Sentindo os reflexos do desaquecimento global, a taxa de c?io brasileira encerrou o ano de 2008 em alta, com o d? valendo cerca de R$ 2,33. Mesmo assim, a desvaloriza? do Real n?foi suficiente para evitar que no primeiro m?de 2009, a balan?comercial brasileira apresentasse um saldo negativo de US$ 518 milh? algo que n?ocorria desde mar?de 2001, quando apresentou um d?ct de US$ 281 milh?
Por?o motivo desta ocorr?ia n?foi o aumento das importa?s, pois as mesmas at?airam na compara? entre janeiro e o m?anterior (US$ 10,306 bilh?ante US$ 11,517 bilh?de dezembro de 2008 – queda de 10,51%), mas sim a diminui? das exporta?s (US$ 13,818 bilh?em dezembro contra US$ 9,788 bilh?em janeiro – queda de 29,16%). A redu? da taxa Selic na ?ma reuni?do Copom, quando a mesma caiu um ponto percentual e passou a valer 12,75% ao ano, tamb?n?remeteu ?evers?de tal quadro, devendo a ind?ia nacional no primeiro trimestre deste ano – a exemplo do ?mo trimestre de 2008, quando apresentou queda de 19,8% na compara? aos ?mos tr?meses de 2007 – continuar apresentando resultados desalentadores.
Os n?os integralizados de dezembro, do setor secund?o brasileiro, apresentaram redu? em 12 das 14 regi?pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?ica (IBGE), com o ?ice nacional ficando em torno de -12,4%, transformando o referido ?ice no pior resultado mensal desde 1991, em plena vig?ia do Plano Collor. Na compara? com novembro, as retra?s foram registradas em Minas Gerais (-16,4%), na Bahia (-15,6%), em S?Paulo (-14,9%), no Paran?-11,3%), no Rio Grande do Sul (-10,0%), na regi?Nordeste (-8,9%), no Rio de Janeiro (-8,2%), no Esp?to Santo (-7,9%), em Santa Catarina (-7,5%), no Par?-6,7%), em Pernambuco (-5,7%) e no Cear?-4,1%). Somente no Amazonas (+0,9%) e em Goi?(+0,4%) foram verificadas altas na produ? industrial. Na rela? com dezembro de 2007, os n?os foram piores ainda, com retra? de 14,5%. Excetuando Goi? com aumento de 1,1%, todas as demais regi?apresentaram queda, com destaque ao Esp?to Santo (-29,6%), ?inas Gerais (-27,1%) e ao Rio Grande do Sul (-15,5%).
No confronto entre o terceiro e o quarto trimestre do ano passado, n?houve um resultado positivo qualquer em todas as regi?avaliadas. Os piores ?ices foram observados no Esp?to Santo (-21,7%), em Minas Gerais (-16,2%) e no Rio Grande do Sul (-10,3%). Se a leitura for remetida aos ?mos trimestres de 2007 e 2008, tr?estados apresentam ?ices positivos: Par?1,6%), Goi?(1,4%) e Paran?1,0%), enquanto a regi?Sudeste registrou queda substancial em tr?dos quatro estados: Esp?to Santo (-9,2%), Minas Gerais (-5,0%) e S?Paulo (-3,4%). Os n?os do sudeste do Pa?podem ser atribu?s ao fato da cadeia automotiva e de segmentos oriundos de commodities – como o min?o de ferro e a?– estarem entre as principais atividades industriais da regi?
Mesmo que a maioria dos ?ices do setor secund?o brasileiro tenham apresentando queda no ?mo trimestre do ano passado, todas as regi?– exceto Santa Catarina, que devido aos impactos clim?cos que sofreu, fechou o exerc?o anual em baixa de 0,7% – apresentaram crescimento em 2008. Os mais fortes foram registrados no Paran?+8,6%), em Goi?(+8,5%), no Esp?to Santo e no Par?+5,6% em cada estado) e em S?Paulo (+5,3%), enquanto a m?a nacional foi de 3,1%. Dessa forma, o Rio Grande do Sul, com aumento de 2,5%, fixou-se abaixo do crescimento m?o brasileiro.
Os n?os da ind?ia nacional apresentados neste estudo alcan? todo o ano passado. Com os recuos de 19,8% na compara? entre os ?mos trimestres de 2007 e 2008 e de 12,4% de dezembro ante novembro do ano passado – que remetaram a uma queda no n?l de emprego de 1,8% no mesmo per?o – mais que um crescimento sazonal, os produtores industriais esperam um maior incentivo governamental. Um bom exemplo ? publicado recentemente no Di?o Oficial da Uni?(DOU), que zerou a al?ota do Imposto de Renda com despesas com pesquisas de mercado, alugu? e arrendamentos de estandes e locais para exposi?s ou feiras, no exterior, abrangendo ainda promo?s e propagandas desses eventos, bem como a divulga? de destinos tur?icos brasileiros. Todavia, tais medidas, embora v?das, s?ainda incipientes, necessitando serem seguidas pela amplia? da infraestrutura (via acelera? das obras do PAC) e pela gera? de pol?cas desenvolvimentistas mais abrangentes, com uma maior abertura de linhas de cr?to, para compensar o fechamento do financiamento internacional, devido a crise econ?a vigente.
Al?disso, o Pa?necessita aumentar o quanto antes sua participa? no com?io global, mesmo diante de um cen?o recessivo, aproveitando a t?da recupera? das commodities agr?las. ?preciso que o Brasil recupere o super?t comercial, baixe a taxa de juros, o spread banc?o e ao mesmo tempo consiga crescer de forma sustent?l. Este ? desafio atual.
* Economista