

Por todo o Brasil, há um sem-número de sindicatos filiados à CUT, que usam os trabalhadores como massa de manobra para (a) infernizar a vida de qualquer governo que não seja socialista e (b) favorecer políticos de extrema-esquerda. Em 2016, professores municipais de Porto Alegre (além doutros servidores) fizeram uma greve de 38 dias. Para quê? Para
alavancar a candidatura da comunista Luciana Genro (por sinal, defensora do regime venezuelano). Quem responderá pelo prejuízo de milhares de estudantes da rede municipal que ficaram sem aulas por 38 dias (o que jamais será devidamente recuperado)? Para a CUT e seus vassalos isso não importa: os fins justificam os meios.

Também em 2016, o CPERS - sindicato que congrega professores da rede estadual gaúcha - realizou uma longa greve, a exemplo do que fez nos 36 anos anteriores. Sim, desde 1979, não houve um ano em que o CPERS não tenha feito greve. É certo que sua agressividade arrefeceu nos governos do PT. Nos demais, tem sido flagrante seu empenho em subverter a ordem. Ainda que possam ter reivindicações legítimas, Professores prestam-se como massa de manobra, e o resultado é UM VERDADEIRO GENOCÍDIO CULTURAL!

Jamais os alunos recuperam efetivamente os dias de aula perdidos. Que Estado da federação terá um índice de analfabetos funcionais tão alto quanto o do Rio Grande do Sul?

É o "rumo", a "luta", as "conquistas", é o cenário que os socialistas estão engendrando no país. É a indisfarçável tentativa de venezuelizar o Brasil.

Oh, a nossa cordialidade...

Mas esses vândalos ideológicos não são tão numerosos assim. Como conseguem, então, fazer tanto estrago? Ora, maior é o número das pessoas que, embora rejeitando as práticas abusivas da CUT, não adotam nenhuma atitude concreta de repúdio. Fica, pois, muito fácil: o caminho dos maus é pavimentado com a omissão dos bons. Fazer o quê?


* Psicólogo e Bacharel em Direito.

 

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Leio no site do UOL:

Dois integrantes da equipe de reportagem do UOL em Brasília foram agredidos por manifestantes anti-Temer durante a cobertura de protestos na capital federal nesta quarta-feira (7).

O repórter Leandro Prazeres e o cinegrafista Kleyton Amorim entrevistavam uma mulher de um grupo que se manifestava em favor de intervenção militar no Brasil quando foram abordados por outro grupo de manifestantes, que protestavam contra o presidente Michel Temer. O grupo pró-intervenção estava sendo hostilizado pelos ativistas contrários a Temer, que tentaram, então, impedir a entrevista. Um manifestante empurrou o repórter. Também foram arremessadas garrafas de água mineral contra Prazeres, sendo que uma delas atingiu seu rosto.

Leio em Zero Hora:

Um vídeo divulgado pelo Ministério Público, ontem, mostra com mais detalhes a confusão que envolveu o advogado Mario Rogério Siolva dos Santos, 51 anos, e três policiais militares, durante protesto em Caxias do Sul, na Serra. As imagens revelam que o advogado desferiu uma cabeçada no sargento Paulo Roberto da Silva Wentz, 45 anos, antes de ser agredido a golpes de cassetete - versão sustentada desde o início pela Brigada Militar.

Comento:

Sucedem-se em todo o país manifestações de pequenos grupos, agressivos e intransigentes, fazendo uso da violência para expressar sua inconformidade. Sua conduta é nitidamente fascista e golpista. Querem derrubar o presidente legitimamente eleito na chapa que venceu o pleito de 2014, mas não agem pela via constitucional. Preferem tumultuar o país e a ordem pública. Como sempre fizeram quando na oposição.
 

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Citada 72 vezes só por um delator, Lava Jato deve investigá-la.

Redação de Diário do Poder

APESAR DE INDÍCIOS, ELE NÃO PODIA INVESTIGÁ-LA ENQUANTO PRESIDENTE

Ao ser destituída por 61 senadores representando mais de 83 milhões de votos, Dilma Rousseff perdeu o foro privilegiado e está sujeita agora ao juiz Sérgio Moro, até há pouco impedido de investigá-la. Dilma foi citada gravemente por 11 delatores da Lava Jato, incluindo seu ex-líder do Governo no Senado, Delcídio Amaral, que a denunciou por 72 vezes. Logo Dilma poderá não ter motivos para alegar que é “honesta”. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

O artigo 86 da Constituição determina que só se pode investigar Presidente por crime cometido no mandato. Esse impedimento caiu.

