• Luís Olímpio Ferraz Melo
  • 22 Junho 2016


(Publicado originalmente em Diário do Poder)


A “delação premiada” do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, parece muito com o acordo feito no governo da Colômbia com o megatraficante colombiano Pablo Escobar (1949-1993) para que ele cumprisse as condenações criminais por tráfico de drogas. Escobar era naquela época um dos homens mais ricos do mundo, tinha grande poder político no seu país e, como imposição para se entregar e cumprir a pena, construiu o seu próprio presídio onde levava uma vida nababesca com todas as regalias possíveis e imaginárias, talvez até melhor do que se estivesse solto, pois lá a segurança era reforçada.

Machado conseguiu com o Ministério Público Federal brasileiro negociar a sua “prisão domiciliar”, pois se estima que a sua condenação será de 20 anos de reclusão, mas com a “delação premiada” tornar-se-á uma pena alternativa em que terá que usar tornozeleira eletrônica e logo estará livre novamente. Machado mora em Fortaleza, no bairro mais nobre da cidade, numa luxuosa mansão com piscina, sauna, quadra poliesportiva, etc. e poderá ainda conviver com 27 pessoas, incluindo um padre para tentar orientá-lo a não mais surripiar o dinheiro público. A mansão de Machado é o sonho de prisão de todo criminoso, pois não deve ser difícil e nem deprimente cumprir essa “prisão domiciliar”, lá podendo, inclusive, tomar bons vinhos da sua sofisticada adega...

O que chamou a atenção na “delação premiada” do nababo Machado foi que ele devolverá espontaneamente R$ 75 milhões referentes à sua parte nas propinas por ele arrecadada enquanto à frente da Transpetro — nem imagino quanto os outros receberam. Se Machado era apenas o “caixa” — alguns o chamam de “laranja” — dos caciques políticos de Brasília e tinha todo esse valor embolsado como sendo “seu”, é tentador imaginar que a corrupção no Brasil é bem maior do que se imagina, seja lá o que se imagina...

* Advogado e psicanalista

 

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  • Fernando Gabeira
  • 20 Junho 2016


(Publicado em gabeira.com.br)

No poema de Antônio Cícero, o inverno no Leblon é quase glacial. Lembrei-me do poema e da canção cantada por Adriana Calcanhotto porque fez frio no Leblon. Imagine em Curitiba.

Enquanto a economia brasileira vai, aos poucos, buscando seu rumo, a imprevisibilidade maior está na política e em seus desdobramentos.

O deputado Eduardo Cunha deve cair e pode passar o inverno na cadeia. Isso é previsível; o comportamento dele, uma incógnita. Seria ele capaz de enfrentar longos anos de cadeia, sem buscar um acordo de delação premiada?

O mais resistente dos empresários, Marcelo Bahia Odebrecht, parece decidido a fazer a delação premiada. Os que resistem com base ideológica, como José Dirceu e João Vaccari Neto, teriam acenado com uma nova modalidade de acordo: a leniência partidária.

De um modo geral, os acordos de leniência são feitos com empresas. Um acordo de leniência partidária seria uma jabuticaba, e sua menção foi criticada por procuradores. Tudo indica que suas chances são mínimas. A proposta revela uma inflexão. Os partidos são responsáveis pelo que aconteceu nos governos do PT. Vaccari não pegava todo aquele dinheiro para guardar em sua mochila. Nem José Dirceu usou a fortuna que lhe foi destinada apenas com gastos pessoais.

O que eles parecem estar querendo dizer é isto: não é justo que apenas alguns indivíduos paguem por um comportamento que envolve uma organização partidária.

Naturalmente, está contida nessa proposta a sugestão de que trabalharam para o partido e esperam, agora, uma socialização da responsabilidade.

É possível que esteja embutida na proposta a espera da própria redução da pena, na suposição de que a divisão do fardo alivie os ombros dos indivíduos.

Acho ingênuo supor que os partidos sobrevivam depois de reconhecerem sua culpa e pagarem pesadas multas. Mas, se escaparem, não estariam sobrevivendo como uma farsa, fingindo que nada aconteceu?

