• Maj. L. Caudill
  • 14 Julho 2015


Os seres humanos têm apenas duas maneiras de lidar uns com os outros: por meio da razão e por meio da força.
Se você quer que eu faça algo por você, há duas opções: ou você me convence por meio de um argumento racional ou você recorre à ameaça de violência.

Toda e qualquer interação humana necessariamente recai em uma dessas duas categorias. Sem exceção. Razão ou força. E só.

Em uma sociedade genuinamente moral e civilizada, as pessoas interagem exclusivamente por meio da persuasão. A força não é um método válido de interação social.

Sendo assim, e por mais paradoxal que isso possa parecer para alguns, a única ferramenta que pode remover a força dessa lista de opções é uma arma de fogo pessoal.

E o motivo é simples: quando estou portando uma arma de fogo, você não pode lidar comigo por meio da força. Você terá de utilizar apenas a sua razão e a sua inteligência para tentar me persuadir. Portando uma arma de fogo, eu tenho uma maneira de neutralizar a sua ameaça ou o seu uso da força.

A arma de fogo é o único objeto de uso pessoal capaz de fazer com que uma mulher de 50 kg esteja em pé de igualdade com um agressor de 100 kg; com que um aposentado de 75 anos esteja em pé de igualdade com um marginal de 19 anos; e com que um cidadão sozinho esteja em pé de igualdade com 5 homens carregando porretes.
A arma de fogo é o único objeto físico que pode anular a disparidade de força, de tamanho e de quantidade entre um potencial agressor e sua potencial vítima.

Há muitas pessoas que consideram a arma de fogo como sendo o lado ruim da equação, a fonte de todas as coisas repreensíveis que acontecem em uma sociedade. Tais pessoas acreditam que seríamos mais civilizados caso todas as armas fossem proibidas: segundo elas, uma arma de fogo facilita o "trabalho" de um agressor.

Mas esse raciocínio só é válido, obviamente, se as potenciais vítimas desse agressor estiverem desarmadas, seja por opção ou por decreto estatal. Tal raciocínio, porém, perde sua validade quando as potenciais vítimas também estão armadas.

Essas pessoas que defendem a proibição das armas estão, na prática, clamando para que os mais fortes, os mais agressivos e os mais fisicamente capacitados se tornem os seres dominantes em uma sociedade — e isso é exatamente o oposto de como funciona uma sociedade civilizada. Um bandido, mesmo um bandido armado, só terá uma vida bem-sucedida caso viva em uma sociedade na qual o estado, ao desarmar os cidadãos pacíficos, concedeu a ele o monopólio da força.

E há também o argumento de que uma arma faz com que aquelas brigas mais corriqueiras, as quais em outras circunstâncias resultariam apenas em pessoas superficialmente machucadas, se tornem letais. Mas esse argumento é multiplamente falacioso.

Em primeiro lugar, se não houver armas envolvidas, todos os confrontos serão sempre vencidos pelo lado fisicamente superior, o qual irá infligir lesões e ferimentos avassaladores ao mais fraco. Sempre.
No que mais, pessoas que acreditam que punhos cerrados, porretes, pedras, garrafas e cacos de vidro não constituem força letal provavelmente são do tipo que acreditam naquelas cenas fantasiosas que vêem nos filmes, em que pessoas tomam variados socos, pauladas e garrafadas na cabeça e ainda continuam brigando impavidamente, no máximo com um pouco de sangue nos lábios.

O fato de que uma arma de fogo facilita o uso de força letal é algo que funciona unicamente em prol da vítima mais fraca, e não em prol do agressor mais forte. O agressor mais forte não precisa de uma arma de fogo para aniquilar sua vítima mais fraca. Já a vítima mais fraca precisa de uma arma de fogo para sobrepujar seu agressor mais forte. Se ambos estiverem armados, então estão em pé de igualdade.

A arma de fogo é o único objeto que é tão letal nas mãos de um octogenário em uma cadeira de rodas quanto nas mãos de um halterofilista. Se ela não fosse nem letal e nem de fácil manipulação, então ela simplesmente não funcionaria como instrumento equalizador de forças, que é a sua principal função.

Quando estou portando uma arma, eu não o faço porque estou procurando confusão, mas sim porque quero ser deixado em paz. A arma em minha cintura significa que não posso ser coagido e nem violentado; posso apenas ser persuadido por meio de argumentos racionais. Eu não porto uma arma porque tenho medo, mas sim porque ela me permite não ter medo. A arma não limita em nada as ações daqueles que querem interagir comigo por meio de argumentos; ela limita apenas as ações daqueles que querem interagir comigo por meio da força.
A arma remove a força da equação. E é por isso que portar uma arma é um ato civilizado.

Uma grande civilização é aquela em que todos os cidadãos estão igualmente armados e só podem ser persuadidos, jamais coagidos.


* Pertenceu ao corpo de fuzileiros navais dos EUA. Está hoje aposentado.

