Rodrigo Siman Siri

19/05/2009
18/05 - M?co salvadorenho narra as impress?de sua viagem a Cuba Pedimos para visitar um hospital e nos levaram a um hospital tur?ico, exclusivo para estrangeiros, elegante e impecavelmente limpo, para depois nos inteirarmos de que os hospitais p?cos s?paup?imos e mais destro?os do que o nosso hospital Rosales. Falar de Cuba ?alar de um para? onde a beleza natural se mistura com o sonho de todo um povo bom e trabalhador. Estou sentado na varanda de um hotel em Havana, vendo um dos entardeceres mais alucinantes que jamais imaginei, com um misto de sentimentos t?fortes quanto o cheiro dos puros [1] cubanos. Pensei que escrever umas linhas sobre Cuba ia ser a coisa mais simples do mundo depois de estar aqui h?ma semana, por??if?l ser objetivo quando as id?s se turvam e os olhos umedecem constantemente com a quantidade de sensa?s vividas nestes dias. Fui convidado pelas autoridades de sa?deste belo pa? por motivo de um congresso m?co perfeitamente organizado pelos m?cos cubanos. No congresso tive a oportunidade de ver o legend?o Fidel Castro, que n??ais que os restos do que deve ter sido um fornido guerrilheiro. Chegou fortemente custodiado em sua caravana de tr?Mercedes Benz negros, exatamente iguais aos que utilizaram o general Pinochet e tamb?Idi Amin Dad?ditador da frica. Casualidades da vida, pensei... Vimos um anci?vestido de verde-oliva falar confusamente no foro por mais de uma hora sobre mil coisas, palavras soltas sem mensagem alguma, desde a guerra no Ir?t?s mosquitos que causam a dengue. Como m?co cheguei a Cuba sabendo que, embora aqui n?houvesse liberdade, o sistema de sa?era um dos melhores do mundo, pois assim o refletiam seus indicadores de sa?e sociais, e os dirigentes do FMLN nos repetem isso constantemente [2]. N?sei que par?tros os pol?cos utilizam em Cuba, por?ontem um menino que parecia ter sete anos de idade me contou que acabara de completar 15, e sua pele transluzia uma desnutri? severa e cr?a. Pedimos para visitar um hospital e nos levaram a um hospital tur?ico, exclusivo para estrangeiros, elegante e impecavelmente limpo, para depois nos inteirarmos de que os hospitais p?cos s?paup?imos e mais destro?os do que o nosso hospital Rosales. S?velhos, com filas eternas de gente esperando para ser atendidas, escassos de medicamentos e com um pessoal de sa?exigindo, por baixo da mesa, alguns d?es extras aos usu?os se se quer que o paciente seja atendido oportunamente e com os melhores rem?os. E minha maior surpresa foi saber que um m?co especialista ganha mensalmente a enorme soma de $ 20,00! ?assim... Vinte d?es por m? quando uma garrafa de ?a na rua custa $ 1,00, ?a que por certo n?se pode tomar da torneira, pois est?ontaminada, segundo nos advertiram os colegas de Cuba. Se tudo isto acontece em Havana, imagino como n?ser?as cidades rurais?! ?verdade que em Cuba n?h?endigos esfarrapados, nem crian? descal? perambulando pelas ruas. Por? abundam os velhos, jovens e crian? que se aproximam dos turistas nos restaurantes rogando por um peda?de p? Os turistas t?acesso aos lugares criados exclusivamente para eles: hot? gigantescos, restaurantes de luxo, tudo em d?es, ?laro. Os cubanos s?dem ser testemunhas passivas da boa vida que ?ferecida ao estrangeiro. Como me comentou um amigo taxista, com os olhos marejados pela raiva e pela tristeza: aqui os turistas