• Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 24 Novembro 2024

Gilberto Simões Pires 

MOODY'S - AGÊNCIA NADA CONFIÁVEL

Como referi no meu editorial -A FÁBULA DA MOODY'S-, publicado no dia 3 de outubro de 2024, ninguém, de sã consciência, foi capaz de engolir a repentina DECISÃO da -MOODY'S- Agência de classificação de risco-, ao conceder um -UPGRADE- da NOTA DE CRÉDITO DA DÍVIDA SOBERANA BRASILEIRA, de BB para BB+. Tal decisão, se fosse realmente séria e confiável, colocaria o Brasil a um degrau do tão sonhado INVESTMENT GRADE. Na ocasião, vale lembrar, sem ser minimamente seguida pelas demais agências de classificação de risco, a Moody's, através de nota, disse que a melhora significativa no crédito era resultado do DESEMPENHO ROBUSTO DO CRESCIMENTO DO PIB e do HISTÓRICO RECENTE DE REFORMAS ECONÔMICAS E FISCAIS. Pode? 

MORGAN STANLEY

Pois, na semana passada, diante de uma notória e indisfarçável PIORA DO RISCO FISCAL DO BRASIL, os analistas do banco americano MORGAN STANLEY acharam por bem REBAIXAR A CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DO NOSSO PAÍS, passando de NEUTRO PARA NEGATIVO. Segundo o relatório enviado aos clientes do banco, publicado na Gazeta do Povo, "as taxas de juros precisam cair no Brasil e o mercado precisa se afastar dos riscos associados à dominância fiscal". Mais: os analistas informam que vão "monitorar sinais de uma mudança de curso dos formuladores de políticas públicas que possam afastar o país do modelo de gastos e aumento da dívida para o de investimentos e queda nos juros”. Detalhe: em tom pessimista, os analistas especulam que a situação no Brasil ainda pode piorar antes de melhorar.

ARGENTINA, CHILE E COLÔMBIA

Já no que diz respeito às ações de Argentina, Chile e Colômbia, os analistas do Morgan Stanley se mostram otimistas. As classificações dos três países subiram de NEUTRA PARA POSITIVA, confirmando a tendência de melhora política na região. "Os mercados andinos são relativamente pequenos e pouco profundos, mas oferecem bom valor e baixa correlação com o resto do mundo", diz o informativo do banco.

ARGENTINA: PROGRESSO IMPRESSIONANTE

Para finalizar, vale lembrar que durante a reunião de Cúpula do G20, o presidente argentino Javier Milei se reuniu com a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, que fez questão de destacar o “progresso impressionante” de seu governo em “estabilizar a economia e torná-la mais baseada no mercado”. Na rede social X, ela postou uma foto com Milei e disse que o FMI está “pronto para apoiar a Argentina e seu povo na construção dessas conquistas". Que tal? 

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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 21 Novembro 2024

Gilberto Simões Pires         

LÍDER SENSATO

No entender das pessoas dotadas de DISCERNIMENTO, o presidente da Argentina, Javier Milei, foi, sem dúvida, o líder que mais se destacou, POSITIVAMENTE, na REUNIÃO DO G20-2024. Em primeiro lugar, por ter se declarado totalmente CONTRÁRIO à promoção da limitação da LIBERDADE DE EXPRESSÃO EM REDES SOCIAIS. A seguir, por ter dito, alto e em bom tom, que -SE QUEREMOS LUTAR CONTRA A FOME E ERRADICAR A POBREZA, A SOLUÇÃO ESTÁ EM TIRAR O ESTADO DO MEIO. DEVEMOS DESREGULAR A ATIVIDADE ECONÔMICA PARA FACILITAR O COMÉRCIO.

DESTAQUE NEGATIVO

Já os líderes dos demais países membros do G20 -África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, EUA, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além da União Africana e da União Europeia- que de forma COLETIVA E ESTÚPIDA se declararam favoráveis à TRIBUTAÇÃO DOS SUPER-RICOS, sem levar em conta que esta vontade produz “consequências negativas”, sobre a acumulação de capital, desestimulando, por óbvio, o CRESCIMENTO ECONÔMICO, ganharam o DESTAQUE NEGATIVO.

EVENTO MAIS DO MESMO

De resto, sem tirar nem pôr, a REUNIÃO DO G20-2024, que teve como tema principal a FOME, a POBREZA e a SUSTENTABILIDADE, foi um legitimo EVENTO -MAIS DO MESMO-, onde o interesse em CORTAR GASTOS é simplesmente NULO, e a VONTADE PARA ARRACADAR MAIS, VIA TRIBUTAÇÃO, segue de forma BRUTAL E INCESSANTE. 

