CAPITALISMO DE ESQUERDA

 

Stephen Kanitz

 

Existem várias empresas Capitalistas de Esquerda, como por exemplo a Folha de São Paulo, Veja, FB, Google e Globo.

Existem dezenas de editoras de livros que só publicam livros revolucionários.

A maioria das ONGs que também possuem capital são de Esquerda e só lutam para si.

Elas diferem das empresas Capitalistas de Direita porque essas não discriminam seus compradores por ideologia.

A Apple vende Iphones para esquerdistas, mesmo sabendo que irão usá-los para sabotar a própria Apple e tomarem o país.

A Louis Vuitton vende bolsas e roupas para a Manuela, mesmo sabendo que ela é comunista.

A Folha de São Paulo produz textos exclusivamente para socialistas, comunistas e esquerdistas.

Alguém de Direita nem pode comprar a Folha porque estará dando para a sociedade um péssimo sinal.

A Veja decidiu recentemente reduzir sua tiragem de 1 milhão para 400 mil, escrevendo somente para seus leitores classe média socialista, comunista e esquerdista.

Para a Globo manter a Direita bem informada é considerado ideologicamente suicida, não é mesmo Miriam Leitão?

Por isso, você que é de Esquerda deveria preferir um Capitalismo de Direita.

Que não lhe discrimina.

Que lhe permite ter acesso aos avanços tecnológicos que não se encontram na Venezuela nem em Cuba.

 

  • 04 Janeiro 2019

FELIZ 2019

 

Olhemos para 2019 animados pela esperança e pela mudança. O Brasil se percebeu no descaminho e buscou um novo rumo. O Brasil havia abandonado a Deus, mas Deus não abandonou o Brasil.

Desejo a todos um 2019 de muitas realizações, amor e paz nos corações. 

 

Percival Puggina

  • 02 Janeiro 2019

 

ALEXANDRE GARCIA SAI E A GLOBO REFORÇA OPÇÃO PELO DESCRÉDITO


Percival Puggina

 

 Há muitos anos, Alexandre Garcia e eu nos temos reciprocamente como amigos. É uma amizade que nasceu de e-mails assiduamente trocados de modo franco sobre o grande tema Brasil. Nunca, porém, havíamos nos encontrado antes do dia 9 de dezembro passado, quando, numa vinda dele a Porto Alegre, combinamos almoçar juntos com as esposas e outro casal, amigo comum. O almoço começou pouco depois do meio dia, mas a conversa seguia solta e agradável quando o sol já declinava e os garçons, inquietos, rondavam nossa mesa como a sugerir que o dia já era.


Percebi, nessa ocasião, que já estavam contadas e eram poucas as horas de Alexandre Garcia na Globo. Aliás, insinuações nesse sentido vinham desde quando, após a saída de William Waack, ele se tornou um solitário dissidente no compromisso coletivo da Globo com o que há de desastroso no espectro das opções políticas, sociais e morais do país.


Eu queria vê-lo no governo Bolsonaro. Ele, porém, me falou, hoje, de outros planos. Fica o fato de repercussão nacional, quase simbólico: a Globo faz uma opção pelo descrédito. É quase uma ruptura com o Brasil que renasce em 2019.
 

  • 29 Dezembro 2018


DESENCARCERAMENTO?

Ronaldo Lara Rezende (Proc. Justiça MP/RS)

 

Recentemente, o Ministro Ricardo Lewandowski, ferrenho defensor do desencarceramento (vide, por exemplo, decisões como a que determinou a impossibilidade de prisão preventiva de mulheres grávidas que traficam drogas - medida substituída por prisão domiciliar), ameaçou prender um jovem advogado que, indignado com os desmandos perpetrados pelo STF, resolveu externalizar seu genuíno sentimento, dizendo sentir-se envergonhado com a Suprema Corte. Sua Excelência, de pronto, advertiu o causídico: "você quer ser preso?"


Ora, esse ato revela que, na verdade, qualquer pessoa, ainda que defenda medidas despenalizadoras ou desencarceradoras, sabe, em seu íntimo, que a prisão é, sim, um mecanismo de dissuasão extremamente eficiente (embora não seja infalível), ainda que se trate de um delito de menor potencial ofensivo (desacato, em tese). Do contrário, o referido ministro poderia ter admoestado o advogado nos seguintes termos: "você quer prestar serviços à comunidade? Quer pagar uma multa?"


Se assim não o fez é porque, ao contrário do que prega (e decide), tem plena ciência que algo desse jaez não intimida ninguém, não tendo, portanto, potencial para cessar aquilo que se vislumbra como uma agressão criminosa.
Resta saber se esse episódio levará Sua Excelência a refletir sobre a completa desconexão que há entre aquilo que defende e aquilo que pratica. Aguardemos!