s?os humanos e n?omos os extraterrestres... Descobrir Cuba e sua gente ?escobrir o hero?o e a valentia de um povo que vive, ou melhor, sobrevive em regime de opress? medo e mis?a. Gra? ao auge do turismo que h?este pa?os cubanos podem ver agora as diferen? entre eles e o mundo livre. Ao descer do avi?aproximou-se de mim silenciosamente um senhor e depois de me perguntar de onde eu era, me pediu um jornal de El Salvador; est?famintos por not?as reais do mundo real, n?deste fantasma criado por suas autoridades que aqui ningu?mais acredita. Muitos me perguntaram por nosso ex-presidente Flores [3], querem saber como ?ua personalidade, est?impressionados com ele, uma vez que foi o ?o que p?idel em seu lugar. Se inteiraram de tudo isto porque algu?lhes contou, j?ue esta not?a, como muitas outras, nunca foi transmitida em Cuba. Na semana passada foram fuzilados em Havana tr?jovens [4] por haver sonhado com sua liberdade e por haver tentado fugir de Cuba em uma lancha roubada. Por este grave delito, foram julgados em um dia e 24 horas depois, fuzilados selvagemente, como exemplo para o povo do que pode acontecer a quem esteja contra o regime. Quando uma formosa cubana com um olhar conformista me contava este fato injusto, s? ocorreu dizer-lhe que h?ue ter f?m que as coisas v?mudar logo. Que est?o me senti quando me respondeu que isso os cubanos esperam h?ais de 40 anos e aqui continuam morrendo muitos. Uns a tiros, como estes tr?jovens e centenas que vivem, por?que lhes fuzilaram a esperan?de ser livres, de trabalhar, de se superar, de exigir seus direitos sem ser reprimidos. Por?seria injusto falar de Cuba e s?ncionar as mis?as de um regime obsoleto e tirano e que agora seguem Venezuela, Equador, Bol?a, Nicar?a. Falar de Cuba ?alar de suas mulheres, das mais lindas do mundo, do ritmo e do calor de sua gente, do olhar bondoso de seu povo, das belezas de suas ruas com cheiro de sal, tabaco e rum. Falar de Cuba ?alar de um para? onde a beleza natural se mistura com o sonho de todo um povo bom e trabalhador que continua esperando sua verdadeira revolu?. __________________________ Dr. Rodrigo Siman Siri ??co pediatra, Diretor Nacional do Programa Nacional de Infec?s de Transmiss?Sexual – ITS/VIH/SIDA Minist?o da Sa? El Salvador -------------------------------------------------------------------------------- Notas da Tradutora: [1] “Puro” ?omo se chama em Cuba um charuto de excelente qualidade, como o Cohiba, por exemplo, e que custa uma fortuna. [2] Ao que tudo indica, por ter sido convidado pelas autoridades cubanas e pela cita? do FMLN (Frente Farabundo Mart?e Liberta? Nacional, bando terrorista que ap? fim da guerra civil em El Salvador tornou-se partido pol?co legal, inclusive ganhou as ?mas elei?s presidenciais), este m?co deve ser no m?mo simpatizante do comunismo ou ter rela?s com o partido. Da? import?ia do texto, pois ?a lavra de algu?que acreditava na revolu? castrista. [3] Francisco Guillermo Flores P?z, foi presidente de El Salvador entre 1999 e 2004. [4] Este fato ocorreu pouco tempo depois da onda de repress?que ficou conhecida como “A Primavera Negra de Cuba”, onde 75 opositores ao regime ditatorial foram condenados a at?8 anos de pris? em mar?de 2003. Em 11 de abril deste mesmo ano houve o fuzilamento dos tr?rapazes, que ficou conhecido como “o caso dos tr?negrinhos”. Tradu?: Gra?Salgueiro

