• Jorge Hernández Fonseca
  • 29 Dezembro 2017

 

Como nos anos anteriores e com os elementos fornecidos pelos eventos atuais, quero analisar os cenários prováveis no próximo ano. Para a análise, farei considerações sobre o que estimo sejam os quatro cenários principais no futuro imediato da ilha:

• a análise da sucessão de Castro como fator de "mudanças";
• a eleição presidencial venezuelana e o controle da ilha dos processos desse país;
• relações cubano-americanas e presença de Trump presidindo os destinos dos EUA;
• as relações que Cuba reinicia com um ex-aliado russo.

No interior da ilha, Diaz Canel será o sucessor de Raúl Castro na presidência formal do país, se as expectativas forem finalmente confirmadas. Eu acredito que esta revisão da autoridade é um aspecto fundamental na provável quebra do esquema de comando até então monolítico dentro da ditadura cubana e a luta pelo poder - agora interna e subterrânea - que se tornaria patente. Um sinal importante a este respeito é o necessário e surpreendente adiamento da aposentadoria do ditador e a seleção de seu sucessor. Isso certamente desencadeou conjecturas associadas a disputas internas sobre quem será selecionado para a presidência formal pois o adiamento, em si, destaca a importância desse fato. Penso que o sucessor será Diaz Canel e que o adiamento deve mais a fatores não relacionados à pessoa que irá substituir Raúl Castro, embora essa substituição produza um agravamento da luta pelo poder dentro da ditadura, que acabará favorecendo, a curto ou médio prazo, a causa da liberdade e da democracia do sofrido povo cubano.

 Venezuela: Cuba depende como nunca antes da Venezuela “madurista”. A principal tarefa da contra inteligência cubana é transformar Nicolás Maduro no candidato presidencial do chavismo para as próximas eleições presidenciais e que este candidato será eleito na caricatura eleitoral a ser montada no início deste ano para perpetuar Maduro no poder. Maduro será o candidato "eleito", mas o futuro do “madurismo” não longo.

Com relação aos EUA, Cuba 2018 aproveitará o período de calma proporcionado pelos obstáculos interpostos ao governo Trump, malgrado as mudanças que ele já promoveu na anterior política entre os dois países. Acredito que Trump quer resolver o problema cubano a médio prazo, esperando, para agir, que a sucessão e/ou o desaparecimento físico do último Castro acabem se manifestando como um conflito interno entre os reformadores e a velha guarda.

 No entanto, a disputa geopolítica entre os EUA e a Rússia fez com que o último país voltasse para a ilha, começando a fornecer petróleo e planejando instalar bases militares (ou paramilitares) em Cuba, direta ou secretamente, o que complica a estratégia de Trump. Este aspecto é explosivo. Pode ser um jogo geopolítico, segundo o qual os russos começaram a apoiar o castrismo como resposta ao apoio militar dos EUA à Ucrânia. Esta relação poderia, finalmente, ser definida deixando - por parte da Rússia - os cubanos em "mãos" dos EUA, em troca de que os EUA deixassem os acontecimentos da Ucrânia nas "mãos" russas, com as exceções e recomendações usuais em ambos os casos .

Por fim, a difícil situação social, econômica e material de Cuba e da Venezuela resulta de métodos políticos ditatoriais e pode levar a uma explosão social com resultado libertador inesperado. E não seria improvável, então, o efeito dominó de um regime sobre o outro.

Os artigos deste autor podem ser encontrados em http://www.cubalibredigital.com

 

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  • Olavo de Carvalho
  • 28 Dezembro 2017

A ILUSÃO CORPORALISTA
Olavo de Carvalho



O que separa da humanidade normal os abortistas, gayzistas, globalistas, marxistas, liberais materialistas e outras criaturas afetadas de mentalidade revolucionária não é uma questão de opinião ou crença: é uma diferença mais profunda, de ordem imaginativa e afetiva.

Aristóteles já ensinava – e a experiência de vinte e quatro séculos não cessa de confirmar – que a inteligência humana não forma conceitos diretamente desde os objetos da percepção sensível, mas desde as formas conservadas na memória e alteradas pela imaginação. Isso quer dizer que aquilo que escape dos limites do seu imaginário será, para você, perfeitamente inexistente. O imaginário, por sua vez, não reflete somente as disposições do indivíduo, mas os esquemas lingüísticos e simbólicos transmitidos pela cultura. A cultura tem o poder de moldar o imaginário individual, ampliando-o ou circunscrevendo-o, tornando-o mais luminoso ou mais opaco.

O imaginário da espécie humana quase inteira, ao longo dos milênios, foi formado por influências culturais que o convidavam a conceber o universo físico como uma parte, apenas, da realidade total. Para além do círculo da experiência imediata, existia uma variedade de outras dimensões possíveis, ocupando o território imensurável entre o infinito e o finito, a eternidade e o instante que passa.

