• Osmar José de Barros Ribeiro
  • 09/04/2009
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OS QUE SÏ MAIS QUE OS OUTROS - Enviado pelo autor

Bem sei, ?ansativo e redundante voltar a esse assunto. Por? caso a sociedade brasileira n?se d?onta da necessidade de evitar que o tema caia no esquecimento, jogado nas sombras pelos elogios do Barack Hussein Obama ao atual presidente da Rep?ca, nada mudar?os h?tos dos parlamentares, do Executivo e do Judici?o. A grande verdade ?ue grande parte, se n?a esmagadora maioria nossos homens p?cos, seja qual for a sua extra? partid?a ou o Poder que integrem, espelha-se nas benesses dos altos executivos da ind?ia, do com?io e das finan?, para buscar mordomias do mesmo n?l ou superiores. Parece-me meridianamente claro que procurar analogias entre uns e outros peca pela base e termina por desaguar numa situa? esdr?a, na qual os grandes perdedores, sem d?a alguma, somos n?simples pagadores de impostos e consumidores obrigat?s do muito que a propaganda nos empurra goela abaixo. Assim, vamos por partes. Um executivo de alto n?l, um propriet?o de grande empresa, um banqueiro, chegou a tal condi? por m?tos pr?os e, caso n?saiba manter suas conquistas, logo ser?ubstitu? por outro ou ter?ue por ?enda sua empresa ou seu banco. E um apadrinhado pol?co, ter? mesmo fim? Sabemos todos que n? que ele ser?eslocado para uma fun? de menor import?ia, embora nesta continue a praticar os mesmos ou outros e piores erros. Acontece que o modo de vida dos bem situados provoca, nos pol?cos e nos seus apaniguados, uma inveja mals?ue os leva a querer gabinetes suntuosos, com ?as absurdas, mobili?o moderno, secret?as, modernos meios de comunica? ?isposi?, cortinas, viagens (nem sempre necess?as) em primeira classe e o que mais seja. Tudo bem diferente daquela simplicidade que deveria caracterizar e ser o apan?o do funcion?o (e eles, ao fim e ao cabo, nada mais s?que isso) de um Pa?cujo povo apresenta enormes disparidades sociais e econ?as. Isso, sem falar no sonho de enriquecer ?usta de manobras escusas e que n?podem vir ?uz do dia. Meu velho pai, que os azares da vida levaram a que morresse com a menor das pens?do INSS, sempre nos dizia que um funcion?o p?co n?ganha para ficar rico, mas para levar uma vida normal, sem grandes luxos, embora com conforto compat?l ?ua posi?. As exce?s, pois sempre as h?ficaria com aqueles que dessem o “golpe do ba?u tivessem a sorte de um grande pr?o da Loteria. O Senado Federal, atualmente a “bola da vez”, ? exemplo de tais absurdos que, infelizmente, nada mais provocam que um desanimado coment?o de que “sempre foi assim...”. Ser?Segundo a imprensa, a farra, embora sempre tenha existido se bem que em menores propor?s, tomou tal vulto ap? fim dos governos militares. ?que, ?poca, corrup? descoberta rimava com cassa? e hoje? Mas n?fiquemos apenas no Senado Federal, pois vivendo num Pa?cuja Constitui? consagra, sem meias palavras, mais direitos que deveres, n??e estranhar que o mal tenha se espalhado como uma praga pelos mais diversos setores do funcionalismo, seja ele municipal, estadual ou federal. Claro est?existem exce?s e s?elas que fazem andar a paquid?ica m?ina p?ca. Em seu artigo “Os sanguessugas do Brasil”, Cleber Benvegn?ixa claro que “Na pol?ca, o patrimonialismo se encaixa tanto na esquerda quanto na direita retr?das. N?tem prefer?ias partid?as e ideol?as. Seu esp?to ?ervir-se do bolo. Basta ver que agora o governo Lula fomenta um processo de inchamento da m?ina p?ca sem precedentes, enquanto antes um coronelismo reacion?o distribu?benesses a amigos do ‘rei’. S?muitos os que constru?m sua autonomia pol?ca e financeira nesse entorno do poder. Como sanguessugas da for?de trabalho alheia, fazem pouco, descansam muito, colocam o palet? cadeira e saem a defender teses politicamente corretas. ...”. Triste e melanc?a conclus? A sa? para tal situa? existe e depende ?a e exclusivamente de n?sociedade brasileira. H?ue exigir dos administradores, em todos os n?is da administra? p?ca, nos Executivos, Legislativos e Judici?os, a mais extrema probidade no trato do dinheiro a eles confiado. Afinal, conforme era voz comum na Roma antiga, “?ulher de C?r, n?basta ser honesta. ?tamb?preciso parecer honesta”.