Uma outra variável importante neste cenário foi o pedido de prisão da cúpula do PMDB. O pedido vazou, foi criticado, defendido e acabou sendo negado esta semana pelo ministro Teori Zavascki.

Observando-o à distância, dois fatores emergiram no próprio vazamento. Um deles é a articulação para sabotar a Operação Lava Jato. O outro, a pura distribuição de propinas: quem levou quanto, por que e quem entregou o dinheiro?

Mesmo sem entrar no mérito de um texto que desconheço, é possível concluir que não só teremos o presidente da Câmara preso, mas o do Senado sob constante pressão.

A Lava Jato tem seu rumo, a recuperação econômica, também o seu. Cada qual segue seus trilhos, mas a tendência no horizonte é de que a Lava Jato, por meio de extensas delações, apresente uma radiografia completa do processo de financiamento político no Brasil.

Isso significa que é muito tênue o fio da recuperação econômica quando o processo político entra em decomposição.

Muitos acham que o problema foi resolvido com o financiamento público de campanha. Não foi. Há sempre novos truques na cartola. E a Lava Jato não conseguirá repatriar todo o dinheiro desviado, favorecendo alguns competidores no futuro próximo.

Os partidos seguem um pouco como sonâmbulos. Mas deviam perceber que, apesar da responsabilidade dos indivíduos, o próprio sistema político se inviabilizou.

Nada será como antes da Lava Jato. Será preciso aprender a fazer campanha com pouco dinheiro, quase nenhum, abandonar as superproduções do marketing, retornar ao mundo das ideias.

A ideia de José Dirceu e de Vaccari – se é que é deles mesmo – não tem nenhuma chance de vingar. Mas isso não impede os partidos de buscarem a Lava Jato dispondo-se a discutir responsabilidade e reparação.
Imagino como as raposas do PMDB ou mesmo o núcleo duro do PT devam achar ridícula essa proposta. Lembro apenas de uma frase célebre: a raposa sabe muitas coisas, o porco-espinho sabe uma só, que é se defender.

O estar na cadeia é a compreensão de que o mundo ruiu e o passar do tempo na cela, um longo aprendizado sobre negação, resistência e, finalmente, o desejo de negociar.

A experiência de cadeia também mostra que, quanto mais autoconfiante você se mostra, mais dura é a queda.
O que José Dirceu e Vaccari parecem ter dito com a proposta é isto: Não fomos apenas nós. Onde estão os outros?

Esse tipo de apelo parece muito distante de Lula, que é a voz mais poderosa do PT. Ainda há poucos dias ele voltou a dizer numa entrevista para o exterior que ninguém é mais honesto do que ele, nenhum procurador, juiz ou delegado.

Ele não consegue entender o absurdo de sua frase. Como é que o líder máximo de um partido que dominou o País com uma corrupção sistêmica, com tantos companheiros na cadeia, continua se achando o mais honesto do País?

Lula e Dilma vivem ainda na fase da negação. O que prolonga essa ilusão é a certeza de que muitos não conhecem os fatos e os tomam por perseguidos políticos. E que os círculos mais próximos continuam coniventes com tudo o que aconteceu na presunção de que o cinismo é a única alternativa num mundo em que os fatos importam menos que as narrativas.

Os ventos que sopram de Curitiba podem congelar essas ilusões. Marcelo Odebrecht, José Dirceu e João Vaccari Neto, a julgar pela ideia de leniência partidária, descobriram que acabou o tempo de fingir que não aconteceu nada.

Aprender com os caídos torna a própria queda menos dolorosa. Não posso garantir que a verdade liberta. Ela pode levar gente para a cadeia. Mas seu efeito positivo será uma lufada de vento fresco na política brasileira.
O faz de conta vai acabar e a realidade que nos espera é um sistema político em ruína. Pode ser o marco inicial da reforma.