Com texto do Valor Econômico

19/05/2009
Ch?z d?ais um passo para estatizar a economia A queda de mais de 50% nas cota?s do petr? no primeiro trimestre ?por si s?ma p?ima not?a para a Venezuela, que depende quase que exclusivamente desta receita para sobreviver. Algo igualmente ruim se passa no pa?comandado por Hugo Ch?z. H?nd?os de que a produ? de ? ?eclinante e se aproxima dos 2 milh?de barris di?os, bem abaixo dos 3,18 milh?extra?s em 1997. Os n?os da Ag?ia Internacional de Energia apontam 2,36 milh? mas o governo chavista n?os reconhece e diz que a produ? na verdade subiu. Nesta, como em muitas outras coisas, n??oss?l confiar nas informa?s oficiais. Um dos sinais de que os neg?s com o petr? v?mal foi a nacionaliza? de 60 empresas prestadoras de servi?. A PDVSA, que tem de sustentar em suas costas os programas sociais do governo, enquanto administra receitas cadentes, come? a atrasar os pagamentos de seus fornecedores. N?h?ifras confi?is sobre a d?da - elas variam de US$ 3 bilh?a US$ 12 bilh? V?as companhias anunciaram a decis?de deixar o pa?e outras reduziram seus servi?. A caminho de um impasse que teria grave efeito sobre a produ? de petr?, Ch?z resolveu o problema da d?da encampando as empresas. Vamos enterrar o capitalismo na Venezuela, disse o presidente, e em mais de um sentido a frase ?erdadeira. Sem receber pelos servi? entregues, as empresas ficaram em dif?l situa? financeira antes da nacionaliza?, por um pre?que ser?quele que o governo resolva pagar. medida que a crise se aprofunda, o presidente venezuelano, que ganhou nas urnas o direito a reelei?s ilimitadas, vai ampliando seu controle sobre todos os setores vitais da economia. Para isso, conta com um Congresso inteiramente chavista, que lhe deu em pouco tempo o direito de expropriar as prestadoras de servi? nos campos de petr?. Para coroar mais esta obra, foi estabelecido que o ?o foro leg?mo para controv?ias entre empresas e Estado ser? Justi?venezuelana. A estrat?a de Ch?z ? cubaniza? da economia. O dom?o dos setores essenciais ?eito com objetivos pol?cos e o resultado percept?l ?ma perda de produtividade da economia como um todo - uma receita para o desastre. Dela n?est?issociada a ofensiva frontal contra a at?nt?ampla liberdade de que dispunha a oposi? para se manifestar. O principal l?r da oposi?, Manuel Rosales, que concorreu contra Ch?z nas ?mas elei?s, fugiu do pa?e das ordens de pris?expedidas pela Justi?controlada pelo governo. Governadores de importantes Estados, contr?os a Ch?z, perderam o direito de administrar portos, aeroportos, estradas e hospitais, em um movimento gradual e seguro de asfixia financeira e pol?ca. Ch?z est?estruindo a democracia em seu pa? Quanto mais poder concentra em suas m?, mais quer controlar. Uma das pr?as v?mas ? movimento sindical, segundo a revista brit?ca The Economist. Apesar de apelos ao socialismo, o caudilho nunca morreu de amores por sindicatos organizados e nos ?mos anos buscou mais o apoio dos trabalhadores da economia informal. Ele desmantelou o sindicato dos petroleiros durante uma greve na PDVSA e agora encara o in?o de movimentos de paralisa? em algumas categorias do servi?p?co, estimulados pela crise. O plano de Ch?z ?irar o poder legal de negocia? dos sindicatos e entreg?os a conselhos de trabalhadores controlados pelo seu Partido Socialista Unificado da Venezuela. J??m projeto neste sentido tramitando na Assembleia Nacional. N?se pode negar coer?ia, e at?revisibilidade, ?a?s de Hugo Ch?z. Seu objetivo ? velha ditadura pessoal de todos os caudilhos latinos. Enquanto as receitas do petr? permitiram, ele gozou de ampla popularidade. Os bons ventos deixaram de soprar na economia e o poder crescente que Ch?z quer enfeixar em suas m? tem o objetivo de impedir as manifesta?s de descontentamento e dispor de todos os instrumentos de repress?para o caso de a crise econ?a se agravar. Assim o socialismo bolivariano torna-se cada vez mais parecido com os regimes ditatoriais que destru?m o pa?- e tende a ter o mesmo fim deles. Editorial Valor Econ?o, 12/05/2009.

