• 29/12/2018
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ALEXANDRE GARCIA SAI E A GLOBO REFORÇA OPÇÃO PELO DESCRÉDITO


Percival Puggina

 

 Há muitos anos, Alexandre Garcia e eu nos temos reciprocamente como amigos. É uma amizade que nasceu de e-mails assiduamente trocados de modo franco sobre o grande tema Brasil. Nunca, porém, havíamos nos encontrado antes do dia 9 de dezembro passado, quando, numa vinda dele a Porto Alegre, combinamos almoçar juntos com as esposas e outro casal, amigo comum. O almoço começou pouco depois do meio dia, mas a conversa seguia solta e agradável quando o sol já declinava e os garçons, inquietos, rondavam nossa mesa como a sugerir que o dia já era.


Percebi, nessa ocasião, que já estavam contadas e eram poucas as horas de Alexandre Garcia na Globo. Aliás, insinuações nesse sentido vinham desde quando, após a saída de William Waack, ele se tornou um solitário dissidente no compromisso coletivo da Globo com o que há de desastroso no espectro das opções políticas, sociais e morais do país.


Eu queria vê-lo no governo Bolsonaro. Ele, porém, me falou, hoje, de outros planos. Fica o fato de repercussão nacional, quase simbólico: a Globo faz uma opção pelo descrédito. É quase uma ruptura com o Brasil que renasce em 2019.