• Felipe Fiamenghi
  • 27 Março 2021

Felipe Fiamenghi

"Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir." (CHURCHILL, Winston)

Não discuto mais com esquerdistas. A pandemia serviu pra mostrar que é impossível entrarmos em um consenso. O motivo é simples: Não buscamos a mesma coisa. Nós queremos o progresso; eles querem o poder.

 O combate ao COVID no Brasil deixou isso extremamente claro. O foco não é vencer a doença, mas derrubar o Presidente. E, de verdade, tem que ser muito idiota para não perceber isso. Infelizmente, idiotas existem aos montes.

 Agora, aliás, ao abrir o Facebook para fazer essa postagem, me deparei com um "print" dizendo que "as pessoas estão morrendo porque o Bolsonaro não comprou vacina". Coisa de demente, que não tem capacidade de se informar através de canais oficiais e fica reproduzindo discurso da extrema-imprensa.

 O Brasil é o 5º país que mais vacinou no mundo; 1º lugar entre os países que não possuem uma plataforma própria. Já foram ministradas mais de 13 MILHÕES DE DOSES e, até o final do ano, já estão garantidas 500 MILHÕES. Mais do que o suficiente para as duas doses em TODA A POPULAÇÃO; a 6ª maior do Planeta Terra.

 Para se ter ideia da dimensão disso, na Alemanha, com 80 milhões de habitantes, a previsão para vacinação das pessoas na faixa dos 30 anos é em MARÇO DE 2022!

 A esquerda NÃO QUER UMA SOLUÇÃO. Ela quer um culpado. Divulga mortes com uma satisfação mórbida, como se comemorasse uma vitória do seu time. Ela se alimenta do caos, das mazelas sociais. É um abutre, vivendo da miséria. É nisso que seu discurso se sustenta.

O objetivo é claro: Sufocar a economia até quebrar o país, responsabilizar o governo e, ano que vem, se apresentar como a solução dos problemas que criou.

Espero honestamente que o povo não seja tão ingênuo. Mas confesso que, pelo que tenho visto, ando com pouca fé.

 

Publicado na página de Pátria Amada Brasil no Facebook

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  • Valterlucio Bessa Campelo
  • 25 Março 2021

Por Valterlucio Bessa Campelo

 

Quando em 10 de Maio de 1983, o escritor Aleksandr Solzhenitsyn, Prêmio Nobel de Literatura de 1970, autor entre outros de “Arquipélago Gulag” e “Um dia na vida de Ivan Denisovich”, recebeu em Londres o Prêmio Templeton, dificilmente pensaria que, menos de 40 anos depois, estaríamos nos deparando novamente com uma catástrofe global como esta que enfrentamos desde inicio de 2020.

Na Conferência em Londres, disse o extraordinário escritor russo referindo-se ao comunismo: “Mais de meio século atrás, quando eu ainda era criança, lembro-me de ouvir um número de pessoas mais velhas oferecem a seguinte explicação para os grandes desastres que se abateram sobre a Rússia: Os homens se esqueceram de Deus; é por isso que tudo isso aconteceu. (...) Se hoje me pedissem para formular da maneira mais concisa possível a causa principal da perniciosa revolução que deu cabo de mais de 60 milhões de compatriotas, não poderia fazê-lo de modo mais preciso do que repetir: Os homens se esqueceram de Deus; é por isso que aconteceram todas essas coisas.”

Como simples admirador de sua obra, não um experto, diante do que estamos vivendo me pergunto o que diria Solzhenitsyn, afinal, o que fizeram os tomadores de decisão que produziram, espalharam e governam o vírus chinês? Sim, eles O esqueceram e em Seu lugar entronizaram uma certa “ciência” que eles mesmos corromperam e vulgarmente atende aos pedidos de socorro de qualquer um que tenha à frente a caneta do diário oficial, um receituário médico, um microfone ou um teclado. Todos ousam falar em seu nome, alguns sem fazer idéia de quem foram Galileu, Isaac Newton, Renée Descartes ou Karl Popper.

Pobre ciência! Ela não tem culpa. Falsearam-na e a usam despudoradamente. Quando vejo um daqueles repetindo o mantra “de acordo com a ciência” se referindo, por exemplo, à defesa histérica de lockdowns sem fim, ainda que gerem desemprego, miséria, fome, doença e morte, lembro de outro autor, este refutado milhares de vezes, porém ainda hoje zumbizando muitas mentes com sua ideologia malsã. Karl Marx disse que seu objetivo na vida era “destronar Deus e destruir o capitalismo”, deu no monstro denunciado por Solzhenítsyn.