 

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  • Jorge Béja
  • 20 Junho 2016


(Transcrito da Tribuna da Internet)

Desde o início dos trabalhos na Câmara dos Deputados – e agora no Senado Federal – do processo de Impeachment, o país inteiro passou a conhecer a advogada e professora de Direito Penal da Universidade de São Paulo (USP) Janaína Conceição Paschoal. Conhecer e admirá-la. Sou um deles. E dela me tornei amigo por correspondência, pois não nos conhecemos pessoalmente. Até o final do ano Janaína virá ao Rio com sua família. E para atender seu pedido, vou levá-los, todos, ao Cristo Redentor.

A subida ao Corcovado vai ser feita pelo bondinho da Estrada de Ferro do Corcovado (EFC), empresa pública federal, da qual fui diretor-jurídico de 1970 a 1972, quando integrava a Superintendência das Empresas Incorporadas ao Patrimônio Nacional. Hoje, a EFC continua patrimônio da União. Mas através de licitação, foi entregue à família Neves, de Tancredo e Aécio, que a administra primorosamente.

ADMIRAÇÃO A JANAÍNA – Me curvo à sabedoria, ao talento, ao empenho e à determinação de Janaína Paschoal. Eu e muitos de nossos leitores, destacando-se Francisco Bendl, no Rio Grande do Sul, o médico psiquiatra e psicanalista Ednei Freitas, o advogado João Amaury Belem, ambos do Rio e uma muita gente mais.

Mexeu com Janaína, mexeu comigo. Uso esse bordão brasileiro para externar minha admiração, carinho e respeito por Janaína Paschoal. Ontem, sábado, ao ler aqui no Rio onde moro a coluna de Jorge Bastos Moreno em O Globo (Moreno é aquele jornalista que noticiou que o presidente Temer iria demitir o jurista Fábio Medina Osório e errou, pois ele não foi demitido e continua como Advogado-Geral da União), dei de cara com uma nota que logo repassei para a doutora Janaína, que mora em São Paulo. Escreveu o jornalista:

“Síndrome de Estocolmo – Cardozão, que não perde a fama de galanteador – e já pagou caro por isso, pois uma colega de Ministério, desavisada, acreditou e ficou no seu encalço –, tem abusado nos galanteios a Janaína Paschoal, a advogada do impeachment. Dilma que já deu várias broncas nele por causa desse perfil, avisou Cardozão que considera um pouco demais o seu assédio a uma algoz do PT“.
Não demorou muito, Janaína me respondeu. E com toda razão, muito aborrecida. Disse que não sabia o motivo de ser “plantada” uma notícia desse tipo. “Será possível que uma mulher não pode trabalhar sem ser desmerecida!”, desabafou.

MENSAGEM A O GLOBO – Em seguida, a doutora Janaína Paschoal mandou mensagem para o e-mail do jornalista Alan Gripp, chefe da Editoria País do O Globo. Eis a nota da advogada:
“Repúdio. Caro Sr. Alan. Uma nota desprezível, envolvendo meu nome, foi publicada na edição de hoje. A nota mentirosa foi da autoria do jornalista Moreno. Sinto que um jornal do porte de O Globo se preste ao triste papel de atacar uma mulher dessa maneira tão vil. Sou uma profissional dedicada e respeito quem não concorda com meus posicionamentos jurídicos e políticos. Sou casada há anos e, com os embates havidos, desde o início do processo de impeachment, tenho sido tratada com muito respeito por todos. Pena um jornalista precisar se promover dessa maneira. Janaína Conceição Paschoal.”

ACONSELHAMENTO – Vai aqui um recado (ou conselho) meu a Jorge Moreno. O nome de uma pessoa é um dos bens mais importantes para o Direito, de todas as gentes, de todos os povos. Sua inviolabilidade está garantida na Constituição Federal. Integra o chamado Direitos da Personalidade. É um bem sagrado para os cristãos (e por que não para todos os demais credos?), eis que pronunciado pelo sacerdote no momento do recebimento do sacramento do Batismo. Quando era ainda recém-nascida, ao ungir com sal e óleo a cabeça, o peito e os pés de Janaína, o sacerdote ia pronunciado: “Janaína, eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.

