• Pe. Paulo Ricardo
  • 31 Janeiro 2024

 

Pe. Paulo Ricardo 

         A tão sonhada "liberdade" feminina transformou-se numa prisão. Hoje, as mulheres se vêem presas a estereótipos ditados pela agenda feminista, cujo maior objetivo é destruir a essência da mulher, tornando-a "igual" ao homem, transformando seus úteros em lugares estéreis e silenciando o apelo natural que elas têm à maternidade.

A sociedade moderna está mergulhada no conceito de igualdade. Cada vez mais luta-se para equiparar o homem à mulher e vice-versa. Se a igualdade pretendida fosse em relação aos direitos civis, cuja necessidade é inegável, não seria, de fato, um problema. Porém, o que acontece é que esta sociedade moderna, eivada do relativismo cultural, quer é transformar a mulher no novo homem e o homem na nova mulher, invertendo e pervertendo os valores mais elementares.

Deus criou o homem e a mulher em igual dignidade, mas quis que houvesse uma diferença entre os dois sexos. Esta diferença em "ser homem" e "ser mulher" faz com que exista uma complementariedade entre eles. Foram criados por Deus para formarem um conjunto, não um se sobrepondo ao outro, mas em perfeita sintonia um com outro. Lutar contra esse projeto, fazendo com que a mulher tente, por todos os meios, ocupar o lugar do homem é lutar diretamente contra o projeto de Deus, contra a natureza humana.

A liberação sexual promovida pelos métodos anticoncepcionais, longe de trazer a sensação de igualdade entre o homem e mulher, transformou a mulher numa máquina de prazer, pois agora ela sabe que pode ter uma vida sexual ativa sem a consequente gravidez. Não precisa ter compromisso com o parceiro, não precisa sentir-se segura ou amada. Ledo engano. O que se vê são cada vez mais mulheres frustradas, depressivas, olhando para trás e percebendo que estão vazias, correndo contra o tempo para manterem-se jovens, pois nada mais têm a oferecer que não o invólucro.

A liberdade da mulher, na verdade, transformou-se numa prisão. Hoje, elas se vêem presas a estereótipos ditados pela agenda feminista, cujo maior objetivo é destruir a essência da mulher, igualando-a ao homem. Transformando seus úteros em lugares estéreis e varrendo para debaixo do tapete o instinto natural da espécie: a maternidade.

Portanto, urge que cada mulher, criada à semelhança de Deus, recupere o seu lugar na Criação. Que a mulher seja mulher em toda sua plenitude!

*      Publicado originalmente em https://padrepauloricardo.org/episodios/feminismo-o-maior-inimigo-das-mulheres, em 02 de fevereiro de 2012.

 

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  • Dartagnan da Silva Zanela
  • 31 Janeiro 2024

 

 

 

Dartagnan da Silva Zanela 

        Miguel de Cervantes nos sugere, floreando com as letras de um jeito que apenas ele sabia fazer, que é muito mais saboroso o caminho que a pousada onde repousamos a carcaça. Seguindo pela mesma trilha, o poeta Antonio Machado certa feita havia dito que o caminhante se faz na caminhada, não na chegada (na verdade ele disse: caminante, no hay camino: se hace camino al andar).

 E nós, figurinhas e figurões do século XXI, sem nos darmos conta, preferimos acorrentar o nosso olhar aos possíveis e desejáveis momentos de repouso, fazendo desses momentos os grandes objetivos da nossa vida; objetivos esses que, no nosso entender, deveriam ser conquistados para que ela, a nossa porca vida, seja [supostamente] realizada de forma plena.

Quantas e quantas vezes passamos os nossos dias, lamentando conosco mesmo - e com os nossos familiares, amigos e colegas - que queremos porque queremos que o dia passe logo, bem rapidinho; quantas e quantas vezes suplicamos em nosso íntimo para que os dias da semana voem em revoada para que possamos desfrutar do nosso abençoado fim de semana; quantas vezes rogamos para que o ano se vá de vereda e, assim, chegue logo o fim do mesmo, e tenhamos o Natal, as festas e, é claro, as férias.

