• Alex Pipkin, PhD
  • 22 Setembro 2022


Alex Pipkin, PhD

            Já escrevi bastante, inclusive sendo criticado por alguns (genuína liberdade de expressão!), referente à agenda do ESG - meio ambiente, social e de governança.

Evidente que não sou contrário a determinados temas dessa programática, no entanto, há muitos interesses de poucos envolvidos, muita ganância política e de grandes investidores, uma profusão de modismos contraproducentes e, especialmente, uma miscelânea de temáticas que, de fato, depõem contra a possibilidade de as empresas solucionarem os problemas efetivos dos consumidores e melhorarem, objetivamente, a vida das pessoas e das comunidades em que essas vivem.

É mais do que crucial enfatizar que a missão de uma organização é satisfazer os desejos e as necessidades dos consumidores, resolvendo seus problemas reais, o que em um mercado livre é sinalizado pelo alcance de uma lucratividade superior. O consumidor é o soberano.

Aliás, os velhinhos - e a velhinhas - investem suas aposentadorias na expectativa de ganharem dinheiro. Infelizmente, há muita manipulação ideológica por parte de intermediários, possuidores de interesses distintos dos poupadores. Para os pequenos investidores, sem retorno financeiro, “no dancing”! Eles ainda dançam?

O ESG, como muitos quiméricos e lúdicos aludem e confundem, não se trata exclusivamente de pautas relacionadas à sustentabilidade e as políticas de identidade, baseadas pesadamente no binômio raça e gênero. Vive-se a era “progressista” da sinalização de virtudes e dos esteriótipos! Crenças são crenças.

A preservação do meio ambiente é um imperativo. No entanto, sem meios financeiros agora, demandas utópicas em relação ao futuro podem ser desastrosas no tempo presente, trazendo pobreza, desemprego, fome e morte.  A crise energética na Europa com a proximidade do inverno mandou para longe as metas relativas ao carbono. E as usinas termelétricas queimarão todo o carvão necessário.

 Nesse quesito, é essencial lembrar que a vasta maioria do “bicho homem” pensa e factualmente necessita viver dentro de uma lógica de curto prazo.

No que se refere às políticas de raça/cor e gênero, evidentemente que essas foram apropriadas pela politicagem. Inclusão e diversidade tocam igualmente jovens da periferia, idosos, indivíduos de outras etnias, deficientes, enfim, algo para muito além da “indústria da diversidade”, que notadamente tem criado rachas sociais e preconceitos em relação aos “vilões racistas”, homens, brancos, heterossexuais…

O ativismo social, verdadeiramente político, pouco ou nada faz em relação a uma questão fundamental do ESG, ou seja, a criação de empregos, sobretudo, melhores e mais bem remunerados. A solução? Crescimento.

Não me parece que exista a pressão necessária para aliviar o peso do Estado das costas dos criadores de riqueza, as pessoas e as empresas.

Pelo contrário, a grita é por impostos corporativos mais altos, mais taxação ao empreendedorismo, mais intervencionismo e burocracia estatal, a fim de sustentar seus burocratas e o compadrio, e a sempre presente educação, quando se sabe, comprovadamente, que o problema não são os investimentos no ensino, mas o atual e fracassado modelo tupiniquim.

Qualquer discussão racional e não ideológica, contempla a ideia de que é vital o crescimento e o aumento da produtividade, até mesmo para que as pautas inteligentes do ESG avancem objetivamente.

Para gerar mais empregos, renda e riqueza, para as pessoas e para os pequenos acionistas, precisa-se de níveis justos de tributação, regulamentação sensata, e políticas que incentivem o empreendedorismo verde-amarelo.

Quase todos são dotados de altruísmo e de impulsos morais a fim de contribuir e criar um mundo melhor e/ou, se preferirem, de “salvar o mundo”. Porém, há uma linha lógica que separa o utópico da realidade.

Propósito empresarial é importante e edificante, com lucro.

As empresas existem, e se manterão no mercado de forma sustentável, com o atingimento de rentabilidade superior, por meio da satisfação das necessidades e da oferta da melhor - e inovadora - solução para os problemas das pessoas.

Portanto, para o bem da sociedade, penso que chegou a hora de ajustes finos e lúcidos nas pautas do ESG.

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  • Adriano Alves-Marreiros
  • 21 Setembro 2022

Adriano Marreiros

Eu rejeito a ideia de que eu preciso estar indefeso a fim de você poder se sentir seguro...

