Ferreira Gullar

17/02/2009
MINHA GENTE , estou a cada dia mais perplexo com a performance do nosso presidente Luiz In?o Lula da Silva. N?que ele tenha mudado essencialmente; nada disso, ele se comporta assim desde o primeiro dia de governo: n?desce do palanque. 3 vezes me pergunto se minha crescente perplexidade decorre dessa sua insist?ia que j?ura sete anos ou de alguma outra coisa. Acho que s?as duas: por um lado, j??aguento ouvi-lo falar pelos cotovelos, gesticular e postar-se como um ator num palco e, por outro, percebo-o cada vez mais ?ontade para dizer o que lhe convenha, conforme o momento e conforme o p?co. Sem nenhum compromisso com a verdade e com a postura de um chefe de Estado. Ele n?se comporta como chefe de Estado. Fala sempre em termos pessoais, ou louvando-se a si mesmo sem qualquer constrangimento ou acusando algu? seja a imprensa, seja a oposi?, sejam as classes ricas, sejam os pa?s ricos. Est?todos contra os pobres, menos ele que, felizmente, assumiu o governo do Brasil para salv?os, ap?uatro s?los de implac?l persegui?. Do Descobrimento at?003, ningu?sabe como o Brasil conseguiu sobreviver, crescer, chegar a ser a oitava economia do mundo, sem o Lula! S?de ter sido por milagre ou qualquer outro fator inexplic?l. A verdade ?ue, apesar de tudo, o pa?resistiu at? momento em que ele, Lula, chegou a tempo de salv?o. Isso ele afirma com uma veem?ia impag?l, como se fosse a coisa mais ?a e indiscut?l do mundo. Sem rir, o que ?ais surpreendente ainda, diante do olhar espantado de favelados, trabalhadores, funcion?os p?cos, aposentados. J?uando o p?co muda, ele tamb?muda o discurso. Se fala para empres?os, banqueiros, exportadores, a conversa ?utra. Mostra-se preocupado com o crescimento da economia, com o apoio do BNDES ?niciativa privada e chega mesmo a admitir que sem os empres?os o pa?n?cresceria. E o balan?de final de ano mostra que os bancos realmente nunca ganharam tanto dinheiro como durante a gest?presidencial do fundador do Partido dos Trabalhadores, que se dizia inimigo n?o um deles. Joga com um pau de dois bicos, mas d?erto. Diz uma coisa para os pobres e o contr?o para os ricos, mas d?erto. Tanto que a sua popularidade cresce a cada nova pesquisa de opini? Na ?ma delas, o ?ice de aprova? de seu governo alcan? mais de 70% e a dele, presidente, mais de 80%. Ele fala, fala, fala, viaja, viaja, viaja; o resto do tempo faz pol?ca. H?ma cumplicidade esquisita: Lula finge que governa, e o pov?finge que acredita. Mas, infelizmente, os n?os da estat?ica n?conseguem cegar-me. Pelo contr?o, ao ver tamanha aprova? a um presidente da Rep?ca, que busca deliberadamente engazopar a opini?p?ca, preocupo-me. Para onde estamos sendo arrastados? At?uando e at?nde conseguir?ula manipular a maioria dos brasileiros? Essas considera?s me ocorreram ao ler o discurso que ele pronunciou, no Rio de Janeiro, na favela da Mangueira, ao inaugurar uma escola. De ensino n?falou, claro, j?ue n?l?em escreve. Anunciou a inten? de usar pr?os p?cos desativados como moradia de sem-teto. E aproveitou para mostrar como os ricos odeiam os pobres: disse que os ricos da avenida Nove de Julho, em S?Paulo, n?querem deixar que gente pobre venha morar ali, num pr?o p?co desocupado. Mas n?amos colocar, porque a moradia ?m direito fundamental do ser humano. Palmas para ele! Nessa mesma linha de discurso para favelados, defendeu as obras do PAC, afirmando que a parcela mais pobre da popula? ?ue ser?eneficiada, e aduziu: Quando a gente faz isso, perde apoio de determinada classe social, porque gente rica n?gosta que a gente cuide muito dos pobres. O discurso, como sempre, ?trapalhado mas suficientemente claro para que a mensagem seja entendida: os ricos odeiam os pobres, que s?ntam com Lula para proteg?os. A conclus??bvia: se o Lula ? pai dos pobres, quem se op? ele certamente os odeia e ama os ricos. Assim como se apropriou de tudo o que antes combatera, improvisou o tal PAC, um aglomerado de projetos pr?xistentes de empresas estatais, governos estaduais e municipais, que vai desde o pr?al at? amplia? de metr? o trem-bala. Mas o investimento do governo federal ?e apenas 0,97% do PIB, menos do que investiu FHC em 2001. Se tudo o que est?li ?i?l ou n? pouco importa, desde que sirva para manter Lula e Dilma sob os holofotes.

Ciudadano de segunda

16/02/2009
Comandante: La gente nunca est?onforme. De contra que Ud. le hace la deferencia de recibir a la Bachelet en su casa de citas (la misma donde recibi?Cristina antes) resulta que ahora “la oligarqu? chilena ha formado una tremenda algarab?por una reflexi?ue Ud. escribi?spu?de la cita con ella. Le ronca el “merequet? pa’no decir malas palabras. Mira que venir a criticarlo a Ud. por defender al pobre Evo Morales, que desde el siglo ante’pasa’o se qued?n mar por una guerra “olig?uica”, de la cual los indios bolivianos que ahora est?en el poder no tuvieron culpas. Eso es de l?a elemental. Como que Evo es simpatizante del “modelo obrero-campesino cubano” y el Partido Socialista de la Bachelet “se vendi? imperialismo” no hay como no defenderlo de semejante abuso. Por all?ali? “amigo de Cuba” a justificar diciendo que lo que Ud. dijo era una respuesta cubana al discurso del representante ‘chinelo’ ante los Derechos Humanos, cuando pidi? relator para Cuba. Ese tipo parece que no ley? discurso del ‘chinelo’, lleno de loas a los progresos de Cuba en DD.HH. ratificado con la visita de la Bachelet. La presidenta dijo en la Habana que hab?hablado “de todo” con Ud. Sin embargo, cuando lleg?Chile arremeti?ntra su “respetuosa” reflexi?Que valiente, esper?llegar a Santiago pa’indignarse. Ella dice que le dijo a Ra?ue no le hab?gusta’o nada su escrito y Ud. enseguida escribi?e era un criterio personal, no del gobierno. Eso me record?a canci?e mi ?ca que dec? “¡qui?te lo va a creer, ¡mentiras…!” Sin embargo Comandante, creo que abusamos de la se? presidenta ‘chinela’. La obligamos a no reunirse con los disidentes a cambio de darle una cita con Ud., y resulta que Ud. se nos aparece con esta defensa de Bolivia contra Chile. Nadie es de hierro. Imagino que las cagaleras le hayan nublado su raciocinio, porque to’eso ha dado pie a que un enemigo de la clase obrera ‘chinela’ escriba: “Cr?cuervos y te sacar?los ojos”. To’este l?con la ‘chinela’ nos ha hecho perder el foco m?importante pa’Cuba y es el referendo en Venezuela, donde no s?se juega Ch?z su futuro pol?co, sino que la “dictablanda” suya en la isla pudiera ponerse en salmuera. Si Ch?z pierde, vaya buscando una salida, porque si es por Ra?se va a entregar “completo” a lo’jamericanos. Ahora Comandante, mucho cuida’o con lo del referendo y la Bachelet, mire que la Mafia de Miami anda regando por to’s la’os que no es lo mismo “Ud. perder la paciencia en Cuba con las cosas que “ya sabes” de la chilena y su oligarqu? que “la oligarqu?hacer perder a Ch?z y su paciencia, que se va a Cuba a andar de chinelas”. ¡Mucho cuida’o! Su v?ima. Ciudadano de Segunda.

