Reuters

14/01/2009
WASHINGTON - Tr?crian? morreram e 12 pessoas ficaram feridas na ter?feira em um ataque das Farc com m?eis de fabrica? caseira e armas de longo alcance contra o quartel da pol?a de uma cidade do sudoeste da Col?a, informaram autoridades locais. Segundo a Pol?a Nacional, o ataque contra o quartel em Roberto Pay? no departamento de Nari?ocorreu quando rebeldes das For? Armadas Revolucion?as da Col?a (Farc) atiraram m?eis caseiros repletos de explosivos em dire? ao local. Os artefatos teriam se desviado e atingido resid?ias, onde se refugiavam moradores.

O Globo

14/01/2009
O ministro da Justi? Tarso Genro, autorizou nesta ter?feira (13) que o italiano Cesare Battisti seja considerado refugiado pol?co no Brasil. Battisti foi condenado na It?a a pris?perp?a, por quatro homic?os cometidos nos anos 70, quando pertencia a um grupo de extrema esquerda que praticava atos terroristas, e foi preso no Rio de Janeiro em 2007. Na decis? o ministro diz que as alega?s de Battisti de persegui? pol?ca s?v?das. Battisti est?reso em uma penitenci?a do Distrito Federal.

Rebecca Kiessling

14/01/2009
Eu fui adotada assim que nasci. Aos 18 anos soube que fui concebida a partir de um estupro brutal sob amea?de faca por um estuprador serial. Assim como a maior parte das pessoas, eu nunca pensei que o assunto do aborto estivesse relacionado ?inha vida, mas assim que recebi essa not?a percebi que esse assunto n?s?t?elacionado ?inha vida, mas est?igado ?inha pr?a exist?ia. Era como se eu pudesse ouvir os ecos de todas as pessoas que, da forma mais simp?ca poss?l, dizem: Bem, exceto nos caso de estupro... ou que dizem com veem?ia e repulsa: Especialmente nos casos de estupro!!! Existem muitas pessoas assim por a?Elas nem sequer me conhecem, mas julgam a minha vida e depressa a descartam s?la forma como fui concebida. Eu senti como se a partir daquele momento tivesse que justificar minha pr?a exist?ia, tivesse que provar ao mundo que n?deveria ter sido abortada e que eu era digna de viver. Lembro-me tamb?de me sentir como lixo por causa das pessoas que diziam que minha vida era um lixo, que eu era descart?l. Por favor, entenda que quando voc?e declara a favor do direito de decidir ou quando abre a exce? para o estupro, o que isso realmente significa ?ue voc?ode olhar nos meus olhos e me dizer eu acho que sua m?deveria ter tido a op? de abortar voc?Essa ?ma afirma? muito forte. Eu jamais diria a algu? Se eu tivesse tido a chance, voc?staria morta agora. Mas essa ? realidade com a qual eu vivo. Desafio qualquer um a dizer que n??N??omo se as pessoas dissessem: Bom, eu sou a favor de leis que d?o direito livre de abortar, menos naquela pequena fresta de oportunidade em 1968/69, para que voc?Rebecca, pudesse ter nascido. N? Essa ? realidade mais cruel desse tipo de opini?e eu posso afirmar que isso machuca e que ?ma maldade. Mas sei que muita gente n?quer se comprometer nesse assunto. Para eles, ?penas um conceito, um coment?o estereotipado que eles varrem para debaixo do tapete e esquecem. Eu realmente espero que, como uma mulher que foi concebida a partir de um estupro, eu possa ajudar a dar um rosto e uma voz a essa quest? Diversas vezes me deparei com pessoas que me confrontaram e tentaram se desvencilhar dizendo coisas do tipo: Bem, voc?eve sorte!. Pode ter certeza de que minha sobreviv?ia n?tem nada a ver com sorte. O fato de eu estar viva hoje tem a ver com as escolhas feitas pela nossa sociedade: pessoas que lutaram para que o aborto fosse ilegal em Michigan naquela ?ca — mesmo em casos de estupro —, pessoas que lutaram para proteger a minha vida e pessoas que votaram a favor da vida. Eu n?tive sorte. Fui protegida. E voc?realmente acham que nossos irm? e irm?que est?sendo abortados todos os dias simplesmente s?azarados? Apesar de minha m?biol?a ter ficado feliz em me conhecer, ela me contou que foi a duas cl?cas de aborto clandestinas e que eu quase fui abortada. Depois do estupro, a pol?a indicou um conselheiro que simplesmente disse a ela que a melhor op? era abortar. Minha m?biol?a disse que naquela ?ca n?havia centros de apoio a gr?das em risco, mas me garantiu que, se houvesse, ela teria ido at??elo menos para receber um pouco mais de orienta?. O conselheiro foi quem estabeleceu o contato entre ela e os aborteiros clandestinos. Ela disse que a cl?ca tinha a t?ca apar?ia de fundo de quintal, como a gente escuta por a?e l?la poderia ter me abortado de forma segura e legal: sangue e sujeira na mesa e por todo o ch? Essas condi?s prec?as e o fato de ser ilegal levaram-na a recuar, como acontece com a maioria das mulheres. Depois, ela entrou em contato com um aborteiro que cobrava mais. Dessa vez, ela se encontraria com algu??oite no Instituto de Arte de Detroit. Algu?iria se aproximar dela, dizer seu nome, vend?a, coloc?a no banco de tr?de um carro, lev?a e ent?me abortar... Depois iria vend?a novamente e lev?a de volta. E sabe o que eu acho mais lament?l? ?que eu sei que existe um monte de gente por a?ue me ouviria contar esses detalhes e que responderia com uma balan?a de cabe?em desaprova?: Seria terr?l se sua m?biol?a tivesse tido que passar por tudo isso para conseguir abortar voc? Isso ?ompaix?!!! Eu entendo que eles pensem que est?sendo compassivos, mas para mim parece muita frieza de cora?, n?acha? ?sobre a minha vida que eles est?falando de forma t?indiferente e n?h?ada de compaix?nesse tipo de opini? Minha m?biol?a est?em, a vida dela continuou e ela est?e saindo muito bem, mas eu teria morrido e minha vida estaria acabada. A minha apar?ia n?? mesma de quando eu tinha quatro anos de idade ou quatro dias de vida, ainda no ?o da minha m? mas ainda assim era inegavelmente eu e eu teria sido morta em um aborto brutal. De acordo com a pesquisa do Dr. David Reardon, diretor do Instituto Elliot, co-editor do livro V?mas e vitimados: falando sobre gravidez, aborto e crian? frutos de agress?sexuais, e autor do artigo