• André F. Falleiro Garcia
  • 19/01/2009
  • Compartilhe:

EVO MORALES QUER REFUNDAR A BOL?IA PASSANDO PELA DITADURA SINDICALISTA RUMO AMER?DIA

O presidente boliviano Evo Morales recentemente deixou claro que sua perman?ia no governo n??assageira, e que seu partido MAS chegou ao poder para ali permanecer para sempre. A declara? foi feita durante a inaugura? do VII Congresso do Movimiento Al Socialismo (MAS), realizado nas instala?s do Pal?o de Esportes da cidade de Oruro.[1] “Por mais de 500 anos esperamos, e afinal recuperamos o Pal?o (de Governo). N?somos inquilinos, isto ?ara toda a vida”, disse. “Uma vez que recuperamos os Poderes do Estado, no Pal?o n?estamos de passagem, ou de visita, chegamos para toda a vida”, insistiu Morales, diante de representantes de organiza?s sociais ind?nas, sindicalistas e de militantes do MAS. ?evidente que essa expl?ta inten? de permanecer indefinidamente no poder desmascara qualquer apar?ia de democracia bolivariana. O projeto de instalar uma ditadura, e de governar juntamente com um partido ?o, supostamente legitimado pela longa espera (mais de 500 anos ausente do poder...), ? que transparece em suas declara?s. A preserva? da pureza revolucion?a dos integrantes do MAS evitaria o assalto aos cofres p?cos. “Infelizmente temos companheiros que s?scam algum cargo para receber dinheiro, buscam algum benef?o pessoal. O verdadeiro companheiro revolucion?o n?pede recompensa financeira, ele acompanha esta revolu?”, afirmou Morales. E o presidente cocalero assegurou que tanto ele quanto o vice-presidente lvaro Garc?Linera t?suficiente ?ca moral e autoridade para exigir que os militantes do partido trabalhem com honestidade e transpar?ia. Este discurso ?emelhante ao que utiliza o presidente Lula no Brasil, para justificar sua subida ao poder, a suposta legitimidade de mais de 500 anos para se perpetuar nele, e a postura de guardi?da ?ca pol?ca para garantir que o seu partido, o PT, n?se locupletar?A evid?ia dos fatos, por mais que desabone tais afirma?s, n?impede a sua incans?l repeti?. Lula parece no momento n?buscar um terceiro mandato consecutivo e promove o lan?ento da candidatura presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que acaba de passar por uma cirurgia pl?ica rejuvenescedora e eleitoreira. Mas quem pode ter certeza quanto aos projetos pessoais de algu?que j?e autodefiniu como a metamorfose ambulante? A oposi? boliviana parece n?sofrer da crise de identidade que caracteriza a vida pol?ca brasileira, porquanto aqui n?h?enhum partido pol?co que represente com autenticidade o eleitorado conservador majorit?o. Na Bol?a, as rea?s ao discurso de Evo Morales foram imediatas e carrregadas de indigna?. Sua pretens?de permanecer indefinidamente no poder foram consideradas pelo presidente do Comit?r?nta Cruz, Branko Marinkovic, como uma confirma? das inten?s do MAS de entronizar uma ditadura. O objetivo do Presidente ?erpetuar-se no poder, por isso n?cuida de aspectos fundamentais da vida nacional , afirmou.[2] Por sua vez, o governador do estado (departamento) de Santa Cruz, Rub?Costas, afirmou que ?ais uma mostra da ditadura de Evo Morales; o governo do MAS ?egem?o e ditatorial, disfar?o de democrata. Disse ainda que o que vem pela frente ?ma ditadura sindical que modificar? pa?e o destruir?E afirmou que a vit? do N? no referendo sobre a Constitui? totalit?a, representar?ma surra na hegemonia do governo do MAS e de sua pretens?de perpetuar-se no poder. Rea? an?ga tiveram os parlamentares bolivianos da oposi?, que integram a Brigada Parlamentar de Santa Cruz. Advertiram a popula? de que se prevalecer o voto Sim no referendo – que se realizar?o dia 25 de janeiro pr?o, sobre a nova Constitui? – a vida de todos os bolivianos mudar?adicalmente, para submeter-se a uma ditadura sindical. Na verdade, a ditadura boliviana n?ser?nicamente sindical. Ser? ditadura de um partido, o MAS, que controlar? vida pol?ca, os sindicatos e toda a sociedade civil para a implementa? da hegemonia gramsciana. Evo quer refundar a Bol?a: uma na? e v?as nacionalidades Ao encerrar ontem (12/01/2008) o VII Congresso do Movimiento Al Socialismo (MAS) en Oruro, Evo afirmou que Cuba n?est?? que conta com a Bol?a para acompanhar o processo da revolu?. Quero dizer ao companheiro Fidel (Castro) e ao povo cubano, que n?est?s?e estamos aqui para continuar acompanhando essa luta, que nunca claudica, do povo cubano, declarou Morales. Disse ainda que, ap? vit? do SIM no referendo, haver? passagem do processo de mudan?para a refunda? de uma nova Bol?a, de um novo Estado, com na? e nacionalidades, com uma nova Constitui? Pol?ca do Estado.[3] Por detr?de todas as apar?ias institucionais, Hugo Ch?z – que representa os interesses cubanos no continente e tamb?quer permanecer no poder por toda a vida – continua a dirigir a Bol?a. Coadjuvado por Morales, implanta nela o Socialismo do S?lo XXI. A quatro m?, querem realizar a demoli? completa de tudo quanto a civiliza? crist?evou 500 anos para construir na Bol?a. O resultado final ser? integra? ?mer?ia ou Abya Yala – a Nossa Am?ca comunista e tribal.[4]