Marco Antonio Villa

16/02/2009
Militantes de grupos de luta armada criaram um discurso eficaz. Quem questiona vira adepto da ditadura. Assim, evitam o debate. A LUTA armada, de tempos em tempos, reaparece no notici?o. Nos ?mos anos, foi se consolidando uma vers?da hist? de que os guerrilheiros combateram a ditadura em defesa da liberdade. Os militares teriam voltado para os quart? gra? ?suas her?s a?s. Em um pa?sem mem?, ?uito f?l reescrever a hist?. ?urgente enfrentarmos essa fal?a. A luta armada n?passou de a?s isoladas de assaltos a bancos, seq?ros, ataques a instala?s militares e s?poio popular? Nenhum. O regime militar acabou por outras raz? Argumentam que n?havia outro meio de resistir ?itadura, a n?ser pela for? Mais um grave equ?co: muitos dos grupos existiam antes de 1964 e outros foram criados logo depois, quando ainda havia espa?democr?co (basta ver a ampla atividade cultural de 1964-1968). Ou seja, a op? pela luta armada, o desprezo pela luta pol?ca e pela participa? no sistema pol?co e a simpatia pelo foquismo guevarista antecedem o AI-5 (dezembro de 1968), quando, de fato, houve o fechamento do regime. O terrorismo desses pequenos grupos deu muni? (sem trocadilho) para o terrorismo de Estado e acabou usado pela extrema-direita como pretexto para justificar o injustific?l: a barb?e repressiva. Todos os grupos de luta armada defendiam a ditadura do proletariado. As eventuais men?s ?emocracia estavam ligadas ?ase burguesa da revolu?. Uma esp?e de caminho penoso, uma concess?moment?a rumo ?itadura de partido ?o. Conceder-lhes o estatuto hist?o de principais respons?is pela derrocada do regime militar ?m absurdo. A luta pela democracia foi travada nos bairros pelos movimentos populares, na defesa da anistia, no movimento estudantil e nos sindicatos. Teve na Igreja Cat?a um importante aliado, assim como entre os intelectuais, que protestaram contra a censura. E o MDB, nada fez? E seus militantes e parlamentares que foram perseguidos? E os cassados? Quem contribuiu mais para a restaura? da democracia: o articulador de um ato terrorista ou o deputado federal emedebista Lis?as Maciel, defensor dos direitos humanos, que acabou sendo cassado pelo regime militar em 1976? A a? do MDB, especialmente dos parlamentares da ala aut?ica, precisa ser relembrada. N?foi nada f?l ser oposi? nas elei?s na d?da de 1970. Os militantes dos grupos de luta armada constru?m um discurso eficaz. Quem questiona ?achado de adepto da ditadura. Assim, ficam protegidos de qualquer cr?ca e evitam o que tanto temem: o debate, a diverg?ia, a pluralidade, enfim, a democracia. Mais: transformam a discuss?pol?ca em quest?pessoal, como se a discord?ia fosse uma esp?e de desconsidera? dos sofrimentos da pris? N?h?ela? entre uma coisa e outra: criticar a luta armada n?legitima o terrorismo de Estado. Precisamos romper o c?ulo de ferro constru?, ainda em 1964, pelos inimigos da democracia, tanto ?squerda como ?ireita. N?podemos ser ref?, historicamente falando, daqueles que transformaram o advers?o, em inimigo; o espa?da pol?ca, em espa?de guerra. Um bom caminho para o pa?seria a abertura dos arquivos do regime militar. Dessa forma, tanto a a? contr?a ao regime como a dos defensores da ordem poderiam ser estudadas, debatidas e analisadas. Parece, por? que o governo n?quer. Optou por uma esp?e de cala-boca financeiro. Rent?l, ?erdade. Injusto, tamb??erdade. Tanto pelo pagamento de indeniza?s milion?as a privilegiados como pelo abandono de centenas de perseguidos que at?oje n?receberam nenhuma compensa?. ?fundamental n?s?ver as indeniza?s j?provadas como estabelecer crit?os rigorosos para os pr?os processos. Enfim, precisamos romper os tabus constru?s nas ?mas quatro d?das: criticar a luta armada n??poiar a tortura, assim como atacar a selvagem repress?do regime militar n??efender o terrorismo. O pagamento das indeniza?s n?pode servir como cortina de fuma?para encobrir a hist? do Brasil. Por que o governo teme a abertura dos arquivos? Abrir os arquivos n?significa revanchismo ou coisa que o valha. O desinteresse do governo pelo tema ??grande que nem sequer sabe onde est?os arquivos das For? Armadas e dos ?os civis de repress? Mant?os fechados s?menta os boatos e as vers?fantasiosas. * Professor de hist? do Departamento de Ci?ias Sociais da Universidade Federal de S?Carlos (UFSCar) e autor, entre outros livros, de Jango, um perfil.