CAUSAS DA FOME E DA POBREZA

Segundo enfatizou o presidente Lula, a FOME é produto de decisões políticas que perpetuam a EXCLUSÃO DE GRANDE PARTE DA HUMANIDADE-. Entretanto, mais do que sabido, no nosso empobrecido Brasil, que Lula dirige de forma claramente desastrosa, a FOME e a POBREZA são consequências diretas, por exemplo:

1- da excessiva intervenção do governo nas atividades privadas;

2- dos absurdos direitos (PRIVILÉGIOS) concedidos, por cláusulas pétreas, aos servidores públicos, os quais são CUSTEADOS, injustamente, por aqueles que trabalham na iniciativa privada; e,

3- dos benefícios concedidos aos -artistas- através do PERSE -Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos. A empresa do petista Felipe Neto, a Play 9, por exemplo, que agencia perfis de influenciadores nas redes sociais, confirmou a utilização de R$ 14,3 milhões em benefício fiscal até agosto deste ano. Até agora o total dessas isenções já atingiu a marca de R$ 9 bilhões em impostos.

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  • Sílvio Lopes
  • 21 Novembro 2024

 

Sílvio Lopes

        A dissimulação desavergonhada sobre a verdade nesta quadra que em vivemos, reforça a observação feita por José Saramago de que " o tempo das verdades plenas acabou. Vivemos o tempo da mentira universal. Nunca se mentiu tanto...".

Não há como negar que no mundo todo, a ideologia esquerdista- os auto proclamados "progressistas"- tomaram para si a exclusividade de empunhar a bandeira da dissimulação da verdade como instrumento de divisão e dominação da sociedade. No mundo todo, numa orquestração macabra, essa gente criou e está desenvolvendo a indústria das inverdades. A questão é: até quando iremos permitir o crescimento dessa monstruosidade que mina as bases imprescindíveis para a sobrevivência minimamente decente de uma civilização?

Nossa juventude, hoje, constitui um amontoado de gente sustentando- e até se vangloriando- de suas mentes reptilianas idiotizadas pelo ideólogos esquerdopatas que inundam o hemisfério. Trata- se da primeira geração de longas eras para cá, que flutua no que chamo de " labirinto bizantino" onde a futilidade é o fermento que potencializa a inutilidade de suas mentes vazias de um grama sequer de inteligência e discernimento.

A essa gente, cambada de inúteis para sí próprios, o mundo da razão e da lógica da vida passou quilômetros distante. " Apenas pela razão é possível acessar a esse mundo", já vociferava o sábio Platão, criador da dialética, a qual conceituada como sendo " um encadeamento de raciocínios precisos, os quais impossibilitam a refutação".

Pobre civilização essa! Em que fomos no meter ao dar corda para ideologias demoníacas que ao fim e ao cabo, tem servido como instrumento de  desconstrução e desmoralização da criação divina, que é o ser humano!

Nunca, como nos dias atuais, a promessa de Lúcifer, o anjo caído, esteve tão patente de se revelar na prática.

Estamos jogando na lata do lixo a herança magistral nos legada pelos tempos do Helenismo( 3 aC  a 6 dC), em que as preocupações filosóficas fundamentais voltavam-se para as questões morais e a definição das idéias de felicidade e de virtudes, e para o saber prático da vida em sociedade.

Que involução deprimente e escandalosa essa! Pobre humanidade! Quem- ou o que- irá nos salvar? Ainda podemos alimentar esperanças?

*       O autor, Sílvio Lopes, é jornalista, economista e palestrante.

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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 18 Novembro 2024

Gilberto Simões Pires          

ELEIÇÕES DIRETAS DE 1989

Para quem não sabe, ou não lembra, o dramaturgo Luiz Cesar Muniz, autor da novela -SALVADOR DA PÁTRIA-, que foi ao ar em 1989 na TV Globo, ano das primeiras eleições diretas para a presidência do país, teve como principal objetivo empolgar os eleitores e telespectadores para que fossem às urnas, na eleição direta de 1989, prontos para escolher um presidente realmente capacitado para, literalmente, SALVAR O BRASIL. 

SALVADOR DA PÁTRIA DE 1989

Aquela eleição, mais do que sabido, foi decidida no segundo turno (17/12/1989) com a vitória do candidato Fernando Collor de Mello sobre o candidato petista Luiz Inácio da Silva. O fato é que independente de qualquer preferência, os eleitores estavam em busca de um -SALVADOR DA PÁTRIA- e não de um efetivo e capaz -GESTOR PÚBLICO- do tipo que reúne a responsabilidade de planejar, dirigir, ordenar e executar POLÍTICAS PÚBLICAS. 