A partir do momento em que o universo cultural passou a girar em torno da tecnologia e das ciências naturais, com a exclusão concomitante de outras perspectivas possíveis, era inevitável que o imaginário das multidões fosse se limitando, cada vez mais, aos elementos que pudessem ser expressos em termos da ação tecnológica e dos conhecimentos científicos disponíveis. Gradativamente, tudo o que escape desses dois parâmetros vai perdendo força simbolizante e acaba sendo reduzido à condição de "produto cultural" ou "crença", sem mais nenhum poder de preensão sobre a realidade. O empobrecimento do imaginário é ainda agravado pela crescente devoção pública ao poder da ciência e da tecnologia, depositárias de todas as esperanças e detentoras, por isso mesmo, de toda autoridade.

sso não quer dizer que as dimensões supramateriais desapareçam de todo, mas elas só se tornam acessíveis ao imaginário popular quando traduzidas em termos de simbologia tecnológica e científica. Daí a moda da ficção científica, dos extraterrestres e dos deuses astronautas. Mas é claro que essa tradução não é uma verdadeira abertura para as dimensões espirituais, e sim apenas a sua redução caricatural à linguagem do imediato e do banal.

Uma das conseqüências disso é que o corpo, milenarmente compreendido como um aspecto entre outros na estrutura da individualidade, passou a ser não apenas o seu centro, mas o limite último das suas possibilidades. Aquelas potências do ser humano que só aparecem quando ele é confrontado com a dimensão da infinitude e da eternidade tornam-se absolutamente inacessíveis e passam a ser explicadas como "crenças culturais" de épocas extintas, com a conotação de atraso e barbarismo. Daí, também, que as mais hediondas realizações da sociedade tecnológica, como a guerra total e o genocídio, tenham de ser explicadas, de maneira invertida e totalmente irracional, como resíduos de épocas incivilizadas em vez de criações originais e típicas da nova cultura. O "formador de opinião" dos dias que correm é incapaz de perceber a diferença específica entre o totalitarismo moderno e as formas imensuravelmente mais brandas de tirania e opressão conhecidas na antigüidade e na Idade Média. Para ele, o Gulag e Auschwitz são a mesma coisa que a Inquisição. Quando lhe demonstramos que as formas extremas de controle totalitário da conduta individual eram perfeitamente desconhecidas em toda parte antes do século XIX, ele sente aquele mal-estar de quem vê o chão abrir-se sob seus pés. Então muda de conversa imediatamente ou nos amaldiçoa como fanáticos fundamentalistas.


Publicado originalmente no JB de, 4 de dezembro de 2008 e em http://www.olavodecarvalho.org/a-ilusao-corporalista/
 

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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 28 Dezembro 2017


Ao final de cada ano, como já virou uma praxe, é muito comum os meios de comunicação assim como as mais diversas entidades elegerem aqueles que mais se destacaram nas áreas em que atuam.

MINHA LISTA
Assim, antes que 2017 termine achei por bem divulgar a minha lista de nomes e instituições que na ótica liberal/conservadora, mais fizeram para mostrar que o único caminho capaz de levar o Brasil a ser um país melhor, mais decente e, certamente, promissor.

INSTITUIÇÃO
Na categoria -INSTITUIÇÃO-, mais uma vez o destaque, incomparável, vai para o PENSAR+, instituição -informal- desde a sua criação, em 2009, que reúne dezenas de pensadores dispostos a produzir conteúdos que levem o máximo de esclarecimento sobre a relação CAUSA/EFEITO de tudo que acontece ao nosso redor.

EMPRESARIAL
Na categoria EMPRESARIAL, por tudo que faz, notadamente ao sediar e organizar a realização dos Colóquios anuais do Pensar+, o troféu 2017 vai para a Florense, através dos incansáveis Gelson Castellan e Mateus Corradi. Um verdadeiro show que a família Florense apresenta a cada ano.

POLÍTICA ESTADUAL DO RS
Na categoria POLÍTICA ESTADUAL, nem precisei sair do ambiente do Pensar+. Na Assembleia Legislativa do RS, o pensador e deputado Marcel Van Hattem, por convicção e formação liberal, representou -ipsis literis- a vontade e os propósitos de seus eleitores. Nota DEZ.
Em tempo: fiquem de olho no pensador e pré-candidato ao Governo do RS, Mateus Bandeira, do partido NOVO. Certamente vai mostrar tudo aquilo que os demais pensadores vem apresentando.