Estupro, incesto e aborto: olhando al?dos mitos, a maioria das mulheres que engravidam ap?ma agress?sexual n?quer abortar e de fato fica em pior estado depois de um aborto. (http://www.afterabortion.org.) Sendo assim, a opini?da maioria das pessoas sobre aborto em casos de estupro ?undamentada em falsas premissas: 1) a v?ma de estupro quer abortar; 2) ela vai se sentir melhor depois do aborto; e 3) a vida daquela crian?n?vale o trabalho que d?ara suportar uma gravidez.. Eu espero que a minha hist? e as outras postadas nesse site ajudem a acabar com este ?mo mito. Eu queria poder dizer que minha m?biol?a n?queria me abortar, mas de fato ela foi convencida a n?faz?o. Contudo, o aspecto nojento e o palavreado sujo desse segundo aborteiro clandestino, al?do temor de sua pr?a seguran? levaram-na a recuar. Quando ela lhe contou por telefone que n?estava interessada nesse acordo arriscado, esse homem a insultou e a xingou. Para sua surpresa, ele ligou novamente no dia seguinte para tentar convenc?a a me abortar, e mais uma vez ela n?quis prosseguir com o plano e ouviu mais uma s?e de insultos. Depois disso, ela simplesmente n?podia mais prosseguir com essa id?. Minha m?biol?a j?stava entrando no segundo trimestre da gesta?, quando seria muito mais perigoso e muito mais caro me abortar. Sou muito grata por minha vida ter sido poupada, mas muitos crist? bem intencionados me diziam coisas como olha, Deus realmente quis que voc?ascesse! e outros podem dizer era mesmo pra voc?star aqui. Mas eu sei que Deus quer que toda crian?tenha a mesma oportunidade de nascer e n?posso me conformar e simplesmente dizer bem, pelo menos a minha vida foi poupada. Ou eu mereci, veja o que eu fiz com a minha vida. E os outros milh?de crian? n?mereciam? Eu n?consigo fazer isso. Voc?onsegue? Voc?onsegue simplesmente ficar a? dizer pelo menos minha m?me quis... pelo menos estou vivo... ou simplesmente sei l?Esse ?ealmente o tipo de pessoa que voc?uer ser? De cora? frio? Uma apar?ia de compaix?por fora e cora? de pedra e vazio por dentro? Voc?iz que se importa com os direitos das mulheres, mas n?est?em a?ra mim porque eu sou um lembrete de algo que voc?refere n?encarar e que voc?etesta que outros se importem? Eu n?me encaixo na sua agenda? Na faculdade de direito eu tinha colegas que me diziam coisas como se voc?ivesse sido abortada, n?estaria aqui hoje e de qualquer forma n?saberia a diferen? ent?por que se importa?. Acredite ou n? alguns dos principais fil?os pr?orto usam esse mesmo tipo de argumento: O feto n?sabe o que o atingiu, ent?n?percebe que perdeu a vida. Sendo assim, acho que se voc?sfaquear algu?pelas costas enquanto ele estiver dormindo, n?haver?roblema algum, porque ele n?saber? que o atingiu?! Eu explicava aos meus colegas como a mesma l?a deles justificaria que eu matasse voc?oje, porque voc??estaria aqui amanh? n?saberia a diferen?de qualquer forma.. Ent? por que se importar?. E eles ficavam com o queixo ca?. ?incr?l o que um pouco de l?a pode fazer, quando voc?? para pensar — que ? que devemos fazer numa faculdade de direito — e considera o que n?ealmente estamos falando: h?idas que n?est?aqui hoje porque foram abortadas. ?como o velho ditado: Se uma ?ore cai na floresta e n?h?ingu?por perto para ouvir, ser?ue faz barulho?. Olha, faz sim! E se um beb? abortado e ningu?fica sabendo, tem import?ia? A resposta ?IM! A vida dele importa. A minha vida importa. A sua vida importa e n?deixe ningu?te dizer o contr?o! O mundo ?m lugar diferente porque naquela ?ca (antes de 1973 nos EUA) era ilegal a minha m?me abortar. A sua vida ?iferente porque ela n?p?me abortar legalmente e porque voc?st?entado aqui lendo as minhas palavras hoje! Mas voc??tem que atrair plat?s pra que a sua vida tenha import?ia. H?oisas que fazem falta a todos n?qui hoje por causa das gera?s que foram abortadas e isso importa. Umas das melhores coisas que eu aprendi ?ue o estuprador NÏ ?eu criador, como algumas pessoas queriam que eu acreditasse. Meu valor e identidade n?s?determinados por eu ser o resultado de um estupro, mas por ser uma filha de Deus. O Salmo 68, 5-6 declara: Pai dos ?os... no seu templo santo Deus habita. D? Senhor um lar ao sem-fam?a. E o Salmo 27, 10 nos diz: Mesmo se pai e m?me abandonassem, o Senhor me acolheria. Eu sei que n?h?enhum estigma em ser adotado. O Novo Testamento nos diz que ?o esp?to de ado? que n?omos chamados a ser filhos de Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Sendo assim, Ele deve ter pensado na ado? como s?olo do amor dEle por n? E o mais importante ?ue eu aprendi, poderei ensinar aos meus filhos e ensino aos outros que o seu valor n??edido pelas circunst?ias da sua concep?, seus pais, seus irm?, seu parceiro, sua casa, suas roupas, sua apar?ia, seu QI, suas notas, seus ?ices, seu dinheiro, sua profiss? seus sucessos e fracassos ou pelas suas habilidades ou dificuldades. Essas s?as mentiras que s?perpetuadas na sociedade. De fato, muitos palestrantes motivacionais falam para suas plat?s que se elas fizerem algo importante e atingirem certos padr?sociais, ent?elas tamb?poder?ser algu? Mas o fato ?ue ningu?conseguiria atingir todos esses padr?rid?los e muitas pessoas falhariam. Isso significa que elas n?s?algu?ou que elas s?ningu? A verdade ?ue voc??tem que provar o seu valor a ningu?e se voc?uiser realmente saber qual ? seu valor, tudo o que precisa fazer ?lhar para a Cruz, pois este ? pre?que foi pago pela sua vida! Esse ? valor infinito que Deus colocou na sua vida! Para Ele voc?ale muito e para mim tamb? Que tal se juntar a mim para tamb?proclamar o valor dos outros com palavras e a?s? Para aqueles que dizem bem, eu n?acredito em Deus e n?acredito na B?ia, ent?sou a favor da livre escolha de abortar ou n? por favor, leia meu artigo O direito da crian?de n?ser injustamente morta – uma abordagem da filosofia do direito. Eu garanto que valer? seu tempo. Fonte: www.rebeccakiessling.com Divulga?: www.juliosevero.com

