Sílvio Lopes
Há vasta literatura a respeito dos fatores que movem nações para alcançarem a prosperidade, tornarem- se ricas e distribuírem abundância à maioria de sua gente. Sim, maioria, por que nem todos se motivam para obter o seu quinhão como atestam exemplos históricos desde os tempos bíblicos. Esse contingente, na verdade, se auto exclui do processo e o fenômeno é comprovado no interior das mais prósperas economias do planeta, mesmo nos dias de hoje.
No best- seller " Por que as nações fracassam", os autores Daron Acemoglu e James Robinson prospectam com profundeza as origens do poder, da prosperidade e da pobreza. Dentre os fatores que impulsionam a prosperidade destacam-se três pilares fundamentais e de imprescindível ação concomitante: 1) Amor ao trabalho; 2) Hábito da poupança e 3) Honestidade. Mesmo sem riqueza no subsolo ou diante de situação geográfica desfavorável (climática e/ou territorial), é possível atingir a prosperidade como provam vários países, Japão no meio, entre outros tantos.
O amor ao trabalho é, quem sabe, o fator principal. Somos, nós, brasileiros um tanto avessos a nesse fator importante, despontando entre as nações com uma das mais baixas taxas de produtividade no trabalho. No que se refere ao hábito de poupar, então, nossa taxa (5% do PIB) se mantém aquém das necessidades mínimas. Nações prosperam mediante taxas acima de 25%. Nos anos 70/80, o Brasil pôde até mesmo avançar pelo fato de, à época, ter tido a graça de poupar em média 20% do PIB. Essas duas questões, creio, podemos corrigir com o tempo diante de uma educação aprimorada - comportamental e financeira.
O nó górdio que nos impede de ser prósperos e cauteriza qualquer ação nesse sentido, está todo centrado no item honestidade. Um país que não demonstra desejo algum em combater o bom combate (eleger como alvo o eliminar a desonestidade enraizada na cultura de seu povo e suas lideranças), está fadado a ser uma nação fracassada e injusta. No dia em que imitarmos os animais, que segundo Winston Churchill não escolhem incapazes para liderar a matilha, aí sim, daremos um passo decisivo para jamais um dia sentirmos vergonha por nossas escolhas políticas. E estaremos realmente prontos para construir a nação dos sonhos de nossos antepassados.
* O autor, Sílvio Lopes, é jornalista, economista, professor e palestrante.
Gilberto Simões Pires
LOUCO, DESPREPARADO E FASCISTA???
Tão logo o candidato Javier Milei foi declarado vencedor nas eleições primárias da Argentina, muitos brasileiros correram para as redes sociais para festejar a vitória do libertário enquanto outros tantos, fortemente influenciados pela preocupada MÍDIA-COMUNISTA, trataram de demonizar o candidato dizendo, resumidamente, que além de LOUCO E NÃO TER EXPERIÊNCIA EM CARGOS PÚBLICOS, Milei é uma AMEAÇA FASCISTA. Que tal?
INÍCIO DE CONVERSA
Pois, para início de conversa o que se sabe até agora, para desespero da mídia, é que MILEI ganhou as PRIMÁRIAS. Como tal ganhou o direito de disputar a ELEIÇÃO PRESIDENCIAL marcada para 22 de outubro próximo.
CANSAÇO
Mais: O resultado das PRIMÁRIAS nada mais é do que uma clara manifestação, através do VOTO, de que grande parte do povo argentino CANSOU do POPULISMO e, por consequência, da fantástica, duradoura e excessiva MÁ ADMINISTRAÇÃO misturada com DOSES EXAGERADAS DE MUITA MÁ FÉ.
SANIDADE MENTAL
Quanto aos INSATISFEITOS BRASILEIROS, do tipo que afirmam que MILEI É LOUCO, fica a pergunta: - No Brasil a grande maioria dos políticos, assim como o presidente da República e ministros do STF são EQUILIBRADOS? Por tudo que fazem e/ou decidem são dotados de BOA SANIDADE MENTAL?
FALTA DE EXPERIÊNCIA
Já no tocante à FALTA DE EXPERIÊNCIA DE MILEI, a pergunta é a seguinte: - No Brasil, os EXPERIENTES POLÍTICOS dão demonstrações de que tomam decisões acertadas? A EXPERIÊNCIA tem sido capaz de produzir algo positivo, notadamente nas questões que envolvem DESPESAS PÚBLICAS, IMPOSTOS E REFORMAS? Estou ansioso para saber as respostas...