Sua nota, sr. Moreno, desafia e debocha desse transcendental mistério. Ofende e magoa. E a todos alcança, ao esposo, filhos, irmãs e pais da advogada. E leva o leitor a acreditar numa mentira, que mais fragiliza sua reputação de jornalista e desabona um dos mais importantes e renomados jornais do mundo, O Globo, que lhe dá espaço e emprego. O senhor, jornalista Jorge Moreno, causou grave dano moral à advogada Janaína Paschoal.

Ainda no âmbito da boa convivência social, espera-se que o senhor transcreva, na mesma coluna, o inteiro teor da nota de repúdio que a eminente advogada e professora de Direito Penal da USP enviou ao jornalista-Chefe da Editoria País, Alan Gripp. É o mínimo que por ora se pede. É o mínimo das suas muitas obrigações e muitos deveres para com o próximo e para com seus leitores.

 

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  • Bruno Braga
  • 19 Junho 2016

 

Os estados e os municípios tornaram-se alvo de protestos. As manifestações foram intensificadas com rapidez e certa eficiência com o afastamento da Presidente Dilma Rousseff após a abertura do processo de impeachment. Não se trata de obra do cidadão comum, descontente com a situação política do país, mas de uma iniciativa relativamente organizada.

No XXI Encontro do Foro de São Paulo, realizado em 2015, no México, houve um evento próprio para "Autoridades Locales y Sub-nacionales". O objetivo era transferir os projetos comunistas para as Câmaras Municipais e Assembleias Legislativas. Um movimento estratégico de interiorização que afastaria deles os holofotes nacionais e, consequentemente, os deixariam menos expostos a críticas e resistências. Tendo em tais esferas administrativas - municípios e estados - uma rede de militantes e grupos de pressão disfarçados de "movimentos sociais", o trabalho de implementar os projetos seria em tese facilitado. Exemplo disso foi a tentativa sorrateira do governo petista de patrocinar a inclusão da ideologia de gênero nos planos municipais e estaduais de educação depois que o Congresso Nacional baniu o disparatado projeto de engenharia social e comportamental do Plano Nacional de Educação (PNE) [1].

Então veio a abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff, e o fantoche do Foro de São Paulo viu-se afastado da Presidência da República. A militância comuno-petista mais ostensiva - os sem-terra e os sem-teto - havia prometido: se isso acontecesse, o Brasil iria parar [2]. Bastou a ordem de comando para que toda a rede de agentes e de grupos de pressão passasse a agir em nome da "democracia" e contra um suposto "golpe". Militantes com o disfarce de "movimentos sociais" e "populares", em entidades de classe e sindicatos, fantasiados de "estudantes" e "professores", com a máscara de "intelectual" e "agente cultural". Greves, paralisações, reivindicações de Ministérios, ocupações de escolas, Institutos e Universidades Federais - que são centros de adestramento da militância comunista -, ocupações das Câmaras Municipais e Assembleias Legislativas.

A tropa recebeu o reforço de João, o "padre" do PT que assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados [CDHM] e anunciou: o colegiado será uma "trincheira" de "luta" e de "resistência". Para a batalha, o "apóstolo" da Teologia da Libertação reuniu aquele mesmo "exército" de "movimentos sociais" que está a serviço do PT para gritar contra o "golpe" e fazer terrorismo com "direitos" que foram supostamente "adquiridos" e "conquistados" - ou mesmo inventados como arma de guerra [3].

Claro, não se trata aqui de negar os problemas e dificuldades de ordem local, absolver prefeitos ou livrar os governos estaduais de suas responsabilidades, mas sim observar a estratégia ardilosa de utilizar esses problemas e dificuldades - ou mesmo de criá-los - como pretexto para abrir vários focos de "luta" e, com eles, forçar o acolhimento das reivindicações "populares", apresentadas por agentes, grupos, movimentos ditos "sociais" comprometidos com a preservação do esquema de poder comuno-petista.


REFERÊNCIAS.

[1]. "Foro de São Paulo: confabulação comunista no México" [http://b-braga.blogspot.com.br/2015/08/foro-de-sao-paulo-confabulacao.html].