Paulo Sant'Ana

13/01/2009
Imposs?l opinar sobre quem tem raz?no conflito em Gaza, que domina o notici?o h?uase 20 dias. ?tanta a confus?sobre o m?to da guerra, que h?sraelenses dentro de Israel que d?raz?aos habitantes de Gaza e palestinos da Cisjord?a que d?raz?aos israelenses. Como ?ue a gente vai meter a m?numa cumbuca dessas? *** Aqui de longe, sem a autoridade de quem for se atrever a julgar fatos ocorrentes em quintal alheio, sou obrigado a lamentar que o Hamas use crian? e escolas como escudos e que israelenses bombardeiem escolas sob cust? da ONU e ambul?ias que prestam ajuda humanit?a aos habitantes de Gaza. O que mais posso fazer? Num esfor?de ret?a ainda me atreveria a dizer que quem provocou a guerra foi o Hamas ao lan? m?eis sobre Israel e quem agrava a guerra ?srael ao usar de meios desproporcionais para reprimir o Hamas. *** Por falar nisso, o mundo inteiro e a ONU acusam Israel de estar usando de meios desproporcionais em Gaza. Ainda anteontem, desfilou pelo centro de S?Paulo uma passeata integrada por 3 mil pessoas que se manifestaram contr?as aos ataques de Israel e ?nvas?de suas for? sobre a Faixa de Gaza. N?vejo em parte nenhuma do mundo qualquer passeata ou manifesta? de apoio a Israel. Talvez isso se justifique por uma voca? do ser humano: n?empre torcemos pelos mais fracos. *** Mas e essa acusa? mundial que pesa sobre Israel de que est?sando de meios desproporcionais ao revidar os foguetes do Hamas que desabam sobre seu territ?? O que me falta saber ? seguinte: o que v?a ser “meios desproporcionais”? Para n?ser desproporcional, Israel teria de, a cada foguete que atingisse seu territ?, enviar um foguete apenas contra a Faixa de Gaza? E Israel teria ainda de ter cuidado de, ao lan? seu m?il-resposta, que ele n?fosse mais potente em suas carga destrutiva do que o m?il jogado pelo Hamas em seu territ?? *** Tendo o cuidado de n?me deixar seduzir nem pela causa israelense nem pela palestina, pelo que n?corro o risco de optar pelo lado errado, ainda assim insisto: ?oss?l usar meios proporcionais numa guerra? A guerra, por sinal, n?? ci?ia da desproporcionalidade? Ou seja, quem usar os melhores e mais modernos e mais capacitados armamentos, o ex?ito melhor adestrado, n?ser? vencedor da guerra? *** Ou, por outra face, mal comparando, o rec?empossado prefeito da cidade do Rio de Janeiro n?estar?sando de “meios desproporcionais” ao utilizar retroescavadeiras para demolir (p?or terra) edif?os inteiros constru?s irregularmente na cidade? N?seria melhor que o prefeito usasse de meios proporcionais ?onstru? clandestina? Em outras palavras, n?seria melhor que n?fizesse nada e deixasse as constru?s irregulares prosperarem? *** Fico sem saber o que s?“rea?s proporcionais” em uma guerra, at?esmo porque, se forem sempre usadas rea?s proporcionais, qualquer conflito ou embate terminar?mpatado. *** Ent? a gente fica perplexo de ver, entre os 900 mortos, dezenas ou centenas de crian? v?mas dos ataques de Israel e ao mesmo tempo os militantes do Hamas desferindo m?eis contra Israel, claro que calculando que a rea? advers?a vai destro? seus civis, suas mulheres e suas crian?, parecendo desejar o mart?o delas. A impress?que d?ste conflito ?e que ele atravessar?em 2009, sem solu?, o seu segundo s?lo.