Valter Nagelstein

17/05/2009
Embriagados pelo poder (mordomias) e sob os efeitos narc?os do v?o da amizade, como bem definiu o dono do castelo, ali?o castelo em si ?ma bela met?ra daquilo em que se transformou o Congresso Nacional, os deputados e senadores preparam, sob a batuta do ministro Tarso Genro, o golpe de miseric?a na democracia brasileira: pretendem retirar do eleitor a primazia da escolha do eleito. Assim, perpetuar-se-?eles pr?os os atuais congressistas em mandatos bi?os, n?mais escolhidos pelo povo e sim pelas burocracias partid?as, em listas fechadas. Quem escolher?s eleitos? N?me surpreende que isso venha do ministro Tarso, sua forma? ideol?a representa, traduz e exprime exatamente isso, assim como fazia o stalinismo. Aos atuais membros do Congresso, junta-se o vezo ideol?o do ministro. Somam-se assim, pragmatismo e oportunismo, o oportunismo dos moribundos que n?desejam largar a teta. ?o pior dos mundos! ?o elixir da longa vida de Balzac, ou ent?o Senhor dos An? de J.R Tolkien, somente que aqui s?513 an? na C?ra, 81 no Senado, cada qual se recusando e retirar o anel do seu dedo, seduzido, embriagado, inebriado e dependente do poder ao qual est?entubado”. Paira, acima de tudo, ambi? e vaidade. A reforma pol?ca ?ecess?a e inadi?l, a aplica? de um sistema eleitoral distrital, que se some ao proporcional de hoje, criando um sistema misto, ?ma boa alternativa (com o cuidado de se atender ?roporcionalidade tamb?entre os distritos). O financiamento p?co das campanhas seria uma medida moralizadora e justa – e que evitar? corrup? n?s?s eleitos, mas dos eleitores principalmente, nascedouro de todo o mal, porque, afinal, muitos ainda – e infelizmente – vendem o voto por uma galeto, um saco de cimento ou coisas do g?ro. Ali? o financiamento p?co j?xiste, mas s?ra quem ?etentor de mandato. Tal financiamento, somado a restri?s na propaganda, for?? eleitor a procurar informar-se. Por fim, esta altera? material n?mexe na liberdade do eleitor, e sim na justi?de meios com que concorrem aqueles que desejam ser eleitos. Tudo isso ?ecess?o e saneador. Mas o golpe est?m embutir a? “voto fechado em lista”, um crime contra as liberdades individuais, contra a democracia, contra o povo. ?algo pr?o de uma amante das dachas (clubes onde a alta aristocracia pol?ca se reunia para definir, “pelo povo e para o povo”, o seu rumo). Parte, imagino eu, do pressuposto de que afinal somos todos ignorantes, uma esp?e de “l?n” qui? e que algu?precisa definir por n? Lembro que hoje j?xiste o voto em lista e ? conven? partid?a que a elabora. O eleitor, ao votar, escolhe um nome nessa lista, daqueles que j?e submeteram ?conven?s partid?as. Feita a lista, o povo escolhe o seu preferido e pode acompanhar seu trabalho. Se este falha na confian?depositada, cabe ao eleitor nunca mais votar naquela pessoa. Falacioso tamb?? argumento que a lista refor?o partido, na medida em que o TSE, com as cassa?s por infidelidade, j?aneou esse desvio. Na lista fechada, ser?o partido e as “panelinhas” que escolher?quem ser?os eleitos ao definir a ordem de preced?ia. Me parece claro o golpe. Quem det?mandato agora busca um jeito de perpetuar-se no poder. Claro, ?ais f?l! N?se prestar?mais contas ao povo, n?se precisar?ais passar pelo humilhante processo de ir ?ruas pedir voto, olhar nos olhos das pessoas, explicar as barbaridades havidas, explicar os quatro anos de aus?ia ou acomoda? ou mesmo sentir toda a amargura do povo, que at?o n?entende aquilo que s?ses “ungidos” t?a capacidade de entender. Fa? isso, senhores, e aguardem o dia em que o povo brasileiro, enfim desperto, sem escolhas ou alternativas, derrubar a Bastilha! * Vereador De Porto Alegre (PMDB)