Apesar de Lenin, Stalin, Mao, Pol Pot, Fidel e tantos outros, o fim do homem livre e da consciência plena onde habita Deus parece estar à nossa frente. As insanidades cometidas contra as liberdades individuais, a livre iniciativa e a propriedade privada, cava palmos no buraco onde pretendem enterrar o capitalismo. Para esse intento, estuprar e, ao mesmo tempo, culpar a ciência é o de menos.

A partir do travamento da economia, minha vista só consegue alcançar geração e aprofundamento da pobreza que deverá DOBRAR até o fim de 2021. Tramam a derrocada do único sistema que até hoje se provou capaz de promover o progresso da humanidade. Essa gente autoritária, vinculada à agenda globalista, hegemônica na mídia mainstream, sequer permite qualquer debate. A palavra da nova “deusa” - a ciência corrompida, silencia os opositores e, em conseqüência, autoriza os desvarios das agressões de todos os tipos. Como sempre, medidas extremas só podem ser executadas à força.

Assim como deificaram a “ciência”, jogaram o Direito na sarjeta. No Brasil está tudo autorizado pelo STF que, em última instância, é quem governa o país sem que tenha mandato para tal. Os obscuros interesses e negociações que antecedem seus julgamentos sobrepõem-se à democracia, fazendo-os dizer e desdizer a Constituição Federal conforme a encomenda, como ocorreu nesta terça-feira, dia 23/03, quando a “Carminha” deu um cavalo de pau hermenêutico e disse o contrário do que havia dito antes. Acrobacias jurídicas se tornaram comuns na “Suprema” Corte.

Em ação coordenada, partidos de extrema-esquerda pleiteiem o fechamento total do Brasil. A todo custo, querem a economia no chão para sobre seus escombros erguerem os marcos de sua ideologia. Aqui e acolá, juízes corajosos (onde estão todos?) decidem em favor do povo (ver AQUI), reconhecendo a flagrante inconstitucionalidade de medidas tomadas por dirigentes vocacionados ao autoritarismo. O exemplo mais absurdo é a proibição de aquisição de determinados produtos nas gôndolas de um supermercado, como se viu no Rio Grande do Sul.

Lembremos que a partir do topo as decisões repercutem na outra ponta, por exemplo, na ação do policial que executa violentamente a ordem contra uma vendedora de refrigerantes ou contra o pipoqueiro na rua. A mesma coisa se pode dizer de muitos médicos, profissionais que negam liminarmente a possibilidade de que protocolos fora do script da OMS, ou desobedientes à mídia militante, possam ser eficazes contra a peste. Outros embarcam de mala e cuia em lockdowns meia-boca.

Sobre a deturpação da ciência, os eminentes pesquisadores e professores Martin Kulldorff, de Havard e Jay Bathhacharya, de Stanford, declararam em artigo recente (ver AQUI) o que deveria ser obvio, mas para certos médicos nos cueiros da pesquisa científica soa extraordinário: “Para que a ciência prospere, ideias opostas devem ser aberta e vigorosamente discutidas, apoiadas ou combatidas com base no mérito científico. Em vez disso, alguns políticos, jornalistas e (infelizmente) cientistas se envolveram em calúnias cruéis contra cientistas dissidentes, espalhando teorias conspiratórias prejudiciais, inclusive com apelos abertos à censura no lugar do debate”. Em outras palavras, é dizer que a verdadeira ciência foi deliberadamente fraudada.

Voltemos a Solzhenitsyn. Sob Deus, seguramente os homens não teriam concertado essa trama diabólica que a partir da China subverteu todo o panorama global, afundou a democracia americana com uma eleição distorcida, empobrece as nações, promove experimentos de controle das massas, testa a nossa resistência, nos enche de medo e, assim, prepara o terreno para o golpe final – o globalismo e tudo o que ele representa. Não à toa, as igrejas, todas elas, foram cerradas sob pretexto de aglomeração, ainda que seja permitido aos seus pobres fiéis que passem horas uns sobre os outros nos ônibus e metrôs. Coerência não é a matéria preferida do autoritarismo.

