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15/04/2009
Miguel Nagib N??reciso assistir a uma aula de Hist? no Instituto Dom Barreto (IDB), de Teresina, para fazer uma id? do cerco ideol?o a que est?sendo submetidos os alunos dessa conceituada institui? de ensino piauiense: basta visitar a p?na da coordena? da disciplina de Hist?, no site do col?o (http://www.dombarreto.g12.br/coordHist.asp, se o conte?houver sido mudado, clique aqui), e dar uma olhada nos textos ali oferecidos ?eflex?dos estudantes. S?eles: - A utopia de Betinho (texto de autoria de Betinho, intitulado “O elefante e o beija-flor”); - Betinho: uma vida dedicada aos mais humildes (texto de autoria de Betinho, intitulado “Um dia a vida surgiu na terra”. Trecho: “Todas as crian? imitam adultos que admiram, mas nem todas aprendem a conhecer Jesus e Francisco de Assis, Gandhi e Che Guevara, e crescem empolgadas com o exterminador do passado, do presente e do futuro.”); - O outro lado da hist? (texto de autoria de Jo?Pedro St?le, intitulado Na Ruta del Che. Trecho: Fomos [a La Higuera, cidade boliviana onde foi morto Che Guevara] dizer que continuamos com seu compromisso de seguir a mesma luta. Lutar todos os dias contra o analfabetismo, a desigualdade, a explora?, o colonialismo, a corrup?, o imperialismo e as transnacionais que continuam vindo aqui roubar as nossas riquezas naturais, agora na forma de soja, min?o de ferro, etanol, sementes, ?a, etc.) - Fidel X Bush (texto de autoria do pr?o Fidel Castro. Trecho: “Senhor Bush: o seu bloqueio genocida, o seu apoio ao terrorismo, a sua lei assassina de Ajuste Cubano, a sua pol?ca... [bl?bl?bl?.], tudo isso deve cessar.”) - O caso do bi?fo de Che Guevara (mensagem de Jon Lee Anderson, bi?fo de Che Guevara, a Diogo Schelp, da revista Veja, desacreditando a reportagem sobre Che Guevara.) - A internacionaliza? do mundo (texto de autoria do senador Crist? Buarque sobre a internacionaliza? da Amaz?); - A pobreza dos ricos (texto de autoria do senador Crist? Buarque, atribuindo aos “ricos” a responsabilidade pelos problemas do pa?– pobreza, criminalidade, falta de escolaridade, de saneamento b?co, de sa? etc. Trecho: “Os ricos brasileiros continuam pobres de tanto gastar dinheiro apenas para corrigir os desacertos criados pela desigualdade que suas riquezas provocam: em inseguran?e inefici?ia.”); - Acorda Brasil (mais um texto de autoria do senador Crist? Buarque, denunciando por atacado as mazelas sociais, econ?as e pol?cas do Brasil, como se ele – que al?de senador, j?oi reitor de uma grande universidade, governador do Distrito Federal e Ministro da Educa? do governo petista – n?tivesse nada a ver com elas.); - Che (texto de autoria de Emir Sader. Trechos: “H?ersonagens com uma tal estatura hist?a que, independente dos adjetivos e de todos os adv?ios, ainda assim n?conseguimos retrat?os em nada que possamos dizer ou escrever. O que falar de Marx, que permane??ua altura? O que escrever sobre Fidel? ... O Che ?m destes personagens c?cos. ... O Che veio para ficar. Novas gera?s, nascidas depois da morte do Che, continuam identificando-se com sua imagem, com seu sentimento de rebeldia, com sua coragem, com sua luta implac?l contra toda injusti?”) - Saber ?oder (texto de autoria de Max Luiz Gimenes – que se define como “militante do PSOL” – sobre a cr?ca de Ali Kamel ao livro-did?co “Nova Hist? Cr?ca”, de M?o Schmidt. T?lo: “A ‘Nova Hist? Cr?ca’ e a cr?ca da velha elite”. Trechos: “Em um artigo repugnante – que mais parecia um choramingo direitista – ....., Ali Kamel dedicou-se a atacar o livro “Nova Hist? Cr?ca – 8ª s?e”, de Mario Schmidt. .... Ah, a liberdade. Fundamento t?citado como a principal qualidade da