 

Continue lendo
  • Fernando Gabeira
  • 14 Julho 2015

(Publicado originalmente em O Globo de 5 de julho)

A presidente foi traída pela delação. Passei a semana navegando pela costa do Maranhão, caprichosamente desenhada pelo mar. São as Reentrâncias Maranhenses, e as percorri já dentro dos limites da Amazônia Oriental. Meu objetivo era o arquipélago de Maiau. Ao chegar mais próximo dele, o nome das cidades já tem um traço indígena: Cururupu, Apicum Açu. Deixei para trás uma grande crise política. Na Ilha dos Lençóis, consegui ver com os nativos alguns noticiários de tevê. Impressionou-me o impacto da Bolsa Família nessas ilhas maranhenses: a maioria dos habitantes ganha salário do governo.

Quando as notícias eram sobre corrupção na Petrobras eles associavam seu lamento à situação da saúde pública: tanta gente precisando, os hospitais caindo aos pedaços. A tese de Dilma de que não respeita os delatores, comparando-os aos que trocaram de lado no período da ditadura, entrou por um ouvido e saiu pelo outro.

O que penso sobre isso ficou claro num artigo que escrevi, criticando a má-fé dos que comparam os delatores premiados a Judas e Joaquim Silvério dos Reis.

Na Ilha dos Lençóis não existe polícia, nem uma cultura antipolicial. Os problemas são resolvidos pela comunidade. Um criminoso jamais pode fugir porque da ilha só se sai de barco e, passando a voz, os barqueiros se recusam a tirá-lo de lá.
Considero uma farsa comparar um empresário que enriquece com a Petrobras com os militantes que deserdaram na luta armada. Naquela época havia tortura. A denúncia, por mais condenável, visava à preservação física. E havia também um compromisso coletivo de tudo fazer para preservar a vida e a liberdade dos companheiros soltos. Será que Dilma considera o grupo de empresários que manobrava as licitações na Petrobras companheiros que devam resistir a tudo para salvar os outros e o projeto do socialismo? Será que considera que o grupo mafioso formado por políticos e milionários tinha nosso mesmo objetivo pretérito: o socialismo, a ditadura do proletariado? Não acredito que ela coloque os interesses nacionais de uma investigação no mesmo nível das torturas e prisões do período militar.

Ela não é tão pouco inteligente assim. Como comparar um sonho, ainda que equivocado, de transformação social, com o propósito puro e simples de roubar a maior empresa estatal? Será que ela considera todo o núcleo desbaratado e preso pela Polícia Federal uma célula transformadora, com outros objetivos além de enriquecer e se perpetuar no poder? Não acredito que ela confunda a VAR- Palmares com o Clube dos Empreiteiros. Nem que ela considere o Ricardo Pessoa aquele Bom Burguês, um homem rico que ajudava o MR8.

O lugar onde estou é muito louco. Dunas intermináveis, o vento forte, a crença de que o Rei Dom Sebastião, morto em 1578, em Alcacer Quibir, está enterrado aqui com seu cavalo branco e todas as joias que conseguiu trazer. No entanto, pareceume uma loucura maior uma presidente do Brasil dizer, nos EUA, com todas as letras, que não respeita delator, assim de forma abstrata, como se colaborar com a polícia fosse uma das maiores baixezas humanas. Se a mensagem que Dilma e o PT querem transmitir de que o roubo na Petrobras se equivale à resistência armada e de que a corrupção é apenas uma continuidade no combate ao capitalismo, tenho razões para protestar.

Escrevi muita coisa criticando a luta armada. Estou cansado de tocar no assunto. Infelizmente, tenho de voltar a ele por uma questão de justiça: a resistência era feita por idealistas. Mesmo quando se assaltava um banco, arriscava-se a vida. O dinheiro, ao que me consta, não era tocado por indivíduos mas destinado à organização. Os assaltos eram feitos com declarações políticas inequívocas. Ninguém enriqueceu. Pelo contrário: os que não aderiram ao PT têm grandes dificuldades, como todos os brasileiros.

Dilma atua, nesse caso, talvez inspirada pelos marqueteiros, como uma cafetina da luta armada. Tenta justificar um assalto aos cofres públicos desqualificando os assaltantes que se arrependeram e querem devolver o dinheiro ao país. No seu discurso, acusados pelo rombo na Petrobras, ela, Lula e os tesoureiros que ainda estão soltos substituem os idealistas da resistência.

Ninguém deve ter acreditado no argumento de Dilma. Vejo que seu índice de rejeição está nas alturas. Não pretendia voltar ao tema, mas ele introduz uma novo atalho para a impunidade. Sabe com quem está falando? No passado, descobertas no crime, autoridades se escudavam no poder. Na versão atual, mistificadores escondem-se atrás do próprio passado.

