Gélio Fregapani

16/12/2008
Vimos com satisfa?, a coragem do Min. Marco Aur?o. Espera-se que fa?um arrazoado completo do perigo que corre o Brasil de esfacelar-se em na?s ?icas, ind?nas e quilombolas, e quem sabe japonesas, italianas, alem? polonesas e o que mais for, deixando de ser uma na? para permanecer apenas uma refer?ia geogr?ca, assim como Pindorama, a terra das palmeiras, abrigando mir?es de pequenas “na?s” tupis, tapuias, g? nu-aruaques e outras tantas que nem a Hist? guardou o nome. O julgamento ser?etomado no ano que vem. O resultado s?r?evertido, mesmo que os votos do Presidente e dos Ministros mais antigos sejam pela unidade territorial, se tr?dos ministros mudarem seus votos -, Disto existe uma t?e esperan?dos votos do min. Peluso, o qual curvou-se a opini?da maioria mas demonstrou conhecer o problema, e do min. Direito, que tamb?entendeu o perigo para a Na?, mas ainda n?atinou que ?as povoadas exclusivamente por grupos distintos do conjunto nacional estar?sempre em perigo de secess? Mais t?e ainda seria a esperan?de revis?do voto do min. Joaquim Barbosa que pareceu desconhecer totalmente as implica?s da ?a cont?a. Mesmo que convencido pelos argumentos que esperamos do Min. Marco Aur?o, parece-nos que faltaria coragem moral para voltar atr? Seria demasiado otimismo tamb?esperar mudan?nos votos das ministras, ainda que a min. Hellen Gracie tenha, em ?cas anteriores, demonstrado sensibilidade para com o perigo para a unidade nacional. Imposs?l mesmo ?sperar uma mudan?de opini?dos min. Ayres de Brito, Eros e Lewandovski. Estes, seja por ideologia ou por qualquer outro fator, empenham-se pela conserva? das desproporcionais ?as ind?nas na fronteira, cont?as a mesma etnia do outro lado, aparentando n?conhecer que isto tende a desmontar sua pr?a P?ia– ou quem sabe, n?se importar com isto. Um deles chegou a afirmar que at?eria vergonhoso para as nossas For? Armadas, estar-se alegando riscos ?oberania Nacional. N?foi sem prop?o o imediato aplauso de ONGs internacionais - espi?- e do norte-americano James Anaya, relator da ONU para os direitos dos povos ind?nas, que aqui j?stivera, na primeira fase do julgamento. Em face da probabilidade de derrota nacionalista no STF podemos tra? o cen?o prov?l do que acontecer?o nosso Pa? Uma convuls?social, arriscando a desintegra? ou a novo tipo de governo. Na Raposa, muito mais do que a resist?ia dos fazendeiros, pode-se esperar o conflito entre grupos ind?nas. A maioria, contr?a a sa? dos n??ios, se sustentava com seus empregos nas fazendas ou com o arroz que ganhavam e ainda com os peixes colhidos nos canais de irriga?. Sem cair gr? nos canais, os peixes desaparecer? Ali? tamb?desaparecer?os canais juntamente com a produ? de arroz. Muitos ?ios me confidenciaram: “se os arrozeiros forem expulsos, ainda ter?meios de se manter, mas n?ndios, passaremos fome” Em todo o Pa?j? grande a revolta contra a agenda indigenista-ecol?a orientada de fora do Pa? que acaba travando a produ? e acaba com os empregos, empurrando a popula? para a marginalidade. Com a crise mundial rondando os calcanhares da nossa fr?l economia, o aumento do desemprego tender? criar condi?s para uma revolta popular no campo, cuja espoleta poder?er uma rea? em Roraima, no Mato Grosso do Sul ou qualquer outra regi?onde a cria? de reservas ameace acabar com grande n?o de empregos. O alcance e conseq?ias dessa revolta s?dif?is de estimar, mas ser? oportunidade de diversos grupos elevarem suas reivindica?s ao absurdo, sejam de ?ios , de quilombolas ou de sem-terras. No caso particular das mineralizadas terras ind?nas da fronteira com a Venezuela, j?abemos de que pa?s estrangeiros receber?incentivos e apoio. Entrando o campo em convuls? espera-se o caos nas grandes cidades, onde o desemprego tender? ser mais atroz. O banditismo s?de aumentar com o desespero dos desempregados e dos refugiados dos campos e pode ressurgir a amea?dos sem-teto. A popula?, desarmada e inicialmente inerme, tender? se organizar em grupos de auto defesa e a perder os ?mos tra? de respeito pelas leis e pela autoridade. Os apelos ?For? Armadas ser?cada vez mais fortes, podendo at?er o in?o de um filme ao qual j?ssistimos Ningu?deseja que este cen?o aconte? nem mesmo os ministros que deram seu voto, inconseq?emente, nesta dire?, mas at?gora n?errei em nenhuma das previs?que profissionalmente tive que fazer na ABIN. Deus queira que nesta eu esteja errado. *Coronel