Antes que se apressem os ignorantes, não significa dizer que devêssemos largar a ciência e nos agarrar à Bíblia, de joelhos no chão. O próprio Solzhenítsyn explica: “As deficiências da consciência humana, privada de sua dimensão do divino, têm sido um fator determinante em todos os principais crimes deste século”. Então, trata-se do expurgo de Deus da consciência humana e, conseqüentemente, da  reflexão sobre as conseqüências de suas decisões.

Em seu célebre discurso em Havard (1978), Solzhenítsyn decepcionou milhões que viram em seus termos uma espécie de antiamericanismo e praticamente abandonaram as suas ideias. Relido hoje, muitos certamente terão honestamente que reconhecer que ele tinha razão. Em certo trecho ele acusa: “Do jeito que está, no entanto, a imprensa se tornou a maior potência dentro dos países ocidentais, mais poderosa do que o legislativo, o executivo e o judiciário. Em seguida, gostaria de perguntar: por qual lei foi eleito e perante quem é responsável? No Oriente comunista, um jornalista é francamente nomeado funcionário do Estado. Mas quem concedeu aos jornalistas ocidentais seu poder, por quanto tempo e com quais prerrogativas?”. Certamente, diria mais, se naquela quadra da vida existissem as big techs.

Presentemente, a situação é resultado e itinerário de muitas decisões autoritárias, as quais as pessoas obedecem sem crítica. Uns o fazem por adoração cega à “deusa” corrompida, outros pelo comodismo de rebanho protegido pela norma e pela mídia e há, ainda, os que sabem exatamente a que projeto servem. De todo modo, penso, Alexander Solzhenitsyn teria firmes razões para repetir que os homens se esqueceram de Deus.

Valterlucio Bessa Campelo colabora com Conservadores e Liberais e escreve opiniões e contos em seu próprio BLOG

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  • Roberto Motta
  • 24 Março 2021

Roberto Motta

Tem gente achando que precisa escolher entre ter liberdade ou ter saúde.

Isso é um erro.

Não existe essa escolha.

Quem entrega sua liberdade não vai receber saúde em troca.

Nenhum governante, juiz ou apresentador de TV tem o poder de fazer isso.

A crise que o Brasil e o mundo enfrentam agora acontece apesar de todas as medidas ilegais, arbitrárias e destrutivas que já foram tomadas nos últimos 12 meses, e do terror que a mídia espalha todos os dias.

Você pode obedecer cegamente a todas as ordens inconstitucionais das “autoridades”.

Você pode seguir todas as recomendações dos “especialistas” de TV.

Mas, se ainda assim você ficar doente, dirão que a culpa é sua – é você que deve ter feito algo de errado.

Entenda isso: se não há leitos ou estrutura de saúde suficiente, a culpa pode ser de muita gente, exceto do cidadão comum, que tenta sobreviver em meio uma crise de saúde transformada em arma ideológica e política.

Basta lembrar que em julho do ano passado, multidões encheram as ruas de vários países para protestar contra o “racismo”. Foram aglomerações do bem. Tiveram a benção da mídia.

Basta lembrar que o terror espalhado pela mídia foi suspenso durante o período eleitoral, e que um médico – um dos principais garotos-propaganda do “fique em casa” – apareceu na TV convencendo as pessoas que era seguro ser mesário.

Basta lembrar que, por ordem da corte suprema, o Estado não entra nas 1.400 favelas do Rio de Janeiro desde junho do ano passado. O que você acha que está acontecendo por lá?

A crise que estamos vivendo no Brasil deixou de ser uma crise de saúde, e passou a ser uma crise de decência, legalidade e responsabilidade política.

Quem tem que responder por ela não é o cidadão que engole o choro pelos parentes perdidos e enfrenta ônibus e trens lotados - e agora até a polícia - para trazer o pão para seus filhos.

Quem tem que responder não é o micro empresário, o lojista, o padeiro, o dono de restaurante ou supermercado. Sem a coragem e a disposição desses empreendedores já teríamos mergulhado no caos.

Quem tem que responder pela crise são os governadores, os prefeitos, os parlamentares, os magistrados e os burocratas do alto escalão – aqueles que têm as chaves dos cofres e do poder.

Muitos estão instalados confortavelmente em suas casas em Búzios ou Ilhabela, enquanto o país dança uma perigosa coreografia de irresponsabilidade e canalhice, à beira do abismo.

O Brasil não pode – e não vai – esquecer disso.

  1. Publicado originalmente no Facebook do autor.
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  5. Foto: manifestação "anti-racista" em Washington DC, em julho de 2020, elogiadíssima pela mídia. Procure "distanciamento social" ou máscaras nessa foto.