Alguns presos do mensalão entraram de punho erguido na cadeia. Eles queriam dizer que a prisão era apenas a continuidade de sua luta. Dilma achou a maneira simbólica de erguer o punho, ao ser revelado o elo do petrolão com sua campanha. Foi traída pela delação. Mesmo quando arruínam o país, querem passar por incompreendidos salvadores.
 

Continue lendo
  • Cristiano Rodrigues e Vinicius Gouveia
  • 13 Julho 2015

 

 Ao longo dos últimos dois meses temos apresentado uma série de artigos (Parte I, Parte II, Parte III), em que denominamos o sistema partidário brasileiro, controlado por PT-PMDB e PSDB, como o de Cartel Político (Partido Cartel é o termo acadêmico usado). Esses partidos comandam quase metade dos municípios brasileiros, 2/3 dos Estados, possuem as três maiores bancadas no Congresso e têm altos gastos de campanha. Além disso, as coligações legislativas giram em torno desses três players. Logo, detêm os mecanismos políticos e econômicos para se manterem vitoriosos nas eleições.

Esta definição de Cartel Político tem como inspiração teórica o paper seminal dos cientistas políticos Richard S. Katz e Peter Mair apresentado na década de 90 (tradução espanhola “El partido cartel – La transformación de los modelos de partidos y de la democracia de partidos”), em que analisam como os partidos se organizam ao longo da história democrática.

Pois bem, o núcleo central do artigo citado versa sobre como a organização dos partidos modernos estão constituídos nas sociedades atuais. Comumentemente temos em nosso imaginário os grandes partidos de massa, representantes e mobilizadores dos diversos matizes sociais - bandeiras/correntes de pensamento: conservador, liberal, social-democrata, socialista etc. Mas, esse modelo de partido "puro" / ortodoxo já não existe na Europa desde a década de 60/70. A bem da verdade, a metamorfose partidária das legendas "tradicionais" para Partidos Cartel levou quase um século na Europa, e abrangeu outras modalidades (Partidos de Elite, Partidos de Massa, Partidos Catch-all e Partidos Cartel) que não serão detalhados, pois fogem ao escopo deste apêndice.

No Brasil, o processo de mutação dos partidos sofreu um curso digamos parecido, mas de maneira não continuada, dada as rupturas democráticas nas décadas de 30 (Estado-Novo) e 60 (Regime Militar), além, é claro, da particularidade do desenvolvimento econômico-social do país. Se direcionarmos nossa análise a partir dos anos 80, momento em que a abertura do Regime Militar permitiu a constituição livre de partidos, notamos uma transição acelerada do processo de metamorfose dos partidos brasileiros entre 1980-2005. Em destaque: 1) PMDB foi até meados dos anos 80, o grande representante da resistência ao regime militar, mobilizador das classes médias urbanas emergentes; 2) o PSDB, nascido da espinha dorsal deste último, foi um tradicional representante dos ideais da socialdemocracia europeia (welfare state e parlamentarista) até chegar ao poder em 1995; 3) o PT de 1980 até chegar ao poder e principalmente até o mensalão (2005), foi um fiel mobilizador dos sindicatos, funcionários públicos, trabalhadores sindicalizados, classes populares urbanas e rurais. 4) Partidos derivados da Arena (PFL e o atual PP) foram minguando e diluindo a participação no cenário político gradativamente com a morte de seus principais cardeais (ACM e seu filho Luiz Eduardo), bem como pela obsolescência política de outros como família Bornhausen e o malufismo. Assim, com as devidas abstrações é possível afirmar: conforme o presidencialismo de coalizão foi entrando em decadência durante a gestão Lula/Dilma como produto da famigerada tentativa de hegemonia do PT e da ausência de reforma política, o Cartel Político, por sua vez, foi ganhando corpo, principalmente a partir do momento em que o PMDB passou a constituir a base aliada do governo petista pós-mensalão em 2005. Diante disso, hoje o que dá sustentação ao débil governo Dilma, não são os partidos da base aliada (presidencialismo de coalizão), mas, sim, o Cartel Político (PT-PMDB e o líder da "oposição formal", o rachado PSDB, que não construiu uma narrativa oposicionista ao longo dos últimos anos). Esses partidos, portanto, dominam a agenda política no Brasil, tanto a do governo (PT-PMDB), como a da oposição (capitaneada pelo PSDB). Mais: o debate sobre o impeachment da Presidente Dilma, bem como de uma eventual sucessão circunscrevem-se a essas três legendas (PT-PMDB-PSDB).