Sandra de Azevedo Zecchini

12/01/2009
Estudiosos s?os j???os anos vem se preocupando com o fen?o da imigra? no continente europeu. Sobretudo com a imigra? mu?mana. A Fran?e a Gr?retanha, potencias coloniais foram os primeiros paises a serem “invadidos” por imigrantes africanos e asi?cos, muitos dos quais possuidores de passaportes brit?cos ou franceses porque provenientes das antigas col?s. Da? fen?o dos “pied noirs” na Fran?e da invas?indiana e paquistanesa na Inglaterra, a ponto de se criar a express?“Londostonian” para definir certas zonas da cidade. Sem falar na forte imigra? turca na Alemanha, magrebina na Espanha e It?a e o fen?o mais circunscrito dos jordanianos, palestinos, iraquianos etc... Ora, conhecendo-se a tend?ia generalizada nos ricos paises europeus de praticamente n?fazerem filhos, inversamente aos mu?manos habituados a fam?as numerosas, especula-se sobre o fato de que, em aproximadamente 50 anos, a popula? europ? sera preponderantemente arabe-mu?mana. Muito prov?l que tal aconte? Dados recentes sobre os nascimentos na It?a em 2006, por exemplo, reveladores de um pequeno aumento da natalidade, comprovam o fato de que os imigrantes tem mais filhos do que os italianos e a proje? do fen?o indica um claro dom?o destas popula?s em alguns anos. Id?ica a tend?ia francesa e alem? Assim que parece inevit?l que se pense numa Eurabia em breve futuro, o que ?xtremamente perturbador e inaceit?l para o europeu que se considera o grande portador da civiliza? ocidental e nao pode conceber a inevit?l ascens?da popula? e da cultura arabe-mu?mana em seu continente. J?e vem conflitos de v?os tipos, um dos quais foi a revolta na periferia de Paris em novembro de 2005 ocasionada por jovens magrebinos sem emprego; o ataque terrorista em Londres de 2005 e as duas recentes tentativas de julho ultimo, uma das quais em Glasgow, organizadas por mu?manos nascidos na Inglaterra, as varias c?las terroristas fundamentalistas na Alemanha (origem de alguns dos participantes do 11 de Setembro), na It?a e em outros paises. Discute-se muito tamb?a presen?de s?olos religiosos; na Fran? por exemplo, o Presidente Jacques Chirac proibiu h?ais de dois anos o uso do v?isl?co nas escolas, interpretando claramente a posi? laica do Estado e da sociedade francesa, enquanto na It?a foi requerido judicialmente que se retirasse o crucifixo das sala de aula para n?ofender os estudantes mu?manos, sem que o pedido tenha sido atendido pelos Tribunais. Eurabia significa o que afinal? uma contamina? cultural enriquecedora de ambas ; o decl?o da grande civiliza? judaico-crista ou a perda pelos mu?manos de suas ra?s, embabascados e fascinados pelos aspectos mais superficiais do Ocidente? So o tempo dir?