sociedade capitalista. Mas que liberdade ?ssa, sen?a plena liberdade de se calar e obedecer ?predetermina?s da fraterna e intuitiva elite pol?ca e econ?a? Pois ?A elite determina, o povo cumpre e a roda da hist? continua a girar. ?assim que prega a hip?ta e pretensamente democr?ca cartilha liberal-burguesa.”) - Coordena? de Hist? faz reflex?sobre texto da revista Veja (apesar do t?lo, o que se v? um artigo assinado por Celso Lungaretti, intitulado “’Veja’ mira Guevara e d?iro no p? Trecho: “?o mesmo racioc?o tortuoso que a extrema-direita utiliza para tentar fazer crer que a morte de seus dois ?os e involunt?os m?ires (M?o Kozel Filho e Alberto Mendes Jr.) tenha tanto peso quanto a de quatro centenas de idealistas que arriscaram conscientemente a vida e a liberdade na resist?ia ?irania, confrontando a ditadura mais brutal que o Brasil conheceu.”); - 40 anos depois: Che Guevara ainda incomoda? (texto de autoria de Gilberto Maringoni: “Che Guevara e os mimos da fam?a Civita”. Trechos: “Os Civita detestam tudo que cheire a povo. Externam especial repulsa por coisas como Cuba, Venezuela, MST e quejandos. ... Os Civita gostam de dinheiro, poder e publicidade oficial, da qual suas revistas andam cheias.”) A julgar por essa amostra, n?h??a de que os professores de Hist? do IDB est?empenhados em “fazer a cabe? dos seus jovens e inexperientes alunos. Como se v?a ?a vis?de mundo apresentada aos estudantes ? da esquerda militante, mais ou menos radical, destacando-se, no conjunto, a preocupa? obsessiva com a boa fama do ?ne comunista Che Guevara, a indicar o quanto esse personagem deve ser idolatrado pelos professores e, consequentemente, tamb?pelos alunos. Betinho, Lula Miranda, Frei Betto, Jo?Pedro St?le, Fidel Castro, Crist? Buarque, Emir Sader, Max Gimenes, Celso Lungaretti e Gilberto Maringoni – TODOS os autores dos textos selecionados s?de esquerda. Mas ?laro que os alunos n?sabem disso. Pensam, na sua imaturidade e falta de conhecimento, que se trata de observadores isentos da realidade. N?imaginam, de resto, que seus professores sejam capazes de manipular as fontes de informa? com o objetivo de coopt?os pol?ca e ideologicamente. Por outro lado, os advers?os ideol?os da esquerda s?estigmatizados, para que os estudantes aprendam a reconhec?os como “inimigos da humanidade”, e deles de afastem, quando menos em p?co, por medo de patrulhamento. Os sites recomendados pelos professores seguem a mesma linha ideol?a. Entre os de atualidades, o do Le Monde Diplomatique Brasil e os das revistas Caros Amigos e Carta Capital; mas n?o da revista Veja ou de qualquer outra publica? menos identificada com a perspectiva esquerdista – ou governista, como queiram. Entre os blogs ou sites pessoais est?os de Paulo Henrique Amorim, Franklin Martins e Luis Nassif, mas n?o de Reinaldo Azevedo, Jo?Pereira Coutinho ou – an?ma! – Olavo de Carvalho. Em suma, o cerceamento da liberdade de aprender dos estudantes n?podia ser mais evidente. Como poder?os alunos do IDB adquirir uma vis?abrangente da realidade se as pessoas encarregadas da sua educa? lhes sonegam todo e qualquer acesso ?correntes de pensamento que n?se situem ?squerda do espectro ideol?o? Na mensagem do escritor Jon Lee Anderson h?ma frase sobre a qual, muito mais que os alunos, os pr?os professores e a dire? do IDB deveriam refletir: “Jornalismo honesto envolve fontes variadas e perspectivas m?plas, uma tentativa de compreender a pessoa sobre quem se escreve no contexto em que viveu com o objetivo de educar seus leitores com ao menos um esfor?de objetividade.” Se isto vale para o jornalismo, h?e valer, com muito mais raz? para a atividade ?ual se dedicam os professores do Instituto Dom Barreto.