Quais, então, seriam as principais características de um modelo de Partido Cartel? As dez principais segundo os autores Katz e Mair são, a saber: 1) Política torna-se uma profissão (emprego) e não mais ideário para reformas sociais; 2) O Político vira um funcionário público dependente dos recursos do Estado, e não mais um servidor da população; 3) A competição eleitoral entre os partidos é restrita a poucos e relevantes partidos; 4) A entrada de novos participantes nas decisões são dificultadas (barreiras à entrada), pois para ser um partido com capilaridade há que se ter recursos cada vez mais elevados; 5) Altos gastos de campanha com financiamento público crescente; 6) Relação entre a cúpula e as bases do partido distantes, cabendo as oligarquias estaduais e nacionais controles sobre suas zonas de influência independente à cúpula; 7) A militância deixa de ter importância e passa a ser profissionalizada (paga); 8) Acesso privilegiado aos veículos de mídia; 9) O partido se infiltra dentro do Estado; distanciando-se de suas bases junto à sociedade civil; 10) Os representantes são agentes do Estado e não mais delegados efetivos da população que delega a representação para defesa de seus interesses. Os representantes, portanto, estão distantes da população.

Das dez principais características do modelo, podemos afirmar que o sistema político brasileiro atual enquadra-se muito bem no sistema de Cartel Político (Partido Cartel), sendo as 3 organizações PT-PMDB-PSDB detentoras dos desígnios do país. Não à toa, nos últimos 20 anos o Brasil teve a disputa centrada em PT X PSDB nas eleições presidenciais, sendo o PMDB da base aliada de ambos, em que pese na gestão FHC, o presidencialismo de coalizão ainda funcionar. Por isso, entendemos o Cartel como uma nova etapa de formação política a partir de 2005 (crise do mensalão). Para sermos mais precisos e irmos ao âmago da questão, são sob os interesses pessoais das cúpulas desses partidos, que estão os rumos políticos, econômicos e institucionais do Brasil. Hoje, 10 líderes partidários ou cardeais dominam a cena política brasileira, a saber: Lula, FHC, Temer, Calheiros, Serra, Alckmin, Aécio Neves, Sarney (perdeu força eleitoral) e os dois novos membros: Dilma, neófita; e Eduardo Cunha, chefe inconteste do baixo clero. Mais: a maior prova que são esses líderes que comandam a política brasileira, é que não há prévias nos partidos para a corrida presidencial e para muitos outros cargos. Os candidatos são escolhidos por votações simbólicas ou grandes conchavos (apadrinhamentos), que são características de povos patriarcais, como a dos latinos e ibéricos, diferentemente dos povos anglo-saxões (destaque EUA), onde as prévias são extremamente disputadas e aumentam a lisura do processo democrático.

Aqui é importante relatar outro fato: as bancadas em muitas oportunidades não estão alinhadas com a cúpula dos partidos, o que é uma característica intrínseca da definição de cartel. Por exemplo, é sabido que a bancada tucana na Câmara é pró-impeachment; já os cardeais tucanos não, com cada um deles e seu grupo defendendo seus próprios interesses. Alckmin sinaliza que não haja impeachment até 2018, pois assim entende que será favorito na eleição, já que o PT chegaria desgastado ao pleito; Serra dá a entender que não gostaria de ruptura política (mesmo que constitucional - via impeachment), pois flertaria com o parlamentarismo e com possível aceno do PMDB ao cargo de primeiro-ministro; Aécio gostaria de novas eleições, já que sabe que em 2018 a indicação deverá ser de Alckmin no PSDB. Já no PMDB, há alas que desejam o impeachment, pois temem que o partido sofra punição nas urnas por participar do governo Dilma e, principalmente, por não aderir à tese do impeachment. É mais do que sabido que os cardeais do PMDB não gostariam de um desenlace com o PT, pois imaginam que isso teria custos elevados - Dilma dificilmente cairia sozinha, além de o PMDB ter receio de assumir o passivo - esqueletos- das administrações petistas até 2018. Por isso titubeiam tanto, hora sinalizando conversas pró-impeachment, hora com falas moderadas. Ou seja: os cardeais desses partidos tomam as decisões tendo em vista, principalmente, a disputa de poder dentro do Cartel, e não necessariamente alinhado aos anseios de suas bancadas, militantes, eleitores ou de suas históricas bandeiras partidárias (liberalismo, socialdemocracia, socialismo, etc.). É daí que surge a explicação da falta de representatividade dos partidos. Logo, depreende-se que as legendas são meros instrumentos de poder nas mãos dos seus respectivos cardeais.

"Enquanto isso, o Brasil, em meio a incompetência política-administrativa de Dilma e a disputa de poder dentro do Cartel Político, caminha a passos largos para o buraco político-econômico-institucional. Diante desse cenário, a Nação precisa de um choque de gestão e de credibilidade. Precisa, portanto, de um novo governo. O impeachment não é uma bomba atômica, como disse FHC. É, sim, um instrumento constitucional de proteção da sociedade e das instituições, e que funcionou muito bem em 1992. Com certeza, agora levaria a uma reorganização das forças políticas no Congresso. E que nas eleições de 2018, o Brasil possa ter a necessária oxigenação na esfera política.