Tibiriçá Ramaglio

12/01/2009
Quando ou?se chamar de burgu?um homem das classe altas de hoje em dia, logo me pergunto: onde ser? seu burgo? Sim, porque me parece contradit? a exist?ia de um burgu?diante da inexist?ia de um burgo. Por outro lado, essa contradi? ajuda a perceber o quanto certas express?e conceitos se cristalizam nas mentalidades (mesmo na cient?ca) e permanecem sendo usadas, apesar de barbaramente anacr?as e equivocadas. O caso mais flagrante, na minha opini? ? do uso dos voc?los direita e esquerda. S?termos, hoje em dia, inequivocamente equ?cos, n?h?omo negar. Que ainda sejam usados em linguagem vulgar, v??mas que a ci?ia pol?ca do s?lo XXI continue se pautando pela politiquice da famigerada Revolu? Francesa, de onde v?as express? ?rancamente um absurdo. Em mat?a de precis?conceitual, o que significa ser de direita ou de esquerda? O ex-chefe da KGB sovi?ca e atual premi?a R?a ?m homem de direita ou de esquerda? E um pa?como a Rep?ca Popular da China, onde o Partido Comunista comanda uma das mais pujantes economias capitalistas do planeta, ?e direita ou esquerda? Para n?falar do nosso buf?latino, Hugo Chavez, o Mussolini do socialismo bolivariano... Vamos e venhamos, os termos direita e esquerda perderam completamente o sentido, em especial num momento como este, em que os partidos ditos de esquerda, no mundo todo, t?se solidarizado com nada menos do que o fundamentalismo isl?co. Que a teologia da liberta? fa?uma aproxima? entre Jesus Cristo e Che Guevara provoca engulhos, mas chega a ser compreens?l. J?linhar Das Kapital com o Alcor??m despaut?o. Suponho que seria muito mais correto trocar direita e esquerda por, – respectivamente – democracia e autocracia, n?tanto pelo paralelismo morfol?o, mas por deixar claro, em termos estritamente pol?cos, de que forma do exerc?o do poder est?e falando. Ficam de lado, bem entendido, os aspectos econ?os da organiza? social. Por democracia, entende-se um governo constitucional, formado por representantes do povo livremente escolhidos, com o poder do Estado repartido entre um executivo, um legislativo e um judici?o, funcionado em harmonia e equil?io. Ao contr?o, a autocracia tem no executivo e em seu chefe a personifica? do poder: ?suas conveni?ias se submetem todos os outros arranjos pol?cos. Algu?vai querer discutir que a no? de autocracia se presta com absoluta precis?para designar governos t?diferentes quanto o de Vladimir Putin, o de Hu Jintao, o de Mahmoud Ahmadinejad, de Raul Castro e de Hugo Chavez? N??ndiscut?l a voca? que o Evo Moralez, o Lula, o Rafael Correa e o casal Kirchner t?para autocratas? A principal vantagem dessa troca vocabular ?eixar evidente os fatos e subtrair conota?s de que a esquerda se utiliza ?xaust?para sua propaganda enganosa. Devotos da ditadura do proletariado ou de regimes de partido ?o, com elei?s viciadas e figurativas, jamais v?poder sair por a?izendo de boca cheia que s?a favor de uma autocracia democr?ca. http://observatoriodepiratininga.blogspot.com

Nahum Sirotsky

12/01/2009
De Tel Aviv Khaled Mashal, o l?r pol?co da Frente Isl?ca de Resist?ia, vive exilado em Damasco como h?de do governo s?o. No s?do, declarou a Al-Jazeera, a mais poderosa e influente emissora ?be de televis? que “n?h?ais possibilidade de uma solu? (“settlement”) ou negocia? com Israel”. O dia foi de viol?ia. O Sul do estado judeu absorveu dezenas de m?eis lan?os de Gaza, como todos os dias, h?anos. Soldados s?treinados para a luta e para se defender o melhor poss?l. Nas guerras atuais os civis sofrem muito mais. A frente de batalha ?nde vive a popula? civil. Do lado de Israel, devido a cerca de oito guerras em 60 anos de exist?ia, e por ser um pa?moderno, existem abrigos p?cos e dom?icos. A popula? recebe instru?s da Defesa Civil de como se proteger em casos de ataque. O n?o de v?mas ?elativamente pequeno. Relativamente elevado, por? ? percentual dos que sofrem de p?co e necessitam de assist?ia m?ca. Nos centros visados pelos m?eis, sempre se est?tento aos alertas prevenindo que vem m?il a caminho. Mesmo depois da viv?ia de guerras, quando vou ao cen?o das a?s, o medo n?me abandona. Mas n?se duvide do sofrimento dos habitantes de Gaza, que, al?do mais, n?disp?de sistema de Defesa Civil. Existem outras diferen? no caso. Israel ?m estado com for? convencionais. A tropa se diferencia dos civis pelo seu uniforme. ?inconfund?l. Organiza?s e movimentos guerrilheiros, como o Hamas, ou gente treinada no terrorismo, se mistura ou se confunde com os civis, em cujas habita?s montam posi?s de combate ou dep?os de armas e muni?s. Sabe-se de folhetos distribu?s por Israel prevenindo os civis para se afastarem, pois o local ser?ombardeado. Tamb?o telefone ?sado. De novo, apenas tecnologia. A guerra psicol?a ??ca antiga. Exemplo: o Cavalo de Tr? Mas o aviso ?ara valer. A guerra ?m apertadas zonas urbanas. ?not? que h?nos s?lan?os de Gaza v?os tipos de m?eis sobre centros do Sul israelense. Foi num dia especialmente violento, com dezenas de m?eis chovendo sobre o Sul que a For?A?a israelense iniciou ataques sobre Gaza seguidos de invas?de infantes. A? com o ?o objetivo de tirar o ?eto do Hamas e impor tranquilidade e seguran?de cerca de 800 mil israelenses. Centenas de moradores de Gaza, pelas informa?s oficiosas, maioria vinculados ao Hamas, foram mortos desde ent? Na manh?e s?do morreu em combate Amir Mansi, famoso chefe militar do Hamas. N?se sabe de deten? ou morte dos l?res que est?bem abrigados. O Hamas adota combina? de t?cas guerrilheiras e convencionais. Tem homens-suicidas. ?poss?l que esteja em dificuldades resultantes da invas?israelense. Mashal admitiu um tanto na entrevista concedida, na qual apelou para revolta –intifada – da massa palestina e ?be. Nem o Hamas nem os israelenses declararam que aceitavam resolu? do Conselho de Seguran?de cessar-fogo. Mas a batalha de Gaza ter?e terminar num entendimento, pois o custo humano de uma vit? seria inaceit?l. A quest?? dos lados chegarem a condi?s mutuamente aceit?is. Forma de coexistirem. Compatibilizar o incompat?l como misturar ? e ?a. Mashal diz que ?mposs?l.