Arthur Chagas Diniz

16/12/2008
O encontro** que reunir?nos pr?os dias, 33 chefes de Estado da Am?ca Latina e do Caribe (na Bahia) dever?er como estrela o presidente equatoriano Rafael Correa. Ele, que j?nformou ao Brasil que n?pagar? d?da com o BNDES, parte agora para uma opera? bem mais ampla: Correa se nega a reconhecer juros do b? Global 2012, d?da esta emitida em 2000, no governo Noboa. As alega?s de Correa partem, como sempre, da suposi? (provavelmente correta) de que as autoridades equatorianas que assinaram os contratos o fizeram com dolo. A auditoria que mandou realizar nas contas padece de um desvio ideol?o irrevers?l, pois, entre seus membros, figura um historiador argentino e uma brasileira de vi?esquerdista, a funcion?a da Receita Federal do Brasil, Maria L? Fatorelli Carneiro. ?muito poss?l que tenha existido uma vasta corrup? na contra? dos empr?imos e no reescalonamento da d?da. Os culpados s? certamente, os hermanos equatorianos, sem os quais seria imposs?l a contra? das d?das nos moldes em que foi feita. A primeira provid?ia de quem reclama deve ser processar seus delegados na assinatura dos contratos e deles reaver, pelo menos, a taxa do suborno porque, afinal, os respons?is pela contra? da m??) d?da s?os corruptos. Se essa doutrina pegar, vai ter gente se co?do no Brasil e no resto da Am?ca Latina, j?ue, embora o prest?o brasileiro no ?ice de corrup? da Transpar?ia Internacional seja dos mais altos do mundo, os hermanos n?devem ficar muito atr? * Presidente do IL

Osmar José de Barros Ribeiro

16/12/2008
Um governo fraco, um governo que carece de autoridade, deixa de cumprir a sua fun? e ??imoral quanto um juiz corrupto, um soldado covarde ou um professor ignorante. (Samuel P. Huntington) A sociedade, em todos os n?is, reclama da crescente viol?ia que, ap?ssenhorear-se dos grandes centros, j?ai se espraiando, de forma cada vez mais acelerada, para as cidades de m?o e mesmo de pequeno porte. Estaremos deixando de ser uma coletividade fundada no respeito ?ei e caminhando para uma outra, constru? com base na viol?ia, na vingan? na lei do mais forte? Em uma mera “Terra Habitada”, como vaticinou o grande advogado brasileiro Sobral Pinto? Quais seriam as causas dessa epidemia? Sem d?a alguma, as drogas, as quadrilhas, a pobreza, e outros males, s?ingredientes que resultam nessa mistura explosiva. Mas, seriam apenas estes? O enfraquecimento dos la? familiares e religiosos, a permissividade, o comportamento desregrado de algumas “celebridades televisivas” expostos diariamente pela m?a, assim como a mostra da viol?ia gratuita em filmes e v?os, tamb?n?estariam contribuindo com sua cota para esse quadro desalentador? E o que dizer dos exemplos de fraqueza e de tibieza dos maiores da Rep?ca, na aplica? dos princ?os da Autoridade e da Lei no exerc?o de suas obriga?s constitucionais? A grande verdade ?ue ?alta de exemplos sadios a na? est?cada vez mais, a merc?e grupos pol?cos e de interesses esp?s que em nada t?contribu? para seu engrandecimento, com destaque para a pr?ca do acobertamento de il?tos penais, a partidariza? do servi?p?co, o revanchismo injustificado, o conflito entre os ?os de seguran? as barretadas a grupos ideol?os que agem ao arrepio de toda e qualquer legisla?, a toler?ia criminosa ao aumento da viol?ia e ?ei do mais forte, no campo e nas cidades e, o mais grave, o evidente descaso e a busca de diminui? da import?ia das For? Armadas no contexto nacional. ?preciso ressaltar que estes maus exemplos n?come?am no atual governo, muito embora nele tenham atingido alturas nunca vistas anteriormente. Se ao tempo do FHC teve in?o a premia? de terroristas, no atual estamos assistindo ?ersegui? odiosa ?eles que, quando dos governos militares, arriscaram a sua vida e a de seus comandados, para evitar que nosso pa?viesse a se tornar numa enorme Cuba. Hoje em dia, os homenageados e premiados com indeniza?s milion?as s?os que, um dia, se levantaram de forma violenta contra a Lei e a Ordem estabelecidas. A manifesta? mais recente dessa idiossincrasia mental que acomete nossas lideran? pol?cas encontramo-la, h?oucos dias, na inaugura?, em pra?p?ca, e com palavras elogiosas do Presidente, da est?a de um marinheiro, suposto l?r de um motim que, al?de assassinar cruel e covardemente muitos dos seus oficiais, bombardeou a cidade do Rio de Janeiro, causando a morte de civis inocentes. Enquanto isso, as coisas que devem ser encaradas com seriedade em defesa do interesse nacional, s?deixadas de lado, entregues a ONGs internacionais (a maior delas a pr?a ONU) que ditam, diretamente ou atrav?prepostos, as leis que devem reger o desenvolvimento da Amaz?, que proclamam a exist?ia de “povos” e “na?s” ind?nas e que s?obedecidas, com singular presteza, por v?os ?os governamentais. A maior prova desse desinteresse ?ausa p?ca e ?oberania nacional, ? desaten? com que est?endo tratada a quest?do reaparelhamento das For? Armadas e do desprest?o que lhes est?endo conferido, fatos que t?dado margem a que pa?s vizinhos se d? o direito de questionar nossos interesses, a fazer t?a rasa de tratados assinados e de perseguir brasileiros que neles residem e trabalham, sem uma rea? ?ltura das nossas autoridades. E assim, desgastada a autoridade maior, o mal se espraia para os escal?menores. N?ser?om id?s “politicamente corretas” que um novo rumo ser?ado ao Brasil. H?ue ser restabelecido o princ?o da autoridade e isso somente acontecer?uando os respons?is maiores pelos destinos da Na? convencerem-se de que, somente com exemplos de autoridade moral, de obedi?ia ?ei, de cumprimento do Dever, ser?oss?l restabelecer a Ordem e, com ela, alcan?mos o Progresso. A na? brasileira est?arente de Autoridade! ***