Frase de autor desconhecido, popular nas redes sociais enquanto a censura ainda não é total...

Domingo eu assistia a nova temporada de Cobra Kai: Strike First! Strike Hard! No Mercy!  Na anterior: Um psicopata—Terry – vencera, e serão tempos Terryveis, digo, terríveis, no Vale...

Lembrei do Judô: ju do – o caminho da suavidade, por que se baseia em usar a força e a impulsão do agressor contra ele.  Lembrei do Aikidô: aiki do – caminho da unificação da energia da vida.  Sua essência é o uso pragmático da energia num combate, o controle do seu fluxo. 

Mas foi com tristeza que pensei na origem do Karatê.  Em Okinawa há séculos, havia grande repressão política então a posse e o uso de armas fora proibido às pessoas de bem para garantir que ninguém pudesse se opor à opressão e ao poder dos nobres.  Coisa típica dos ditadores de todas as épocas...Daqueles queStrike First! Strike Hard! No Mercy… contraseus opositores, contra seu povo: sem sequer titubear.  Sem qualquer remorso.  Sem qualquer escrúpulo... Fazendo a própria lei...

Os moradores de Okinawa tiveram que buscar um caminho, pelo menos para se defenderem do ataque de bandidos atraídos pelo comércio local.  Para não ficarem com uma mão na frente e outra atrás, com tantos criminosos, resolveram usar ambas para buscar um caminho para sua MAIS QUE LEGÍTIMA DEFESA.  Esse caminho foi uma arte marcial que conhecemos como Karatê: karate do – o caminho das MÃO VAZIAS...

É por causa de coisas assim que existe a Segunda Emenda na Constituição Americana, que garante a posse e porte de armas aos cidadãos: tão sagrada quando a Primeira, que garante a plena Liberdade de Expressão.  Sem qualquer uma delas, não é possível se falar nas demais Liberdades e qualquer “democracia”, qualquer “poder popular”, que emana do povo, não passarão de mera demagogia e, aí sim,  desinformação: como a que se via no nome oficial da Alemanha Oriental e ainda se vê nos nomes de tantos países socialistas...

Contudo, entendei isto: se o proprietário de uma casa soubesse a que hora viria o ladrão, se colocaria em sentinela e não permitiria que a sua residência fosse violada. 

Evangelho de S. Mateus 24:43

O Congresso não deverá fazer qualquer lei a respeito de um estabelecimento de religião, ou proibir o seu livre exercício; ou restringindo a liberdade de expressão, ou da imprensa; ou o direito das pessoas de se reunirem pacificamente, e de fazerem pedidos ao governo para que sejam feitas reparações de queixas.

Primeira Emenda da Constituição Americana.

Neste 20 de setembro, Salve a Farroupilha! Sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra, pois povo que não tem virtude acaba por ser escravo,como lembra o Hino Rio- Grandense.

Adriano Alves-Marreiros

Que já praticou judô, mas nunca aprendeu muito a tal da suavidade...

(falando em “suavidade”: parabéns a todos os colegas bateristas pelo nosso dia!)

*          O autor é mestre em Direito, membro do Movimento Contra a Impunidade (MCI) e do Ministério Público Pró Sociedade (MP Pró Sociedade), autor de “2020 D.C., Esquerdistas Culposos e Outras Assombrações” e de “Hierarquia e Disciplina são Garantias Constitucionais”.

 **        Publicado originalmente no portal Tribuna Diária, em https://www.tribunadiaria.com.br/noticia/659/belo-horizonte/colunistas-do-tribuna/ilegitima-defesa.html

***      Compre o livro de crônicas aqui: <https://editoraarmada.com.br/produto/2020-d-c-esquerdistas-culposos-e-outras-assombracoes-colecao-tribuna-diaria-vol-iii/>

****   Agora o livro 2020 D.C. Esquerdistas Culposos e outras assombrações tem uma trilha sonora com canções e músicas de filmes citados: <https://open.spotify.com/playlist/49FDRIqsJdf4oxjnM2cpc3?si=SSCu339_T5afOSWjMkk9wA&utm_source=whatsapp>

Crux Sacra Sit Mihi Lux / Non Draco Sit Mihi Dux 

Vade Retro Satana / Nunquam Suade Mihi Vana 
Sunt Mala Quae Libas / Ipse Venena Bibas

(Oração de São Bento cuja proteção eu suplico)

 

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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 21 Setembro 2022

 

BOA TARDE, BRASIL

Ontem, ao longo do -BOA TARDE, BRASIL-, programa que vai ao ar diariamente na Rádio Guaíba - Porto Alegre, RS (FM 101.3 e AM 720), o ministro da Economia, Paulo Guedes, discorreu com muita precisão a respeito das decisões que o Brasil tomou, de forma muito consciente, para enfrentar as -DUAS GRANDES GUERRAS -PANDEMIA E UCRÂNCIA- que não por acaso estão arrasando as economias de inúmeros países mundo afora.  