J.R. Guzzo

15/04/2009
Como disse recentemente o escritor Jo?Ubaldo Ribeiro, citando um dos seus personagens da Ilha de Itaparica, quem tem ra??achorro. N?poderia ter feito um resumo melhor da coisa toda O Brasil est?azendo o poss?l, nestes ?mos tempos, para dar a si pr?o algo que at?oje conseguiu n?ter: um problema racial. Se tantos outros pa?s importantes t?quest?s?as de racismo, por que o Brasil tamb?n?poderia ter a sua? Parece um motivo de desapontamento, na vis?das pessoas que foram nomeadas pelo governo para defender os interesses da popula? negra, ou nomearam a si mesmas para essa tarefa, que o Brasil seja possivelmente o pa?menos racista do mundo. Que outros poderiam ser citados? Certamente haver?a?s que t?um n?o maior de leis contra a discrimina?, s?mais s?as na sua aplica? e adotam medidas de prote? especial a minorias raciais. Mas n?d?ara sustentar, n?a s?o, que haja mais racismo no Brasil do que em qualquer delas. Como poderia haver, num pa?onde a grande maioria da popula? n?sabe dizer ao certo qual ? sua cor, nem demonstra maior interesse em saber? Moreno ? sugest?de resposta mais frequente, quando a pergunta ?eita para a imensa massa de brasileiros que n?se identificam claramente como brancos, nem pretos, nem qualquer outra coisa. Criar um racismo que se preze, num pa?assim, n??rabalho f?l – mas ?oss?l. Uma das ferramentas mais utilizadas para isso ?istribuir aos brancos uma esp?e de culpa geral por tudo o que ocorre de errado aqui dentro. N?se citam nomes; s? cita a cor da pele. Tornou-se comum, por exemplo, o uso da express?elite branca como s?olo de coisa do mal – com a agravante, em certos casos, de que essa elite, al?de branca, pode ser do sul. A mesma gente, de pele clara e olhos azuis, ?ulpada tamb?pelo que ocorre de errado l?ora, como a crise financeira internacional; por essa maneira de ver a vida, os desastres que produziram foram provocados por seu tipo f?co, e n?pelo seu comportamento individual. Outro esfor??riar reparti?s p?cas para cuidar da quest?racial – o que tem a tripla vantagem de dar uma cara oficial ?xist?ia do problema, passar a impress?de que o governo est?uidando dele e arrumar empregos para amigos. A mais not?l delas ?m ?o com nove palavras no t?lo e status de minist?o – a Secretaria Especial de Pol?cas de Promo? da Igualdade Racial. Seu grande feito, em seis anos de exist?ia, foi a demiss?da secret?a-ministra Matilde Ribeiro, em 2008, quando se descobriu que ela usava o cart?de cr?to destinado ao exerc?o de sua fun? para pagar despesas de free shop ou contas no Bar Amarelinho, no Rio de Janeiro. Nada parece pior, por? do que a tentativa de estabelecer por lei que cidad? devem ter direitos diferentes de acordo com a cor de sua pele, como preveem os projetos de cotas raciais ora em debate no Congresso Nacional – pelos quais os brasileiros negros, ou definidos como tal, deveriam ter mais direitos que os brasileiros brancos, ou de outras origens, no mercado de trabalho, nas vagas universit?as ou nos concursos para cargos p?cos. ?o contr?o, exatamente, do que deveria ser. A grande vit? da humanidade contra a discrimina? racial foi excluir das leis a palavra ra? o objetivo era estabelecer que todos t?direitos id?icos, sejam quais forem as suas origens, dentro da ideia de que todos os homens pertencem a uma ra?apenas – a ra?humana. No Brasil de hoje, em vez de proibir o uso da no? de ra?para dar ou negar direitos, tenta-se ressuscitar a tese de que os indiv?os s?diferentes uns dos outros, em termos de cidadania, segundo a cor que t? Os defensores de leis raciais ludibriam a boa-f?legando que cota racial ?? afirmativa, escreveu, num artigo para O Estado de S. Paulo, o advogado negro Jos?oberto Milit? um especialista em antidiscrimina? na OAB de S?Paulo. A? afirmativa, de fato, ?utra coisa: ? efetiva atua? da autoridade para coibir a discrimina? contra minorias e multiplicar oportunidades, sem criar cotas, exigir repara?s pelo passado ou estabelecer diferen? de direitos. Ao estado cabe atuar para destruir a cren?em ra?, diz Milit? Leis raciais n?servem para a redu? das desigualdades entre brancos e pretos, pois atacam os efeitos, mas aprofundam as causas. S? al?disso, o oposto da harmonia: como se sabe, nada ?ais f?l do que passar da distin? ?ivis?

Miguezim de Princesa

15/04/2009
Quem disse que o Brasil Era um grande pobret? Por certo quebrou a cara, Desmilinguiu a raz? O Tesouro brasileiro Tem um bolo de dinheiro Saindo pelo ladr? II De Bras?a ao Cear? Do Rio Grande ao Piau? O Brasil nada em dinheiro: Vai emprestar 4 bi De d?es ao opressor. O “Cara” disse hoje eu dou O meu ao FMI! III “Fora o FMI”, Gritavam na passeata. O “Cara” tamb?gritava Antes de usar gravata, Mas mandou esquecer tudo, Dizendo para o barbudo Que aquilo era s?avata. IV Agora a fonte secou: O Fundo ficou carente, O dinheiro esfuma? Num para? indecente, Pra l?e Madagascar, E a ordem agora ?otar No fundo da nossa gente. V O Estado era atacado Como fonte de gastan? E o mercado exaltado De progresso e confian? Por? quando a coisa pega, Querem arrombar minha bodega, Esculhambar minha poupan? VI Mister Obama j?astou Mais de 300 bilh? Socorrendo financeiras Que desviaram trilh? E o “Cara”, para imitar, Se prepara pra engordar A conta dos tubar? VII Pobre se emprega e recebe O primeiro pagamento, Enche a cara de cacha? Marca logo o casamento, Socorre 20 parentes, Troca meia, camisa e pente, Larga pra l? jumento. VIII Compra, pois, uma moto nova, Sem tomar as precau?s; Pinta a casa de encarnado Para mudar os padr? Faz um furdun?danado, Mas, depois, sofre enrolado Em setenta presta?s. IX O Brasil ?uito rico: ?farto de produ?; Futebol e carnaval S?prova de que a Na?, Para al?de toda orgia, Vive uma eterna alegria, Coberto de leite e p? X Todos t?educa?, Sa??rimeiro Mundo. Viva Dom Pedro Primeiro, Salve Dom Pedro Segundo!, Porque Dom Pedro Terceiro Vai brilhar no estrangeiro, Entupigaitando o Fundo!