http://notalatina.blogspot.com

16/12/2008
?com imensa alegria que o Notalatina divulga, em primeir?ima m? a funda? de uma organiza? que re?intelectuais, acad?cos, juristas, escritores e estudantes de v?os pa?s da Am?ca Latina, em defesa da democracia e da liberdade em nossos pa?s. E com muita honra anuncio que eu e o meu amigo Heitor De Paola somos os representantes do Brasil nesta organiza? que se chama “Uni?de Organiza?s Democr?cas da Am?ca” – UNOAM?ICA. A iniciativa da cria? desta entidade partiu de Alejandro Pe?sclusa, meu dilet?imo amigo presidente da ONG Fuerza Solidaria, da Venezuela (da qual sou representante no Brasil), que h?nos viaja pelo mundo denunciando os ardis do Foro de S?Paulo e tentando agrupar pessoas que estivessem dispostas a fazer frente ao avan?do comunismo em nosso continente criando um “Anti-Foro de S?Paulo”. Finalmente a Federaci?erdad Colombia encontrou as condi?s prop?as para organizar o evento que ocorreu neste fim de semana, dias 13 e 14 de dezembro em Bogot?Col?a. Eu e Heitor fomos convidados a nos unir aos representantes dos outros pa?s mas, por problemas alheios ?ossa vontade, n?pudemos participar pessoalmente. Enviamos uma mensagem que foi lida durante o encontro, onde aderimos e assinamos a declara? final, j?a condi? de membros. E abaixo segue a tradu? da nota divulgada por Fuerza Solidaria e a Declara? Final do evento, que d?ma panor?ca do que prop? UNOAMERICA. Em breve divulgaremos outras not?as a respeito desta entidade que j?asce grande e merecedora de respeito, pois tem como presidente, aclamado por unanimidade, o incans?l e abnegado Alejandro Pe?sclusa. Meus parab? a todos os participantes pela escolha e a Alejandro, que Deus o proteja e o Esp?to Santo o ilumine em t??ua tarefa! Fiquem com Deus e at? pr?a! ***** Criam confedera? de ONGs para enfrentar o avan?do Foro de S?Paulo Bogot?14 de dezembro – Foi criada hoje nesta cidade uma confedera? internacional de organiza?s n?governamentais, denominada Uni?de Organiza?s Democr?cas da Am?ca – UNOAM?ICA – cujo objetivo principal ser? defesa da democracia e da liberdade, amea?as pela expans?do castro-comunismo e sua nova vers? o Socialismo do S?lo XXI, atrav?do Foro de S?Paulo. A reuni?fundacional contou com a participa? de delegados e ades?da Argentina, da Bol?a, do Brasil, da Col?a, de El Salvador, do Peru, do Uruguai e da Venezuela. Os delegados denunciaram os m?dos que os integrantes do Foro de S?Paulo usam para destruir as democracias e acabar com as liberdades, utilizando mecanismos como as reformas constitucionais e a fraude eleitoral, para controlar os poderes p?cos e eternizar-se no poder, assinalando particularmente Hugo Ch?z, Evo Morales, Rafael Correa e Daniel Ortega. Do mesmo modo, acusaram a UNASUL de ser um instrumento do Foro de S?Paulo para intervir nos assuntos internos de outras na?s e favorecer a seus membros, como ocorre na Bol?a, onde a UNASUL avalizou a gest?totalit?a de Evo Morales e tergiversou os fatos sobre o massacre de Pando (Informe Mattarollo), culpando injustamente o governador Leopoldo Fern?ez. Tamb?criticaram o intervencionismo de Ch?z, que financia ilegalmente seus aliados, como o fez com Cristina de Kirchner e o faz agora com o salvadorenho Mauricio Funes, da Frente Farabundo Mart?e Liberta? Nacional (FMLN). Segundo indica sua declara? final (ler abaixo em portugu?, a Uno-Am?ca proporcionar?os setores democr?cos do continente um mecanismo de interc?io de informa?, coordena? e permanente apoio m?. Adicionalmente, UnoAm?ca elaborar?rogramas de desenvolvimento e industrializa?, a fim de resolver os problemas de fundo da regi? particularmente o da pobreza, como verdadeiro ant?to ao totalitarismo. UnoAm?ca ser?residida por Alejandro Pe?sclusa, presidente da ONG venezuelana Fuerza Solidaria, que foi eleito por unanimidade, enquanto que a Secretaria Executiva ficar? cargo da Federa? de Organiza?s N?Governamentais Verdad Colombia. Ao finalizar o encontro, os delegados invocaram a guia e a prote? de Deus, para cumprir cabalmente com seus objetivos, e convidaram todas as for? democr?cas da Am?ca a incorporar-se a esta iniciativa. ***** UNIÏ DE ORGANIZA?ES DEMOCRTICAS DA AM?ICA O continente americano atravessa um momento importante. As mais antigas e tradicionais democracias est?amea?as por movimentos de proced?ias duvidosas, como o expansionista Socialismo do S?lo XXI. cr?ca situa? venezuelana se unem, entre outros, o Equador, a Nicar?a e a Bol?a, e na mira encontram-se democracias que resistiram a cair nos encantos do prodigioso tal?de cheques petroleiro de Hugo Ch?z. Fraude eleitoral, expropria? de terras e empresas, persegui? a l?res da oposi?, v?ulos com grupos terroristas, malversa? de dinheiros provenientes de recursos p?cos, censura a meios de comunica?, toler?ia com o narcotr?co e desejos de perpetuar-se no poder, s?algumas das caracter?icas de quem lidera o Socialismo do S?lo XXI. Os principais grupos terroristas do continente se uniram a representantes de governos e partidos pol?cos afeitos a movimentos extremistas, e conformaram um engendro que se conhece como Foro de S?Paulo. Desde sua funda?, a cargo de Fidel Castro, at?eus recentes encontros liderados por Hugo Ch?z, esse Foro se caracterizou por servir de porta-voz dos grupos terroristas para o logro de seus objetivos pol?cos e armados. Preocupados pelo destino dos pa?s do continente, um grupo de analistas e representantes de organiza?s n?governamentais, nos unimos para formular alternativas de solu? frente ?rescente amea?expansionista de movimentos extremistas. Convidamos-lhes a conhecer, por meio de nossa p?na eletr?a, a Uni?de Organiza?s Democr?cas da Am?ca – UNOAM?ICA. Coment?os e Tradu?s: G. Salgueiro