Enfim, queremos que os anos sigam ligeiros, feito água de corredeira, para podermos nos aposentar e, é claro, repousar definitivamente das fadigas de uma vida vivida em grande correria.

Queremos porque queremos que o tempo passe, sem demora, para que possamos chegar ao momento do repouso, pouco importando quanto ele venha a durar, ou o que o dito-cujo venha a significar.

E, de tanto queremos isso, deixamos de viver às inúmeras alegrias e desventuras da vida, com tudo o que elas têm a nos regalar.

E reparem como fazemos isso todo santo dia, sem pestanejar. Torcemos para que a vida passe, para que possamos deixar de viver, para que paremos de ficar fugindo da vida e, enfim, possamos morrer. Morrer sem ter realmente vivido. Olhando melancolicamente para os tempos que se foram, repetindo os versos de Manuel Bandeira, vendo a vida que poderia ter sido, mas não foi.

Em resumidas contas é isso que estamos dizendo a plenos pulmões, aos quatro ventos, quando, por exemplo, iniciamos um dia de trabalho desejando que ele simplesmente termine para não mais estarmos ali, presentes, ou fingindo que estamos.

É exatamente isso que cantamos nos átrios do nosso coração quando nos atiramos sobre uma carteira escolar, feito um saco de batatas, com as ventas chumbadas na tela de um celular, arredio a qualquer possibilidade de aprendizado - de qualquer coisinha, útil ou não - ansiando estar em qualquer outro lugar para poder se debruçar em outro móvel e permanecer com a face grudadinha no mesmo aparelho eletrônico, ou em outra tranqueira similar.

Não queremos nos fazer presentes porque, muitas e muitas vezes, consideramos o lugar onde estamos, as tarefas que nos foram confiadas, indignas da formosura crítica da nossa pessoinha singular e, às vezes, isso pode até ser verdade; porém, penso que deveríamos nos fazer duas perguntinhas, pra lá de marotas, antes de afirmarmos uma coisa desse naipe.

Antes de qualquer coisa, já paramos para considerar que nós não somos minimamente dignos daquilo que estamos rejeitando com nossa maneira petulante de viver? Por um acaso, já paramos para considerar que, talvez, não sejamos dignos merecedores nem daquilo que recebemos, que nos foi confiado? Então, seria interessante matutarmos sobre isso.

Mas, como havíamos dito, vamos supor que realmente o quadro que dá forma ao nosso dia a dia seja, de fato, um misto de tédio, indignidade e aviltamento. Bem, diante disso, podemos levantar um outro ponto: o que nós temos feito para nos elevar diante desse quadro e, deste modo, elevá-lo conosco? O que temos feito para dignificá-lo? Pois é. Foi o que eu pensei.

Sim, a resposta adequada a todas essas indagações não são difíceis de serem encontradas, pouco importando quais sejam as circunstâncias que dão o tom de nossos dias. O problema é que, tal resposta, exige de nossa parte uma disposição a abraçar a cruz nossa de cada dia que, em resumidas contas, é uma abertura para uma vida virtuosa, para a maturidade, que negamos cotidianamente com mil e um subterfúgios.

Preferimos a ânsia constante pelo momento fugidio da irreverência das horas vazias do que encarar, com destemor, o vazio que, muitas e muitas vezes impera em nosso coração, que nos impede de abraçar, com força, cada momento que dá forma aos nossos dias e reconhecer, em cada um deles, uma abertura possível para a beleza, para a bondade, para a verdade e que, por sua deixa, poderá nos impulsionar para um vislumbre da eternidade.