[2]. Cf. (a) "'O Brasil será incendiado por greves e ocupações se houver impeachment e prisão de Lula', diz Boulos". Estadão, 22 de março de 2016 [http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-sera-incendiado-por-greves-e-ocupacoes-se-houver-impeachment-e-prisao-de-lula--diz-boulos,10000022683]; (b) "Líder do MST convoca greve geral caso o impeachment seja aprovado". Valor, 16 de abril de 2016 [http://www.valor.com.br/politica/4526427/lider-do-mst-convoca-greve-geral-caso-o-impeachment-seja-aprovado].

[3]. Cf. (a) "CDHM: 'Padre' do PT comanda 'trincheira' comuno-petista" [http://b-braga.blogspot.com.br/2016/06/cdhm-padre-do-pt-comanda-trincheira.html]; (b) "Mariana: 'movimentos populares' e 'trincheira' comuno-petista [http://b-braga.blogspot.com.br/2016/06/mariana-movimentos-populares-e.html].

 

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  • Ingrid Carlqvist e Lars Hedegaard
  • 17 Junho 2016

(Publicado originalmente pelo Gatestone Institute)

  • Quarenta anos depois do parlamento sueco ter decidido, por unanimidade, mudar a homogenia Suécia de outrora para um país multicultural, os crimes violentos tiveram um crescimento de 300% e os estupros de 700%. A Suécia já está em segundo lugar em estupros, perdendo apenas para Lesoto no sul da África.
  • Chama a atenção o fato do relatório não tocar na questão do background dos estupradores. Contudo é necessário ter em mente que nas estatísticas, a segunda geração dos imigrantes são considerados suecos.
  • Em um impressionante número de casos os tribunais suecos demonstraram compaixão pelos estupradores, absolvendo suspeitos que alegavam que a menina queria ter sexo com seis, sete ou oito homens.
  • A estação de rádio da Internet Granskning Sverige perguntou aos importantes jornais Aftonbladet e Expressen porque eles descreveram os criminosos como "suecos" quando na verdade eram somalis sem cidadania sueca. Eles ficaram muito ofendidos quando questionados se sentiam alguma responsabilidade de avisar as mulheres suecas para ficarem longe de determinados homens. O jornalista perguntou porque isso deveria ser responsabilidade deles.

Em 1975 o parlamento sueco decidiu, por unanimidade, mudar a homogenia da Suécia de outrora em um país multicultural. Após quarenta anos as dramáticas consequências desse experimento estão emergindo: crimes violentos aumentaram 300%.

Se examinarmos os números de estupros, o aumento é ainda pior. Em 1975 foram prestadas queixas à polícia de 421 estupros, em 2014 foram 6.620. Um aumento de 1.472%.

A Suécia já está em segundo lugar na lista global de estupros. De acordo com umlevantamento de 2010 a Suécia com 53,2 estupros por 100.000 habitantes perde apenas para o minúsculo Lesoto no sul da África com 91,6 estupros por 100.000 habitantes.

De acordo com os números publicados pelo Conselho Nacional Sueco de Prevenção ao Crime (Brottsförebyggande rådet, conhecido como Brå), agência subordinada ao Ministério da Justiça, 29.000 suecas, em 2011, relataram que foram estupradas (o que indica que são prestadas queixas à polícia em menos de 25% dos casos).

Explanações esquisitas
Em vez de tomar providências em relação ao problema da violência e do estupro, os políticos suecos, autoridades e a mídia fazem o possível para racionalizar os fatos. Seguem algumas dessas explanações:

 

  • os suecos estão mais inclinados a denunciar crimes.
  • a lei mudou, de modo que mais crimes sexuais são agora considerados estupro.
  • os suecos não estão conseguindo lidar com o aumento da equidade dos sexos e reagem com violência contra as mulheres (talvez a mais fantasiosa de todas as justificativas).
  • Um mito feminista de longa data é que o lugar mais perigoso para uma mulher é a sua própria casa, onde a maioria dos estupros são cometidos por algum conhecido. Essa alegação foi refutada pelo relatório do Brå:
  • "em 58% dos casos o criminoso era totalmente desconhecido da vítima. Em 29% dos casos o criminoso era conhecido e em 13% dos casos o criminoso era próximo da vítima".