Nota: De forma alguma através desta análise, pretende-se mostrar que o PSDB seja igual ao PT ou ao PMDB. Não se trata disso, o que se almeja é desnudar a racionalidade dos atores, e como funciona o REAL jogo da política, que é ocultado pela cortina de fumaça produzido pelo marketing político. Reafirmamos: há divergências fundamentais, sim, entre PSDB e PT, as quais foram detalhadas ao longo das partes I, II e III. Porém, a arena política no qual esses partidos jogam é bem diferente da que o senso comum aponta. Sem dúvida, há fortes barreiras à entrada e à saída do Partido Cartel. A partir desse arcabouço teórico, fica mais fácil compreender o atual teatro político do impeachment da Presidente Dilma, bem como a crise política que vivenciamos, que em parte tem origem na disputa de poder dentro do Cartel e da falência do presidencialismo de coalizão nos termos que conhecemos. Isso não significa que não possa haver um rearranjo futuro das principais forças, mas entendemos que serão em novas bases.

 

Continue lendo
  • Gen Bda Paulo Chagas
  • 13 Julho 2015

 

O PT é uma rica experiência partidária, construída com sangue de traidores como Celso Daniel e as esperanças de milhões de iludidos.

Nasceu para ser diferente e enganou quase toda a nação. Nasceu para mudar o Brasil, mudou-o e quase acabou com ele. No início da sua trajetória, em 1980, adotou, falsamente, um novo modo de fazer política, usando, basicamente, a mentira que sempre existiu na política brasileira. Cresceu lutando para que os excluídos tivessem a voz dos seus ventríloquos e que entrassem no seu curral eleitoral. Promoveu uma revolução social, que, pela primeira vez, colocou a ilusão da inclusão dos mais pobres e o combate à desigualdade no centro da agenda nacional em benefício da sua imagem de partido dos pobres e aprisionou, pela fome, milhões de pessoas!

A contribuição do PT para quebrar o país é concreta, evidente e inegável. Ninguém de boa fé pode deixar de reconhecê-la. Com o PT, a história do Brasil após o regime militar foi incomparavelmente mais desonesta e demagógica. Ao simular um novo modelo de desenvolvimento, baseado na solidariedade social e no combate à pobreza e à exclusão, o partido conseguiu manter-se no poder por mais de 12 anos, levando a população brasileira a pensar que tinha atingido um patamar inédito de dignidade e cidadania.

É por isto que o PT é hoje alvo da mais indignada campanha de desmascaramento já lançada contra um partido político no Brasil!

O ódio dos brasileiros ao PT é fruto do mau-caratismo político do partido, calcado em mentiras sociais que atenderam aos interesses de seus dirigentes e que exploraram demagogicamente preconceitos seculares, provando que o PT sempre foi uma legenda pior do que as outras.
É, de fato, extraordinário que uma nação marcada secularmente pela desigualdade e concentração de renda, pela dependência econômica e por sistemas políticos autoritários e excludentes, tenha acreditado que o PT iria mesmo realizar tudo o que propalou antes de chegar ao poder e nos últimos 12 anos, a começar pela mais falsa de todas as transformações, a promessa de acabar com a fome no país.

Esse novo Brasil, quebrado e falido, é o resultado de uma grande aliança, liderada pelo PT, que envolveu partidos, movimentos sociais e amplos setores do empresariado num conluio criminoso intenso e permanente.

Pela primeira vez as políticas públicas passaram a ser elaboradas com a participação dos vagabundos da cidade e do campo, das mulheres mal-amadas, dos negros acomodados, dos indígenas da FUNAI, da intelectualidade orgânica, da juventude arruaceira e alérgica aos livros, dos defensores dos direitos dos criminosos e da promiscuidade sexual e dos ecologistas do atraso em detrimento dos direitos e da vontade da maioria da sociedade, trazendo um sopro imoral e destrutivo para a vida pública.

O Brasil que, por decreto e efeito de esmolas, saiu do “Mapa da Fome” das Nações Unidas é o mesmo Brasil que se tornou uma das mais destroçadas economias globais; que dobrou a produção agrícola e se tornou um dos maiores exportadores mundiais de alimentos, apesar da caótica logística de transporte e armazenamento e de todo o apoio dado pelo partido ao “exército do stédile” para que isto não acontecesse; que está entre os primeiros na indústria aeronáutica e entre os últimos na indústria do petróleo; que tem uma das mais vulneráveis posições em termos de reservas internacionais e que deixou de ser destino de investimento do mundo desenvolvido.

O novo Brasil do PT é o que dobrou as matrículas nas universidades, adotando as cotas para os desassistidos e mal preparados “frequentadores” de suas escolas públicas; que democratizou o acesso ao crédito e garantiu aumento real e constante dos inadimplentes; que criou uma bolha de milhões de empregos fictícios, que continuou a assentar e criar centenas de favelas no campo. É o que fingiu corrigir o desequilíbrio entre as regiões e levou obras superfaturadas ao Nordeste e ao Norte do país. É o que foi capaz de fazer tudo isso roubando e promovendo a instabilidade econômica.