Podemos dizer que, cada um de nós, cada um à sua maneira, vive de modo similar a personagem, interpretada por Adam Sandler, no filme Click (2006). Personagem essa que recebe de um anjo um controle remoto que lhe permite pular os momentos, dias e meses que considerasse chato. Obviamente, o resultado foi tão trágico quanto cômico. Não tão cômico quanto o modo como nós fugimos da nossa vida, mas, com certeza, tão trágico quanto a maneira como insistimos em fugir de nós mesmos.

Por isso, procuremos nos fazer presentes, para que a nossa vida não termine sendo uma grande ausência mediada por conexões vazias.

*       O autor, Dartagnan Zanela, é professor, escrevinhador e bebedor de café. Autor de "A VERTICALIZAÇÃO DA BARBÁRIE", entre outros ebooks.

 

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  • Alex Pipkin, PhD
  • 28 Janeiro 2024


Alex Pipkin, PhD 

       Todo ser humano possui uma crença. Essa é adquirida a partir da família, das experiências - e conexões - sociais, culturais e acadêmicas.  Basicamente, as crenças se materializam a partir das experiências pessoais vivenciadas por cada sujeito.

Todos têm uma perspectiva ou uma determinada visão de mundo. Os jovens de hoje, tristemente, são estimulados a substituírem as virtudes do progresso pelas mazelas do fracasso.

São impulsionados a incorporar como visão, uma determinada ideologia, a “progressista”, ao invés daquela inspiradora das possibilidades do mundo e do respectivo progresso em nível individual.

?Claro, a vida não é perfeita, é dura. Talvez nos céus celestiais seja distinto. Aqui, em terra firme, há várias pedras, buracos - e abismos - pelo caminho. Mas assim sempre foi a vida. Ela é como ela é. É preciso se esforçar, lutar, correr riscos, levantar-se e continuar. Tem que existir algum propósito.

?Atualmente, um processo de vitimização e de assunção de culpa pelos males do mundo, inicia-se desde os bancos escolares, e para alguns, reforça-se na universidade.

Estudantes são estimulados e treinados para instigarem em suas cabeças as desigualdades e a opressão, tirando-lhes da mira de alça as grandes possibilidades de criação no mundo, fora de suas cabeças individualistas.

Nas águas do ensino, banham-se com as mazelas da escravidão, do capitalismo explorador, das desigualdades sociais, da crise climática, enfim, do apocalipse do fim do mundo.

Oh vida! A doutrinação lhes traz a miragem de que eles não são responsáveis por suas próprias vidas, mas, paradoxalmente, são responsáveis pela busca da salvação de todos os males da humanidade.

Constitui-se aí o círculo vicioso de formação dos grandes “guerreiros sociais”. Pensam eles, se são herdeiros das arbitrariedades e das desigualdades do passado, devem lutar contra a opressão, combatendo os vícios desse passado, dividindo contextos sociais, e negando-se as oportunidades de desenvolvimento no presente e no futuro.

O mundo é outro, não é uma folha em branco. Não há como reescrever o passado.

Na verdade, a esperança e as alternativas de mais empregos, renda, riqueza e prosperidade, dependem de um olhar para além de suas cabeças cheias de sentimentalismos contrários a opressão, e de gigantescas percepções de “culpas burguesas”.

Porém, o treinamento é poderoso. Os “justiceiros sociais” tem como método aquilo que combatem, a opressão. Triste, em especial, para suas próprias vidas. Eles são, verdadeiramente, individualistas intransigentes, que miram, mas não enxergam “os outros”. Claramente, o problema reside na incutida mentalidade “progressista”.

Muitos desses jovens se alimentam dessa busca inalcançável, transformando suas vidas em algo fadado ao fracasso. Um certo niilismo psicossocial se apossa desses “guerreiros sociais”, que justamente se suportam a partir disso.

Lastimável. São doutrinados para rejeitar o presente e o real, para viverem às custas da angústia e do imaginável. O treinamento é exímio. Eles foram cegados, factualmente, mais do que isso.