O Brå relata que não há diferença significativa entre mulheres com background sueco ou estrangeiro quando se trata do risco de ser estuprada. Chama a atenção o fato do relatório não tocar na questão do background dos estupradores.

Sem paralelo
Nos idos de 1975, o ano em que os políticos decidiram que a Suécia deveria se tornar multicultural, a população sueca era de 8.208.442 habitantes. Em 2014 ela aumentou para 9.743.087, um crescimento de 18,7%. O crescimento se deve exclusivamente à imigração já que as suecas dão a luz a 1,92 filhos comparado à média de 2,24 das imigrantes. Contudo é necessário ter em mente que nas estatísticas, a segunda geração dos imigrantes são considerados suecos.

O recente crescimento da população sueca não tem paralelo. Nunca antes na história do país o número de habitantes cresceu com tanta rapidez. A Suécia é atualmente o país com ocrescimento mais rápido da Europa.

Nos últimos 10 a 15 anos a maioria dos imigrantes veio de países muçulmanos como o Iraque, Síria e Somália. Será que esse enorme ingresso de imigrantes pode explicar a explosão dos casos de estupro na Suécia? É difícil dar uma resposta precisa porque a legislação sueca proíbe registro com base na religião ou nos ancestrais. Uma explicação plausível é que, na média, os povos do Oriente Médio veem a mulher e o sexo de maneira totalmente diferente da dos escandinavos. E apesar do esforço do establishment sueco em convencer a população de que todos aqueles que aportam em solo sueco se tornam exatamente iguais àqueles que estão aqui por dezenas de gerações, os fatos apontam para uma direção completamente diferente.

O último levantamento estatístico sobre a criminalidade dos imigrantes comparado com o dos suecos foi realizado em 2005. Os resultados não são quase nunca citados. Como se isso não bastasse, qualquer um que ousar falar desses resultados, como por exemplo nas redes sociais, é implacavelmente atacado.

Denegrir grupos étnicos
Michael Hess, político do Partido Democrata Sueco, incentivou jornalistas suecos a se familiarizarem com o ponto de vista do Islã em relação às mulheres, com relação aos estupros que ocorreram na Praça Tahrir no Cairo durante a "Primavera Árabe". Hess diz o seguinte: "quando vocês jornalistas irão entender que está profundamente enraizado na cultura islâmica estuprar e maltratar mulheres que se recusam a respeitar os ensinamentos islâmicos. Há uma forte ligação entre estupros na Suécia e o número de imigrantes de países do Oriente Médio e Norte da África (MENA em inglês)".

Essa observação fez com que Michael Hess fosse acusado de "denegrir grupos étnicos" (hets mot folkgrupp), o que é considerado crime na Suécia. Em maio do ano passado ele foi condenado, mas teve a pena de prisão e multa suspensa, a suspensão se deu devido ao fato dele não ter nenhuma condenação anterior. Houve um recurso contra o veredito em um tribunal superior.

Por muitos anos Michael Hess morou em países muçulmanos, ele está bem familiarizado com o Islã e como o Islã vê as mulheres. Em seu julgamento ele apresentou provas de como a lei da Sharia lida com o estupro e estatísticas indicando que os muçulmanos estão super-representados entre os estupradores na Suécia. Mas o tribunal decidiu que fatos não são relevantes:
"O Tribunal (Tingsrätten) observa que o fato do pronunciamento de Michael Hess corresponder à verdade ou não, ou parecer ser verdade para Michael Hess, não tem importância nesse caso. A declaração de Michael Hess deve ser julgada com base no timing e contexto. ... Na época do delito, Michael Hess não citou nenhum levantamento reconhecido nem fontes islâmicas. Foi somente por conta de seu indiciamento que Michael Hess tentou encontrar sustentação em pesquisas e escritos religiosos. Por esta razão, segundo o tribunal, o pronunciamento de Michael Hess obviamente não fez parte de uma exposição equilibrada (saklig) ou digna de confiança (vederhäftig). O pronunciamento de Michael Hess deve, portanto, ser visto como uma forma de desprezo em relação aos imigrantes de fé islâmica".