REFERÊNCIA MUNDIAL

 

Durante a ótima entrevista, que durou cerca de uma hora (das 14 às 15 horas), Guedes deu todos os motivos que levaram o Brasil e ser visto, admirado e rotulado como REFERÊNCIA MUNDIAL em termos de desempenho econômico, social e, principalmente, no que diz respeito à inflação, doença grave que está deixando os países de PRIMEIRO MUNDO em preocupante e constante ESTADO DE ALERTA . 

INFLAÇÃO - BRASIL E EUROPA

Enquanto o mercado financeiro projeta uma taxa de INFLAÇÃO -BRASIL- em torno de 6% para 2022, a inflação na União Europeia fechou agosto com taxa de 9,1%, com um aumento de 38,3% no custo de energia. Mais: no último trimestre, o mercado prevê que a INFLAÇÃO EUROPEIA chegue a 10%, especialmente em função de preços de energia elevados. Isto sem falar na CRISE DO DIESEL que já está batendo forte às portas do Velho Continente.

PIB

 

Da mesma forma, vejam o que acontece com as projeções para o PIB BRASILEIRO: depois de várias revisões a taxa de crescimento já está em 2,65%. É importante levar em conta que há quatro semanas o mercado financeiro projetava um PIB de 2,02%. Enquanto isso, a palavra mais ouvida, tanto na Europa quanto nos EUA, é RECESSÃO.  

ERRO TÉCNICO

 

Sobre as projeções econômicas -flagrantemente equivocadas-, Guedes afirmou que o Banco Central errou -tecnicamente- as projeções econômicas para o Brasil por não perceber a mudança no EIXO DE CRESCIMENTO COM REFORMAS E MARCOS REGULATÓRIOS APROVADOS PELO CONGRESSO. -"O BC também errou projeções, mas com ERRO TÉCNICO, de pessoal mais sofisticado. O BC errou por não perceber que mudamos o EIXO DA ECONOMIA. O BC errou ao falar o tempo todo em risco fiscal, desajuste fiscal, quando íamos para superávit. O BC estava preocupado com o FISCAL e eu com o JURO NEGATIVO.

 

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  • José Maurício De Barcellos
  • 18 Setembro 2022

 

José Maurício De Barcellos

Bolsonaro será reeleito Presidente da República em 02 de outubro próximo.

A "Nova Ordem Brasileira" prosseguirá por todos os seus segmentos e por todas as suas dimensões, se firmando por décadas a fio, sustentada nos próximos governos que se sucederão nesta nova era.

O Brasil que, nas décadas de 1960 a 1970, deu os primeiros passos para se libertar das peias e da pecha de "republiqueta de banana" e de "nação terceiro-mundista", conquanto tenha patinado sob a abominosa influência do social-comunismo durante 35 anos, está vendo seu povo decidir, determinadamente, no sentido de que aqueles tempos de trevas não voltarão a atormentá-lo. Já disse e não perco a oportunidade de repetir para firmar. Não foi o Capitão quem decidiu resgatar nossa gente da sanha dos vermelhos. Foi o povo brasileiro, exausto de tanta destruição e de tanto atraso, que escolheu aquele líder como a ponta da lança de sua cruzada, rumo ao lugar de destaque que bem merece neste mundo a um passo de ser dominado pelo mal universal do comunismo escravagista, ateu e assassino, que acabou por se travestir de algo surreal denominado de "globalismo" ou de outros "ismos" igualmente degradantes.

Um mundo sob o domínio de uma ordem que paire sobre ele ao exclusivo talante de megas financistas da ordem de Jorge Soros, do Banco Morgan, da família Rothschild conquanto já tenha como refém os USA do demente Joe Biden, a Alemanha, a Inglaterra, a França, o Canadá, a Austrália, a Nova Zelândia etc, não tem futuro longínquo e seus maléficos efeitos estão arrasando a Europa, por exemplo.

Estou convicto de que, antes do fim da próxima década, estará relegada ao lixo da história, como o foram outras pretensões de dominação do planeta.

