?grid Betancourt ganhou notoriedade mundial ao ser resgatada da selva colombiana em 2008. Ex-candidata ?resid?ia da Rep?ca, ?grid fora seq?rada em fevereiro de 2003 pelo grupo narco-terrorista For? Armadas Revolucion?as da Col?a (FARC). Junto com ela, mais tr?americanos tamb?foram libertados do cativeiro.
Um fato que, particularmente, chamou a aten?, foi a disposi? de ?grid Betancourt imediatamente ap?er libertada. Sua palidez, fraqueza e desanimo foram logo substitu?s por uma mulher atuante e que rodou o mundo denunciando a situa? das FARC na Col?a. Foi ?ran?agradecer o apoio do presidente Nicolas Sarkozy, visitou o Chile e foi indicada para o Nobel da Paz, ganhou o pr?o Pr?ipe das Ast?s da Conc?a, foi ao Santu?o de Lourdes rezar, reuniu-se com o Papa Bento XVI, e, em novembro, fez roteiro por pa?s da Am?ca Latina.
?grid vendeu a imagem de “boa mo?, vitimada por um sequestro desumano, e vitoriosa por ter sobrevivido. Mas, o que os jornais publicam atualmente ?ma outra vers?da franco-colombiana.
O jornal Prensa Libre, da Guatemala, destaca que ?grid “agradeceu a meio mundo por sua libera?, mas n?a sua fam?a e a pessoas que arriscaram a vida por ela, e isto gerou coment?os que a qualificam como ingrata e mal agradecida”. O di?o entrevistou, tamb? Noel Saez, que foi emiss?o especial do governo franc?para auxiliar na liberta? de ?grid e que, em livro, critica duramente a “boa mo?. Diz ele: “eu arrisquei a vida por ela. Ela deu a volta ao mundo para agradecer aos grandes da Terra, ao Papa, aos presidentes e a outros chanceleres, e se esqueceu de alguns, dos mais pequenos, dos mais expostos, aqueles que mais se arriscaram por ela”.
Outro fato acontecido e informado pela imprensa foi a solicita?, por parte de ?grid, do div?o de seu marido, alegando anos de separa? de corpos. E logo se revelou que ela teve um caso com outro ref?das FARC, que ?poca de seu seq?ro era senador. Hoje seu ex-marido ?m dos grandes cr?cos do comportamento de ?grid. Ali? quando foi libertada, parece que a ex-cativa n?deu muita aten? para a fam?a, tanto que o portugu?Di?o de Not?as afirma que ela, depois da liberta?, “logo que acabou de abra? a m?e os filhos, M?ine e Lorenzo, que n?viu crescer, centrou-se em manter a aten? da m?a internacional nos companheiros que ainda estavam seq?rados”.
Keith Stansell, Tom Howes e o luso-americano Marc Gon?ves foram os tr?outros ref? libertados junto com ?grid Betancourt. E eles acabam de publicar um livro onde fornecem uma vis?completamente diferente da franco-colombiana tida como “boa mo?. Segundo o Di?o de Not?as, “os tr?chegam mesmo a dizer que ela era pior que os seus guardas”.
Entrevistado por El Peri?o, da Catalunha, Keith Stansell afirmou que sua vis?a respeito de ?grid “n??ositiva”, arrematando que “ela nos queria em outra parte do acampamento”. Ali? ela dizia aos guardas do acampamento que os tr?americanos eram da CIA e que representavam uma amea?a todos e, por isso, deveriam ser transferidos para outro lugar. Al?disso, ?grid n?dividia comida nem compartilhava o r?o, demonstrando, segundo os americanos que viveram com ela, um alto grau de ego?o. No jornal mexicano Vanguarda, Stansell afirmou que n?gostar de gente que joga com a vida de outras pessoas”, numa refer?ia direta a ?grid.
Se o medo, a solid?ou qualquer outro motivo fez com que ?grid Betancourt tivesse esse comportamento durante os anos em que esteve seq?rada, ele n?poderia ser ignorado. Ou, nas palavras dos americanos: “o que se passou na selva n?morre na selva”.
A vers?dos tr?prisioneiros americanos tem corrido o mundo e ?grid n?disse uma s?lavra a respeito. Neste momento ela est?nclausurada em algum lugar da Col?a escrevendo seu livro sobre os anos de cativeiro na selva. Aguarda-se a vers?e a explica? de ?grid Betancourt para o que ocorreu naqueles anos dif?is para a vida dos seq?rados e de seus familiares.
Publicado na coluna do Jornal Folha do Nordeste, de Lagoa Vermelha, do dia 27 de mar?de 2009.