Paulo G. M. de Moura

15/04/2009
O presidente Lula reage mal ?firma? de que ele ?m pol?co de sorte que se beneficiou de um longo per?o de bonan?na economia mundial, ao contr?o de seu antecessor, FHC, que teve que gerenciar cinco crises financeiras internacionais ao longo de seus dois mandatos. A crise atual, a primeira que Lula precisa enfrentar, tem servido de term?ro sobre a capacidade do presidente e de sua equipe para lidar com adversidades de grande magnitude. E os indicadores n?s?animadores. Antes conv?destacar, que a equipe econ?a, exce? feita ao presidente do Banco Central, ?otalmente petista. O ministro do Planejamento ?etista; o ministro da Fazenda ?etista, e o presidente do IPEA, que subsidia os estudos que orientam o planejamento das pol?cas p?cas do governo em mat?a econ?a, ?etista. O primeiro e mais grave erro do governo foi o diagn?co da crise. Conforme j?egistrado em artigo aqui publicado anteriormente, tudo indica que o governo, incluindo o ex-tucano Henrique Meirelles, acreditou que o impacto da crise sobre a economia brasileira se faria sentir apenas como uma marolinha. Decorr?ia disso, o governo demorou a agir e agiu de forma inadequada quando percebeu que o problema era mais grave do que o previsto. Todos se lembram das declara?s do presidente Lula ordenando aos brasileiros que n?parassem de consumir e revelando contrariedade com os prefeitos rec?eleitos e governadores que, fazendo a leitura correta da crise, cortaram despesas e investimentos antevendo, j?o final do ano passado, a queda de arrecada? decorrente do impacto da crise sobre nossa economia. Ao mesmo tempo o presidente Lula ordenou a desonera? tribut?a do IPI e do IR, justamente impostos que a Uni?compartilha com estados e munic?os, deixando intactas as contribui?s que irrigam sem distribui? para outras unidades federadas, os cofres do governo federal. Resultado: o desespero bateu ?orta dos prefeitos e governadores e o presidente Lula se v?brigado a adotar medidas de socorro emergencial sob pena de ser responsabilizado pela crise no atendimento dos servi? p?cos que decorrer?a secura dos cofres de prefeituras e governos estaduais. O socorro anunciado, que prev? repasse de menos de 1/3 do valor cortado apenas, n?ser?uficiente para salvar Lula das cr?cas das quais ser?lvo por parte de administradores locais e regionais indignados. O temor ?erda de popularidade assombra as noites do presidente. O lan?ento do pacote habitacional revelou o mais impressionante conjunto de improvisos em curto espa?de tempo que se tem conhecimento nesse segundo mandato de Lula. Inicialmente anunciado para contemplar a constru? de 200 mil moradias, o plano foi elevado para 500 mil e finalmente para um milh?de casas populares, cifra a que, tudo indica, esperava aprova? final dos marqueteiros do governo. O vistoso n?o, no entanto, n?resiste ao contraste com a real capacidade pret?ta do governo para transformar essa ret?a em realidade. A recente mudan?de presidente do Banco do Brasil ?utro lance pol?co desastrado do governo. Alegando a resist?ia do demitido em obedecer ?rdem de baixar os juros, Lula, pessoalmente, ordenou sua substitui?. A forma como a troca se deu deixa transparecer o desespero de Lula em confrontar a realidade que contraria sua vontade. O resultado do voluntarismo presidencial, contra a l?a da boa t?ica de gest? foi a perda milion?a do valor de mercado do banco estatal, em preju? de acionistas e contribuintes. Mas a prova mais cabal do desnorteio governamental prov?do IPEA (ver editorial do Estad?de hoje replicado aqui). Recentemente esse ?o, que realiza estudos e pesquisas para orientar o planejamento das pol?cas p?cas federais, divulgou estudo comparando o tamanho do Estado brasileiro com o de uma lista de pa?s. Segundo o IPEA nosso paquiderme patrimonialista ?enor que o estado nos EUA, Espanha, Alemanha, Fran? Su?a, Argentina, Uruguai e Paraguai (http://www.ipea.gov.br/default.jsp). Por tr?da pesquisa est? aparente inten? de justificar o incha?e a politiza? da m?ina p?ca patrocinado pelo governo Lula. Em primeiro lugar, conv?frisar que ?ustamente a concess?de aumentos reais de sal?os ao funcionalismo p?co e a contrata? de milhares de novos servidores nos ?mos anos a principal vulnerabilidade a amea? a capacidade de resposta do governo ?rise global em curso. O aumento do custeio da m?ina gerou despesas com crescimento inercial incontorn?l e, com isso, limitou a capacidade de investimento do governo, for?do-o a queimar reservas e avan? sobre fundos p?cos para financiar as pol?cas de resposta ?rise, medidas essas cujos custos se refletir?no bolso do contribuinte nos pr?os anos. Al?disso, pergunta-se: se o estado brasileiro ?enor que o estado da lista de pa?s antes referidos e mesmo assim consome 40% da riqueza produzida anualmente pelos brasileiros, o que interessa constatar como conclus?do estudo do IPEA n?? compara? entre o tamanho dos estados citados pela pesquisa, mas sim o alt?imo custo de um estado ineficiente na presta? dos servi? essenciais ?opula?. Ou seja, o governo Lula, sob orienta? dos estudos do IPEA, est?mpatando o dinheiro do contribuinte no aumento de um estado ineficiente, ao inv?de direcionar esses recursos para investimentos produtivos que poderiam abreviar e baratear a sa? da crise.