POLÍTICA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE
Na categoria POLÍTICA MUNICIPAL, o destaque vai para três pensadores, não por acaso integrantes do Pensar+: os vereadores Ricardo Gomes e Felipe Camozzato e o Secretário Municipal de Serviços Urbanos, Ramiro Rosário (também eleito vereador em 2016) todos de Porto Alegre. Além de eficientes e corretos são aqueles que menos dão despesa aos eleitores. Nota 1000.

COMUNICAÇÃO
Ainda que atue na área da comunicação, manifestando opinião diária com ênfase no liberalismo, propondo uma decisiva diminuição do Estado na economia (que sufoca e mata diversas atividades), aqueles que, na minha ótica, se destacaram em defesa do liberalismo e, por consequência, da lógica do raciocínio jornalístico, foram o pensador e jornalista Diego Casagrande; o incansável Políbio Braga; e o jornalista Felipe Vieira. Pena que são poucos os comunicadores deste naipe.

ESCRITORES
Na categoria ESCRITORES, por mais que existam bons e excelentes destaques, não precisei pensar duas vezes para eleger três pensadores de primeira linha: Percival Puggina, Rodrigo Constantino e Roberto Rachewsky. Quem lê seus textos sabe o quanto eles são capazes de levar esclarecimento suficiente até para aqueles que têm alguma dificuldade para desenvolver o raciocínio lógico.

OUTROS DESTAQUES
Ah, nesta minha lista de destaques não podem faltar os seguintes pensadores: o jurista e pensador Ives Gandra Martins, o pensador e presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, o cientista político Paulo Moura, a combatente Fernanda Barth, esta, principalmente, por ter trazido ao RS a EXPOSIÇÃO HOLODOMOR – GENOCÍDIO UCRANIANO. Espero que em 2018 a lista seja ainda maior, pois os pensadores (entre os quais me incluo) estão prontos para fazer o máximo para tentar mudar o país.

 

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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 27 Dezembro 2017



SENTIMENTO DE ESPERANÇA
Tudo leva a crer que o sentimento de entusiasmo e esperança que reinou ao longo da semana de Natal ganhará força redobrada nesta semana que termina com o ingresso em 2018, considerado por muitos brasileiros como o ANO DA GRANDE VIRADA.

ROUPA NOVA E SETE ONDAS
Mais do que nunca, pelo clima reinante de norte a sul do país, a maioria do povo brasileiro, senão todos, por óbvio que já tratou de reservar alguma peça de roupa com a cor do novo ano para fazer a confiante travessia. Mais: aqueles que forem para o litoral não deixarão de pular as -sete ondas- fazendo os mais diversos pedidos.

PIB VAI CRESCER EM 2018
Pois, independente dos pedidos de -saúde, dinheiro e felicidade- que 100% das pessoas fazem, em termos da nossa economia uma coisa já é mais do que certa: o crescimento do PIB brasileiro em 2018 já está garantido. No mínimo, se não houver alguma catástrofe, a economia vai crescer em torno de 3%. Isto é CERTO!

ELEIÇÕES/2018
Entretanto, se as REFORMAS forem recusadas, a mesma confiança positiva que está sendo depositada para 2018 pode dar lugar a uma forte desesperança para o ano de 2019, quando o Brasil passará a ser governado por um novo presidente e um novo Congresso. Ou seja, tudo vai depender das escolhas do povo, nas eleições/2018.

VOOS DE GALINHA
Historicamente, para infelicidade do nosso empobrecido país, o povo brasileiro tem dado enorme preferência para políticos POPULISTAS. Daí a razão pela qual a economia brasileira, nos últimos 50 anos, quando apresenta algum crescimento o fenômeno se assemelha aos VOOS DE GALINHA, ou seja, além de duração curta são sempre rasantes.

CAPITALISMO
Portanto, mesmo que a entrada de 2018 deva ser festejada por tudo de bom que foi conquistado ao longo de 2017, fica aqui o alerta: 2019 corre sério risco fiscal, caso as REFORMAS, notadamente a da PREVIDÊNCIA, não sejam feitas. A musculatura do Estado só ganhará tônus com MEDIDAS DE CONTENÇÃO DE GASTOS PÚBLICOS E/OU PRIVATIZAÇÕES. Resumindo: o BRASIL só vai se desenvolver, de fato, quando abraçar o CAPITALISMO!
 

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  • Adolfo Sachsida
  • 26 Dezembro 2017

 

 

 

Em sua magistral obra, “História da Guerra do Peloponeso”, o historiador e general ateniense, logo após uma dura derrota militar escreve: “(…) isso só terminaria com o incêndio do Pireu”. Pireu era o porto de Atenas, e sua frase retrata que depois daquela derrota militar o destino de Atenas estava selado.

As vezes olho para a situação atual de nosso país e me pergunto se nosso destino também já está definido. Será que avançamos demais na desordem? Será que agora é tarde demais para reverter o curso do desastre?