 

  • 25 Dezembro 2018

MOVIMENTO DE COMBATE À IMPUNIDADE E A DECISÃO DO MINISTRO MARCO AURÉLIO


O Movimento de Combate a Impunidade reafirma que a condenação de um réu por um juiz de primeiro grau modifica, significativamente, o chamado princípio da não-culpabilidade, sendo tal sentença condenatória suficiente, no sistema constitucional brasileiro, para dar eficácia ao direito punitivo do Estado.

Na hipótese de recurso, sempre facultativo, a eficácia desta sentença é suspensa até a prolação de decisão em instância recursal ordinária. A condenação em segundo grau, que confirma um sentença condenatória ou reforma uma sentença absolutória , de acordo com o sistema processual brasileiro, encerra a instância ordinária. Apenas excepcionalmente é admissível recurso aos Tribunais Superiores.

Desta forma, requerimentos tendentes a retirar eficácia de qualquer decisão prolatada em segundo grau se prestam a produzir insegurança jurídica e propiciar a impunidade.

Garantir direitos humanos, não apenas aos réus condenados, mas a todos os cidadãos brasileiros a quem a Constituição prometeu segurança e liberdade, é a missão do Poder Judiciário.

 

* Enviado por um magistrado amigo, membro do movimento. Disponível, também, na página do MCI no Facebook. 
 

  • 19 Dezembro 2018

MINAS GERAIS

 

Maria Lucia Victor Barbosa

 

Cismando pelos cantos, não sei porquê, fiquei rememorando Minas Gerais. Inevitavelmente, compassadamente, me veio assim como num assombro de saudade, muito inteira e no centro das montanhas que brincam de roda, minha Belo Horizonte. Consolo de quem não vai lá por anos a fio, a recordação ora foi perfil de pedra sabão ora desenhou ladeiras e minha vida subiu e desceu pelo passado sem o mínimo cansaço.

Perguntei-me, então, se minha mineiridade não havia se esvaído nas idas e vindas de minha existência, exilada que estou nestas lonjuras das Gerais à sombra das araucárias. É que tem me faltado paciência, ando falando demais e tenho confabulado e conspirado pouco. Também já não sei se meu olhar de esguelha anda correto. Além do mais, me esqueci como se dá rasteira em vento. Para piorar as coisas pisei no escuro e andei no molhado, coisa que mineiro não faz. E, ai meu Deus, estiquei conversa com estranho, acreditei no fogo onde só havia fumaça e o mais grave: arrisquei sem ter certeza.

Essas imprudências podem ser fatais e Minas, que sempre espia de dentro dos mineiros, condena os filhos que se afastam de suas veredas de sabedoria. Como escreveu Paulinho Assunção:

Um fantasma, uma fileira de montanhas.

Um profeta, uma fileira de montanhas.

Uma conspiração, uma fileira de montanhas.

O olho de Minas vê pelas frestas.

O olho de Minas me olhou pelas frestas e eu soube que não adiantava fugir mesmo estando meio destreinada, meio distraída dos requintes de sagacidade que me foram ministrados com o rigor de sacramentos naqueles solos montanhosos.

Nesta hora, Carlos Drummond de Andrade me acudiu e consolou. Nos seus versos estava estampada a impossibilidade do recuo de ser mineiro:

Minas não é palavra montanhosa.

É palavra abissal. Minas é dentro e fundo.

Aliviada, buscando refazer os caminhos dos tropeiros, dos mineradores, dos inconfidentes, arrisquei-me a subir na Maria Fumaça que não existe mais, mas que me chamou de longe com seu apito fantasmagórico. Quando começou a viagem imaginada, Vanessa Neto poetisou por mim:

Vejo pela janela do trem que cheguei à Minas.

Olhando longe procurei situá-la com seu perfil de pedra fria.

Sinto que volto docemente a ser menina: São os olhos de Minas que

me vigiam.

Vi, então, com a clareza do absurdo e pelas janelas do tempo, o desfile histórico da opulência do ouro em longínquos séculos e a miséria atual das pequeninas cidades perdidas entre névoas e pobreza. Foi quando de novo Drummond me sussurrou:

De nossa mente lavamos o ouro, como de nossa alma um dia
os erros se lavarão na pia da penitência.

Será que lavei mesmo o ouro de minha mente? Ou serei como o poeta Jota D'Angelo, que escreveu:

Quero um quinto desse ouro
escondido no cascalho.

Quero um quinto do seu braço,

quero um quinto do seu corpo.

Quero um quinto do esforço

Que se faz e que não faço.

Fazer faço, mas não o suficiente, apesar de querer.

Mas já é hora de apear da Maria Fumaça, pois refresquei minha memória, meus sentimentos, meus mares feitos de montanhas, meu ouro particular. Agora estou pronta para Guimarães Rosa:

Minas Gerais... Minas principia de dentro para fora e do céu para o chão.

 

* Maria Lucia Victor Barbosa é mineira de Belo Horizonte.

 

  • 15 Dezembro 2018