Além de desconsiderar as evidências de que suas fantasias não funcionam na realidade objetiva, eles não percebem as alternativas para operarem, de fato, com os instrumentos e os princípios comprovados, aqueles que encaminham a melhoria de oportunidades para todos.
Os vícios das arbitrariedades do passado se sobrepõem as virtudes do sucesso para todos, mesmo que de maneiras diferentes.

A catequese universitária, aquela que promete os céus, os conduz à beira do inferno.

Ao prometer o inalcançável, aniquila-se, de alguma forma, as possibilidades de concessão e de concretização de ganhos pragmáticos possíveis para todos.

É, niilismo existe. É, assim é a vida, real.

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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 28 Janeiro 2024

Gilberto Simões Pires 

         O recém-lançado -BOLSA INDÚSTRIA-, ou, como prefere o governo socialista/comunista, -PROGRAMA NOVA INDÚSTRIA BRASIL-, segundo os representantes dos mais diversos segmentos do setor, está sendo visto como MODERNO E POSITIVO. Como vivemos no -PAÍS DAS BOLSAS-, até aí nada que espante. O espanto e a preocupação é que este mesmo PROGRAMA já foi colocado em prática durante o péssimo governo Dilma, de 2011 a 2014, sob o título -NOVA MATRIZ ECONÔMICA-, ou -MATRIZ ECONÔMICA BOLIVARIANA-, cujos resultados, mais do que sabido, foram simplesmente CATASTRÓFICOS.

MESMO CARÁTER

Vale lembrar que a -MATRIZ ECONÔMICA BOLIVARIANA-, a exemplo do que pretende o atual governo petista com o PROGRAMA NOVA INDÚSTRIA BRASIL, tinha o mesmo caráter -DESENVOLVIMENTISTA-. O fato, entretanto, sem a menor surpresa, é que aquele CATASTRÓFICO PLANO foi decisivo para: 1- uma QUEDA BRUTAL DO PIB BRASILEIRO; e, 2- um FORTE AUMENTO DA TAXA SELIC. 

ESTIMULAR A ECONOMIA

MAIS: sob o pretexto de ESTIMULAR A ECONOMIA, por meio dos gastos públicos e excesso de INTERVENÇÃO DO ESTADO, o BNDES recebeu mais de R$ 600 BILHÕES do Tesouro Nacional, às custas, obviamente, de emissão de títulos públicos (endividamento), cuja conta ainda não foi paga, causando assim uma forte PRESSÃO INFLACIONÁRIA. Isto, sem esquecer que -para tentar segurar a inflação- o governo Dilma adotou a prática de controle de preços DE ENERGIA, COMBUSTÍVEIS E DERIVADOS. Aliás, por conta desse estúpido controle, a Petrobras foi obrigada a vender combustíveis no mercado interno com preços inferiores aos que foram pagos no mercado externo, provocando prejuízo brutal na estatal.

DIZER O QUÊ?

A propósito, para que os leitores não se deixem levar apenas pelas minhas considerações, eis como o pensador e economista Igor Moraes enxerga os efeitos do PROGRAMA NOVA INDÚSTRIA BRASIL: Dizer o quê sobre a "nova política industrial"? Quando um Governo de um país pobre diz que "dinheiro não é problema", algo já está errado. Fico imaginando o industrial da Alemanha, que atravessa um momento crítico, escutando essa declaração e vendo o milagroso plano para salvar a indústria brasileira (que está sempre nascendo), simplesmente "DANDO DINHEIRO". O problema é esse mesmo? Ao invés de criticar o "Plano", vamos fazer uma coisa simples: ver o que o setor está dizendo que são os problemas para eles. Nesse caso, olhando a "Sondagem industrial" da CNI, uma pesquisa que pergunta ao setor os principais entraves, podemos ver uma lista de pontos:

1. Carga tributária (sempre dentre os primeiros a ser apontado pelos industriais);

2. Demanda interna insuficiente. O país tributa muito os produtos que ficam caros, temos os carros, as roupas, o videogame, o celular, etc., dentre os mais caros do mundo. Daí a demanda é pequena mesmo.