Graça Salgueiro - notalatina.blogspot.com

16/02/2009
H?lgo de podre no reino da Dinamarca... A vota? na Venezuela ocorreu num clima de aparente paz. N?tive not?a, tampouco vi na TV qualquer not?a de agress?ou viol?ia, coisas t?corriqueiras no dia-a-dia venezuelano e de modo especial em elei?s. Vi pela CNN de Espanhol o momento em que o ditador Ch?z foi votar. Bem diferente daquele Ch?z e 2 de dezembro de 2007, onde esbanjava seguran?da vit?, o Ch?z de hoje parecia mais comedido, conversou com pessoas, apertou m?, distribuiu abra? mas n?fez nenhum espalhafato como em 2007; nenhum pronunciamento, n?mostrou que depositava o voto na urna. Estaria ele sob efeito de medicamentos ministrados por seu psiquiatra ou preferiu n?cantar vit? antes do tempo para n?passar por um vexame monumental como da vez anterior? Veremos, ainda hoje, espero. Houve muitas irregularidades como, por exemplo em Sidney, Austr?a, onde as pessoas que haviam votado da vez anterior, desta vez n?puderam votar porque seus nomes n?constavam das listas. Tamb?na Espanha houve queixas de que n?deixavam as pessoas entrarem na embaixada para votar, pessoas que eram declaradamente opositoras. Da Venezuela recebo den?as de que na Escola Com?io, em Punto Fijo, havia uma chavista com camisa e bon?ermelhos e publicidade do “S? dentro do centro de vota? e levando e trazendo pessoas em seu carro para votar. Essas coisas foram expressamente proibidas pelo CNE mas dona Tibisay n?viu. Tamb?n?viu dona Tibisay, nem seus micos amestrados, que em frente ao INTT havia gente com cornetas tocando desde ?6:30 da manh?colocavam a todo volume o gingle da campanha chavista e nada disso foi reprimido. Eu sabia que alguma coisa de podre malcheirava o ar e agora encontrei o motivo: acabo de ouvir o pronunciamento oficial do CNE, atrav?de sua presidenta Tibisay Lucena que d? vit? do “SIM”. Segundo os dados oficiais, o resultado ? seguinte: SIM – 54.36% NÏ – 45,63% Total de urnas apuradas: 93,20% Conforme eu havia divulgado nessa madrugada, o resultado era o inverso. Agora, d?acada do Pal?o de Miraflores, Ch?z festeja cantando o hino da Venezuela. E em cadei nacional, inicia um daqueles enfadonhos, mentirosos e intermin?is discursos, lembrando que ?evereiro o m?da vit?, certamente fazendo refer?ia ao falido golpe de 1992. Seua macacos gritam hist?cos Uh, ah, Ch?z n?se v? Vit? popular!. Ele sabia deste resultado; sabia desde sempre mas Deus ?ai e consente, mas n?para sempre. O que far? oposi? agora? Vai calar diante de mais esta fraude? A aceita? for?a de Ch?z ?errota em 2007, levava-nos a crer que ele ainda n?estava rendido. A resposta veio hoje. Nada mais h? dizer, a n?ser silenciar, aguardar e rezar por aquele pobre povo escravizado. Fiquem com Deus e at? pr?a. Coment?os: G. Salgueiro