FHC, LULA E DILMA

Infelizmente, de lá para cá, em função das frustrações colhidas nas eleições anteriores, os eleitores foram às urnas para eleger um presidente, que de fato fosse o sempre procurado SALVADOR DA PÁTRIA. Isto ficou claro nas duas eleições de Fernando Henrique, (a primeira em 1994 e a segunda em 1998) notadamente por conta do Plano Real, e seguiu, com expectativa redobrada, com a eleição dos candidatos petistas, Lula, em 2002 e 2006; e Dilma, em 2010 e 2014, cujo mandato terminou em 2016, por conta do impeachment. 

GESTOR DA PÁTRIA

Como Michel Temer fez um governo tampão ((2016 a 2018), as esperanças de um NOVO SALVADOR DA PÁTRIA renasceram com o estilo do candidato Jair Bolsonaro, que venceu, no segundo turno das Eleições 2018, o candidato petista-poste Fernando Haddad. Aí, mais do que sabido, os eleitores brasileiros deixaram de lado a equivocada figura de SALVADOR DA PÁTRIA e escolheram um GESTOR PÚBLICO. Isto ficou patente e transparente através das ações dos produtivos ministros, notadamente da Economia, chefiada pelo economista Paulo Guedes. Ou seja, o povo brasileiro percebeu, enfim, que o Brasil não precisava de um SALVADOR DA PÁTRIA, mas de um GESTOR DA PÁTRIA.  

DESCONTROLE TOTAL

Esta percepção ficou ainda mais clara a partir do momento em que Lula, na Eleição de 2022, foi escolhido pelo TSE e pelo STF, como presidente do Brasil. De lá para cá o povo brasileiro entendeu que sob a MÁ GESTÃO PETISTA está levando, a todo vapor, nosso empobrecido País para o DESCONTROLE TOTAL.  

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  • Alex Pipkin, PhD
  • 18 Novembro 2024

 

Alex Pipkin, PhD


     Olhando pelo espelho retrovisor, não é difícil observar os passos para trás que caminhamos - e de maneira acelerada. Aparenta ser uma ficção que se tornou realidade, nos moldes do “curioso caso de Benjamin Button”.

Faz, aproximadamente, 30 anos. Mais do que pelas transparentes transformações do corpo físico, nosso “mindset” definhou. Os nefrálgicos incentivos, aqueles que moldam o conjunto de nossas crenças e de nossas atitudes, e que nos faz tomar decisões verdadeiramente progressistas, foram quase que completamente transformados. De forma inequívoca, para pior.

Os propósitos individuais e coletivos, os valores virtuosos da auto responsabilidade, da ética, do esforço e do trabalho com afinco, orientado por uma visão de auto desenvolvimento, cambiaram-se pelos vícios do fracasso, por uma visão coletivista bom-mocista, francamente, da abstração.

Os fundamentais incentivos se bandearam para o vitimismo, para a incompetência, para o banal e o vulgar, materializando-se em questões puramente ideológicas, como o da busca da miragem “justiça social” e, em especial, pelos temas ligados ao identitarismo: de raça, de gênero e de orientação sexual.

De maneira destruidora, esses corroeram o efetivo desenvolvimento, desembocando em escassez de coesão e abundante divisionismo social. Ao “nobre” estilo “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”, o polido exercício retórico das (des)elites tupiniquins, jorrou para fora meras palavras, tais como “democracia, liberdade, igualdade e Estado de Direito”.

A mentalidade desagregadora e destrutiva gestada e incentivada, e infiltrada na “massa do sangue” da massa, manipulou e criou uma série de instituições extrativistas, mantendo fixas hierarquias - as tradicionais castas (podres) -, e as consequentes posições sociais e econômicas.

O vírus do “mindset” coletivista ceifou, fortemente, mais do que a genuína democracia, mas às liberdades individuais e econômicas, a auto responsabilidade e a confiança individual e, de maneira avassaladora, a percepção de que é possível ascender social e economicamente, por meio do esforço próprio.

O que move o modo de comportamento de um contexto social são as crenças, as ideias e as opiniões. Em última análise, os hábitos mentais das pessoas. Ao contrário da politizada ênfase em questões da impossível igualdade, da “justiça social” e de políticas identitárias, é o vigoroso pensar e agir no desenvolvimento econômico e social, no empreendedorismo “mágico”, na capacidade de ser legitimamente livre para pensar, dizer e fazer o que se alinha com os próprios objetivos individuais, aquilo que faz tal contexto social se desenvolver, de fato, e prosperar.