3. Taxa de juros elevada. Vocês querem falar de causa ou efeito?

SIMPLES ASSIM

O juro é alto porque a dívida do Governo é alta e ele oferece juros altos ao mercado para rolar essa dívida, encarecendo o crédito para as pessoas e empresas. Além de outras distorções microeconômicas como juro subsidiado, leia-se BNDES. A lista se estende por mais uma dezena de itens. Advinha o último problema? "Falta de financiamento de longo prazo". O Governo está certo. Dinheiro não é problema. Ele existe. Tem liquidez no mercado para financiar o crescimento industrial. Não precisa do BNDES nem de política industrial. O que precisamos é reduzir o tamanho do Governo, cortar impostos e gerar segurança jurídica para contratos. Até o montante de recursos já foi dito: R$ 300 bilhões. Eu diria: Vocês já foram melhores. Se dinheiro não é problema, não se diz o limite superior. Mas quer ajudar mesmo o setor de forma linear, atingindo todo mundo? Corta R$ 300 bilhões em tributos. Simples assim.

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  • Alex Pipkin, PhD
  • 22 Janeiro 2024

 

Alex Pipkin, PhD

         Reafirmo, categoricamente, que a universidade se transformou num palco pseudo-humanista e político para a encenação de melodramas dantescos. Atualmente, essa tem um lado, de cor avermelhado. Tristemente, é a cor de sangue…

Meninos e meninas vivem inebriados por simbolismos, pelo politicamente correto, desempenhando rituais para demonstração de suas virtudes, em especial, de sua superioridade (i)moral progressista.

Substitui-se o foco na formação de profissionais íntegros, capazes de expandir as fronteiras do conhecimento em suas respectivas áreas do conhecimento, pelo clamor da diversidade e inclusão, pela cega luta contra a opressão, e em defesa dos grupos minoritários.

Verdadeiramente, calaram a genuína liberdade de expressão, a voz dissonante das mentiras progressistas, e a Ciência, com “c” maiúsculo, baseada em legítimas evidências, a da verdade investigada.

Escrevi texto descrevendo tal ditadura do pensamento tribal esquerdista. Fui taxado por uma leitora - será que leu? - de fascista. Nenhuma surpresa. A sempre empregada falácia “ad hominem”. Atacou-me, pessoalmente, sem lograr refutar o conteúdo exposto. Afirmou que minha “ideia” faz parte do “mundo branco e elitista”.

Efetivamente, o português atual anda sofrível. Eles possuem dificuldades tanto ortográficas, como também, e pior, de compreensão de conceitos. Tá certo que a novilíngua confunde. Essa comentarista incauta, que pensa com a bílis, é mais uma que banaliza o significado da palavra fascista. Portanto, faz uma afirmação completamente vazia e equivocada.

É bom esclarecer. Fascismo, factualmente, foi um movimento totalitário surgido na Itália, com Benito Mussolini. Grosso modo, o fascismo se caracteriza pelo militarismo e nacionalismo, rejeitando a democracia liberal, defendendo o forte controle do Estado nas áreas econômica e social.

Quanta doutrinação! Objetivamente, ela ratifica que a técnica a ser desenvolvida na universidade, foi cambiada pela ideologia “progressista”. Eu defendo a democracia liberal, não a cleptocracia tupiniquim, como também o legítimo respeito à dignidade humana. Ela não sabe que fascismo, sinteticamente, significa “tudo dentro do Estado, nada fora do Estado”. Tudo aquilo que eu comprovadamente abomino.

Sou um homem branco - culpa da biologia! Se branco, por “default”, sou racista! Grotesco. Segundo ela, devo pertencer a “elite”. Tomara que não esteja se referindo as “elites podres” políticas, universitárias e culturais, os mesmos “semideuses” que a dita cuja cultua. Não deve saber que sou judeu.