Gerhard Erich Boehme

16/02/2009
A primeira vez que voc?ier a mentir e eu acreditar, a culpa ser?ua. A segunda, ser?inha (Theodor Boehme) Recebi por e-mail o artigo, com os coment?os, do Sr. Marcelo Leite, publicado na edi? de 15 de fevereiro de 2009 da Folha de S. Paulo, o qual apresentava o t?lo “Analfabetos em n?os”, onde citava que “Os colchetes inventados para salvar a cara do presidente n?funcionaram” (Sic). Acesse e leia, vale a pena: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe1502200906.htm Os coment?os s?muito inteligentes, mas considero este debate, com tais indicadores, desnecess?o, por ser improdutivo, quando muito mostra o despreparo do atual ocupante do Pal?o do Planalto em lidar com o principal problema brasileiro. Mas a incompet?ia dele n?foge a regra, ?eneralizada. Quando algu?mente, est?oubando de algu?o direito de saber a verdade. Quando algu?trapaceia, est?oubando o direito ?usti? (Khaled Hosseini em The Kite Runner - O ca?or de pipas. Tradu? de Maria Helena Rouanet - Editora Nova Fronteira) A quest??ue o brasileiro, assim dito no plural, n?se compromete com o ensino fundamental de qualidade, e desta falta de comprometimento nascem todas as nossas mazelas, as quais os ideologicamente estressados imputam a uma infinidade de entidades reais, virtuais e imagin?as, como a globaliza?, ao imp?o norte-americano ou a algo inexistente como o chamado “neoliberalismo”. Isso quando n?apontam em dire? a uma velha, gorda e feia senhora, cheia de pelos no nariz e no “bigode”, a Dona Zelitte. Ela deve ser mulher de algum sindicalista, seguramente, pois estes nunca esquecem dela. Sempre na rota da desresponsabiliza?. A quest??ue temos que assumir compromissos e atuar na causa raiz de nossos problemas, e n?“poblemas”, n??enhor PresiMente? Pregam a “Cultura da Lombada”, n?atuam na causa raiz dos problemas, e como exemplo temos as pol?cas de cotas que criam privil?os para uma m?ma parcela da popula? que se deixa enganar e ser massa de manobra de pol?cos inescrupulosos, pois a maioria dos pobres, sejam eles negros, mesti?, brancos, polacos ou laranjas, continuar?a ter seu futuro anulado. Outra fal?a ? engana? dos pol?cos, do Governador Serra em especial, com sua pol?ca de progress?ou acelera?, fazendo com que os alunos passem de ano. Mas que na realidade n?aprendem. Mas o que esperar de um governador que pior remunera seus professores e policias? E o que ?nteressante para a vida? - O diploma ou o efetivo aprendizado? Bem, em um pa?de pistol? muitos acham que seja o diploma. Um bando de idiotas e ignorantes. Come?com os pais dos brasileirinhos: Qual a pergunta que fazem aos filhos? - Filho voc?ai passar de ano? O correto seria avaliar se os filhos est?efetivamente aprendendo. Mas qual o pai que faz isso? Quando muito os de origem estrangeira, como os judeus, alem?, japoneses, ... Seguramente, pois a cultura ?utra. H? compromisso e entendimento de que o aprendizado ?undamental para formar o cidad?para a vida, sem que ele seja dependente de quem quer que seja, de forma que ele possa desenvolver seu potencial. O indicador correto seria o analfabetismo funcional. E como podemos medi-lo? Simples, segundo a avalia? se, o brasileiro dito alfabetizado, ?apaz de redigir de pr?o punho como foi o seu dia de ontem e como foram seus gastos, em especial calculando quanto pagou em impostos. O ensino fundamental ? principal entrave ao desenvolvimento dos brasileiros e o brasileiro que n?se compromete com a educa? fundamental ? seu principal inimigo. Devemos entender que ?riorit?o o investimento em sa?p?ca e educa? fundamental, pois s?servi? cuja provis?tamb?deve ser garantida subsidiariamente pelo Estado, apesar de que a melhor solu? provavelmente se encontra no financiamento a cada contribuinte para aquisi? desses servi?, seja diretamente ou atrav?de entidades cooperadas, privadas ou confessionais e n?na presta? direta do servi?pelo Estado, sempre em fiel observ?ia ao princ?o da subsidiariedade. Os gastos estatais nesses setores se justificam porque geram externalidades positivas para a sociedade, que se beneficia de uma popula? educada e sadia, benef?os estes que n?poderiam ser individualmente apropriados por investidores privados. Al?disso, existe um argumento normativo: os gastos nessas ?as reduzem as diferen? de oportunidade dos indiv?os no momento da partida do jogo social, para que a partir da? competi? ocorra baseada nos talentos e m?tos de cada um. Administrar ?plicar conhecimento ?? (Peter Ferdinand Dr?r) Reconhecido no Brasil como pai da administra? moderna e conhecido no mundo todo com o maior guru do management de todos os tempos, o saudoso Peter Druecker escreveu esse livro: Managing in the Next Society, lan?o inicialmente no Jap? chegando em 2003 ao Brasil. No in?o do (des)governo do PresiMente Lula. De suas principais id?s – uma das mais surpreendentes foi a previs?de que aumentaria a mobilidade social - tema que agrada enormemente o ocupante do Pal?o do Planalto - a partir do acesso ?duca? formal. Isso significa que para eliminarmos a exclus?social ?undamental investirmos no ensino fundamental, para que este seja de qualidade, atinja indistintamente todos os brasileirinhos e que conte com o comprometimento e a avalia? de toda a sociedade. Al?deste livro, deveria ser leitura de bordo e de cabeceira de todos, pol?cos e sindicalistas em especial, as Revistas Profiss?Mestre (http://www.profissaomestre.com.br/) e Nova Escola (http://revistaescola.abril.com.br/). Estas revistas disponibilizam newsletter gratuitas, que devem ser lidas obrigatoriamente por cada um de n?quando desejamos dar os primeiros passos a uma efetiva revolu? que venha a mudar o Brasil para melhor. E ?mportante entendermos que se n?dermos este primeiro e importante passo nesta dire?, continuaremos sendo coniventes com a nossa triste realidade. Outra caracter?ica importante entre suas acertadas previs?foi que os pilares de uma empresa seriam modificados, o que de fato ocorreu, dentre eles que o significado da produ? ? conhecimento, que o conhecimento ?ropriedade dos trabalhadores e que este ?acilmente transport?l, rompeu-se todo um paradigma que focava a cl?ica divis?entre o capital e o trabalho, onde os ideologicamente estressados encontram apoio para suas superadas teorias. Mas o triste deste cen?o ?ue a falta de compromisso com o ensino fundamental e por mantermos uma legisla? e regulamenta? na ?a trabalhista superada pelo tempo e por uma vis?corporativa e conservadora, a rela? do trabalho desloca os brasileirinhos primeiro para a exclus? pois suas potencialidades s?anuladas devido ??ima qualidade do ensino fundamental e depois os deslocam para a informalidade, onde se encontra mais da metade da for?de trabalho, sem contar que por conta desta press?os deslocam tamb?para a criminalidade, agravando a viol?ia crescente no Brasil. Segundo dados do IPEA a viol?ia j?ompromete mais de 5% de nosso PIB, mas que segundo minhas considera?s supera 10% do PIB. http://www.nevusp.org/portugues/index.php?option=com_content&task=view&id=199&Itemid=29 http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG77064-6009-466-2,00-DO+PIB.html Vale lembrar que a gera? de empregos no Brasil desde 2003 nem ao menos acompanhou o crescimento vegetativo da popula?. O principal entrave ao nosso desenvolvimento, e o mais perverso deles, est?o baixo investimento na ?a do ensino fundamental, que n??niversal e muito menos de qualidade. Optamos por privilegiar os gastos na ?a da educa? para o ensino superior gratuito, criando um dos mais perversos mecanismos de concentra? de renda, dos impostos pagos pelos mais desfavorecidos, a maior parte ?estinada ?universidades estatais e atrav?destas, por meio de pol?cas populistas, aos que l?studam, onde seguramente a totalidade dos mais pobres n?tem acesso, mesmo com as pol?cas revestidas de falta de meritocracia, demag?as e populistas de cotas. Pior ?ue se cria na mentalidade do universit?o brasileiro, a futura elite intelectual, que ?onesto e moral viver ?usta do Estado, deixando de lado a compreens?clara que qualquer gasto p?co ?oberto pelos impostos, que como sabemos impede tamb?o nosso desenvolvimento e penaliza os mais pobres. O ensino superior deve ser sempre pago, pois existem meios para tal, entre os quais temos: 1. sistema de cr?to educativo eficaz e justo; 2. bolsas por parte do Estado, atreladas ao desempenho no ensino fundamental ou outro crit?o de compet?ia e n?de privil?o, como se verifica agora nos sistemas de cotas, nos casos dos brancos, negros, mesti?, amarelos, ruivos, laranjas ou polacos – sendo livre a escolha por parte do aluno a entidades de ensino superior, podendo optar por uma federal, estadual, confessional e particular, aquela que melhor mostrar sua compet?ia; 3. bolsas por parte das empresas ou “padrinhos”, dedut?is do imposto de renda; 4. financiamento direto, tal qual hoje nas particulares ou confessionais; 5. pago pela pr?a institui? mediante presta? de servi? de monitoramento e outros - o aluno presta servi? ?ntidade de ensino superior; 6. presta? de servi?militar (incluindo civil) obrigat?, no qual seriam remunerados pelo piso m?mo da categoria, mas teriam que prestar servi?nas localidades em que forem designados pelas for? armadas; 7. fundos de investimentos; 8. atrav?das ONGs ligadas aos direitos dos afro-descendentes ou de outras etnias poss?is; 9. ou outra forma criativa, afinal somos mestres nesta quest?.... A cria? de fundos de investimentos seria seguramente a melhor alternativa, pois se cria a mentalidade da poupan?interna, ? modalidade que poderia servir de modelo para um processo de transi?, no qual o Estado capitalizaria o potencial aluno durante, digamos uma d?da, at?ue o sistema adquirisse