Honestamente espero que ainda tenhamos tempo para corrigir os rumos de nosso país, antes que um desastre mais trágico se abata sobre nossa sociedade. Por isso clamo a todos: prudência. Sejamos prudentes, tenhamos sabedoria para nortear nossos próximos passos. Nossa sociedade está a beira de uma séria ruptura. Ano que vem, ano eleitoral, definiremos se poremos nós mesmos fogo em nossa própria sociedade, se iremos incendiar nós mesmos nosso Pireu, ou se iremos usar a oportunidade para reconstruir nossa sociedade.

Peço a Deus, que nesse Natal, ilumine nossos corações. Nos encha de bondade, amor ao próximo, respeito, inteligência, e prudência. Que nesse Natal possamos celebrar com respeito o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo ao lado de nossos irmãos, que tenhamos em mente a oração de São Francisco, e tenhamos força para mudar o que pode ser mudado, que tenhamos paciência para com o que não podemos mudar, e sabedoria para reconhecer cada uma delas. Que saibamos respeitar as divergências, e que neste Natal sejamos nós mesmos a mudança positiva que queremos para o mundo e para nossa sociedade.

Feliz Natal, que a paz de Cristo esteja com todos vocês. E que, ano que vem, lutemos juntos para defender nosso porto seguro, não iremos permitir que ateiem fogo em nosso Pireu.

• Publicado originalmente em www.institutoliberal.org
 

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  • J. R. Guzzo
  • 26 Dezembro 2017


O deputado Paulo Maluf, uma das maiores celebridades políticas de sua geração, está encrencado com a Justiça brasileira há pelo menos 48 anos seguidos – desde que deu de presente para os jogadores da seleção brasileira de futebol que ganhou a Copa de 1970 no México 25 automóveis, comprados com dinheiro da Prefeitura de São Paulo. Deve ser algum recorde mundial. Quem conseguiria, no restante do planeta, passar 48 anos fugindo do Código Penal — e, ao mesmíssimo tempo, construir toda uma carreira de primeiro plano na vida pública nacional? Não é um período. É uma existência inteira. Dos processos de 1970, e até agora, Maluf passou por problemas que cobriram vastas e variadas áreas do território criminal. Corrupção passiva, superfaturamento de obras públicas, lavagem de dinheiro, delitos fiscais, contas não-declaradas no exterior (e de existência provada pela justiça internacional) e por aí se vai. Chegou a ficar preso por 40 dias, em 2005, numa cela da Polícia Federal de São Paulo. Em 2010 entrou na lista de “procurados” pela Interpol. Só podia viver livre num país do mundo: o Brasil. Enfim, como ele próprio gostava de dizer, o homem “estourou a boca do balão”.

Paulo Maluf, com tudo isso, sempre desfrutou de grande prosperidade política em nosso Brasil Brasileiro. Além de prefeito, foi governador do Estado de São Paulo, deputado federal com quatro mandatos, eleito com milhões de votos e chefe de cinco partidos políticos diferentes. Sua influência levou o ex-presidente Lula a ir até a sua casa, submeter-se a um dos mais embaraçosos atos de contrição já feitos por um político brasileiro: depois de passar anos a fio dirigindo os piores insultos a Maluf, Lula foi lhe prestar reverência em troca de apoio para o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo. Nessa longa caminhada, Maluf pode aproveitar plenamente as maravilhas do “direito de defesa” à brasileira, com seu incomparável estoque de garantias para os acusados de crimes. Salvo seus 40 dias de xadrez em 2005, um ponto claramente “fora da curva”, ele jamais foi incomodado a sério pelo sistema judiciário do Brasil e, muito menos, por qualquer órgão político encarregado de questões éticas.

Agora, após quase meio século de acusações sem punição, quando já está com 86 anos de idade, problemas de saúde sérios e não manda nem influi em mais nada, Maluf enfim foi preso para cumprir pena. Um corajosíssimo ministro do Supremo Tribunal Federal, com a heroica valentia de quem espera a batalha acabar para vir fuzilar os feridos, mandou o cacique hoje inofensivo para a cadeia. Não foram ouvidas muitas palmas. O que ficou claro, acima de qualquer outra coisa, é a garantia de impunidade que nossos tribunais, leis, OAB, institutos de apoio ao “direito de defesa”, etc. oferecem a todo delinquente que tenha dinheiro sobrando para pagar advogados caríssimos e especializados em obter a negação de justiça para os seus clientes. Conseguiram segurar Maluf solto por quase cinquenta anos; são mesmo uns craques. É claro que não admitem que se mude um milímetro nas leis que permitem essa aberração. É claro que o ex-presidente Lula e o PT, diante de uma história dessas e indignados com a “rapidez” da justiça no seu caso, exigem tratamento igual.


* Publicado originalmente em veja.com
 

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