Nos antros universitários de hoje, os “justiceiros sociais” dizem defender os grupos minoritários. Eles compartilham um zelo quase messiânico pela defesa dos grupos identitários. Claro, exceto dos judeus, “esses opressores que querem controlar o mundo”… Desse modo, efetivamente, a meninada sai às ruas clamando pela varredura do Estado de Israel do mapa, e o extermínio do povo judeu.

A moça deve estar de mãos dadas com esses garotos universitários idealistas e antissemitas, e extasiada com a sugestão do crápula petista José Genuíno, aconselhando, como no Nazismo, que as pessoas boicotem os estabelecimentos de judeus. Ela, provavelmente, dissimula desconhecer a mais nova onda universitária, relacionada a defesa dos direitos (des)humanos e das minorias identitárias: o doentio e escrachado antissemitismo.

Assim é o sectário ideológico. Utiliza-se de manjados clichês, defendendo com unhas e dentes o Estado totalitário, a escassez de liberdades, e até mesmo a comprovada e inconcebível institucionalização da corrupção.

As palavras, não sabe ela, não só importam, mas demonstram a capacidade de manipulação de mentes, docilmente corrompidas, que rejeitam a verdade dos fatos e das evidências.

Eu também tenho uma recomendação. Ao contrário de pregar a barbárie, assim como fazem os petistas, sugiro que essa moça tenha mais cautela com o uso das palavras. Somente assim ela conseguirá exercer aquilo que nos diferencia dos animais: o pensamento; crítico, sadio e produtivo.

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  • Sílvio Lopes
  • 21 Janeiro 2024

 

Sílvio Lopes

        Há um mantra que declara que o Brasil tá ficando velho sem ter, antes, se tornado desenvolvido. Verdade. Se atentarmos para o caminho (garantidor) que leva um país a se tornar uma nação desenvolvida, vamos observar dois eixos principais.

No aspecto do papel do Estado, que este assegure à população a vida, as liberdades, e que também não atrapalhe a busca da felicidade por parte de cada cidadão.

No aspecto sócio- econômico, o modelo ideal (ou o mais próximo disso), é que na sociedade prevaleçam e se consolidem três virtudes imprescindíveis e concomitentes: a do amor ao trabalho; no saudável hábito da poupança e, principalmente, no apego, e prática, da virtude da honestidade.

Aqui no Brasil, o que se observa desde que os “progressistas” (esquerda) assumiram papel no protagonismo político, é que o Estado sequer nos garante a vida, tem ojeriza às nossas liberdades e sonha nos oprimir e escravizar, física e mentalmente.

Como daremos certos diante de tamanho descalabro institucional? Como se isso não bastasse, no âmbito sócio- econômico temos as mais vergonhosas taxas de produtividade do trabalho, índices de poupança interna desprezíveis (hoje em 5% do PIB, quando temos necessidade acima de 25%). E o mais grave de tudo: onde se escondeu ou para onde fugiu a virtude da honestidade, a mãe de todas elas?

De nada adiantará um dia tornarmos o Estado eficiente, cumpridor de suas funções essenciais, termos poupança e eficiência no trabalho se desprezarmos a virtude da honestidade. Da mesma forma, pouca valia há em nos protegermos do ladrão que, diariamente e em todo o lugar, nos ameaça a vida, rouba o patrimônio ganho à custa de dores e sacrifícios se, ao depositarmos nosso voto na urna, ungimos o "pai dos ladrões" para ocupar o cargo mais elevado na hierarquia da nação.

Que país é este, afinal? Como disse Emil Farah no livro " O país dos Coitadinhos", ou decidimos fazer deste país uma grande nação; ou caminhamos a passos largos para nos tornarmos num imenso albergue!". Nós é que decidiremos o caminho a seguir nessa encruzilhada. Enquanto nos permitirem decidir, claro. É isso.

*       O autor, Sílvio Lopes, é jornalista, economista e palestrante sobre Economia Comportamental.

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