Provas estatísticas
O que se pode concluir das estatísticas disponíveis?
Como parte das provas apresentadas no tribunal por Michael Hess, ele fez uso de todas as estatísticas ao seu dispor sobre a criminalidade de imigrantes na Suécia antes que as autoridades responsáveis pelas estatísticas parassem com as avaliações. Michael Hess tentou encontrar respostas para duas perguntas:
1. há alguma relação entre a incidência de estupros e o número de pessoas com background estrangeiro na Suécia?
2. há alguma relação entre a incidência de estupros e algum grupo específico de imigrantes na Suécia?
3.
A resposta às duas perguntas foi um inequívoco "sim". Vinte e um relatórios de pesquisas dos anos de 1960 até hoje são unânimes em suas conclusões: não importa se o cálculo foi realizado levando em conta o número de estupradores ou suspeitos de estupro, homens de descendência estrangeira foram super-representados em relação aos suecos. E essa maior representação daqueles com background estrangeiro continua aumentando:
? 1960 aos anos de 1970 – 1,2 a 2,6 vezes mais que os suecos
? Anos de 1980 – 2,1 a 4,7 vezes mais que os suecos
? Anos de 1990 – 2,1 a 8,1 vezes mais que os suecos
? Anos 2000 – 2,1 a 19,5 vezes mais que os suecos
?
Ainda que fossem ajustados quanto às variáveis como idade, sexo, posição social e residência, a enorme discrepância entre imigrantes e suecos se mantêm.

Relatórios de pesquisas sobre crimes na Suécia se tornaram uma raridade, mas nos dezoito relatórios feitos entre os anos de 1990 e os anos 2000, onze lidaram com estupro. Dois dos relatórios tratam da relação entre estupro e imigração e ambos confirmam que há uma ligação.

Os dados estão disponíveis para as autoridades, políticos e imprensa, ainda assim eles insistem que os dados não refletem a realidade.

Discrepância gritante
Como explicar então que em 2008, a Dinamarca, vizinha da Suécia tinha apenas 7,3 estupros por 100.000 habitantes comparado com 53,2 na Suécia?

A legislação dinamarquesa não difere muito da sueca e não há nenhum motivo aparente do porquê das dinamarquesas estarem menos dispostas a prestarem queixa do que as suecas.

Em 2011, foram prestadas queixas à polícia de 6.509 estupros e apenas 392 na Dinamarca. A população da Dinamarca é cerca da metade da sueca, de modo que, ainda que fosse ajustada à da sueca a discrepância continuaria sendo considerável.

Na Suécia as autoridades fazem de tudo para esconder a origem dos estupradores. Na Dinamarca o departamento oficial de estatística do estado, Estatística da Dinamarca, revelou que em 2010 mais da metade dos estupradores condenados tinham background de imigrantes.

Estrangeiros super-representados
Desde 2000 apareceu somente um relatório de pesquisa sobre crimes de imigrantes. O relatório foi realizado em 2006 por Ann-Christine Hjelm da Universidade de Karlstads.

Constatou-se que em 2002, 85% dos sentenciados a pelo menos dois anos de prisão por estupro em Svea Hovrätt, um tribunal de recursos, eram estrangeiros de nascença ou segunda geração de imigrantes.

Em um relatório de 1996 do Conselho Nacional Sueco de Prevenção ao Crime concluiu que os imigrantes do norte da África (Argélia, Líbia, Marrocos e Tunísia) são 23 vezes mais propensos a cometerem estupro do que os homens suecos. Os dados sobre homens do Iraque, Bulgária e Romênia são respectivamente, 20, 18 e 18. Homens do resto da África são 16 vezes mais propensos a cometerem estupro, e homens do Irã, Peru, Equador e Bolívia, 10 vezes mais propensos do que os homens suecos.