Luiz Eduardo Rocha Paiva

15/04/2009
A decis?do STF sobre a Raposa Serra do Sol manteve a demarca? em terras cont?as. Perdeu-se a oportunidade de corrigir a sucess?de equ?cos que, h?uas d?das, v?consumando a perda de soberania e integridade territorial na Amaz?. Uma mudan?de rumo levaria ao questionamento interno de v?as demarca?s e, por isso, a press?externas sobre um Pa?intimidado diante de rea?s internacionais que prejudiquem interesses menores, principalmente no campo comercial. Um Pa?que ignora ou despreza as li?s da hist? sobre as rela?s de poder entre na?s e, assim, arrisca irresponsavelmente a seguran?de futuras gera?s a quem caber?agar a conta. A Amaz? n??ma quest?de direito, mas sim do jogo internacional de poder, onde a estrat?a do mais forte molda o direito de acordo com o seu interesse. O que explica a visita do Pr?ipe Charles ao Brasil ?v?eras da decis?do STF? Veio dar um recado! As ressalvas impostas pelo STF, algumas j?xistentes na legisla?, n?eliminam a amea? Existem fatos consumados! H?mensas terras ind?nas (TIs), nas fronteiras, onde o Estado cedeu sua autoridade a ONGs e outras organiza?s, muitas sem compromisso com o Brasil, e que representam pot?ias por quem s?sustentadas. Tais organiza?s n?consideram os ind?nas cidad? brasileiros e querem sua reuni?em na?s aut?as. O Brasil, inexplicavelmente, votou a favor da Declara? de Direitos dos Povos Ind?nas, que inclui o direito ?utodetermina?, a vetar opera?s militares, a estabelecer institui?s pol?cas, econ?as e jur?cas e a aceitar ou n?medidas administrativas do governo nas TIs. ?uma autonomia superior ?os estados da Federa? e o artigo 42 da Declara? permite respaldar a interven? internacional para impor os termos do documento. ?a balcaniza? do Pa? As pot?ias ocidentais, desde o in?o dos anos 90, aplicam contra o Brasil uma estrat?a t?ta e velada para impor-nos a soberania compartilhada na Amaz?. S?a?s sucessivas exitosas, pois a Na? a elas se dobra voluntariamente, tornando efetiva e interna uma amea?antes latente e distante. Ressalvas n?revertem fatos consumados! Os conflitos nos B?? no Oriente M?o e na sia Central e a destrui? da S?ia pela OTAN s?provas cabais para quem n?v? Amaz? como alvo. Nas rela?s internacionais, vale o direito da for?e n?a for?do direito. A Resolu? da ONU autorizando a interven? da OTAN no Kosovo tinha como ressalva manter a integridade territorial da S?ia. Hoje, o Kosovo ?ndependente. As sociedades das pot?ias ocidentais atingiram um elevado n?l de vida e consomem imensa quantidade de recursos, que seus pa?s n?podem prover a partir dos pr?os territ?s ou precisam t?os como reserva estrat?ca. ?interesse vital garantir o acesso privilegiado a mat?as primas e, assim, projetam poder pol?co-militar sobre ?as detentoras de tais recursos. Precisam, portanto, manter o status de pot?ias dominantes para controlar regi?de alto valor geopol?co ou neg?as a seus oponentes. Eis o cen?o de crise, que se est?esenhando h?uas d?das: “Os recursos da Amaz? brasileira e sua posi? geopol?ca s?vitais para as grandes pot?ias – EUA, Gr?retanha, Fran?e outras – contra quem o Brasil n?tem capacidade de dissuas? N?lhes interessa surgir um poder competidor, que controle a regi?e usufrua soberanamente de seus recursos. Prossegue, em ?ito mundial, a campanha que acusa o Brasil de n?ter condi?s de gerir a Amaz?, preservar o meio ambiente, proteger as popula?s ind?nas e coibir o tr?co de drogas e outros delitos transnacionais. Advoga-se a inger?ia internacional para assegurar o desenvolvimento sustent?l da regi?e o aproveitamento de suas riquezas ‘pela comunidade de na?s’; deter a destrui? da floresta, que alegam ser uma das causas principais do aquecimento global; e, ainda, proteger os ‘povos ind?nas’. A autoridade brasileira na regi?est?astante comprometida e ?ontestada internacionalmente. No futuro, grandes popula?s ind?nas desnacionalizadas e submetidas ?ONGs internacionais v?requerer a autodetermina? de TIs e a prote? da ONU. Estas condi?s objetivas e outras servir?como pretexto para uma resolu? da ONU ou uma declara? de pot?ias coligadas, impondo a soberania compartilhada na regi? sem a necessidade do uso da for?ante um Pa?que perdeu a voca? de grandeza. Por? se um novo Brasil reagir, a campanha ser?ntensificada nos campos pol?co (press?, psicossocial (propaganda adversa e guerra psicol?a), econ?o (embargo) e cient?co-tecnol?o (boicote), aplicando-se a estrat?a indireta para evitar o custo de uma opera? militar. Se, ainda assim, o Pa?resistisse sofreria a escalada da estrat?a indireta, a que se somariam amea? de ocupa?, bloqueio e danos em ?as sens?is da infraestrutura nacional com emprego do poder militar n? necessariamente, na Amaz? (estrat?a direta)”. A soberania compartilhada ser?xercida pela imposi? de diretrizes e pelo uso privilegiado dos recursos da regi? deixando-nos o ? da administra? sob fiscaliza? estrangeira. N?implica a conquista militar de toda regi? basta controlar um ponto forte para usar como moeda de troca. A amea?principal est?a calha norte do rio Amazonas, pois ?ais exposta a a?s militares estrangeiras que a fronteira a oeste e ao sul da Amaz?. Ao norte est?as “guianas”, prov?is cabe? de ponte de pot?ias da OTAN como a Gr?retanha, Fran?e Holanda, com quem mant?la? hist?os, e os EUA. A pol?ca indigenista, segregacionista, transformou terras ind?nas em tr? ind?nas e as pot?ias nos deram os cavalos – as ONGs – um aut?ico “presente de grego”. Em Tr?houve ingenuidade, mas no Brasil h?tamb? miopia, coniv?ia ou omiss?de toda Na?. O final desse filme ?onhecido! * General da Reserva