É exatamente esse “mindset” aquele que motiva o aparecimento de novas ideias e tecnologias, das virtuosas e vitais inovações. Acima de tudo, o que gera aumento de produtividade, e faz emergir o crescimento econômico e social.

Os incentivos foram perversamente pervertidos. Deveriam voltar à cena aqueles umbilicalmente ligados a geração de relacionamentos econômicos e sociais, voluntários e colaborativos, geradores de investimentos; os reais criadores de emprego, de renda, de riqueza e de prosperidade.

A “juventude perdida” deveria ser motivada por tais incentivos virtuosos, aqueles que conduziriam a aprendizagem por imitação das habilidades e dos comportamentos daqueles que empreendem - e aprendem. Isso através da liberdade de poder pensar e agir individualmente.

De forma pesarosa, atualmente, tais incentivos invertidos operam na direção de fazer os mancebos permanecerem presos em suas cavernas mentais da injustiça e da opressão! Funesto.

É o “mindset” que molda a conduta e as formas de comportamento social. Esses, por sua vez, deveriam impactar na formatação de nossas instituições, que determinam a estrutura de incentivos, através de leis e do regramento institucional. Mas há um sopro de esperança nos ares! O processo social - e econômico - nunca é estático.

Parece ser somente uma questão de tempo. Tempo capaz de transformar as instituições e, fundamentalmente, a definição de incentivos de natureza distinta. Esses direcionados para a formação de crenças e de valores morais impulsionadores das liberdades individuais e econômicas, das trocas e do empreendedorismo, da geração de genuínas oportunidades para todos e, especialmente, da justiça com “j” maiúsculo.

Não há como esperar por muito mais tempo. Urge transformar o “mindset” brasileiro e a correspondente percepção de que é possível se desenvolver, social e economicamente, por meio da auto responsabilidade e do esforço e trabalho individual. Chegou a hora!

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  • Dartagnan da Silva Zanela
  • 15 Novembro 2024

 

 

Dartagnan da Silva Zanela

      Uma das cenas mais comoventes da literatura brasileira, na minha opinião, é a morte da cachorra Baleia, da obra "Vidas Secas" de Graciliano Ramos. Por sua beleza, singeleza e profundidade, gosto de, vez por outra, reler essas páginas e, todas as vezes que as releio, acabo diante de uma cena diferente porque, naturalmente, eu também, graças a Deus, não sou mais o mesmo.

Gosto dessa cena, mas devo dizer que ela não é uma passagem literária que me marcou profundamente; não foi um divisor de águas. Ela apenas me encanta e me inspira algumas reflexões a respeito da vida.

Aliás, essa história de elegermos o livro que marcou a nossa vida, de identificarmos a pessoa que mais nos influenciou é um trem deveras complicado e, por isso mesmo, muitas vezes, acabamos apresentando uma resposta injusta para essa questão espinhosa.

Sobre esse ponto, Umberto Eco, em seu livro "Pepe Satàn Aleppe", de forma curta e grossa, feito um pino de patrola, nos diz que se em nossa vida inteira apenas um único livro nos marcou profundamente, é sinal de que nós somos reles idiotas.

Na verdade, muitas vezes nós dizemos isso porque lemos pouquíssimos livros em nossa peregrinação por essa vida, o que acaba por nos pressionar a identificarmos apenas um como sendo "o livro" que nos marcou.

Em situações mais drásticas, o livro apresentado como sendo o nosso "divisor de águas" é o único livro que lemos de capa à capa; livro esse que, provavelmente, apenas foi lido porque fomos obrigados em nossa infância ou juventude, não porque desejássemos ampliar os átrios da nossa alma com suas letras.

Por isso acho fascinante o livro "Meditações" de Marco Aurélio, onde o mesmo nos apresenta uma longa lista de pessoas que contribuíram de alguma forma para a sua formação, dizendo-nos quando e de que maneira eles fizeram isso.

Aliás, eis aí um belo exercício de reflexão, um excelente exame de consciência. Exame o qual, bem provavelmente, muitos de nós nunca realizamos (nem realizaremos).

Enfim, quando passamos a rememorar e refletir a respeito das pessoas e livros que contribuíram para sermos quem nós somos, estamos nos permitindo realizar uma sutil tomada consciência da nossa real condição humana e, humildemente, descobrindo que, bem no fundo, como nos ensina Léon Bloy, somos apenas almas indigentes e ingratas.

*      O autor, Dartagnan da Silva Zanella, é professor, “escrevinhador e bebedor de café”. Autor de "A QUADRATURA DO CÍRCULO VICIOSO", entre outros livros.

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