O novo Brasil é um país que, graças ao PT, desrespeitou a confiança de seu povo e tornou-se motivo de chacota internacional. Que passou a praticar, submetido aos interesses do Foro de São Paulo, uma política externa subalterna, voltada para assegurar o poder dos ditadores latino-americanos e caribenhos, a cooperação com os tiranos da África e a duvidosa parceria com os BRICS, com prejuízo das suas tradicionais relações com a Europa e a América do Norte.

A corrupção, tanto privada como pública, é um objetivo fundamental do PT e, por isso, tem sido incentivada e praticada em caráter permanente. Seja no âmbito municipal, estadual ou federal, ela atende a uma das práticas básicas da democracia petista, o enriquecimento ilícito de empresários, do partido e de seus dirigentes.

A corrupção é um veneno moral, que degrada as pessoas e contamina a sociedade, sendo, portanto, indispensável aos interesses do partido. O PT, neste sentido, pode se orgulhar de ter promovido, nesses 12 anos, os mais significativos atos de bandidagem e de práticas criminosas, jamais vistos no Brasil.

O Congresso Nacional aprovou, nesse período, a chamada delação premiada, que a governanta Dilma Rousseff não vetou e que, hoje, é usada contra ela e o partido - bobeada ou excesso de confiança?

Reformar a Política brasileira sempre foi um compromisso programático do PT, enquanto fora do poder. Sempre sustentou que é preciso corrigir antigas e notórias distorções do sistema partidário e eleitoral, para que ele se tornasse mais ético e representativo da sociedade e mais aberto à participação cidadã. No poder, o partido acabou por adaptar-se ao sistema, passando a aperfeiçoar os comportamentos dos partidos tradicionais que tanto criticava e que, na verdade, invejava.

Dar o exemplo é o mais forte dos argumentos, na política e na vida, por isso, graças ao PT, o Brasil se tornou o campeão mundial da corrupção e, até que passe esta “lavagem a jato”, as instâncias do PT não mais aceitarão contribuições de empresas para sua sustentação. Essa foi uma decisão difícil de ser tomada por um partido acostumado à fraude, especialmente quando tem a responsabilidade de defender um projeto como o do Foro de São Paulo. Mas é um passo necessário, que vai diferenciar, temporariamente, o PT das estruturas viciadas que hipocritamente critica.

O partido esforça-se para mudar sua aparência e continuar mudando o Brasil, sem esquecer que corrupto e cleptomaníaco não se escreve sem PT!

 (*) Baseado em texto de Rui Falcão, Presidente do PT.
 

Continue lendo
  • Luiz Felipe Lampreia
  • 13 Julho 2015

 

O referendo de domingo passado deu uma vitória expressiva ao primeiro-ministro Alexis Tsipras, em boa parte pelo voto dos jovens. Nesta categoria há um desemprego de 50%, por efeito de uma recessão que já dura cinco anos. Esse resultado pode levar – e talvez leve mesmo – a uma ruptura com o euro, o chamado Grexit. Se tiver de falar em proporções, diria que há 50% de chances de isso acontecer. É cedo, contudo, para afirmá-lo.

O governo grego jogou pesado, afirmando que as propostas europeias constituem uma humilhação. Nesses termos, poucos povos votariam para aceitar o que lhe está sendo proposto atualmente. Mas a atitude de Tsipras – parecida com a de um jogador de pôquer audacioso e com pouco cacife – fez a maioria dos negociadores europeus não confiar nele, o que é um mau sinal. Em todo caso, a Grécia vai pagar um alto preço pelo blefe, pois a maioria dos países do euro já declarou ter chegado ao limite com suas propostas.

Os bancos gregos estão quase sem dinheiro e por isso a economia fica virtualmente paralisada. Se o Banco Central Europeu (BCE) não vier salvá-los, quebrarão. Isso é possível, pois estatutariamente o BCE só pode dar dinheiro a bancos solventes. A saída, então, seria a Grécia voltar à dracma e, portanto, emitir moeda como achar oportuno. Não é preciso ser um grande economista para imaginar o desastre: inflação alta, estagnação, falta de crédito, desemprego em alta.

Tsipras afirmou que no máximo em 24 horas o acordo estará feito. Mera demagogia. Esta fase será prolongada, porque não apenas os executivos, mas também os Parlamentos dos 28 países da Europa deverão opinar sobre os entendimentos com os gregos. Afinal, trata-se do dinheiro do contribuinte europeu. Resta saber se o não dos eleitores gregos vai reforçar a posição negociadora de Tsipras, como ele proclama enfaticamente. É muito duvidoso, mas trata-se de uma das muitas incógnitas do momento.