Desconhecido

15/04/2009
*Na sala de aula... *Professor:* *- Quem ? autor grego da frase S?i que nada sei ?* *Jo?inho:* *- P?rofessor!!!!! **O Lula ?rego???!!!

Tibiriçá Ramaglio

14/04/2009
Nicholas Thomas Wright ?ispo da Igreja Anglicana, estudioso do Novo Testamento e profundo conhecedor de Hist? Antiga. Na impossibilidade da reconstitui? dos fatos hist?os, Wright defende a historicidade da ressurrei? de Jesus por meio de argumentos interessant?imos, t?desconhecidos no Brasil quanto o pr?o Wright. O assunto ?a maior import?ia, sem d?a, pois se Cristo n?ressuscitou, ilus? ? vossa f?1 Cor?ios 15: 17). Segue um resumo das id?s centrais de Wright. Para come?, o historiador levanta quest?da originalidade da id? de ressurrei? tal qual ela ?presentada pelo cristianismo primitivo. A ressurrei? corporal de Jesus ?ma id? completamente nova em rela? ?iviliza? helen?ica e tamb?a judaica. As duas civiliza?s t?id?s que se relacionam ?ida ap? morte (o Hades, dos gregos, por exemplo, ou a ressurrei? de todo o povo no fim dos tempos, dos judeus), mas nenhuma delas traz ?ona o fato de um homem, depois de morto, reaparecer aos vivos em carne e osso, corporificado. Em segundo lugar, Wright ressalta a centralidade que o fato ressurrei? tem para o cristianismo primitivo, enquanto as doutrinas da vida ap? morte nas seitas judaicas ou inexistem ou t?car?r secund?o. Por que essa quest?ganharia aspecto central na nova religi? caso n?estivesse fundamentada em um fato? Em terceiro, a unanimidade existente em torno da id? de ressurrei? entre os crist? primitivos. Transcrevo um trecho de Wright: “por que os primeiros crist? tinham essa muito nova, mas admiravelmente un?me, opini?a respeito da ressurrei?? [...] ?claro, todos os primeiros crist? diziam que tinham essa opini?por causa do que acreditavam a respeito de Jesus. Agora, se a id? de que Jesus se ergueu dos mortos s?arecesse depois de vinte ou trinta anos de cristianismo, como muitos estudiosos c?cos t?suposto, encontrar?os muitas fac?s que n?aceitariam a ressurrei?, e aquelas que aceitassem lhe dariam uma forma diferente daquela espec?ca do cristianismo primitivo. Assim, a ampla e un?me aceita? da cren?na ressurrei? pelos primeiros crist? for?nos a dizer que alguma coisa certamente aconteceu para moldar e colorir todo o movimento crist?. Outro argumento interessante de Wright ? fato de os quatro Evangelhos apresentarem as mulheres como primeiras testemunhas da ressurrei? de Jesus. Ora, mulheres n?tinham nenhuma credibilidade naquele contexto hist?o, tanto que Celso (s?lo II d.C.) escarnece da ressurrei? dizendo: “Essa f?e baseia apenas no testemundo de algumas mulheres hist?cas”. Ent? se os Evangelhos tivessem sido escritos para persuadir, evitariam usar as mulheres como testemunhas. Se as colocaram nesse papel, foi porque elas efetivamente desempenharam esse papel, isto ?testemunharam o fato da ressurrei?. Wright ressalta ainda que nos, quatro Evangelhos, a narrativa da ressurrei? n?tem car?r doutrin?o e teol?o, como vai adquirir nos Atos dos Ap?los e nas Ep?olas de S?Paulo. O evento ?implesmente narrado e ponto (particularmente em Marcos, o Evangelho mais antigo). Diga-se tamb?que ?arrado sem as tradicionais alus?ao Antigo Testamento, o que aponta para o surgimento de uma tradi? oral baseada em efetivos testemunhos de um fato: a ressurrei? pessoal e intransfer?l de Jesus, fato que fundamenta a consolida? do cristianismo entre os primeiros disc?los, ap? crucifica? do mestre, bem como a expans?dessa cren?em grupos de pessoas cada vez numerosos. http://observatoriodepiratininga.blogspot.com