a sua gest?independente. O dia em que o cidad?comum compreender que ?le o verdadeiro e ?o contribuinte, de todos os impostos, certamente vai arrega? as mangas e ajudar a corrigir muitos absurdos da nossa sociedade, a come? pelo ensino superior gratuito.” (Gerhard Erich Boehme). A cultura do dinheiro do Governo foi refor?a pelos benef?os sociais (vale-coisa e cesta-de-coisa), e ao governo ?tribu? a responsabilidade por manter o cidad?vivo (ainda que na mis?a). O assunto ?ol?co, eu sei, mas temos que romper o modo brasileiro de pensar em viver ?usta da coisa p?ca, na realidade dos outros que trabalham ou j?rabalharam, usando talento, criatividade, dedica? e esfor?pr?o. Deve come? com as chamadas elites, que seja a intelectual, em especial a que est?endo formada para criar um Brasil onde o clientelismo pol?co, com seu capitalismo de comparsas e socialismo de privilegiados n?tenha mais espa? There is no free lunch, como dizia o saudoso Milton Friedman. A quest??ue n?existe sandwish gr?s, algu?acaba pagando a conta e seguramente n?ser?os empres?os ou os pol?cos. A corda sempre arrebenta para o lado mais fraco, al?de exigir a atua? do Estado onde n??sfera de sua compet?ia, em total desrespeito ao princ?o da subsidiariedade. O professor Jos??io Camargo, da Pontif?a Universidade Cat?a do Rio de Janeiro, fez as contas sobre a natureza das despesas sociais (educa?, sa? previd?ia e assist?ia social), chegou ?onclus?que do total de recursos gastos com educa?, por exemplo, mais de 60% se destinam ?universidades estatais (Federais e Estaduais), onde estudam os mais favorecidos. Seguramente este ?m dos processos mais nefastos de concentra? de renda, pois cria a mentalidade de se servir do Estado, na realidade dos que pagam impostos, pois o Estado ?ma entidade virtual que muitos teimam em torn?a parte do seu dia-a-dia. Temos sim ? brasileiro, as comunidades e o povo brasileiro. O Estado foi criado para servir ao povo, n?o contr?o. Pior agora com a Reforma Universit?a realizada pelo PresiMente Lula, que ampliou a dota? or?ent?a dos injustos 60% para 75% dos gastos com educa? serem destinados ao ensino superior gratuito. Ele n??penas conivente com esse processo de concentra? de renda, como ?amb?respons?l por ele. A t?lo de reflex? a minha proposta ?para que possa ser socialmente justa, que todo o cidad?brasileiro, dos 17 as 24 anos, tenha durante 5 anos uma bolsa, digamos bolsa projeto de vida e cabe a ele decidir se deve: a. utiliz?a para pagar os seus estudos; b. para uma poupan?permitindo abrir seu neg? pr?o; c. para investir em a?s, se optar por ser ou continuar a ser empregado. Esta ?ma proposta socialmente justa, termo t?em voga atualmente “nezzepais”... ...n?entendo essa mania de se colocar o termo social em tudo, ?omo se n?viv?emos em sociedade .... ..., pois alcan?ia a todos os que vivem no Brasil nesta faixa et?a. Afinal, como consta na nossa Constitui?: todos s?iguais perante a lei. Ou devemos ser coniventes com os privil?os ou mecanismos concentradores de renda? Justa, sim... .... mas quem paga? Uma proposta justa, por?n?seria suport?l pela sociedade que trabalha e paga impostos e que seguramente iria causar muito mal a nossa juventude, tirando dela o principal desafio que ? de batalhar no in?o de sua carreira profissional e obter a sua dignidade atrav?do esfor?pr?o ou do reconhecimento para com aqueles que o auxiliaram nos anos mais importantes de suas vidas. Quanto ?a?s, temos que pensar em democratizar o mercado de investimentos, a proposta ?e se criar um novo mercado de a?s que financie id?s, projetos, empreendimentos e empresas sem burocracia e restri?s: http://www.if.org.br/. O resultado deste entrave ?ue ensinamos aos nossos jovens, os ir?que formar a elite intelectual brasileira, que ?usto viver ?usta do Estado, na realidade dos outros que trabalham e pagam impostos, sem contar que lhes retiramos uma das principais oportunidades para obter dignidade atrav?do esfor?pr?o, logo no in?o de suas carreiras. Luz no fim do t? Felizmente temos em curso algumas das mais importantes mobiliza?s nacionais, n?em defesa de interesses de minorias ou grupos de press? muito menos atrelados a oclocracia que se deseja implantar no Brasil, mas sim de toda a sociedade que se v?ef?de nossos pol?cos corruPTos,trucanos e clientelistas: http://www.deolhonoimposto.com.br/ e a mobiliza? a partir de um representantes da iniciativa privada, educadores, economistas, comunicadores e gestores p?cos da educa? passaram a se reunir para discutir caminhos e alternativas para a efetiva? do direito ?duca? p?ca de qualidade no Brasil (http://www.todospelaeducacao.org.br/). A fun? do Estado ?ervir ao povo, servir ?ociedade dos homens. Servir significa sustentar, valorizar e tornar cada vez mais equilibrada a realidade do povo, n?retirando do cidad?sua autonomia, mas sim realizando somente aquilo que as Prov?ias, Cidades, Comunidades, Fam?as e finalmente o indiv?o n?podem fazer. Em uma sociedade sadia, primeiramente as pessoas se organizam em grupos e movimentos dentro de um contexto de comunh?e afinidades, para responder ?necessidades profundas e ?exig?ias origin?as de cada pessoa, depois sim entra o Estado na vida do cidad? n?como uma entidade formada por parasitas, mas que realize aquilo que o cidad?n?pode ou n?tem interesse em realizar. A sociedade brasileira anseia por um Estado forte em suas compet?ias fundamentais, a come? pela justi? incluindo, nos Estados, seus primeiros passos atrav?da pol?a judici?a (Pol?a Civil e Pol?a T?ico-cient?ca), seguran?p?ca - preven? aos crimes, tributa? racional, sem privil?os e suport?l, rela?s exteriores, defesa nacional, sa?p?ca, etc., de forma que o brasileiro tenha bons servi? p?cos e saiba realmente o que isso significa: Bens p?cos t?como caracter?ica essencial a impossibilidade de limitar o seu uso ?eles que pagam por ele. Devemos entender que ?riorit?o o investimento em sa?p?ca e educa? fundamental, pois s?servi? cuja provis?tamb?deve ser garantida subsidiariamente pelo Estado, apesar de que a melhor solu? provavelmente se encontra no financiamento a cada contribuinte para aquisi? desses servi?, seja diretamente ou atrav?de entidades cooperadas, privadas ou confessionais e n?na presta? direta do servi?pelo Estado, sempre em fiel observ?ia ao Princ?o da Subsidiariedade. Os gastos estatais nesses setores se justificam porque geram externalidades positivas para a sociedade, que se beneficia de uma popula? educada e sadia, benef?os estes que n?poderiam ser individualmente apropriados por investidores privados. Al?disso, existe um argumento normativo: os gastos nessas ?as reduzem as diferen? de oportunidade dos indiv?os no momento da partida do jogo social, para que a partir da? competi? ocorra baseada nos talentos e m?tos de cada um. N?se conhece na? que tenha prosperado na aus?ia de regras claras de garantias ao direito de propriedade, do estado de direito e da economia de mercado. (Professor Ubiratan Iorio de Souza) Cabe ao Estado ser forte em suas atribui?s b?cas, que na esfera Federal s? Emiss?e controle da Moeda, atrav?de um Banco Central independente, Rela?s Exteriores, Supremo Tribunal Eleitoral, Supremo Tribunal Federal, Com?io Exterior, For? Armadas, Seguran?P?ca nas faixas de Fronteira, Pol?a Federal, normatiza? da Avia? Civil, Marinha Mercante, Vigil?ia Sanit?a e Obras de Integra? Nacional, Administra? de Parques Nacionais, Administra? Ind?na, diretrizes de Meio Ambiente, Propriedade Intelectual, Energia Nuclear, e Previd?ia P?ca Federal. Se observarmos o Princ?o da Subsidiariedade, podemos concluir que caberia ao Estado apenas a solu? de tr?grupos de problemas econ?os: bens p?cos, externalidades negativas e positivas, monop?s naturais. O que temos: bens p?cos s?mal geridos e n?entendemos o seu significado, externalidades negativas s?desprezadas pela sociedade, com destaque ao ensino fundamental que ainda n??ompromisso dos brasileiros e os monop?s naturais, os quais est?a servi?de interesses privados. Cabe ao Estado assegurar a liberdade de se empreender. A melhor qualidade de vida, o desenvolvimento e as melhores condi?s de gera? de trabalho riqueza e renda ser?consequ?ias naturais, ainda mais para n?rasileiros, que contamos com um potencial enorme de recursos naturais como bem nos lembra o Pesquisador Carlos Nobre no ?mo Planeta Sustent?l da Revista Voc?/A: A inven? de uma nova economia. Acesse: http://vocesa.abril.com.br/sumarios/0125.shtml N?? toa que somos um dos pa?s mais violentos do mundo, onde mais de 10% de nosso PIB ?asto com a viol?ia. Isso sem contar que o cidad??raticamente escravo, pois mais de 40% de sua renda ?oje comprometida com o pagamento de impostos, os quais n?retornam em bens e servi? p?cos de qualidade. E temos a? pergunta que cabe ser respondida pelo PresiMente; E os escravos de hoje? E os escravos de amanh?Quem se compromete com eles? Al?da mentira, seguramente esta ser? sua principal marca. http://www.deolhonoimposto.com.br/ http://www.todospelaeducacao.org.br/ Bem, ?m tema interessante ao debate, aguardo cr?cas ou sugest? as quais podem ser encaminhadas ao endere?abaixo, pois gostaria de saber onde e porque estou errado, o ideal seria receber a resposta do PresiMente Lula ou de seu Ministro da Educa?, mas isso seria muita pretens?de minha parte. No aguardo, Gerhard Erich Boehme boehme@folha.com.br (41) 8877-6354 Skype: gerhardboehme Caixa Postal 15019 80811-970 Curitiba PR A melhor maneira que a gente tem de fazer poss?l amanh?lguma coisa que n??oss?l de ser feita hoje, ?azer hoje aquilo que hoje pode ser feito. Mas se eu n?fizer hoje o que hoje pode ser feito e tentar fazer hoje o que hoje n?pode ser feito, dificilmente eu fa?amanh? que hoje tamb?n?pude fazer. (Paulo Freire)