João Luiz Mauad

15/12/2008
“O que ?rudente na conduta de qualquer fam?a particular dificilmente constituiria insensatez na conduta de um grande reino”. Adam Smith Keynes est?ovamente na moda. Por toda parte, h?essoas defendendo enfaticamente que os governos gastem fortunas, ainda que a maioria dos governos mundo afora n?disponha dessas fortunas. Do leigo ao Bispo, do pe?ao empres?o, do gari ?ocialite, do Bush ao Lula, quase n?h?uem duvide de que esta ? f?la da felicidade. A palavra de ordem ?gastar”, ainda que muitas vezes ela venha maquiada pelo eufemismo “dar liquidez”. A quimera do momento ?vitar a recess? custe o que custar. Empresas grandes est?proibidas de ir ?al?ia, desemprego ?ma heresia e o governo deve fazer de tudo para evitar que isso aconte? N?ocorre ?pessoas que essa id? n?faz qualquer sentido, a n?ser para consolidar o extraordin?o poder que os governos j?mealharam ao redor do mundo. N?lhes ocorre, tampouco, que n??egamos onde estamos justamente porque o poder estava superconcentrado, tanto em rela? ?informa?s dispon?is, quanto ao conhecimento necess?o para bem exerc?o. Isso ?itroglicerina pura e far?s coisas ficarem ainda piores no futuro. Est?trocando a dor de uma recess?agora pelo pesadelo de algo muito pior um pouco mais adiante. Escrevi alhures, certa vez, que “a aplica? de ‘anest?cos’ reduz as chances de que o mercado produza seus pr?os anticorpos e, a partir deles, estabele?a dolorosa, por?necess?a, depura?, eliminando definitivamente os focos de infec?. Em resumo, no af?e tentar corrigir as chamadas falhas do mercado, a interfer?ia do governo impede que este mesmo mercado promova a cura mais eficaz e duradoura, embora isso possa exigir alguma dose de sacrif?o a curto prazo”. Conv?lembrar aos adeptos da “Igreja do Santo Leviat?e Todas as Horas” coisas b?cas como, por exemplo: tudo que os governos gastam ?btido atrav?de impostos, empr?imos ou simplesmente emiss?de moeda sem lastro. Se eles fabricam papel pintado, haver?nexoravelmente aumentos de pre? no futuro, o que representa um roubo institucionalizado contra toda a popula?, que perde poder de compra. Se, por outro lado, os governos cobram impostos ou tomam emprestado dos cidad? e empresas, claramente n?haver?nje? de liquidez na economia, uma vez que o dinheiro j?stava circulando no mercado. Na verdade, esta pol?ca de “estimular a atividade econ?a”, n?passa de um tiro no pr?o p?Gastos p?cos s?rvem para distorcer o rateio ?o entre poupan? investimento e consumo, j?ue aumentam este ?mo e desencorajam os dois primeiros. De acordo com a teoria keynesiana, as recess?s?resultado da retra? “exagerada” do consumo. Portanto, se a sociedade est?oupando mais do que seria desej?l – do ponto de vista das mentes iluminadas, evidentemente –, o consumo e as vendas caem, os lucros minguam e produzem desemprego. Aos poucos, isto se transformar?um c?ulo vicioso que s?governo poder?omper. A base da teoria, portanto, ?ue os indiv?os, ao poupar seus recursos “em excesso”, contribuem para prejudicar os n?is de renda agregada da economia. Chamam a isso de “Paradoxo da Parcim?”. Segundo essa estranha l?a, algo que ?en?co para os indiv?os, as fam?as e as empresas de modo geral, ou seja, a parcim? e a prud?ia nos gastos e, conseq?emente, o aumento dos n?is de poupan? ?uim para a sociedade como um todo. Ainda de acordo com esse pensamento, o governo, atrav?de seus agentes iluminados, ?uem sabe qual ? n?l ?o de demanda agregada para que a economia se mantenha sadia. Em resumo, e utilizando as palavras de Mr. Paul Krugman, um dos maiores defensores dessa estrovenga, “a virtude individual pode ser um v?o p?co … tentativas de consumidores de fazer a coisa certa, atrav?do aumento da poupan? pode deixar todos em pior situa?”. Chega a ser engra?o assistir ?mesmas cabe? coroadas que outrora n?cansavam de desancar o excesso de consumo – o famigerado consumismo – dos americanos como insustent?l e perigoso para a economia, fazendo agora o discurso keynesiano e propondo que o governo incentive o consumo daquele mesmo povo como a ?a forma de conter a recess? Como sempre, por tr?de uma teoria macroecon?a, h?ma f?la exata, no caso resumida pela seguinte identidade cont?l: Y = C + I + G + (X-M) Assim, o sofisma do senhor Krugman ganha contornos cient?cos: Se os gastos com consumo (C) se contraem, trazendo com eles os investimentos (I), ent?o PIB (Y) for?amente sofrer?ma redu?, a menos, ?laro, que se aumentem os gastos do governo (G) ou as exporta?s l?idas (X-M). Como o aumento da balan?de com?io num per?o de recess?mundial n?parece tarefa f?l, a ?a alternativa vi?l seria mesmo o aumento dos gastos do governo. Simples, n? A falha dessa “teoria” est?o fato de que a identidade cont?l nada mais ?o que… uma identidade cont?l. No caso, trata-se da f?la utilizada para o c?ulo do PIB. Ela esconde, por exemplo, que quaisquer aumentos em G decorrem necessariamente de redu?s equivalentes nas demais vari?is, principalmente C e I – de onde prov?inevitavelmente os recursos dos impostos e dos empr?imos – a menos, ?laro, que os novos gastos sejam derivados de emiss?de moeda. Como se v?os macroeconomistas de forma geral, especialmente os keynesianos, acham que seus modelos matem?cos e gr?cos possuem vida pr?a, independente das a?s e vicissitudes dos agentes econ?os (seres humanos), os quais, no fim das contas, s?a for?motriz que d?ire? e intensidade ?vari?is econ?as. O racioc?o acima coloca em posi?s antag?as a poupan?e o consumo. ?certo que se algu?resolve poupar cem reais, est?utomaticamente abrindo m?de utilizar o dinheiro para consumo imediato. Ocorre que s?zemos tal op? visando ao consumo futuro. Ningu?poupa por sadismo. Da?orque quem poupa espera ser remunerado pelo sacrif?o, o que ?eito atrav?da cobran?de juros (ningu?mais guarda dinheiro embaixo do colch?. Em outras palavras, o poupador est?azendo um investimento. Na verdade, a poupan?n??utra coisa sen?uma forma diferente de gastar os recursos, no sentido de que n?ser? seu dono quem os gastar?iretamente, mas uma outra pessoa (chamada de tomador), que provavelmente utilizar? dinheiro em bens de consumo ou de produ?. Como nos lembra Sheldon Richman, a poupan?pode ser induzida tamb?por for?de incertezas quanto ao futuro, caso em que os indiv?os reduzem seus gastos em bens de consumo sup?luos – produtos cuja demanda ?ais el?ica – no presente, com medo de que os recursos possam faltar-lhes at?esmo para o consumo do essencial no futuro. Isto geralmente ocorre em ?cas de crise recessiva, quando os n?is de desemprego crescem e, junto com eles, o temor quase generalizado de que o nosso emprego possa ser o pr?o. ?nesta ?ma hip?e que os keynesianos advogam a interven? do governo. S? um probleminha com esse racioc?o. As pessoas passaram a consumir menos, pois havia uma recess?instalada – logo, n?foi a volta da poupan?a causa da recess? Pelo contr?o, aquela ?rovavelmente conseq?ia desta. De acordo com a Lei de Say, a produ? gera o consumo, n?o inverso. Logo, o aumento ou redu? da demanda agregada s?efeitos do crescimento ou da retra? da economia, n?a sua causa. (Infelizmente, esta verdade t?cristalina para qualquer Robinson Cruso?erdido numa ilha deserta continua ainda sujeita a in?os sofismas macroecon?os). Isso muda completamente o enfoque da quest? Nas palavras de Sheldon Richman, “as recess?existem para corrigir a imperfeita aloca? de recursos pelo mercado, normalmente induzidas por pol?cas de governo insustent?is”. A liquida? de maus investimentos, neg?s equivocados e ineficientes geralmente cria desemprego e outras priva?s tempor?as, at?ue a estrutura de produ? volte a estar em linha com as reais prefer?ias dos consumidores. Nesse ?erim, os gastos do governo e suas tentativas de fomentar o consumo de forma artificial s??postergar o realinhamento entre a demanda real e os investimentos (para os quais a poupan??ndispens?l), j?ue esses gastos n?s?guiados pelos sinais do mercado e pela busca de empreendimentos lucrativos. Pelo contr?o, normalmente s?ditados por considera?s pol?cas e por grupos de interesses bem articulados (rent-seeking). Numa economia de mercado, os pre? ditam a produ? e o consumo ao longo do tempo. Os consumidores sinalizam a intensidade de suas prefer?ias presentes e futuras atrav?do incremento ou redu? de suas poupan?, com isso elevando ou reduzindo as taxas de juros. Se o consumidor se retrai e poupa mais no presente, est?inalizando que provavelmente ir?onsumir mais no futuro. O sistema ir?uncionar razoavelmente, a menos que o governo intervenha, deturpando os sinais do mercado, iludindo produtores e distorcendo a aloca? intertemporal dos recursos. Se os governos realmente quiserem fazer alguma coisa para ajudar o processo de recupera? econ?a, que cortem os pr?os gastos e, principalmente, os impostos, deixando de distorcer os sinais de pre? do mercado e encorajando os indiv?os a decidir por si mesmos onde e como aplicar os pr?os recursos, seja poupando, consumindo ou investindo diretamente.