Ricardo Bergamini

14/04/2009
Se o Spread Banc?o no Brasil fosse de ZERO, o juro m?mo de mercado seria de 45,40% ao ano. Premissas b?cas com base na m?a do ano de 2008: 1 – Custo de carregamento da d?da da Uni? 13,56% ao ano (Fonte: Minist?o da Fazenda) 2 – Percentual do dep?o compuls? total (remunerado e sem remunera?): 70,13% (Fonte Banco Central). A - Se um banco tivesse a quantia de 100 dinheiros dispon?is para aplica? ele teria duas op?s: A.1 - Comprar t?los do governo federal, nesse caso seria isento do dep?o compuls? e receberia no final de um ano 13,56% de 100 dinheiros, ou seja: 13,56 dinheiros. A.2 - Emprestar ao p?co (empresas e fam?as), nesse caso o banco teria que recolher ao Banco Central 70,13% dos 100 dinheiros dispon?is, ou seja: 70,13 dinheiros, ficando com apenas 29,87 dinheiros para emprestar. Para obter o mesmo ganho que teria na aplica? de t?los p?cos de 13,56 dinheiros no ano, o banco teria que empresta os 29,87 dinheiros restantes a uma taxa correspondente a 3,3478 (1 : 0,2987) vezes maior do que a taxa de aplica? nos t?los p?cos de 13,56% ao ano, nesse caso seria a uma taxa de 45,40% ao ano. Resumo do exemplo hipot?co: I - Aplica? em t?los federais - 100 dinheiros a 13,56% ao ano daria um rendimento de 13,56 dinheiros em um ano. II – Aplica? de 29,87 dinheiros a uma taxa de 45,40% ao ano daria um rendimento de 13,56 dinheiros em um ano. Em vista do acima demonstrado, se o Spread banc?o no Brasil, hipoteticamente, fosse de zero o custo financeiro de mercado na m?a de 2008 teria sido de 45,40% ao ano. Nota: Qualquer altera? no acima colocado depende, ?a e exclusivamente, do governo federal. Spread Banc?o ?composto das seguintes despesas: administrativa, inadimpl?ia, custo com dep?o compuls? sem remunera?, tributos, impostos e taxas. O percentual varia em fun? de cada tipo de opera?, bem como de banco para banco, o que fez com o juro de mercado tenha variado, no ano de 2008, da m?a de 68% ao ano at?74% ao ano para cheque especial. Nota: Quaisquer altera?s nos tributos, impostos e taxas dependem, ?a e exclusivamente, do governo federal. Como acima comprovado podemos afirmar que 80% das vari?is que comp?a taxa de juro de mercado absurda, dependem, ?a e exclusivamente, do governo federal. E n?ser?om discursos demag?os que o assunto ser?esolvido. * Professor de economia.