Vejamos alguns elementos importantes para entender as raízes da questão. A Grécia foi sempre vista, desde o Iluminismo do século 18, e sobretudo graças ao grande poeta inglês Lord Byron, como a pedra fundamental da democracia ocidental. Na verdade, a Grécia foi admitida na União Europeia em homenagem aos grandes do passado – Sócrates, Platão, Péricles, Aristóteles – que viveram no século de ouro de Atenas, o quarto antes de Cristo. Porém, transcorridos 2.400 anos, os atuais gregos são completamente diferentes daquele povo extraordinário, como, por exemplo, os mexicanos de hoje nada têm que ver com os astecas ou os maias.

No euro o país entrou sem ter condições econômicas mínimas, falsificando suas contas nacionais. A Europa fingiu que não viu. Desde então, pouco mudou nessa situação. A Grécia é provavelmente a nação campeã mundial do jeitinho e uma das piores em termos de produtividade e dinamismo. Sem o turismo não se sabe o que seria do país. Vejam-se algumas pérolas extraídas de uma recente pesquisa contratada pela Comissão Europeia.

• Há 50 motoristas para cada carro oficial e 1.763 pessoas protegem as águas do Lago Kopais, embora tenha secado em 1930.
• O metrô de Atenas vende A 19 milhões, mas seu custo total chega a A 500 milhões anuais. Por isso, um recente ministro grego dos Transportes propôs fechá-lo e transportar as pessoas de táxi. Sairia mais barato, segundo ele.
• Numerosas pessoas obtiveram aposentadorias precoces por exercerem trabalhos supostamente penosos, como cabeleireiros, músicos de instrumentos de sopro, apresentadores de televisão. Ora, os aposentados recebem 96% de seu salário anterior – comparando: na França, são 51%; na Alemanha, 40%; e no Japão, 34%.
• Muitas famílias recebem quatro ou cinco aposentadorias ao mesmo tempo, às quais não têm direito. Por outro lado, 40 mil mulheres recebem A 1 mil por mês por serem filhas de funcionários públicos mortos.
• A fraude fiscal é enorme: 25% dos gregos não pagam um centavo de Imposto de Renda. Por outro lado, há 4 milhões de funcionários públicos para uma população total de cerca de 11 milhões, ou seja, cerca de 1 milhão a mais do que o Brasil, que tem em torno de 2 milhões de servidores públicos e 200 milhões de habitantes.
• Há quatro vezes mais professores com salários elevados do que nos países mais adiantados da Europa, enquanto os resultados escolares se situam entre os piores do continente e há altas taxa de absenteísmo.
• Mas não há apenas pobreza na Grécia. Quando estive lá, dois anos atrás, vi no litoral entre Atenas e o Cabo Sounion (cerca de 50 km) diversas marinas repletas de barcos de luxo, só comparáveis às de Miami ou Long Beach. É apenas uma pequena amostra e não sei de quem são os barcos.

A Grécia tem talentos inacreditáveis. Nada exporta, salvo alguns produtos farmacêuticos, azeite e vinho. Assim mesmo, toma grandes empréstimos internacionais que nunca paga, mas sempre consegue renegociar e renovar. Há erros básicos em tudo isso, mas desde a independência grega, em 1821, a Europa Ocidental sustenta toda essa farra em nome do século de ouro de Atenas. Será que vai continuar a fazê-lo? Será que algum dia a Grécia vai pôr a casa em ordem? O país sempre contará com a generosidade europeia e não apenas por seu passado.

Duas coisas estão certamente na mente dos europeus: o futuro do euro e a estabilidade social da Grécia. Em primeiro lugar, há dúvidas se uma inédita saída do euro debilitaria profundamente a moeda europeia. Depois, como membro da Otan, em posição estratégica no Mediterrâneo, o país é importante para a Europa. Se houver a falência do entendimento com a Europa, temem os líderes europeus que haja radicalização e convulsões sociais, pois seriam inevitáveis a disparada da inflação, a estagnação da economia e o desemprego maciço. O quadro é péssimo, mas eu não apostaria no desfecho mais dramático.

*Luiz Felipe Lampreia é sociólogo e diplomata, foi ministro das Relações Exteriores no governo FHC

 

Continue lendo
  • David Amato
  • 13 Julho 2015

Publicado originalmente em www.midiasemmascara.org

Estará você destinado a ser triturado no contínuo ciclo da falsa polarização?