Reconheço que existe um enorme desequilíbrio de forças nesta luta travada entre o poder do mal contra os povos que este pretende subjugar, mas não me assusto ou me desespero.

Eles são muitos, são poderosos, por ora estão invisíveis para a grande massa cujo espírito quer para si. Porém, não obstante todo seu poder e potestade esqueceram que a liberdade e a alma dos dominados têm no Criador uma proteção inexpugnável.

Tudo quanto ultrajam em relação aos direitos fundamentais da pessoa humana, tudo quanto roubam dos vitimados e tudo quanto subtraem daqueles que dominam um dia se constituirá no libelo contra seus crimes que, em face da tal inevitável "volta do chicote" de que falavam os antigos, um dia lhes cortará a carne.

Não vou cair na armadilha de discutir as teorias que sustentam as excelências e a inevitabilidade daqueles vieses de dominação, a uma porque elas não conseguem explicar como vão substituir a inclinação natural para felicidade do homem sobre a terra e, a duas, porque o poder que hoje detêm morrerá com os próprios poderosos ou pouco depois do seu passamento, simplesmente porque é o bem e não o mal que perdura para eternidade.

Nem bem o próximo governo dos patriotas chegará ao seu fim e as quadrilhas de FHC a Temer já terão desaparecido tanto quanto seus respectivos chefões, seus asseclas e, com estes, os abastados que as sustentaram, os farsantes da elite sem escrúpulos que as incensam e os intelectuais da impostura que as apoiam.

A ruptura com tudo quanto levou o Brasil a beira do precipício ocorreu muito antes da chegada de Bolsonaro e de sua equipe de patriotas ao Planalto. Foram 35 anos de sofrimento e de decepções, de vergonha perante o mundo, que produziram a maior crise moral, econômica e social e que vitimou mais de 25 milhões de brasileiros. Aí nossa gente disse o seu basta.

Primeiro as ruas, desde 2013. Depois nas urnas em 2018. Agora em 2022, o povo apenas consolidou sua decisão de não mais tolerar a corrupção sistêmica, a incompetência e a dominação daqueles que professam o credo dos traidores e dos vendidos da Pátria.

Tal como o Planalto expurgou a bandidagem da política de dentro de seus muros, assim haverá de ser defenestrada a corja togada dos Tribunais.

Da mesma forma como se tem varrido os chupins da máquina governamental e os proxenetas do erário, há que se intensificar o expurgo do restante que ainda a infecta. 

Igualmente como estamos nos livrando das malditas entidades sindicais, ONG'S e associações de classes (ou desclassificadas) sustentadas com o dinheiro público inutilmente, havemos de pôr um fim no empresariado amigo e aliado na roubalheira de outrora.

Na consciência e no imaginário de nossa gente tudo isso vem se formando e se consolidando há quase vinte anos – desde o mensalão de Lula, em 2005 – e, posto que a imprensa v.v. (velha e venal) perdeu inteiramente o controle absoluto para influenciar e deformar a opinião pública, o inevitável foi que o poder do povo tradicionalmente usurpado pelos nojentos famosos, hoje passa ao largo destes e os confronta diariamente.

Tenho visto e assistido o desesperado esforço dos deformadores de opinião e suas ferozes partners nas mídias ensandecidas de ódio e vassalas dos Barões das Comunicações, no sentido de fazer desaparecer da face da terra a demonstração de força da ampla maioria do povo – hoje muito mais do que os quase 60 milhões que votaram no Capitão – em defesa da tríade Deus, Pátria e Família. Um a um ou uma a uma vão caindo em desgraça e se desmoralizando, ou seja, virando lixo aos olhos do Brasil de hoje.

Por isso mesmo pouco acrescenta para o futuro deste Brasil – que já exibe sua economia como modelo para um planeta em crise e que ocupa a cobiçada posição de líder do mundo em fornecimento de alimentos – aquilo tudo que se esconde e se distorce, aqui e no exterior, contra nossa gente e, como saltou aos olhos no "Dia da Independência", contra a mais legítima manifestação popular de se manter a "Nova Ordem Brasileira" a qualquer custo.

Nosso País conheceu o caos, a desordem, a dor e o sofrimento que nos foram impingidos pelo social-comunismo dos governos anteriores.