Gilberto Simões Pires

12/01/2009
Se o ano de 2008 se caracterizou como o ano de maior empregabilidade formal no pa? o ano de 2009 come?anunciando que o desemprego deve dar o tom, para ser a grande not?a da nossa economia tamb?cambaleante. Muito antes que algu?resolva fazer qualquer ju? de valor, e decida apontar a ind?ia como vil?pelo fato de estar dispensando muitos trabalhadores, ?om que todos tenham em mente que o desempregador ??somente o consumidor. A ind?ia, quando percebe o encolhimento do consumo, tem por obriga? ajustar a produ? de acordo com o que pode e vai vender. Fabricar para manter estocados os artigos produzidos significa colocar em xeque a pr?a ind?ia, que simplesmente n?gira o estoque. Quem produz acima da capacidade de consumo, al?de n?poder pagar seus fornecedores n?poder?agar, por ?o, tamb?os sal?os, impostos, alugu?, empr?imos banc?os, etc. Um empresa que se mostra insolvente se define como em situa? falimentar. Portanto, quem imagina que a hora exige piedade e compaix?est?esempenhando um mero papel de indutor da quebradeira, que por conseq?ia provoca um desemprego muito maior. Anotem a?empresa n?se constitui para empregar, mas para produzir. Ou seja: para evitar que todos sejam dispensados, alguns precisam ser desempregados. Quando o mercado mostra esse sintoma grave e d? s?o aviso da falta de disposi? para o consumo, ? hora do bom governo entrar em a?, agindo com enorme rapidez. N?? nosso caso, infelizmente. Governo correto, para tentar brecar a onda de desemprego faria, j?uma efetiva flexibiliza? das leis trabalhistas. Com custos menores as empresas teriam mais f?o. E os consumidores, por sua vez, mais renda para consumir. Esta l?a, entretanto, est?onge da cabe?dos nossos governantes e pol?cos petistas, principalmente, que est?exigindo uma redu? da carga de trabalho sem mexer na remunera?. Pode?