Alex Pipkin, PhD
É sábado. Fui caminhar. Muito frio na capital dos gaúchos.
Paro na sinaleira da Ramiro Barcelos com a Independência.
Numa banca de revistas, vejo e ouço três cidadãos conversando. Meu ouvido direito continua saudável, um aço. Não posso dizer o mesmo do esquerdo.
A conversa gira em torno das anomalias desse atual “governo para os pobres”.
Aproximo-me do grupo e peço licença para me intrometer, já me intrometendo.
Ato contínuo, afirmo: “desculpem-me senhores, mas acho que vocês não podem analisar essas “anomalias” com base em nosso aparato cognitivo racional. Vivemos uma realidade paralela, uma distopia, numa era da corrupção da verdade, dos fatos, do conhecimento e da lógica”.
Um dos senhores do trio, então, dispara: “tens toda razão; isso é papo para uma mesa de bar - não lembro se disse com cerveja ou vinho -, dando muitas gargalhadas”.
Triste, surreal, porém, a realidade tupiniquim vivida agora. Uma piada, objetivamente, de muito mau gosto.
Começo, trivialmente, questionando-me como um criminoso e ex-presidiário, condenado em várias instâncias da Justiça brasileira, com sobradas provas cabais, logra ter seus processos anulados e, ainda, tornar-se presidente da República, ou melhor, republiqueta.
Por que corruptos confessos, que afirmaram, ao vivo e a cores, que o ex-presidiário recebia fortunas em propinas, inclusive em espécie, devolveram dinheiro grosso para a União?
Sim, claro, eles adoram rasgar dinheiro e, provavelmente, adentraram a alguma seita humanitária.
É desolador que a grande maioria de nossa população seja incauta, esteja desesperada e, portanto, constitua-se em presa fácil para demagogos manipuladores.
Neste país verde-amarelo e vermelho, paraíso de instituições extrativistas, as “elites” podres continuam nadando de braçadas, roubando o suado dinheiro do povo trabalhador, e impedindo o crescimento econômico, social e cultural dos brasileiros.
O pior é que o povaréu vê, mas não enxerga!
A mentira, o despreparo, a safadeza e a maldade, a antimoral, o delírio e a ideologia do fracasso são, descomplicadamente, percebíveis, porém, o povo e seus representantes, num processo que mistura irracionalidade, magia e ilusionismo, dobram a aposta! Lunático.
Vejam, por exemplo.
Matemática singela. Não se pode gastar mais do que se arrecada.
Especialmente, desde o governo da president”a” Dilma, as despesas do governo superavam em muito as receitas. Resultado: aumento da dívida pública. Caos em verde-amarelo.
Como um instrumento de freio a gastança do dinheiro do contribuinte, estabeleceu-se o teto de gastos, em que não pode haver crescimento real de despesas do governo sem a correspondente receita.
Nesse instante que meus dedos digitam, imagino algum homem, mulher ou alguém pertencente ao grupo LGBTQIA+, aqueles da área da cultura, por exemplo, que tiveram em suas formações uma base sólida em economia e gestão, acompanhando meu raciocínio, pensar e/ou me qualificar como um “extrema direita” - risos meus - sem coração, sem piedade do povo tupiniquim, tão necessitado de saúde, de educação, e de programas assistencialistas.
Perdoem-os, eles são sabem o que dizem!
Deve-se, claro, investir em saúde, educação, e em programas sociais inteligentes, não em populistas e eleitoreiros, uma vez que se cortem despesas e privilégios nababescos desse Estado mastodôntico e ineficiente.
A verdade em relação a melhoria de vida dos cidadãos, comprovadamente, passa pela redução do Estado, por uma tributação justa, deixando a riqueza criada nas mãos dos geradores desses recursos. Simples assim.
A verdade é trivial: Estado grande, é fonte inesgotável para a festa com o dinheiro do contribuinte, incremento da dívida pública, com o correspondente aumento dos juros, e a alegria irrestrita de rentistas, e a turma mancomunada com a “elite” - repito, podre - política.