Frei Giribone

14/12/2008
A passagem da anuncia? do anjo nos enche de alegria e emo?. A comunica? de Deus em rela? ao homem se resume em constantes “baixadas” d’Ele em dire? ao homem e “tentativas” diversas do homem chegar at?eus. A principal baixada de Deus acontece na encarna? do Verbo Divino. Ela sempre questionou a hist? e os te?os. Para quem cr?m Deus ?uito f?l entender que nada ?mposs?l para o Criador de todas as coisas. Deus entra na hist? do homem por saber que ele ?ncompetente no recebimento de seu amor infinito. Atrav?do pecado o homem perdeu sua principal identidade de ser filho muito amado de Deus. O pr?equisito para a realiza? da pessoa humana em sua totalidade ? f?em orientada. Ela ?m processo de aceita? do mist?o de Deus em nossa hist?. Maria nos ensina com seu “fa?se” que ?eus quem sabe o que ?elhor para n?Ele tem um projeto que muitas vezes nos questiona, mas s?e tem a vis?total da realidade querendo sempre nos levar a participar de sua felicidade. As pessoas querem inventar argumentos, teorias que s?vam a morte. Quando o homem age pelos seus instintos ele se perde, se animaliza. Quando busca a vontade de Deus pela f?le se diviniza. A crise de relacionamento que vivemos hoje tem como ra?s a falta de f?Da humanidade que quer criar um deus pessoal imagin?o que serve ao seu pr?o ego?o. O grande sintoma desta realidade ? cria? constante de falsas religi?que s?m base no subjetivismo individual. Muitas delas se servem de conceitos crist?, mas n?querem assumir o Cristo como um todo, pois ele vem sempre acompanhado com a Cruz. Um cristianismo sem cruz que s?nsa em prosperidade terren a n??e Deus, mas sim de seu inimigo. Deus se utiliza de Maria, ela se torna o instrumento mais d? nas m? do Criador e a maior intercessora para chegarmos at?eus. Se crermos nas Sagradas Escrituras percebemos que durante toda a hist? do Povo de Israel, Deus sempre se serviu de homens e mulheres para manifestar sua vontade. Em Maria, Deus realiza a maior fa?ha em rela? ?alva? da humanidade: Envia seu pr?o Filho para mostrar o caminho da santidade. O homem sozinho n?poder?er feliz. Em Jesus Cristo encontramos o Caminho, a Verdade e a Vida. Infelizmente muitos querem perder tempo questionando a virgindade de Maria e a forma como aconteceu a Encarna? do Verbo. Estas pessoas deveriam se questionar sobre suas pr?as exist?ias. Pois o nosso nascimento tamb??isterioso. Normalmente isto acontece com aqueles que n?t?f?o poder de Deus que faz novas todas as coisas. S?s humildes de cora? ?ado o conhecimento da bondade e sabedoria de Deus. N?estamos neste mundo para vivermos numa competi?. Todos fazem parte do projeto de amor da Sant?ima Trindade. O individualismo est?resente porque as rela?s comerciais est?acima das rela?s interpessoais. A economia deve servir ao homem e n?o homem servir a economia. Vemos que a?e encontra a raiz da destrui? da humanidade e da natureza. Devemos aprender de Maria a sermos servos de Deus. Estarmos em constante contempla? de Sua Vontade para concretizarmos o bem em nossa vida. “Obrigado Maria pela sua coragem de dizer Sim a Deus, pois por meio dele nos trouxeste o Salvador da Humanidade”.