Percival Puggina

17/05/2009
Ao orientar os holofotes da m?a apenas sobre os lament?is abusos constatados no Congresso Nacional, a sociedade brasileira reproduz, de certo modo, a situa? do sujeito que ca?o rato na despensa enquanto o hacker invade sua conta banc?a. Toda reprova?, claro, aos maus usos e p?imos costumes estabelecidos no Parlamento. Mas ?reciso n?enterrar a cabe?nessa pauta em preju? da aten? devida ao que acontece acima e al? ?de causar engulhos o que foi desvendado sobre o uso de passagens a?as pelos congressistas. Mas o total despendido pelo Congresso Nacional com viagens, di?as e aux?o alimenta?, no exerc?o de 2008 – absurdos R$ 297 milh? – correspondeu a 11% do que foi consumido com essas mesmas rubricas pelos Tr?Poderes. Como foram gastos os outros 89%? Aqui vai um exemplo sobre a facilidade com que se descolam passagens a?as: raros eventos internacionais ter?sido t?atabalhoados quanto a confer?ia da ONU sobre Racismo, Discrimina? Racial, Xenofobia e Formas Conexas de Intoler?ia, encerrada em Genebra em meados de abril. Pois bem, para aquela reuni?onde despontou o discurso racista, xen?o e intolerante, por todas as formas conexas e desconexas, do iraniano Ahmadinejad, nosso governo patrocinou a viagem de selet?ima delega?. L?e foram 33 brasileiros para a bela Su?. Eram agentes do governo, representantes de uma boa dezena de desconhecidas ONGs voltadas para quest?raciais e declarados militantes pol?cos, como o de uma certa “Articula? Pol?ca da Juventude Negra”. Todos alinhados e perfilados na base do governo, claro. D?ma olhada, leitor, no site “Contas Abertas” e busque os n?os relativos ao ano de 2008. Ali, voc?er?ue em todas as suas fun?s, a C?ra dos Deputados, com seus 513 membros, empenhou R$ 3,3 bilh?e o Senado Federal, com 81 senadores, empenhou R$ 2,8 bilh? Uma montanha de dinheiro, n??esmo? Agora, corra os olhos pelas outras linhas e perceber?ue o Tribunal de Contas da Uni?(nove ministros) empenhou R$ 1,1 bilh? que o Supremo Tribunal Federal (11 ministros) empenhou 0,48 bilh?e que o Superior Tribunal de Justi?(30 ministros) empenhou R$ 0,8 bilh? E a Presid?ia da Rep?ca? Tamb?est?li o n?o: R$ 5,5 bilh? Ou seja, quase tanto quanto as duas casas do Congresso somadas! Sob o manto da Presid?ia, esclare?se, est?inclu?s v?os daqueles ministeriozinhos que Lula criou para aumentar seu poder de fogo pol?co. Mas saiba, leitor, tudo isso, mesmo onde houver, se houver, prodigalidade ou il?to, ?penas rato na despensa. Dinheiro, mesmo, grana alta, sai do nosso bolso pelo ladr?dos encargos da d?da p?ca interna: R$ 571 bilh? ?isso mesmo. Cem vezes mais do que consome o Congresso ?espendido com o custeio de uma d?da gerada por gest?fiscal irrespons?l, acumulada ao longo de d?das, e por uma taxa de juros delinquente, que se mant?como a mais elevada do planeta. Repito, n?estou exonerando o Congresso de suas culpas. Mas vamos combinar que ali est? alvo mais f?l, mais desfibrado e mais incompetente. Se pequena parte da energia gasta para bater em cachorro semimorto fosse direcionada para cobrar dele e do governo as reformas de que o pa?necessita, certamente estar?os num est?o superior. Mais do que com as passagens, estou preocupado com os destinos do Brasil em meio a tantos descontroles e a t?escassa compreens?sobre as causas das nossas mazelas sociais, pol?cas, fiscais e institucionais.

Desconhecido

15/05/2009
Um vilarejo, em fun? da crise econ?a, vivia tempos dif?is. Seus habitantes tinham d?das permanentes. De repente chega ?ila um turista. Entra no ?o hotel existente, coloca sobre o balc?uma nota de 100 reais e sobe as escadas a fim de escolher um quarto. O dono do hotel, imediatamente, pega os 100 reais e corre para pagar sua d?da com o a?gueiro. O a?gueiro, de posse dos 100 reais, corre para pagar o pecuarista, fornecedor de gado. Este pega o dinheiro e corre para pagar a prostituta do local que, por conta da crise, havia trabalhado fiado. A prostituta corre para o hotel e, com os 100 reais, paga o dono pelo quarto que havia alugado fiado a fim de atender seus clientes. Foi uma corrida geral para quitar d?das. Contudo, meia hora depois, o turista, ap?xaminar detalhadamente os quartos, desce as escadas, pede de volta os 100 reais, que rec?haviam voltado ?m? do dono do hotel, e diz que n?gostou de nenhum dos quartos. Deixa o hotel e segue viagem. Hoje, no vilarejo, todos vivem sem d?das - otimistas por que a crise terminara.

Ex-blog do Cesar Maia

15/05/2009
1. H?egredo de estado no assassinato do Celso Daniel? 2. H?egredo de estado nas rela?s do banco rural, empresas estatais e mensal? 3. H?egredo de estado nos cart?corporativos da presid?ia? 4. H?egredo de estado na fus?das telef?as? 5. H?egredo de estado em renovar depois de 26 anos a licita? de Angra 3? 6. H?egredo de estado nas contribui?s da contraven? ao PT ga?? 7. H?egredo de estado nos contratos da Petrobras? 8. H?egredo de estado na doa? dos bingos ?ampanha do Lula? 9. H?egredo de estado na forma que o PT pagou Duda Mendon?no exterior?