Revista Veja

11/01/2009
Jaime Klintowitz Se a contagem do tempo come? pelo ano em que o primeiro grupo armado foi organizado pelos judeus para proteger suas povoa?s de salteadores ?bes, em 1909, judeus e ?bes engalfinham-se pela posse da Palestina h?elo menos 100 anos. Nesse s?lo de atrocidades m?s, cada lado tem sua parcela de culpa no fato de se passar tanto tempo procurando um caminho para a paz quando a paz deveria ser o caminho. Por que a paz n?encontra quem a patrocine naquela regi? As causas da guerra no Oriente M?o s?de natureza diversa – ?ica, religiosa, geopol?ca e ideol?a. Elas se interpenetram de tal modo que a solu? de uma acaba agravando a outra. O resultado ?ue todas as chances de paz foram abortadas por um lado ou outro – mais recentemente sempre pelos palestinos e pelos pa?s ?bes que lhes d?apoio. H?uas semanas, Israel est?e novo oficialmente em guerra com um de seus vizinhos. J?steve em 1948, ano de sua cria? como estado independente, em 1956, 1967, 1973, 1982 e 2006. Israel venceu todas essas guerras, mas as vit?s militares acabaram produzindo novas complica?s e adiando ainda mais a solu? definitiva para o conflito. As duas semanas de ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, com todos os seus horrores, podem facilmente ser vistas como mais uma erup? de viol?ia dessa rixa cr?a. Afinal, esta ? quarta vez que tropas israelenses invadem a Faixa de Gaza, uma nesga de solo arenoso, superpovoada e muito pobre, desde 1948. Da pen?ma vez, a ocupa? se prolongou por 38 anos, s?rminando em 2005. O conflito ser?ais bem compreendido, no entanto, se for examinado pelo que tem de diferente dos anteriores. Essa n??ais uma guerra ?be-israelense. Nem sequer se pode falar em conflito israelo-palestino, j?ue metade da Palestina n?est?om o Hamas, disse a VEJA o paquistan?Kamran Bokhari, diretor de pesquisas sobre o Oriente M?o da Stratfor, uma consultoria de geopol?ca com sede nos Estados Unidos. Muitos palestinos na Cisjord?a entendem que o Hamas ?arte do problema. O Hamas ?ma organiza? radical isl?ca, dominada pelo fanatismo e que usa m?dos terroristas. Seus l?res s?proponentes do jihadismo, o movimento cujo objetivo mais geral ? guerra santa em nome do Isl? cujo objetivo mais espec?co ? destrui? do Estado de Israel. O Hamas domina cora?s e mentes em Gaza. Tem, portanto, legitimidade pol?ca. Essa ? trag?a. O Hamas n?pode ser derrotado militarmente. A diversidade na Palestina ?aior do que aparenta ser. Vivem ali v?as confiss?religiosas – crist?, drusos e, naturalmente, judeus –, mas o Hamas sustenta que o territ? deve ser um peda?exclusivamente mu?mano de um futuro imp?o isl?co. Isso sinaliza a ascens?de um novo complicador no conflito centen?o. Apesar de contrapor judeus a mu?manos, a disputa at?gora tinha sido basicamente laica, de cunho nacionalista, sobre quem era ou n?um povo e qual deles tinha ou n?direito a um estado pr?o. O Hamas ?m fiel escudeiro do Ir?que lhe fornece armas (a? origem dos m?eis lan?os da Faixa de Gaza contra cidades israelenses), treinamento militar e dinheiro. Ainda que em microdimens?e por meio de intermedi?os, o ataque ao Hamas pode ser visto como uma esp?e de guerra por procura? – na defini? do historiador israelense Benny Morris, da Universidade Ben-Gurion, em Beersheba – entre Israel e os aiatol?de Teer? Os iranianos podem muito bem ter incentivado o Hamas a rejeitar a renova? do cessar-fogo – e a iniciar o insano foguet? que atraiu a devastadora rea? militar – para desviar a aten? dos israelenses, que pareciam estar se preparando para um ataque preventivo ?instala?s nucleares do Ir?H?stimativas de que os iranianos estejam a dois ou tr?anos de obter sua primeira bomba nuclear. Israel sabe que os jihadistas n?s?totalmente racionais. Ou, pelo menos, n?da forma como se v?m governos respons?is, cuja preocupa? primordial s?a seguran?e a prosperidade de seu povo. A amea?de aniquila? m? garantiu o equil?io entre o Kremlin e a Casa Branca durante a Guerra Fria. Devido ?ixa? mental no autossacrif?o e no mart?o, san?s e repres?as n?funcionam t?bem com os aiatol?iranianos ou com os xeques do Hamas. Se Teer?iver a bomba nuclear, ?rov?l que decida us?a, seja por motivos ideol?os, seja por medo de que Israel, que tem um formid?l estoque de armas nucleares, possa atacar primeiro. Meses de bloqueio israelense e san?s estabelecidas pelos Estados Unidos, Uni?Europeia e Egito n?conseguiram fazer com que o Hamas moderasse sua demagogia religiosa e seu discurso racista – raz? por sinal, da imposi? de san?s. Depois de uma tr?a tensa que durou seis meses, o movimento isl?co se p? disparar foguetes sobre as cidades israelenses para demonstrar que a jihad est?iva e em boa forma. Por certo n?tinha ilus?de que a repres?a era inevit?l e seria, como de h?to, devastadora. Fiel ao culto do mart?o, o Hamas agiu diligentemente para atrair a formid?l m?ina de guerra israelense para as vielas apinhadas das cidades e favelas de Gaza, onde acreditava que seria mais f?l combat?a. As mortes e a destrui? causadas pela ofensiva israelense s?dolorosas de observar. Na ?ma sexta-feira, as estimativas eram de 750 palestinos mortos, entre os quais uma quantidade enorme de crian?. S? ataque a uma escola da ONU repleta de refugiados foram mortas quarenta pessoas. Fam?as inteiras acabaram dizimadas por bombardeios a?os. Uma proposta de cessar-fogo apresentada