A verdade é singela. Todo mundo - dotado de um resquício de discernimento - viu, transparentemente, o que acontece quando os governos petistas intervêm nos mercados, destruindo o sistema de preços, a fim de beneficiar compadres e se locupletar. As campeãs nacionais, financiadas com o dinheiro do BNDES, transformam-se em doce fonte de corrupção e de ineficiência operacional.
O dinheiro é da população, que deveria saber que seus recursos irão para festas, orgias, lagostas e vinhos finos premiados, mas eles veem e não enxergam. Dobra-se a aposta. Realidade paralela.
Se fizermos qualquer pesquisa no Brasil, provavelmente, seu resultado apontará que os brasileiros odeiam os políticos. Sim, claro, mas como adoram o Estado!
Sinto em reafirmar o que já foi dito muitas vezes: esse não é um país sério.
Têm-se vivenciado um filme hithcockiano e/ou uma comédia pastelão.
Os sujeitos que pensam reflexivamente não conseguem compreender quase nada, caso para a psicanálise.
O povo brasileiro continua acreditando no impossível, e se prejudicando.
O governo não dá nada, ele é um exímio tirador do dinheiro do povo, uma trivial verdade.
Evidente que o trabalho “cultural dos justiceiros sociais” tem feito um estrago profundo.
É muito difícil… os brasileiros querem terceirizar suas responsabilidades para o Estado “salvador”.
Dizem que a verdade sempre aparece, tomara.
Essa é fácil: são as pessoas, com seus objetivos e planos de vida, relacionando-se e cooperando com outros indivíduos, aqueles que alcançam seus próprios propósitos.
A prosperidade é alcançada pela iniciativa das pessoas, não do engodo do Estado “salvador”.
Será que esse “mundo paralelo”, das emoções e do lado negro do sentimentalismo, terá um breve fim?
Stephen Kanitz
“Acabativa é a capacidade de terminar aquilo que você ou outros começaram.”
Isto é um teste de personalidade que poderá alterar a sua vida.
Portanto, preste muita atenção.
Iniciativa é a capacidade que todos nós temos de criar, iniciar projetos e conceber novas ideias.
Algumas pessoas têm muita iniciativa e outras têm pouca.
Acabativa é um neologismo que significa a capacidade que algumas pessoas possuem de terminar aquilo que iniciaram ou concluir o que outros começaram.
É a capacidade de colocar em prática uma ideia e levá-la até o fim.
Os seres humanos podem ser divididos em três grupos, dependendo do grau de iniciativa e acabativa de cada um: os empreendedores, os iniciativos e os acabativos – sem contar os burocratas.
* Empreendedores são aqueles que têm iniciativa e acabativa.
Um seleto grupo que não se contenta em ficar na ideia e vai a campo implantá-la.
* Iniciativos são criativos, têm mil ideias, mas abominam a rotina necessária para colocá-las em prática.
São filósofos, cientistas, professores, intelectuais e a maioria dos economistas. São famosas as histórias de economistas que nunca assinaram uma promissória. Acabativa é o ponto fraco desse grupo.
* Acabativos são aqueles que gostam de implantar projetos. Sua atenção vai mais para o detalhe do que para a teoria.
Não se preocupam com o imenso tédio da repetição do dia-a-dia e não desanimam com as inúmeras frustrações da implantação.
Nesse grupo está a maioria dos executivos, empresários, administradores e engenheiros.
Essa singela classificação explica muitas das contradições do mundo moderno.
Empresários descobrem rapidamente que ficar implantando suas próprias ideias é coisa de empreendedor egoísta.
Limita o crescimento.
Existem mais pessoas com excelentes ideias do que pessoas capazes de implantá-las.
É por isso que empresários ficam ricos e intelectuais, professores – entre os quais me incluo – morrem pobres.
Se Bill Gates tivesse se restringido a implantar suas próprias ideias teria parado no Basic.
Ele fez fortuna porque foi hábil em implantar as ideias dos outros – dizem as más línguas que até copiou algumas.
Essa classificação explica porque intelectual normalmente odeia empresário, e vice-versa.
Há uma enorme injustiça na medida em que os lucros fluem para quem implantou uma ideia, e não para quem a teve.
Uma ideia somente no papel é letra morta, inútil para a sociedade como um todo.
Um dos problemas do Brasil é justamente a eterna predominância, em cargos de ministérios, de professores brilhantes e com iniciativa, mas com pouca ou nenhuma acabativa.