Nossa gente amargou o engodo e a desfaçatez dos tempos de FHC, tanto quanto a roubalheira sistêmica da gentalha de Lula e Dilma, bem como também o roubo, o contrabando e o descaminho de nossas riquezas, tudo consentido pela vermelhada em troca do reconhecimento daqueles desonrados da Pátria por governos de Países que nos sugam desde o ano de 1500, sem falar na entrega do nosso dinheiro suado para "narcoditadores" da "América Latrina" e isto, como disse anteriormente, ao longo de três décas. Se não fosse um povo pacífico e crente na força da fé religiosa, talvez já tivesse lavado com sangue sua honra ultrajada. Tenham, pois, juízo seus malandros e se eu estivesse na pele de vocês não abusaria da sorte.

Agora se avizinha uma nova era de progresso e de paz. Acho bom que os agentes da dor e da desesperança aceitem isso e não desafiem a força de um povo sofrido e a divina comiseração de um DEUS, que nossa gente chama de brasileiro.

*       Jose Mauricio de Barcellos, ex-Consultor Jurídico da CPRM-MME,  é advogado. 

**      Artigo publicado originalmente no Diário do Poder.

 

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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 18 Setembro 2022

Gilberto Simões Pires         

ILHA DE PROSPERIDADE

Enquanto a INFLAÇÃO e a RECESSÃO avançam, sem dó nem piedade, deixando rastros de destruição econômica e social em praticamente todos os países do PRIMEIRO MUNDO, eis que no nosso Brasil, que também sente, e muito, os reflexos decorrentes da PANDEMIA e, mais recentemente, da GUERRA RÚSSIA/UCRÂNIA, passou a ser visto, comentado e apreciado como uma ILHA DE PROSPERIDADE em meio a um oceano economicamente revolto. 

INFLAÇÃO

No quesito INFLAÇÃO, que na realidade identifica a VARIAÇÃO DE PREÇOS DE PRODUTOS pelo efeito -ESCASSEZ e/ou DEMANDA MAIOR DO QUE A OFERTA-, os números atualizados apontam o que acontece, por exemplo, nos seguintes países: Lituânia: 15,5% ao ano; Polônia: 11%; Reino Unido: 9%; Índia: 7%; Coreia do Sul: 5%, etc.. Sem falar nos EUA, cuja taxa de inflação já superou o índice de preços do Brasil em 2022. Vejam que o CPI (índice de preços ao consumidor, na sigla em inglês) norte-americano acumula alta de 5,31% de janeiro a julho. Enquanto isso, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do Brasil chegou a 4,77% no mesmo período. 

PIB

Já no que diz respeito ao PIB, um levantamento feito com 33 países que divulgaram números referentes ao segundo trimestre de 2022 mostra que o crescimento médio dessas economias foi de 0,5%, segundo dados disponibilizados pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). São 24 países com crescimento, 2 com estabilidade e 7 com retração, na comparação com o trimestre anterior. Pois, para surpresa geral, o nosso PIB cresceu 1,2% no segundo trimestre em relação ao anterior. E nesta semana o Banco Central informou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado um indicador prévio de desempenho do PIB, subiu 1,17% em julho na comparação com junho. Que tal? 

DETALHE IMPORTANTE

Detalhe importante: Holanda, Romênia, Croácia, Arábia Saudita e Israel estão entre os que mais cresceram no trimestre passado. Na lanterna do ranking aparecem Portugal, Lituânia, Letônia, Polônia e China, que por sua vez teve forte desaceleração no trimestre. Já o continente europeu está nas duas pontas do ranking: o crescimento na ZONA DO EURO foi de 0,7% graças, principalmente ao turismo. 

DESEMPENHO COMPARATIVO

Pois é, meus caros leitores. Enquanto o mundo todo sofre com INFLAÇÃO EM ALTA E CRESCIMENTO EM BAIXA, o nosso Brasil desponta com desempenho bem melhor comparativamente. Atenção: isto é algo jamais visto na história. E neste caso há que se reconhecer e aplaudir as acertadas medidas tomadas e operadas pela ótima equipe econômica chefiada por Paulo Guedes, pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sob a liderança do presidente Jair Bolsonaro.  

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  • Vanderlino Horizonte Ramage
  • 17 Setembro 2022

Vanderlino Horizonte Ramage

                 A Sociologia nos deve uma análise sobre os gaúchos. Que sociedade é esta? Sendo o Rio Grande do Sul, considerado um Estado racista, elegeu o primeiro (creio que único) governador negro brasileiro. Considerado um Estado machista, elegeu uma das raras mulheres governadoras. Considerado um Estado de “machos”, elegeu o primeiro governador gay, publicamente assumido.  Considerado um Estado conservador, é dominado por uma esquerda doentia. Em passado recente elegeu, por anos a fio, notórios esquerdistas para prefeitos da Capital e Governadores do Estado. É ilustrativo, mas os gaúchos jamais reelegeram um governador! As vestais (ou deuses) do STF, esbanjando conhecimento e cultura jurídica rebuscada, possivelmente dirão que se trata de um fenômeno teratológico (ou escatológico)!?