Estupros coletivos
Uma nova tendência chegou à Suécia com força total nas últimas décadas: estupro coletivo, virtualmente desconhecido na história criminal sueca. O número de estupros coletivosaumentou de maneira espetacular entre 1995 e 2006. Desde então não houve mais estudos sobre esse assunto.

Um dos piores casos ocorreu em 2012, quando uma mulher de 30 anos foi estuprada por oito homens em um projeto habitacional para requerentes de asilo na pequena cidade de Mariannelund. A mulher era conhecida de um homem do Afeganistão que morou na Suécia por alguns anos. Ele a convidou para sair. Ela aceitou. O afegão a levou a um conjunto habitacional para refugiados deixando-a lá totalmente indefesa. Durante a noite ela foi estuprada repetidamente pelos requerentes de asilo e quando seu "amigo" voltou ele também a estuprou. Na manhã seguinte ela conseguiu chamar a polícia. O Promotor Público da Suécia classificou o incidente como o "pior crime de estupro da história criminal sueca".

Sete dos acusados foram sentenciados de 4,5 a 6,5 anos na prisão. O cumprimento da pena normalmente é reduzido por um terço do tempo, de modo que logo eles estarão prontos para novos ataques, presumivelmente contra mulheres infiéis.

Em casos de estupro coletivo tanto os acusados quanto as vítimas são, com muita frequência, jovens e quase sempre os criminosos têm background de imigrantes, na maioria dos casos de países muçulmanos. Em um impressionante número de casos os tribunais suecos demonstraram compaixão pelos estupradores. Diversas vezes os tribunais absolveram suspeitos que alegavam que a menina queria ter sexo com seis, sete ou oito homens.
 

*Tradução: Joseph Skilnik

 

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  • Márcio de Carvalho Damin
  • 17 Junho 2016

 

Nestes tempos conturbados que o Brasil e o mundo atravessam, recrudesce na alma humana a busca por um porto seguro, por um sentido à existência que transcenda o lodaçal que nos embasbaca diariamente.

Ninguém permanece incólume ante a hipocrisia dos petistas que comemoram a cassação de Eduardo Cunha como um processo democrático e simultaneamente vociferam contra o ‘’golpe’’ sofrido pela Ex-presidente Dilma.

Quem consegue não se espantar ao saber que líderes esquerdistas se reúnem com guerrilheiros das FARC no Foro de São Paulo e que durante dezesseis anos tal fato foi ocultado?

Quem não se incomoda com os meios de comunicação que, após a tragédia ocorrida em Orlando, rapidamente atribuíram a um terrorismo cristão inexistente a culpa pelas mortes causadas por um atirador muçulmano filiado ao partido democrata?

Alguma pessoa lúcida não percebe que a entrada maciça de imigrantes muçulmanos nos Estados Unidos, sem nenhum controle, é uma ação premeditada que visa fomentar o terrorismo?

Não são de deixar macambuzio o mais otimista dos homens, as opiniões de artistas beneficiados pela lei Rouanet que se posicionam contra a surreal ‘’cultura do estupro’’, quando só um títere de Antônio Gramsci poderia crer na existência de tamanho devaneio?

Tantas pessoas convivem com esses absurdos sem perceber nada de errado; ou por já terem aderido a algum grupo que se julga oprimido, ou por uma perda lenta e gradual do senso crítico e da inteligência, provocada por doses cavalares de marxismo cultural.

E é nesse contexto caótico em que a desesperança procura se imiscuir na alma das pessoas que ainda tem coragem de não fechar os olhos ante uma realidade cinzenta, que a fé surge em todo seu esplendor, amparada nas palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo, que disse: ‘’Eu sou o caminho, a verdade e a vida’’ e ‘’Céus e terra passarão, mas minhas palavras não passarão’’.

Revistamo-nos, portanto, de amor e de verdade, e peçamos a Deus a graça da fé para que jamais esmoreçamos na luta diária pelo amor a Ele e ao próximo!

*Poeta
 

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