Para o Brasil começar a dar certo, precisamos procurar valorizar mais os brasileiros com a capacidade de implantar nossas ideias.
Tendemos a encarar o acabativo, o administrador, o executivo, o empresário como sendo parte do problema, quando na realidade eles são parte da solução.
Iniciativo almeja ser famoso, acabativo quer ser útil.
Mas a verdade é que a maioria dos intelectuais e iniciativos não tem o estômago para devotar uma vida inteira para fazer dia após dia, digamos bicicletas.
O iniciativo vive mudando, testando, procurando coisas novas, e acaba tendo uma vida muito mais rica, mesmo que seja menos rentável.
Por isso, a esquerda intelectual e a direita neoliberal conviverão às turras, quando deveriam unir-se.
Se você tem iniciativa mas não tem acabativa, faça correndo um curso de administração ou tenha como sócio um acabativo.
Há um ditado chinês, “Quem sabe e não faz, no fundo, não sabe” – muito apropriado para os dias de hoje.
Se você tem acabativa mas não tem iniciativa, faça um curso de criatividade, estude um pouco de teoria.
Empresário que se vangloria de nunca ter estudado não serve de modelo.
No fundo, a esquerda precisa da acabativa da direita, e a direita precisa das iniciativas da esquerda.
Finalmente, se você não tem iniciativa nem tampouco acabativa, só podemos lhe dizer uma coisa: meus pêsames.
* Veja, novembro de 1998
** Blog para se pensar, https://blog.kanitz.com.br/iniciativa-acabativa/
Gilberto Simões Pires
SINAIS DE ALERTA
Antes de tudo, mais do que sabido, notícias ruins, do tipo que produzem um nefasto aumento da desconfiança quanto ao desempenho da economia, não têm como ser festejadas. Quando as notícias ruins se tornam mais frequentes, isto soa como uma emissão de sinais de alerta informando que a máquina que movimenta os SETORES -INDUSTRIAL, COMERCIAL E DE SERVIÇOS- está OPERANDO COM DIFICULDADE. Mais: se nada for feito o sistema pode travar a qualquer momento.
CENÁRIO DESANIMADOR
Pois, quem olha a nossa economia através do indicador da B3 - principal Bolsa de Valores do país, que negocia as ações das empresas brasileiras de capital aberto, o cenário é pra lá de desanimador. Vejam que até ontem, 4ª feira, 17, TODOS OS 13 PREGÕES que foram realizados neste mês de agosto fecharam em BAIXA. O que mais impressiona é que esta triste sequência de perdas não era vista desde 1970. Que tal?
RISCO
Ainda há quem acredite e/ou afirme, por puro desconhecimento, que as Bolsas de Valores e/ou de Mercadorias não passam de verdadeiros CASSINOS. Ora, é bom lembrar que nos CASSINOS aqueles que correm RISCO são apenas e tão somente os APOSTADORES. Já nas BOLSAS, quando a queda é sistemática, quem CORRE RISCO é a ECONOMIA DO PAÍS COMO UM TODO e não apenas os investidores detentores de ações e/ou demais títulos ali negociados.
MUITO DOENTES
Como se vê, países que conseguem mostrar uma performance tão negativa, de forma firme e constante, identificam, claramente, que as suas economias estão muito doentes. Mais ainda quando o número de pregões em queda contínua chega a 13, que não por acaso é o número do PT.
ARCABOUÇO FISCAL
Para piorar o ânimo daqueles que fazem e comercializam boa parte dos produtos produzidos, o governo petista acena, constantemente, com mais impostos e/ou aumento de alíquotas. A propósito, leiam o texto do economista e pensador Darcy Francisco dos Santos a respeito do estúpido ARCABOUÇO FISCAL, que o governo Lula insiste na sua aprovação.
Segue o link: https://financasrs.com.br/2023/08/16/arcabouco-fiscal-nao-ha-solucao-sem-contencao-de-despesa/.
Alex Pipkin, PhD
Qualquer sujeito mediano, sabe hoje que a IA - Inteligência Artificial - traz enormes possibilidades de melhoria para os processos organizacionais e, especialmente, para a criação de mais valor para os clientes.
Há um vasto conjunto de recursos e de capacidades e, assim, enorme potencial para inovações por meio de sua utilização.
A IA é democrática, no sentido de que organizações de todos os portes podem usufruir de seus benefícios. Os sistemas de código aberto amplificaram as oportunidades para todos.