Felipe Vieira (matéria da Folha).

16/02/2009
Para cada agente p?co de seguran? h?r?privados. Brasil tem aproximadamente 1,7 milh?de vigilantes contra 602 mil policiais civis, militares e federais e bombeiros. M?a brasileira ?uperior ?os Estados Unidos, com 2,5 agentes privados para cada p?co, e do M?co, com ?ice de 2 para 1 (por Lucas Ferraz/ Folha de S?Paulo Para cada agente p?co de seguran? h?r?privados. Brasil tem aproximadamente 1,7 milh?de vigilantes contra 602 mil policiais civis, militares e federais e bombeiros. M?a brasileira ?uperior ?os Estados Unidos, com 2,5 agentes privados para cada p?co, e do M?co, com ?ice de 2 para 1; por Lucas Ferraz/ Folha de S?Paulo Existe no Brasil um ex?ito privado de vigilantes, respons?l pela seguran?principalmente das classes alta e m?a alta, empresas, locais de entretenimento e do pr?o poder p?co, que ?uase o triplo do tamanho do efetivo total de policiais civis, militares e federais, al?dos batalh?do Corpo de Bombeiros das 27 unidades da federa?. S?aproximadamente 1,7 milh?de vigilantes cadastrados -sendo que somente 455 mil t?carteira assinada-, segundo a Pol?a Federal. Por outro lado, o pa?conta com 602 mil agentes da seguran?p?ca -de acordo com n?os de 2006 (?mo ano dispon?l) repassados pelos Estados ao Minist?o da Justi? O crescimento da seguran?particular ?ignificativo, o que faz o Brasil superar a m?a de agentes privados versus agentes p?cos de pa&# 237;ses como Estados Unidos (2,5 por 1) e M?co (2 por 1). Dessa conta, contudo, est?exclu?s os cerca de 800 mil vigilantes clandestinos estimados pela PF, ?o respons?l por autorizar e fiscalizar as empresas do setor e que responde pelo treinamento dos vigias. S? 2008, 139.654 novos cadastros de agentes particulares foram lan?os no sistema da institui?. De 2002 at?aneiro deste ano, o n?o de profissionais cresceu 87%. O cruzamento das informa?s, feito pela Folha, revela tamb?a substancial diferen?da expans?entre os servi? p?co e privado: de 2003 a 2006, o efetivo respons?l pela seguran?p?ca aumentou 5%; na iniciativa privada o salto foi de quase 40%. S?Paulo ? Estado que mais utiliza seguran?privada -s?464 mil homens cadastrados, contra 121 mil agentes de seguran?p?ca, segundo dados da Secretaria da Seguran?P?ca. A m?a, de 3,8 por 1, ?aior que a nacional. A procura cada vez maior por seguran?privada, reflexo, segundo especialistas, do aumento da sensa? de inseguran?da popula?, leva ao aumento da oferta de trabalho na ?a. Oportunidade que fez M?io Henrique, 42, procurar o setor. [eu] Era vendedor, estava desempregado e vi que era um bom neg?, diz o cearense radicado em Bras?a h?7 anos, dez deles como vigilante -M?io trabalha em uma ag?ia do Banco do Brasil. Para as empresas do setor, que movimentaram R$ 16,7 bilh?no ano passado, o que conta na hora de contratar ? experi?ia pr?a em seguran? o que torna policiais e membros das For? Armadas potenciais candidatos, segundo o especialista Calil Buainain. Assim foi com On?mo Rodrigues, 27. Antes de entrar na Pros egur, uma das maiores do ramo, ele serviu por dois anos no Batalh?da Guarda Presidencial do Ex?ito, em Bras?a. A diferen?salarial ?rande, conta ele. O setor p?co ? que mais utiliza a seguran?privada, afirma Adelar Anderle, coordenador-geral de controle da seguran?privada da PF. Apesar do grande n?o de seguran? privados, o percentual de pessoas que usam o servi??aixo. Em Belo Horizonte, por exemplo, s?% da popula? de 2,4 milh?de habitantes usavam vigil?ia particular em suas ruas, segundo estudo do Crisp de 2005. (Colaborou FELIPE SELIGMAN)