 

 

 

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  • Alex Pipkin, PhD
  • 18 Março 2021

 

Alex Pipkin, PhD

Está muito difícil conviver com as “verdades” e as hipocrisias de especialistas - de coisa nenhuma.

Hoje, mais uma vez, fui premiado com a participação honrosa de uma moça, que embora minha amiga no Facebook, apareceu pela primeira vez para me coroar com seu lamento e sua ácida crítica e insulto, uma vez que sou contra o fechamento da economia.

Seus elogios estão ligados a minha indignidade e insensibilidade, qualificando-me de um homem sem coração.

Ora, como eu ouso não me preocupar com as mortes pela Covid-19?!

Vi sua filiação ideológica, bingo, mas a minha verdade baseia-se na ciência e na singela compreensão das consequências do fechamento para a vida individual daqueles que mais precisam comer, trabalhar e terem renda.

Logo após, fui almoçar na minha mãe. Apavorada, na chegada, pediu-me para lavar as mãos e, não satisfeita, ordenou-me para embriagar-me com álcool gel. Na mesa disse: “Alex, estou esgotada. Ligo a TV e é só Covid e mortes e mais mortes. Não aguento mais”.

Já tinha sugerido desligar! Mas ela não desliga da “Gaúcha”. Sabem como é, né? 80 anos...

Pois esses terroristas do medo e do terror não vão cessar de apavorar com suas estratégias interesseiras!

Agora, a afro-brasileira Maju Coutinho, apresentadora da Globo, demonstrando todo seu afeto, sua empatia e seu humanismo para com os brasileiros, disse em tom jocoso que “o choro é livre”, ou seja, um “que se danem vocês” com as medidas restritivas.

Vou perder meu tempo para ver qual a especialidade desta moça Maju. Provavelmente deve ter cursado jornalismo, além de saber soletrar palavras expostas numa telinha. Por algumas tiradas da moça, já que é reincidente, deve ter lido e estudado “um montão”.

Mas o choro tem corrido mesmo livre entre as famílias mais pobres, especialmente, que são aqueles que trabalham de dia para garantir a boia da noite.

Sério, não aguento mais o terror e a hipocrisia gerada por esses “especialistas” da burrice e da intransigência, de “progressistas” apologistas do caos, com seus gritos de ordem de “fiquem em casa”, evidente que com seus salários do Estado pagos por nós, ou da elite culpada das geladeiras cheias.

Todo santo dia é uma avalanche de más notícias; qual a contribuição disto?
A verdade, é que a verdade, não as meras opiniões, que vai de encontro as falácias desses “especialistas”, tem sido sempre utilizada como nova arma para atacar a genuína verdade.

Esses moços e moças televisivas, arrumadinhas e penteadas, não sabem que o trabalho é “para o homem”, e tanto é essencial como faz parte da dignidade humana.

Porém, mais importante ainda neste momento, é a sua questão objetiva, ou seja, o homem precisa trabalhar para sobreviver!

Portanto, Sra. Maju, é vital estancar o choro, compreendendo que qualquer trabalho para um indivíduo é ESSENCIAL PARA A SUA PRÓPRIA VIDA.

Preocupo-me também - e cientificamente - com as vidas econômicas humanas.

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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 17 Março 2021

Gilberto Simões Pires

30 ANOS DE GOVERNOS DE CENTRO ESQUERDA

Mesmo sabendo que a turma da esquerda, com o apoio irrestrito e comprometido de grande parte da mídia, sempre fará uso da velha e poderosa NARRATIVA que tem como propósito confundir as mentes dos pobres brasileiros, cujos cérebros foram brutalmente mutilados pelo ENSINO -BOLIVARIANO- defendido e desenvolvido, por décadas, pelo patrono Paulo Freire, ainda assim me proponho a mostrar com NÚMEROS INCONTESTÁVEIS, o que, de fato, restou ao nosso empobrecido Brasil após 30 ANOS de governos de CENTRO-ESQUERDA.  

 EDUCAÇÃO

Começando pela EDUCAÇÃO, quem fornece os resultados pífios são os números do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Aluno). Uma simples olhada é o suficiente para perceber o tamanho da tragédia: o Brasil foi parar, e se manter, com galhardia, nas últimas posições do ranking mundial.