Tido como um partido de direita pela massa desinformada - e apresentado como tal pelos desinformantes -, o PSDB, Partido da Social Democracia Brasileira, carrega consigo uma das mais brilhantes estratégias de articulação de dois socialismos: a Estratégia das Tesouras.
Assim chamada por Stalin, a estratégia consiste em deixar uma das lâminas da tesoura a cargo dos revolucionários marxistas, enquanto outra fica a cargo dos socialistas fabianos. Desse modo, apesar de estarem em posições físicas opostas, ambas cortam no mesmo sentido, garantindo uma falsa polarização na qual os fabianos ocupam estrategicamente o lugar da direita.
Por falar em polarização, o general prussiano Carl von Clausewitz já ensinava em seu tratado sobre arte militar, chamado Da Guerra, que "ao pensar que os interesses dos dois comandantes são igualmente opostos um ao outro, estamos admitindo a existência de uma verdadeira polaridade. O princípio da polaridade só é válido em relação a um e ao mesmo propósito, no qual os interesses ofensivos e defensivos ANULEM-SE totalmente. Numa batalha, cada lado visa a vitória”.
Perspicaz, Clausewitz arremata: “este é um exemplo de uma verdadeira polaridade, uma vez que a vitória de um lado exclui a vitória do outro. Quando, entretanto, estivermos lidando com duas coisas diferentes, que tenham uma relação comum externa a elas, a polaridade não estará nas coisas, mas sim na relação existente entre elas. ”
E qual é a relação existente entre marxistas e fabianos? O próprio Fernando Henrique Cardoso responde, em matéria republicada na Folha, em 2005:
“O que separa PT e PSDB não é nenhuma diferença ideológica ou programática, mas pura e simplesmente a disputa pelo poder.”
Mas o que é exatamente o socialismo fabiano?
O socialismo fabiano é derivado da Sociedade Fabiana, uma organização socialista britânica criada em 1884 pelo casal Beatrice e Sidney Webb e outros colaboradores, cuja proposta era a de implantar o socialismo de maneira gradual e reformista, fazendo um contraponto com a ala marxista, esta menos sofisticada e muitíssimo mais apressada.
O modelo fabiano é de especial interesse às verdadeiras elites, uma vez que, para aqueles que já estão no topo, o tempo não é necessariamente um problema, já que a continuidade histórica de seus clãs familiares se dará através da perpetuação por ordem dinástica. Não é à toa que, para a elite dominante e da militância ruminante, a destruição da família dos outros é sempre um bom negócio.
Mas vamos ao que interessa, afinal, a imagem deve estar lhe causando certa curiosidade. Trata-se de um vitral projetado por George Bernad Shaw e cujo nome é A Janela Fabiana. A peça foi retirada da casa de Beatrice Webb, em Surrey, Inglaterra, e hoje encontra-se na London School of Economics and Political Science, fundada em 1895 por membros da Sociedade Fabiana.
Logo no topo do vitral é possível ler a última linha de um trecho tecido pelo matemático, astrônomo, filósofo e poeta persa Omar Khayyám:
“Dear love, couldst thou and I with fate conspire
To grasp this sorry scheme of things entire,
Would we not shatter it to bits, and then
Remould it nearer to the heart's desire! ”
Uma tradução mais apropriada ao tema seria:
“Querido amor, não poderíamos eu e você
Conspirar com o destino para afastar completamente
Este lamentável esquema das coisas?
Não o despedaçaríamos por completo,
Apenas o remodelaríamos ao nosso gosto! ”
Abaixo da linha de Omar, no canto direito, podemos ver Sidney Webb e Bernard Shaw manipulando um globo incandescente, recém-saído da fornalha alimentada por Edward R. Pease. O globo é a Terra sendo martelada sobre uma bigorna, ou seja, a construção de um novo mundo, remodelado ao gosto da Sociedade Fabiana. Um escudo que sobrepõe a fornalha diz “pray devoutly, hammer stoutly” (ore devotadamente, martele fortemente), o que indica ação contínua na busca pelo objetivo.
Acima da Terra, uma das imagens mais emblemáticas e que ilustra o caráter subversivo dos fabianos: um brasão com um lobo em pele de cordeiro. Na porção inferior da janela, ao lado esquerdo, podemos ver o historiador, filósofo e novelista britânico H. G. Wells, que depois de deixar a sociedade Fabiana, a denunciou como sendo maquiavélica. Wells aparece consternado ao ver a burguesia ajoelhada parente uma pilha de livros que advogam as teorias socialistas.
Se depois de tudo isso ainda não ficou clara a promíscua relação entre PT e PSDB e o motivo pelo qual o lobo em pele de cordeiro jamais representou verdadeira oposição, você estará fatidicamente destinado a ser triturado no contínuo ciclo da falsa polarização. Pior: invariavelmente, tomará partido de algum deles, enquanto ambos, juntamente com suas linhas auxiliares, riem da sua cara.
A essa altura do campeonato, a situação é cristalina: enquanto o PSDB atende aos anseios do Diálogo Interamericano, o PT desgoverna em prol do Foro de São Paulo, sucursal arquitetada pelo próprio Diálogo, que decidiu terceirizar a revolução na América Latina.
A propósito: além do lobo em pele de cordeiro, outro símbolo utilizado pelos fabianos é o de uma tartaruga raivosa, que carrega os seguintes dizeres: “quando eu bato, eu bato forte”. Portanto, caro leitor, antes de mais nada, prepare-se intelectualmente, de modo a engrossar um novo caldo cultural e então revidar. Duas vezes mais forte, é claro.
 

Continue lendo