Pequenas e médias empresas podem obter importantes insights de mercados e de clientes/consumidores, através de algoritmos, podem desenhar e implementar estratégias customizadas, e aprofundar relacionamentos lucrativos com determinados tipos de clientes.
Porém, antes de se buscar o refinamento de processos por meio de ferramentas inovadoras, meu conselho como consultor de empresas, é que elas pensem em sua missão dentro de um negócio, e operem com excelência em seus processos, entregando o básico bem executado!
É impressionante a quantidade de empresas - de todas às dimensões - que não consegue entregar valor de maneira consistente para seus clientes, seja em termos de produtos, de serviços, e de experiências.
Sem dúvida que é essencial ter uma visão cristalina do propósito do negócio, apontando para onde a empresa quer chegar, com objetivos e metas claras que mobilizem e orientem todos os funcionários para um determinado rumo a seguir, passível a possíveis correções deste ao longo da trajetória. O propósito organizacional determina as estratégias competitivas e operacionais, e atua como um balizador para a tomada de decisão na organização.
A grande questão - e parece coisa trivial - é que as empresas não possuem processos bem definidos, com atividades e tarefas a serem - sempre - seguidas e bem executadas para o atingimento de um objetivo organizacional.
Isso é o básico dos básicos! Além de inexistirem, quando presentes, são falhos, desatualizados e não há uma gestão estratégica, na direção de um acompanhamento dos processos, com a presença de indicadores de avaliação de desempenho - aqueles que de fato importam para o negócio.
Cito apenas três exemplos - negativos - que me deparei nas últimas semanas.
Na empresa X, assistência técnica de celular, prometeram-me a película adequada para o meu aparelho. Além de não haver tal película, esperei tanto, sem retorno, que tive que me deslocar até o ponto de venda físico para obter a informação correta.
Na empresa Y, esperava um retorno - objetivo e definitivo - de um serviço. Toda vez que ligava para empresa - um parto - não só recebia uma nova informação, como também incorreta. O pior era a postura cerrada do atendente para ouvir a “verdade do cliente”. Erro fatal.
Na empresa Z, o produto entregue estava desconforme, e para realizar a troca, tive a sensação de que estava realizando um novo doutorado. Que dureza.
Sem processos, primeiro eficazes, depois eficientes, funcionários bem-intencionados se esforçam, mas o resultado, quase sempre, é ruim, e acaba prejudicando todos os funcionários, tanto os bons como também aqueles não tão bons.
O corolário é que o cliente passa a não confiar na oferta competitiva desta empresa, não mais se envolvendo e se comprometendo com essa.
O que tem sido sistemático mesmo, são a falta de empatia com os problemas dos clientes, o destruidor descompasso entre o prometido e o entregue e, assustadoramente, o comportamento de “autoridade estatal”, reativa, as necessidades e dificuldades dos clientes, mesmo frente às abissais e inquestionáveis falhas do fornecedor.
As organizações perdem uma oportunidade gigante para fidelizar clientes, e para formar advogados de sua marca.
Eles desconhecem o Paradoxo da Recuperação de Serviço, em que uma falha bem recuperada, aumenta a satisfação do cliente, passando essa a ser maior do que se o problema não tivesse ocorrido.
Necessita-se de um processo robusto até para corrigir os erros que surgem em toda a jornada do cliente.
Uma turma empresarial desconhece que a grande maioria dos clientes não reclama, simplesmente, busca outro fornecedor. Simples assim.
E para agravar a já debilitada situação, clientes insatisfeitos se transformam em detratores de uma empresa/marca. Desse modo, o eficiente boca a boca negativo se multiplica como um vírus! Contagiante.
Evidente que as novas soluções tecnológicas podem, inclusive, ajudar nos processos-atividades-tarefas de suporte e de atendimento aos clientes. Chatbots e assistentes virtuais têm executado tais atividades-tarefas.
Claro que para alguns negócios, um atendimento “humanizado” pode se constituir em um diferencial competitivo.
Minha recomendação é bem singela: fazer o básico bem feito, executado, por meio de processos, com excelência.
Aliás, fazer o básico bem feito, executado eficazmente, aparenta e se assemelha a utilização das propaladas e modernas ferramentas de IA. Creio que, pelo menos, alguns clientes assim pensarão!