Jayme Copstein

16/02/2009
N?h?omo escapar do vexame, tanto o governo brasileiro, que desceu da sua dignidade para se envolver em mero epis? policial, como os opinadores de plant? agora tentando justificar excessos verbais com a verossimilhan?de uma vers? Se o que se cr?udesse ser tomado por verdadeiro, ainda estar?os queimando bruxas como na Idade M?a. Com a confiss?do pai da suposta v?ma dos skinheads su?s, de que n?saberia sequer onde encontrar provas da gravidez da filha – ele antes vociferava indigna? pelos netos perdidos – o caso se encaminha para o arquivo inaugurado com a Escola de Base de S?Paulo e engordado com toda a esp?e de achismos. N?se pode, contudo, deixar sem registro o pior momento de toda a sua hist? tanto da diplomacia com da imprensa brasileira. Algu?at?ode defender as bondades do governo brasileiro com a cumpanheirada aboletada no poder por pa?s afinados no cantoch?ideol?o. Mas, pedir ao embaixador de um pa? qualquer pa? explica?s sobre mera ocorr?ia policial, n?passa de demagogia barata e ignor?ia das coisas mais comezinhas da diplomacia. Ou acaso embaixadores brasileiros foram convocados pelos governos respectivos, quando turistas americanos, italianos, franceses, japoneses, portugueses e espanh?foram assaltados e at?ssassinados no Rio de Janeiro? J? imprensa brasileira parece ter perdido o discernimento para separar interpreta? dos fatos do que um ou outro pensem a respeito. Reinaldo Azevedo, em artigo recente na revista Veja (11 de fevereiro) definiu com precis? Relatar a vers?de todas as partes envolvidas e o leitor que tire as suas conclus? ?o jornalismo entendido como uma vitrine de diverg?ias para satisfa? do voyeurismo ideol?o. Entre os produtos expostos, deveria estar tamb?o elogio ao terror, j?ue h?onsumidores que o desejam. E tamb?o incitamento das massas, acrescente-se.

Tibiriçá Ramaglio

16/02/2009
Na semana do bicenten?o do nascimento de Charles Darwin, o debate sobre evolucionismo e criacionismo foi apresentado de modo reducionista pela m?a de um modo geral. Procurou-se contrapor as evid?ias emp?cas que sustentam a teoria ?parente ingenuidade do mito b?ico, particularmente entre os que fazem uma leitura literal do texto das Sagradas Escrituras. A inten? era incensar Darwin, em detrimento dAquele que, de fato merece ser incensado. Ora, para um debate s?o, n?se deveria contrapor a narrativa b?ica ?evid?ias cient?cas que alicer? a teoria evolucionista, mas discutir se o Universo e o homem t?uma origem de car?r natural e casual ou sobrenatural e intencional (que as Escrituras apresentam em linguagem mito-po?ca, embora possam ser apreendidas de outro modo pela ci?ia). Esse ? X da quest? Por outro lado, tamb??educionismo colocar ci?ia e religi?em campos opostos e excludentes, como fizeram quase todas as reportagens, ?uisa de concess?aos leitores religiosos. Conv?lembrar, por exemplo, que o geopaleont?o, fil?o e padre jesu? Teillhard de Chardin formulou uma teoria racional e plaus?l em que a evolu? ? express?de uma Intelig?ia divina. Al?disso, ?nticient?co dogmatizar a teoria da evolu?, considerando-a um fato inquestion?l. Segundo o postulado de Karl Popper, a possibilidade de uma teoria ser refutada (falseabilidade) constitui a pr?a ess?ia do saber cient?co. Assim, a teoria da evolu? s?ci?ia enquanto pass?l de refuta? e atualiza?. Apesar de se tratar do bicenten?o de nascimento de Darwin, as comemora?s tamb?n?deveriam ter sido manique?as a ponto de esquecer que o pr?o darwinismo se sujeitou a uma leitura fundamentalista: o darwinismo social est?a base da doutrina racial nazista e da concep? de eugenia, que os avan? da gen?ca tornam uma irresist?l tenta? j?a atualidade. O texto mais interessante que li, no entanto, foi o do bi?o Fernando Reinach, em O Estado de S. Paulo de 12 de fevereiro. ?o mais interessante por ser o mais ambicioso e, baseando-se num racioc?o equivocado, pretende demonstrar, com pressupostos evolucionistas, por que o c?bro animal n?acredita em Darwin. Segundo Reinach, as ideias de Darwin e Galileu sofrem da dificuldade do c?bro humano em aceitar conceitos abstratos que se chocam com as observa?s diretas dos sentidos. Por isso, apesar de sabermos, a partir de Galileu, que a Terra gira ao redor do Sol, o que vemos ? Sol se deslocar no c? do nascente ao poente. Isso se d?orque o sistema visual considera o corpo que habita como ponto de refer?ia. Para essa parte de nosso c?bro, somos o centro do universo. Ainda seguindo as premissas do bi?o, com a teoria da evolu? de Darwin ocorre fen?o semelhante. Desde que os c?bros e os sistemas visuais surgiram, eles t?observados outros seres vivos. E o que os olhos observam ?ue os seres vivos se comportam como se fossem guiados por uma vontade interna ou por um plano de a? com objetivos definidos. As plantas crescem em dire? ao Sol, as ra?s buscam ?a. [...] Nosso sistema visual nos informa que todo ser vivo segue um plano e que cada parte desse plano parece ser um dos elementos de um projeto maior. ?f?l imaginar como nosso c?bro criou o conceito de um ser superior. Antes de mais nada, em seu materialismo rasteiro, Reinach n?faz a necess?a distin? entre c?bro e mente, o que contradiz as mais recentes formula?s da neuroci?ia e da psiquiatria. Mas, ainda que se deixe isso de lado, seu racioc?o continua capenga pois o que ocorre quando vemos o sol deslocar-se no c??implesmente uma impress? J?uando vemos uma planta crescer em dire? ao sol nosso sistema visual n?nos informa que cada ser vivo tem um plano que, por sua vez, parece ser um dos elementos de um projeto maior. N?s?nossos sentidos que nos informam sobre relac?de causa e efeito. Isso ?ntu? ou deduzido pela mente a partir de opera?s racionais. Vejo a planta crescer em dire? ao Sol e deduzo que h?ma rela? entre o crescimento da planta e a luz do sol. Ou seja, entre as duas situa?s, o deslocamento do Sol no c?e o crescimento da planta, h?ma diferen?fundamental: a primeira trata da apreens?imediata da realidade pelos sentidos, a outra da apreens?da realidade mediada pelo racioc?o. Compar?as para deduzir a partir disso que ??l imaginar como nosso c?bro criou o conceito de um ser superior ?ma especula? que nada tem de cient?co, ao contr?o do que pretende o bi?o Reinach. N?foi o c?bro que criou o conceito de sum ser superior. O c?bro n?cria conceitos. ?a mente que cria. Quanto ao conceito de um ser superior, sim, a mente humana pode t?o intu? pois ?sso que nos fazem supor os estudos antropol?os e arqueol?os. Mas n?existe nenhuma obje? incontest?l de que esse conceito tenha sido apreendido de outra maneira: pela gra?da revela? divina. http://observatoriodepiratininga.blogspot.com