Somente Lula, com 136 referências de delatores, é mais citado que Dilma na revelação das safadezas investigadas pela Lava Jato.

A ex-presidente foi denunciada por duas vezes, no Supremo Tribunal Federal, pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Janot denunciou Dilma por obstrução à Justiça, ao nomear Lula e até um ministro para o STJ que livrasse da cadeia ladrões da Petrobras.

 

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Todo cidadão honesto deste país há de estar estupefato com o desfecho do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Malgrado o fato de que a petista finalmente teve seu mandato cassado, levando alívio ao País, tão maltratado pela incúria administrativa e pelo desleixo moral da agora ex-presidente e de seu partido, um punhado de notórios personagens da vida política – desses que não se consegue identificar bem na escala biológica, porque são ao mesmo tempo animais de pluma, couro e escama – aproveitou a deixa para urdir uma maracutaia digna de uma república bananeira. O objetivo, claro, foi beneficiar todos os políticos facínoras que a Justiça está por alcançar. Mas o resultado da trama, do qual essa chusma de irresponsáveis talvez nem tenha se dado conta, é que o governo de Michel Temer, do qual vários deles esperam fazer parte e colher seu quinhão, corre o risco de terminar antes mesmo de começar (ver o editorial Dá para olhar para a frente?).

Como toda maquinação, esta não ficou clara senão pouco a pouco, minuto a minuto, para assombro geral, em meio ao drama da votação que determinou o impeachment de Dilma no Senado. As coisas ficaram meridianamente claras quando a bancada do PT fez ao presidente da sessão, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, um pedido de destaque por meio do qual pretendia que houvesse duas votações: uma sobre a perda do mandato e outra sobre a perda dos direitos políticos de Dilma. O argumento, mais um da inesgotável coleção de chicanas petistas, era que não havia vinculação entre a cassação e a inabilitação.

Tivesse o ministro Lewandowski um mínimo de familiaridade com o artigo 52 da Constituição, o pedido teria sido rejeitado sem maiores considerações. Esse artigo, que estabelece a competência do Senado para processar e julgar o presidente, diz em seu parágrafo único que a condenação, proferida por dois terços dos votos dos senadores, será limitada "à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis". Salvo se o uso da preposição "com" ganhou significado oposto ao que manda a boa gramática, não é possível concluir outra coisa desse artigo senão que a inabilitação para o exercício de cargos públicos acompanha, necessariamente, a perda do cargo de presidente.
O fato é que aqueles que tramaram a cavilação estavam no seu dia de sorte. O ministro Lewandowski, não conhecendo o artigo 52, aceitou o destaque que fatiou a votação. E assim, com a inocente anuência do presidente do Supremo Tribunal Federal, a Constituição foi reescrita no joelho.

Adotada a escandalosa manobra, senadores revezaram-se em vexaminoso exercício de caradurismo para dar um mínimo de dignidade à esbórnia. A senadora Kátia Abreu, por exemplo, apelou à piedade dos colegas, ao dizer que Dilma, se ficasse inabilitada, teria de viver com uma aposentadoria de meros R$ 5 mil. Já o presidente do Senado, Renan Calheiros, cujas digitais estão por toda a parte nesse caso, brandindo um exemplar da Constituição, disse que "não podemos ser desumanos" com Dilma. O ministro Lewandowski, com ternura cristã, alertou os parlamentares que Dilma, se fosse inabilitada, não poderia ser "nem merendeira de escola".

Assim, o impeachment de Dilma passou, mas seus direitos políticos foram preservados. A punição pela metade não garantirá a Dilma um emprego de merendeira, mas se presta a livrar plumas, couros e escamas de figuras graúdas do Congresso que estão enroladas na Justiça, algumas das quais com assento nas mesas que dirigiram os trabalhos desse processo e que deveriam estar conscientes de sua responsabilidade perante a Nação.

Trinta e nove senadores que garantiram os direitos políticos da ex-presidente comprovaram que o brasileiro não tem "complexo de vira-latas" por causa das vicissitudes do futebol, mas porque é reduzido a essa condição por políticos agrupados em matilhas.

Essa imoralidade abre precedente para uma catadupa de escândalos. O que aconteceu ontem não foi motivo apenas para que o PSDB e o DEM ameaçassem romper a coalizão com o governo Temer, comprometendo todo o esforço de recuperação nacional. Trata-se de um episódio que expõe a inesgotável capacidade da classe política nacional de trair a confiança dos brasileiros de bem.

 

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