Percival Puggina

14/12/2008
Em 1996, j?om quase 30 anos de formado em arquitetura e sem nunca mais haver retornado a uma sala de aula, decidi fazer vestibular para Jornalismo, s?ra ver o que aconteceria. O ?o livro did?co que abri foi um que estava sendo consultado por minha filha, ent?se preparando para o ingresso no curso de Psicologia. Era, na verdade um livrinho, pouco mais que um caderno, sobre Literatura Brasileira. Fiquei curioso por saber como se podia enfrentar uma prova sobre o tema a partir de um folheto de t?poucas p?nas. Seu conte?consistia num sum?o de livros que mais nenhum estudante brasileiro l?diga-se de passagem, e respostas a quest?que poderiam ser formuladas a respeito. ?admiss?l uma coisa dessas? Sim. Em qualquer outro lugar do mundo, n? Mas no Brasil ?erfeitamente poss?l obter nota de aprova? num exame sobre literatura nacional sem precisar ler coisa alguma do que escreveram nossos grandes. Joguei fora o tal livro, entre escandalizado e repugnado, e levei meus j?scassos cabelos, ent?grisalhos, para enfrentar o vestibular na Famecos da PUC. Tirei o primeiro lugar. Essa curiosa experi?ia, se n?me valeu para prosseguir no curso, que abandonei logo na primeira semana de aula por absoluta falta de tempo, serviu-me para identificar a perda de qualidade sofrida pela educa? brasileira no espa?entre duas gera?s consecutivas. Saltou-me aos olhos que a minha gera?, a minha, politizada e ideologizada at? raiz dos pelos pubianos (em que pese tudo que se diga sobre a aliena? introduzida pelos governos autorit?os), quando chegou ?c?dras, fritou o c?bro dos seus alunos em banha marxista. Multid?de professores abandonaram os conte? e partiram para a milit?ia. Constru?m a ignor?ia dos alunos, mas conseguiram seus objetivos doutrin?os. Mentiram sobre hist?, optaram pelas piores vertentes do pensamento, abandonaram os cl?icos e produziram uma gera? onde s?olu?m aqueles que, voluntariamente, chutaram o balde e trataram de avan? por conta pr?a. Eles e seus pupilos alcan?am os postos de mando do pa?e continuam ideologizando tudo por onde passam: a universidade e o material did?co nacional; o direito positivo em todos os seus n?is; as den?as, as investiga?s e as senten?; as not?as e as manchetes; o cinema, o teatro, as artes, a m?a popular e o escambau. Lembram-se do que escrevi, h?oucos meses, sobre aquele professor de matem?ca que, defendendo tese de mestrado, discorreu sobre o papel da sua disciplina na forma? dos intelectuais org?cos? Pois ? Foi assim que, assistindo a leitura dos votos no julgamento do caso Raposa Serra do Sol pelo STF, pude me deparar com as delirantes abstra?s da realidade com que nossos ministros se puseram a decidir. Para transformarem a reserva ind?na num para? ?v?eras da perdi? faltou nada. O momento culminante do julgamento ocorreu quando o versejador sergipano Ayres Britto, em apoio a Eros Grau que falava sobre a sabedoria dos ind?nas, lascou, citando Paulo Freire: “N?existe saber maior ou menor; existem apenas saberes diferentes”. De fato, aquelas tribos praticam o infantic?o, o ministro defende o aborto, e viva Paulo Freire. Eis a?tout court, num verdadeiro safan??ntelig?ia, o resumo da causa e a alma da decis?j?em engatilhada contra a soberania brasileira na Amaz?. A culmin?ia do relativismo. N??ue j??mais existam verdade e mentira, nem certo e errado, fora da conveni?ia ideol?a. ?negada exist?ia ?r?a ignor?ia, transformada em cada vez mais comum forma de saber. Tomas de Aquino e Frei Betto, Beethoven e Mano Brown, Arist?es e Marilena Chau??tudo a mesma coisa, ta entendendo mano?

Stefano Silveira

13/12/2008
A manuten? da taxa Selic em 13,75% ao ano, anunciada ap? ?ma reuni?do Comit?e Pol?ca Monet?a (Copom), ?ais uma medida de dif?l compreens?dada a atual crise global. Na contram?de diversos bancos centrais ao redor do mundo, que baixaram os juros cobrados em seus respectivos mercados, buscando assim abrir linhas de cr?to e incentivar a atividade econ?a, Henrique Meirelles e seus assessores alegaram o risco de recrudescimento da infla? como o respons?l por tal ato. Nem os claros sinais de desaquecimento interno, como a queda da atividade industrial e o corte de postos de trabalho nas f?icas (respectivamente 1,7% e 0,2%, entre setembro e outubro), foram suficientes para o abandono do conservadorismo por parte do Copom. Desde julho, com o agravamento da crise provocando a volatibilidade do c?io, o Real sofreu uma desvaloriza? de mais de 50% em rela? ao d?. Dessa forma, o pre?dos insumos importados cresceu consideravelmente quando convertidos ?oeda brasileira. Mesmo que os produtores tentem segurar o repasse deste aumento de custos aos consumidores finais, temendo uma queda no n?l de vendas – principalmente nesta ?ca do ano, onde as empresas necessitam fazer caixa para enfrentar as dificuldades impostas pelo arrefecimento do volume de neg?s nos meses de janeiro e fevereiro – a possibilidade disto vir a ocorrer muito em breve pode ser uma das justificativas para a continuidade de uma taxa de juros elevada. Entre outras coisas, o Banco Central (BACEN) espera com esta medida uma maior entrada de d?es no Pa? o que diminu? a taxa cambial (Real por d?) e, conseq?emente, o pre?dos insumos estrangeiros. Por outro lado, a autoridade monet?a parece deixar em segundo plano o efeito do fechamento de diversas fontes estrangeiras de cr?to na economia brasileira. Para que a mesma possa continuar crescendo, inclusive com a continuidade do Programa de Acelera? do Crescimento (PAC), linhas de cr?to internas dever?ser ampliadas e/ou criadas na tentativa de suprir ou amenizar o estrangulamento externo. Todavia, para que este financiamento possa ser remetido ao investimento, o corte dos juros torna-se imperioso. Em situa?s de anormalidade – como ? caso de uma crise – mesmo que a pol?ca monet?a assuma um vi?desenvolvimentista atrav?da redu? das taxas de juros e de redesconto, da diminui? do spread banc?o (ao menos por parte dos bancos estatais) e do dep?o compuls?, caso tais medidas n?venham acompanhadas de uma pol?ca fiscal antic?ica, podem n?ser suficientes. A pol?ca fiscal deveria primar por um aumento dos gastos produtivos, bem como pela diminui? das despesas de custeio, atrav?de amplas reformas pol?ca e tribut?a. A contradi? deste preceito acontece, pois enquanto o governo federal anuncia mais um pacote visando minimizar os efeitos da crise, contemplando a redu? das al?otas do Imposto de Renda (IR), do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto sobre Opera?s Financeiras (IOF) para alguns setores, como o automobil?ico, a Comiss?de Constitui? e Justi?(CCJ) do Senado aprova a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que aumenta em mais de sete mil o n?o de vereadores nas cidades brasileiras. O momento atual exige o aumento do fomento n?apenas pela queda dos juros, mas tamb?pela revis?da forma como os preceitos neoliberais, como o c?io flutuante, a elevada carga tribut?a, as metas de infla? e o super?t prim?o v?sendo praticados na economia brasileira. Em rela? ao c?io, para evitar o sobe e desce di?o que tem exigido constantes interven?s por parte do BACEN – o que fere, na pr?ca, os preceitos do c?io livre – deveria, ao menos neste momento, em que o Pa?disp?de reservas cambiais de mais de US$ 200 bilh? ser adotada uma pol?ca de c?io semi-fixo com ajustamentos (algo semelhante ?ol?ca de ?oras cambias de Gustavo Franco) evitando dessa forma a j?itada volatibilidade. Quanto ?arga tribut?a, hoje em torno de 38% do PIB, existe um consenso quanto ?ecessidade da redu? de al?otas e da extin? de alguns tributos – algo que vem sendo feito, por?de forma incipiente – o que contribuiria para a redu? da infla? de custos. O super?t primeiro, hoje utilizado para o pagamento de parte dos juros da divida p?ca, poderia ser direcionado – mesmo que de forma parcial – durante a fase mais aguda da crise, para a gera? de emprego e renda. Por fim, a utiliza? de metas inflacion?as deveria ser revista, dado que sua rigidez pelo cumprimento da meta pode provocar distor?s que venham a causar preju?s ?conomia como um todo. Isto pode ser constatado pelo aumento do pre?das commodities agr?las no primeiro semestre deste ano que provocou uma acelera? dos ?ices de infla? no Brasil, impedindo o BACEN de baixar os juros agora, sob o risco de n?atingir a meta de infla? pr?stabelecida para o ano (4,5%, com dois pontos percentuais para mais, ou para menos). A continuidade e amplia? de pol?cas desenvolvimentistas, tanto p?cas como privadas, com o crescimento dos recursos voltados ao investimento em detrimento ao exacerbado aumento das despesas de sustenta? da m?ina, constituem-se na melhor forma amenizar os efeitos da vigente crise mundial. * Economista