pelo Conselho de Seguran?da ONU foi rejeitada por ambas as partes na sexta-feira passada. Baz Ratner/Reuters O LONGO BRA? DO HAMAS M?e filhos se protegem em kibutz de foguetes palestinos lan?os de Gaza O conflito em Gaza aprofundou o cisma regional entre a fac? da resist?ia – que inclui o Ir?a S?a e suas mil?as aliadas, o Hezbollah no L?no e o Hamas na Palestina – e os chamados moderados, favor?is ?az negociada com Israel. Esse grupo ?ormado pela maioria dos pa?s, encabe?os por Egito, Jord?a, Ar?a Saudita e pela Autoridade Palestina na Cisjord?a. Alguns deles, como o Egito, com o qual Gaza faz fronteira, criticaram abertamente o Hamas por provocar o conflito. O governo eg?io n?tolera a conex?entre o Hamas e a Irmandade Mu?mana, o principal movimento de oposi? no pa? A Ar?a Saudita apoia quase abertamente qualquer coisa que os israelenses fa? para conter a influ?ia dos xiitas do Ir?o Oriente M?o. O primeiro pelot? o da rejei?, tem a esperan?de que o Hamas sobreviva ao ataque em condi?s de demonstrar que Israel n??apaz de esmagar todos os seus inimigos. O segundo grupo torce descaradamente pela derrota do extremismo isl?co em Gaza. O mesmo debate est?ceso entre os palestinos, a ponto de o presidente Mahmoud Abbas ter a ousadia de responsabilizar o Hamas pelo in?o da guerra. Quando Israel se retirou unilateralmente da Faixa de Gaza, em 2005, deu aos palestinos a oportunidade de demonstrar sua capacidade de gerir o pr?o estado. Tr?anos e meio depois, est?laro que os palestinos falharam em seu objetivo. Eles preferiram investir na constru? de t?s e no contrabando de armas a financiar um bom governo para a popula? palestina, diz o historiador Benny Morris. As condi?s de vida na Faixa de Gaza continuaram miser?is. Metade dos trabalhadores est?em emprego e sete em cada dez dependem de doa?s internacionais para se alimentar. A ajuda minguou depois da vit? do Hamas nas elei?s de 2006. Os Estados Unidos e a Uni?Europeia, que t?o grupo em sua lista de organiza?s terroristas, cortaram linhas de financiamento ?egi? As chances de criar um estado palestino se tornaram mais remotas depois do golpe militar que expulsou o Fatah de Gaza. Desde 2006, cerca de 750 palestinos morreram em lutas fratricidas – n?o semelhante ao das mortes causadas pelos ataques israelenses. SOFRIMENTO Milhares de palestinos rezam pelas v?mas do ataque israelense que atingiu uma escola da ONU (no alto, ?ir.). esquerda, pai reconhece o corpo do filho na Cidade de Gaza. direita, rob?raelense checa o corpo de um palestino morto ao tentar explodir um posto de gasolina em assentamento judeu na Cisjord?a Curiosamente, essa realidade multifacetada tornou-se preto-e-branco na rea? da imprensa, dos diplomatas e da maioria dos governantes. Israel ?asicamente considerado um estado truculento, que – esta ? opini?expressa pelo governo do presidente Lula – reagiu de forma desproporcional aos foguetes do Hamas. O argumento baseia-se bastante na discrep?ia de baixas (catorze israelenses mortos at? sexta-feira passada). Essa ?ma conta dif?l de ser feita por quem considera que cada vida ?reciosa. Na verdade, o estado judeu n?est?espondendo aos proj?is lan?os nas ?mas duas ou tr?semanas, mas a anos de ataques indiscriminados contra os 750 000 israelenses que vivem pr?os ?ronteira com a Faixa de Gaza. A ofensiva contra o Hamas est?endo realizada com for?poderosa e agressividade t?ca, estrat?a militar cujo objetivo ?eduzir as pr?as perdas e esmagar o inimigo. N??ssim que se ganham as guerras? Trata-se de um estado soberano defendendo sua integridade e seus habitantes, disse a VEJA Paul Scham, que ensina hist? israelense na Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. ?paradoxal, mas n?inesperado, que Israel, a ?a democracia do Oriente M?o, esteja perdendo gradualmente a simpatia da opini?p?ca no exterior. A malha?, antes confinada ?xtrema esquerda, tornou-se parte integrante do populismo antiocidental. Muitos partidos de esquerda agora consideram o antissionismo como um pr?equisito para seus afiliados e n?se acanham em denunciar a conspira? judaica, na melhor tradi? antissemita. Por que a esquerda europeia, e globalmente toda a esquerda, est?bcecada em lutar contra as democracias mais s?as do planeta, Estados Unidos e Israel, e n?contra as piores ditaduras?, questionou em uma palestra a jornalista catal?ilar Rahola, que j?oi deputada de esquerda na Espanha. O conflito entre ?bes e judeus na Palestina ?m n?f?l de desatar. Oportunidades de paz foram perdidas por ambos os lados e nada indica que se esteja mais perto de uma solu? – ainda que todo mundo concorde que, quando dois povos disputam o mesmo peda?de terra, a melhor solu? ?ividi-la em dois pa?s. O que ?ora de d?a ?ue Israel n?pode (e n?vai) perder a guerra contra as for? da intoler?ia religiosa no Oriente M?o, representada agora pelos terroristas do Hamas. Israel ?ma sentinela avan?a da democracia e da civiliza? judaico-crist?ercada por na?s e grupos pol?cos armados que formal e claramente lutam pela destrui? do estado judeu e pela morte de todos os seus habitantes n??bes. Tamb??ora de d?a que n?haver?az enquanto os vizinhos hostis n?aceitarem que a exist?ia de Israel ?eg?ma, que o pa?tem o direito de se defender e que o terrorismo destr? que pretende construir. Com reportagem de Thomaz Favaro e Duda Teixeira http://veja.abril.com.br/140109/p_052.shtml