Um amigo levantou a hipótese de que se trataria de uma herança de Giuseppe Garibaldi, o “herói de dois mundos”, que por estas terras aportou nos primórdios do século XIX, se tornando figura proeminente da “Revolução Farroupilha”. Garibaldi, além de revolucionário, “carbonário”, “maçom” e “anarquista”, era chegado há um “rabo de saia”, portanto um contestador para os valores vigentes naquela época. Ao “roubar” Anita, pelas bandas de Laguna-SC, nosso herói provou de que era destemido, não só em combates, mas também no amor. Enfim voltou para Itália, onde se tornou um dos artífices da unificação italiana, deixando, entretanto aqui essa herança contestadora, peculiar aos gaúchos?!

Este chão foi berço de figuras que marcaram a história brasileira, particularmente do século XIX e XX. Luís Carlos Prestes, o “Cavaleiro da Esperança”, Getúlio Vargas, o “Pai dos pobres”, os generais da “Revolução de 1964”, Médici, Costa e Silva, Geisel, inclusive Figueiredo. Este último era carioca, mas por aqui se aculturou. Aliás, se comentava naquela época que, para ser Presidente tinha que ser “general e gaúcho”. Até o herói, da “A Revolta da Chibata”, o marinheiro João Cândido, era gaúcho. Também o era o “Libertador do Acre”, Plácido de Castro. Euclides da Cunha, em “Os Sertões”, descreve o Cel Moreira Cesar, gaúcho, herói da revolução 1893, nomeado para comandar a 4ª. expedição, na tentativa de acabar com a saga de Antônio Conselheiro, o místico de Canudos, no interior da Bahia, como sendo o único comandante que adentrou aquele território inóspito conduzindo a primeira tropa razoavelmente organizada. Nas expedições anteriores “era jagunço contra jagunço”. Infelizmente Moreira Cesar morreu no primeiro combate. Destino inglório para um herói!

O gaúcho, espécime até certo ponto exótico, contestador (e empreendedor), irrequieto, migrante, espalhou-se pelos brasis afora. Oeste de Santa Catarina e Paraná, Mato grosso do Sul, Rondônia, Acre e mais recentemente no Vale do Rio São Francisco, também não podemos esquecer dos 500 mil brasileiros que vivem no Paraguai, em sua maioria gaúchos.

As “Viúvas de Garibaldi”, segundo esse meu amigo, explicaria o “Estado Gaúcho” estar sempre na “oposição”, seria uma variante local do “Se hay Gobierno estoy contra”. Isto explicaria essa “esquerda”, tardia e doentia que viceja por aqui. Intelectualizada como os “Tarsos”, os “Buenos” e subdesenvolvida como as “Manoelas”, “Rosários”, “Lucianas”, os “Pimentas” e os “Dutras” etc. Figuras as quais batizei de “desonestos ideológicos”. Pois pregam aquilo que não acreditam, até por desconhecerem a essência do comunismo. Entretanto “defendem” temas de fácil apelo, os chamados “direitos das minorias”. “Defendem” a democracia desde que de acordo com seus interesses.  “Defendem” o socialismo, para distribuir as riquezas que os outros produziram. Entretanto, ao saírem de férias sempre serão encontrados nas mecas do capitalismo, Nova Iorque, Paris ou Londres, jamais em Cuba. 

Na linguagem de Gramsci seriam os “intelectuais orgânicos”. Paradoxalmente não se enquadram nessa categoria, pois são figuras meramente fisiológicas, patrimonialistas, economicistas etc. São fósseis vivos da esquerda brasileira. Cultivam uma vida parasitária à sombra do Estado! Nem os verdadeiros comunistas os levam a sério.

Enfim, estes são simples exercícios mentais na tentativa de explicar ou “justificar” o comportamento contraditório dos gaúchos. Ainda espero dos exegetas da sociologia e da política uma explicação mais acadêmica e palatável para o fenômeno (paradoxo) gaúcho!

*       Taquara-RS, junho de 2022.

**      Vanderlino Horizonte Ramage é Oficial Ref da Aer/Administrador

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