 JUROS ALTOS E DESINDUSTRIALIZAÇÃO

No tocante aos JUROS, a taxa Selic se manteve sempre em níveis altíssimos, o que levou as DESPESAS FINANCEIRAS ao primeiríssimo lugar no item -GASTOS PÚBLICOS- informados através da EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO. Além disso, o nosso empobrecido país foi vítima de um lamentável processo de DESINDUSTRIALIZAÇÃO que durou muitos anos. 

 ESCÂNDALOS DE CORRUPÇÃO E ESTATAIS

No quesito CORRUPÇÃO, aí os números já identificam o tamanho da encrenca que se transformou em MARCA REGISTRADA dos governos de CENTRO-ESQUERDA. Mais: as ESTATAIS serviram de modelo e um ótimo motivo para roubalheiras de todo tipo e tamanho, daí o interesse em aumentar ainda mais o número de ESTATAIS ao longo do período. 

 PIB ESTAGNADO

No tocante ao PIB, os números mostram que a economia brasileira ficou praticamente ESTAGNADA. E não raro apresentou índices de RECESSÃO. Isto é a prova provada do quanto a MATRIZ BOLIVARIANA foi desastrosa para o país. Acrescente-se aí, para enorme desespero daqueles que têm algum discernimento, que em meio a uma clara ESTAGNAÇÃO, as DESPESAS DE PESSOAL - ATIVOS E INATIVOS seguiram crescendo ano após ano, sem parar. 

 TRANSFERÊNCIA DE RENDA DO SETOR PRIVADO PARA O SETOR PÚBLICO

SÍNTESE: enquanto a parte da sociedade que FAZ O PRODUTO teve a RENDA PER CAPITA reduzida (-0,8% na última década), a RENDA DOS SERVIDORES PÚBLICOS, cuja DESPESA JÁ É A MAIOR DE TODOS OS GASTOS PÚBLICOS, aumentou fortemente. Uma inquestionável TRANSFERÊNCIA DE RENDA do setor privado para o setor público.

Pois, mesmo diante destas provas incontestáveis, há quem critique, e impeça, com grande ferocidade, a política LIBERAL-DEMOCRÁTICA que o atual governo pretende desenvolver. Mais: ao invés de criticar os equívocos batem com força arrasadora nos acertos. Pode? 

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  • Claudia Piovezan
  • 15 Março 2021

Claudia Piovezan

"Quando nada mais restava diante da tragédia, além do meu abraço"...

 Era uma fria manhã do final de junho de 2017, uma terça-feira, quando recebi, ainda em casa, um telefonema de uma colega de trabalho me perguntando se eu poderia atender uma família aflita. Respondi que sim, que já estava de saída e que poderiam me encontrar lá em poucos minutos, já que o assunto parecia urgente.

Logo depois de ter chegado ao gabinete, entram cinco pessoas, três mulheres e dois homens, uma se identifica como mãe e a outra como irmã de um rapaz que havia desaparecido na noite de domingo. Visivelmente abatidas e preocupadas, elas me relataram que na tarde de domingo ele havia jogado voleibol com os amigos e à noite, depois de tomar banho, avisou que estava indo a um bar encontrar um amigo que chegara de São Paulo, mas que não demoraria, tanto que nem levaria o celular.

Acontece que ele não retornou. Na manhã seguinte, a mãe percebeu que ele não voltara, que o celular continuava carregando no quarto, não havia chamadas em seu próprio celular, e isso nunca acontecera. Começaram então a ligar para os amigos, para o patrão, mas ninguém sabia dele. O amigo de São Paulo, que era um dos que estava no meu gabinete, relatou que Sandro resolveu ir embora mais cedo alegando estar cansado, foram até o carro, onde se despediram e depois não soube mais dele.

Diante da situação, já percebi que o caso era grave. A mãe contou que tentara acionar a polícia, mas nem a atenderam alegando que tinha um prazo para reportar desaparecimento e, por isso, ela estava sem saber a quem recorrer.

Tomei as declarações de todos a termo, peguei uma autorização para acessar o conteúdo de celular e imediatamente acionei o Instituto de Criminalística requisitando verbal e documentalmente uma verificação do conteúdo do celular e acionei a Polícia Civil que, prontamente, me atendeu. Encaminhei-os para a Delegacia Operacional e tentei acalmá-los, mesmo sabendo que as probabilidades de final feliz eram pequenas, naquele contexto.

Na saída, dei abraço em todos e fiquei à disposição para atendimentos futuros, se necessário.