Percival Puggina

16/02/2009
H?ma pol?ca estabelecida em rela? aos delitos e ?penas. Bem organizadas correntes de opini?promovem a condena? das condena?s. O quadro das penas tidas como reprov?is come? pela de morte, seguiu para a de pris?perp?a e alcan? agora, a pena de pris?seja pelo tempo que for. Dizem que ?reciso buscar outros meios para enfrentar o crime. Denunciam que a priva? de liberdade ?oisa medieval. Argumentam que ela tem sido insuficiente para conter o avan?da criminalidade. Alegam que os pres?os deseducam. Proclamam que manter um indiv?o atr?das grades agrava os desajustes que o levam ?r?ca criminosa. Em outras palavras: os criminosos deveriam receber san?s mais criativas. Talvez algo assim como escrever cem vezes no quadro negro: “N?devo oferecer drogas na porta das escolas”. A toler?ia com o intoler?l virou praga social. Os pais deixam de punir os filhos e a pr?a express?castigo tornou-se malvista. O professor que segura o bra?de um aluno enfrenta constrangimentos. Magistrados trocam a lei pela miseric?a e relutam em mandar para a cadeia. Presos do semi-aberto viram assaltantes em full time. Adotam-se decis?que podem resultar na soltura de mais de 200 mil presos em todo o pa? E por a?espenca nossa seguran? Diante de tal cen?o, vale lembrar certas verdades: 1º) a maior parte dos crimes ?ntecedida de uma avalia? de riscos, sendo o impulso ?? criminosa inversamente proporcional ?xpectativa de puni?; 2º) o trin? pol?a ?l, processo r?do e pena severa ?ltamente inibidor; 3º) a pena pesada, aplicada a um r? intimida outros indiv?os de fazerem a mesma coisa; 4º) bandido preso sai do mercado do crime e deixa de causar dano ?ociedade; 5º) quem est?a cadeia pode ser reeducado. Em contrapartida, examinemos essa ojeriza ?penas severas (a?nclu? a de pris?. ?verdade que somente elas n?resolvem o problema da criminalidade, que precisa ser enfrentada por muitos meios. Ali? nenhuma das outras condi?s, tomada de modo isolado, acaba com o problema. Tampouco o far?todas juntas – desenvolvimento econ?o e social, educa? de qualidade, melhor distribui? de renda, aumento dos contingentes policiais, celeridade nos processos criminais, planejamento familiar. Portanto, assim como a insufici?ia espec?ca de cada provid?ia em seus efeitos sobre a criminalidade n?nos leva a desistir delas, tampouco servir?ara justificar a n?aplica? de penas severas. Que aconteceria se adot?emos a regra de que a pris?n?resolve coisa alguma e solt?emos todos os presos? A experi?ia mostra que a pena rigorosa, aplicada com a devida rapidez, inibe a criminalidade. Pa?s mu?manos que adotam a lei da sharia cortam as m? dos ladr? Nasri Salhab, que foi embaixador do L?no na Santa S?escreveu um livro n?traduzido para o portugu? com o t?lo “Islam as I came to know it”, de car?r apolog?co em rela? ao Cor? e nele afirma que a aplica? desse preceito “tirou a Ar?a Saudita da lei da selva e a transformou num para? de seguran?na terra”. Cerca de 64 pa?s ainda mant?a pena capital e a metade destes aplicam-na aos traficantes de drogas. Entre eles est?Indon?a, Mal?a, Filipinas, China e Cingapura. As execu?s de tais senten? raramente alcan? algumas dezenas ao ano. Por qu?Porque l?vender droga ?atal para a sa? E aqui, no para? da pena branda? N?consegui descobrir quantos dos quase meio milh?de presos brasileiros s?traficantes. Certamente n?s?dezenas, mas dezenas de milhares. E quantos mais, fora das pris? infernizam o pa?com o maldito neg? do v?o e da desgra?pessoal, familiar e social? N? leitor, n?estou advogando a mutila? de ladr?nem a execu? de traficantes. Estou apenas provando que a aplica? de penas severas inibe o crime. Ponto. ____________________________ * Percival Puggina (64) ?rquiteto, empres?o, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezena de jornais e sites no pa? autor de Cr?as contra o totalitarismo e de Cuba, a trag?a da utopia.