EFE

15/05/2009
(EFE). O ex-ativista da esquerda radical italiana -Cesare Battisti- prefere o suic?o ?xtradi?, ante o temor que a justi?brasileira o entregue a It?a e n?lhe conceda o status de refugiado pol?co nos pr?os dias, segundo afirma em uma entrevista publicada ontem no Paris Match. ‘Sempre pensei em suic?o como uma decis?absurda, nunca a considerei como um ato de coragem’, declarou Battisti da pris? mas agora agregou, ‘o visualizo como uma possibilidade. N?quero deixar ?usti?italiana e ao governo italiano, decidirem sobre minha pr?a morte’.”

Eucimar de Oliveira

15/05/2009
A quase menina de olhar angelical que h?ete anos, numa trama diab?a com o namorado e o irm?deste, planejou a morte dos pr?os pais est?uase livre. Uma decis?de hoje do Superior Tribunal de Justi?deu a Suzane Richtoffen o direito de cumprir o restante de sua pena de 39 anos em regime semiaberto. Ou seja: pode exercer outras atividades de dia e ?oite volta para pernoitar no pres?o. A defesa da criminosa fez o pedido na vara criminal de Taubat?onde ela est?resa. Em depoimento na Justi? o diretor do pres?o atestou que ela tem bom comportamento. Pelo C?o Penal, quem cumpre um sexto do total da condena? passar a gozar do direito do regime semiaberto desde que cumpra algumas condi?s como o bom comportamento. A decis?que beneficia Suzane ainda n?foi publicada. Para o ministro do STJ Og Fernandes, respons?l pela decis? a f?la para contagem de tempo para a concess?de benef?os deve partir, inicialmente, da divis?total da pena por seis, o que d?9 meses. Em seguida ?ue s?descontados os 334 dias de remiss?a que Suzane tem direito –a cada tr?dias de estudo ou trabalho no pres?o, ela reduziu a pena em um dia. http://www.youtube.com/watch?v=1jW3QA0c_4w

Érico Valduga, em Periscópio

15/05/2009
H?nos, a Revista de Ci?ia Pol?ca da FGV (Funda? Get? Vargas), que n??ais editada, publicou uma s?e de artigos comparando sistemas eleitorais de diversos pa?s, a prop?o do voto distrital. Chamou-me a aten?, ent? uma regra existente na Austr?a, onde h?inanciamento p?co de campanha e lista fechada de candidatos, mecanismos que poderemos adotar aqui no Brasil. Se aprovado no Congresso, o financiamento p?co ter?ma consequ?ia pouco comentada por defensores e cr?cos da proposta, que ? n?o de concorrentes em cada pleito. Prev?e que o custeio pelos cofres p?cos atrair?ara a disputa partid?a nomes que hoje dela se afastam por n?dispor de recursos para aplicar nas campanhas, cada vez mais dispendiosas. Isto ?om e democr?co. Mas tamb?empolgar?m n?o, possivelmente expressivo, de pessoas menos movidas pelo esp?to p?co e mais interessadas nos ganhos do mandato, a come? pelo financiamento, que representar?m bom dinheiro. Lembre-se, sem que isto represente qualquer ila?, que concorrentes-servidores p?cos afastam-se do trabalho por quatro meses, tr?antes do dia da elei?, e um depois, sem que a licen?represente qualquer preju? na sua rela? empregat?a, inclusive em mat?a de sal?o. N??ncomum que funcion?os, em especial os que ocupam cargos de confian? encorpem as listas por press?de quem lhes conseguiu o emprego. Onde entra a regra australiana? Ela determina que o candidato deve devolver o recurso recebido se n?obtiver na elei? um n?o m?mo de votos, que confirme que a sua candidatura tinha viabilidade. Ou seja, que ele de fato representou o interesse de setores da sociedade, embora n?tenha sido eleito. A norma ajuda a afastar a tenta? de inscrever-se com a id? de apropriar-se do todo ou de parte da quantia destinada ao financiamento da campanha, e resguarda os partidos, que ser?os respons?is pelas presta?s de contas, em que as notas frias ser?um problema ainda maior do que s?hoje.