A partir daí, o delegado de polícia responsável pelo caso passou a me informar sobre cada passo da investigação. No final daquela tarde, um policial militar me mandou uma mensagem dizendo que haviam encontrado um corpo masculino, nu, enormemente torturado, cuja pele da face havia sido integralmente arrancada, jogado em um meio a um milharal, na zona rural de Londrina. Tudo indicava que era o rapaz desaparecido. Alguns minutos depois, ele me confirmou o reconhecimento pela família.

A partir daí, a polícia civil fez uma competentíssima investigação, identificou um dos autores e rapidamente conseguimos a sua prisão, oportunidade em que confessou detalhadamente o crime bárbaro.

O fato se deu quando o rapaz, ao sair da casa noturna, passou na região central de Londrina, em ponto de prostituição, e pegou um garoto de programa para ir a um motel. Lá, um segundo indivíduo se uniu aos dois e, ambos drogados, resolveram roubar o carro da vítima. Para tanto, ela foi torturada das formas mais bárbaras que se pode imaginar, enrolada em um lençol e transportada no próprio veículo para a zona rural, onde foi desovada.

Já de manhãzinha, um dos latrocidas deixou o carro em um estacionamento e o vendeu para um traficante, que, por sua vez, imediatamente, o vendeu para um receptador de uma cidade vizinha, que veio buscar o carro e o levou para a fronteira do Paraná com o Mato Grosso do Sul e Paraguai, onde o vendeu para um contrabandista de cigarros, tudo no mesmo dia – segunda-feira. 

Assim, quando o corpo foi encontrado, todos esses negócios espúrios já haviam se concretizado e o carro estava há centenas de quilômetros de distância. Além do carro, os latrocidas subtraíram o par de tênis novo da vítima e suas roupas. O carro foi trocado por drogas. Após o crime, os bandidos, já sem qualquer laço familiar ou social tamanho envolvimento com drogas e ilícitos, se esconderam em uma mata nos arredores do centro da cidade.

O primeiro a ser preso foi encontrado nesse acampamento/cracolândia, em situação que mais lembrava a um selvagem. Preso, confessou o crime e disse apenas o apelido do comparsa.

Ele foi condenado a 26 anos de prisão em regime fechado, mas com direito a muitos benefícios para sair o mais breve possível da prisão, pois até leitura ou falta de leitura disponível dá direito a redução de pena, sem contar o regime de “prisão estatístico” de tornozeleira eletrônica. segundo latrocida, também preso meses depois, foi condenado a 25 anos de reclusão com direitos a muitos benefícios e paparico bandidólatra.

Em qualquer audiência judicial ou entrevista para a televisão, esses sujeitos aparecerão como “pobres vítimas da sociedade, vítimas das drogas, vítimas de famílias desestruturadas, vítimas da pobreza”, etc… mimimi…, sem que ninguém tenha consultado as famílias, amigos, vizinhos, professores para conhecê-los desde o berço.

Passada a fase processual, ninguém mais quer saber o motivo da prisão, todo o sistema quer encontrar um jeito de colocá-los na rua o mais rápido possível.

A cada passo dessa jornada, eu pensava naquela mãe que morava apenas com aquele filho, que era seu arrimo em todos os sentidos, inclusive, fonte de sustento.

Sabendo então da data e local do velório, vesti-me de coragem e lá fui prestar as minhas condolências para a família e para os amigos. Quando a mãe e a irmã me viram, nos abraçamos e não consegui conter as lágrimas. Nada havia a ser dito. Não tem consolo e não tem explicação. Depois, elas me agradeceram, mas eu nada fizera. Aquele rapaz partira da vida terrena e o único consolo possível seria o espiritual.

A nossa profissão tem muitos espinhos e uma enormidade de frustrações. Saber que se luta do lado certo é o único motivo de orgulho e de consolo, e às vezes, esse consolo só se materializa em um abraço que eu dei.

Nota da Redação do Tribuna Diária, onde este artigo foi publicado originalmente no dia 12/03/2021:

Mais de 60 mil brasileiros morrem todos os anos, vítimas da bandidolatria que se instalou no imaginário ideológico nefasto que eclipsou a nação. Perdemos mais homens e mulheres das nossas forças policiais por ano, no confronto com a bandidagem, do que a Força Expedicionária Brasileira deixou em solo italiano, durante toda a segunda guerra mundial. Nós do Tribuna Diária, não seremos cúmplices desse democídio.

*A autora é Promotora de Justiça do MP/PR em Londrina.e organizadora do livro "O Inquérito do fim do mundo".

 

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