Gustavo Krieger

13/12/2008
O presidente Luiz In?o Lula da Silva pediu aos brasileiros que continuem a comprar e a recorrer ao cr?to. Segundo ele, ? melhor maneira para manter a economia em movimento e evitar que a crise financeira se agrave. Boa id?. O ?o problema ?ue vem de algu?que mora no Pal?o da Alvorada, anda de carro oficial, recebe restitui? do Imposto de Renda, tem todas as despesas pagas e n?deve assinar um cheque pelo menos desde 1º de janeiro de 2003. Lula n?vai comprar um carro em 60 presta?s, nem se comprometer com um financiamento imobili?o. E certamente n?vai ter de enfrentar os juros do cheque especial. Segundo a declara? de renda que apresentou ao candidatar-se ?eelei?, em 2006, seu patrim? dobrou durante o primeiro mandato, chegando a R$ 839 mil. A diferen?entre o Brasil real e o oficial pode ser um dos maiores obst?los para o governo enfrentar a crise. Em resumo, o que o presidente est?edindo ?ue n?astemos o nosso dinheiro para salvar a economia do pa? Do ponto de vista macroecon?o, faz sentido. Mas coloca uma quest?dram?ca: salvar o pa?ou o pr?o bolso? Confiar no discurso otimista e enfrentar a fila do credi?o neste Natal ou deixar o dinheiro guardado e preparar-se para um ano-novo que pode ser de tempestade? A chave para esse dilema est?a capacidade do governo passar confian?ao pa? E, quando se fala em governo, fala-se em Lula. Ele ? cara de sua administra? e o dono do discurso. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, podem ser bons para falar a p?cos espec?cos, mas ?ula quem se dirige ao pa? Se ele conseguir convencer o Brasil de que a crise ?assageira e que as coisas v?melhorar nos pr?os meses, as pessoas ir??compras. Afinal, essa ? nossa voca?. Se a desconfian?dominar, cada um vai cuidar de si. O problema para o governo ?ue a crise desembarca na economia real com uma velocidade surpreendente. Planejamentos financeiros feitos para o ano que vem perdem o sentido em algumas semanas. Cada vez mais setores come? a demitir. E, quando o emprego est?m risco, as pessoas tendem a adotar a postura mais cuidadosa. A ?ma coisa que o sujeito quer ?icar sem emprego e com um monte de presta?s para pagar. O governo tem um papel importante, e ele vai al?da ret?a de Lula. A manuten? dos investimentos federais ?m instrumento importante para manter a economia irrigada. O mesmo acontece com a rede de benef?os sociais. O Bolsa Fam?a se mostrou um excelente instrumento para distribui? e circula? de renda, especialmente no interior do pa? A pol?ca de juros e os empr?imos oficiais s?instrumentos b?cos de a? do governo na economia. Mas tudo depende, e muito, do clima que se instalar no pa? Lula vem suando a camisa para manter a confian? At?qui, parece estar se saindo bem. Sua popularidade continua em alta e os n?os da economia para o terceiro trimestre do ano foram surpreendentemente bons. O problema ?ue as coisas podem estar piorando, apesar disso tudo. Os pr?os meses ser?decisivos. Talvez o presidente devesse comprar uma geladeira a prazo. V?o com um carn?as m? nos deixaria, no m?mo, com um sentimento de solidariedade. Afinal, o governo est?astando seu prest?o e a conta pode ser cobrada em 2010.