Denis Lerrer Rosenfield

14/04/2009
O MST, para quem sabe ler, ?m movimento revolucion?o, que procura destruir o capitalismo e a democracia representativa. Uma tal afirma? pode parecer repetitiva, por?repetitivo ? discurso de nossos governantes, que n?cessam de assegurar que esse movimento ?social”, respeitoso das regras democr?cas, tendo abdicado do uso da viol?ia. O MST, ao contr?o de seus defensores, n?esconde os seus objetivos, tendo o m?to da clareza. Seus documentos s?suficientemente eloq?es. Um deles, cujo t?lo ?eutraliza? das ‘trincheiras’ da burguesia brasileira, coloca as etapas que devem ser seguidas para que o Brasil venha a ser uma sociedade como a “cubana”, digna de tantos elogios. Em vez do uso imediato das armas, ?roposta a utiliza? de um outro tipo de “armas”, o que adv?das palavras e dos discursos, segundo um trabalho lento e meticuloso de enfraquecimento das institui?s republicanas. A democracia seria, ent? nada mais do que um instrumento que serviria para a sua pr?a elimina?. Reproduzo o primeiro par?afo: “Conforme o gramscismo, o ‘grupo dominante’ da burguesia brasileira se protege em algumas ‘trincheiras’ que precisar?ir sendo eliminadas atrav?da desmoraliza?, perda da credibilidade, perda de prest?o, do ‘denuncismo’, da dissid?ia interna, do ‘patrulhamento’, da penetra? de intelectuais org?cos, do constrangimento, da inibi?, etc.” (Os grifos s?do documento.) O MST afirma seguir os ensinamentos de Gramsci, com o uso expl?to de seus conceitos. Trata-se de travar uma batalha pela forma? da cabe?das pessoas, de modo que a mensagem revolucion?a possa ser progressivamente implantada. Se institui?s republicanas perdem a sua credibilidade e o seu prest?o, o imp?o da transgress?e das invas?pode ser mais facilmente aceito. Os intelectuais, como vemos em parte da intelligentsia de nosso pa? se colocariam - ou s?colocados - nessa posi? de instrumentos da a? revolucion?a, que ganharia assim credibilidade. Os que se op?a esse movimento s? ent? “constrangidos” e “inibidos”, como se ser contra o MST fosse ser de “direita”, contra a “justi?social”. O objetivo de tal estrat?a consiste em calar a contesta?. Observe-se igualmente o vocabul?o militar utilizado. Nesse documento, a palavra “trincheira” aparece no pr?o t?lo e, nas cartilhas “pedag?as”, voltadas para as crian?, a palavra “guerra” ? de uso mais freq?e. Ali? poder-se-ia perguntar: onde anda o Minist?o P?co na defesa dos jovens, fazendo respeitar o Estatuto da Crian?e do Adolescente? Ser?ue jovens preparados para a guerra, acostumados com a viol?ia das invas? tendo Fidel e Guevara como ?los, est?sendo valorizados? Os exemplos dados para essa guerra de captura das mentes s?v?os. Destacarei tr?“trincheiras”: Judici?o, Congresso e For? Armadas. Cada uma delas tem uma s?e de “id?s-for?, sendo seguidas de “temas explorados”. As “id?s” s?as armas que preparam o terreno para o descr?to das institui?s republicanas, enquanto os “temas” correspondem ao modo de inviabiliz?as concretamente, comprometendo de forma definitiva a democracia. Quanto ao Judici?o, as “id?s-for? s? “instrumento de opress?, “parcialidade”, “inefici?ia” e “improbidade”. Os “temas explorados” s? “favorecimento dos ricos”, “privil?o dos burgueses (e dos colarinhos-brancos)”, “lentid?funcional” e “corrup? e privil?o dos magistrados”. Quanto ao Congresso, eis as “id?s”: “inefici?ia”, “improbidade” e “parasitismo”. E os “temas”: “privil?os e ociosidade”, “esc?alos e barganhas” e “falta de esp?to p?co”. Quanto ?For? Armadas, eis as “id?s”: “inefici?ia”, “desnecessidade”, “? para o Pa? e “fascismo”. E os “temas”: “destina?”, “acidentes de trabalho”, “golpismo, ditadura e tortura” e “servi?militar obrigat?”. Todas essas coloca?s se inscrevem num mesmo menosprezo pelas institui?s que s?pilares de uma democracia e por um Estado que cumpra suas obriga?s constitucionais. A concep? que as orienta ? de um marxismo vulgar de cunho gramsciano, que reduz as institui?s republicanas ?era express?da luta de classes. Os alvos escolhidos privilegiam, cada um, seja o capitalismo (burgueses, ricos), seja a representatividade pol?ca e estatal (parcialidade, parasitismo, inefici?ia, fascismo). Segundo essa concep?, a democracia nada mais seria que formal e o capitalismo, o regime socioecon?o a ser destru?. Num procedimento t?co dessa forma de autoritarismo revolucion?o, os advers?os s?considerados “fascistas”. Numa outra “trincheira”, a dos “partidos pol?cos”, estes s?tamb?qualificados de “fascistas”. Ou seja, uma mentalidade fascista-comunista, seguindo o molde do marxismo vulgar, cunha institui?s republicanas como “fascistas” com o prop?o expl?to de vir a estabelecer uma sociedade totalit?a no Pa? A fachada do “social” ?penas a apresenta? que torna mais palat?l, para o est?o presente da opini?p?ca, a veicula? de concep?s que t?como fim combater as id?s democr?cas. ?como se o MST estivesse dizendo: “Essas institui?s n?servem para nada.” Ser?ue ??dif?l escutar esse dizer?! Qualquer semelhan?com “id?s” e “temas” da situa? presente ?evidentemente, mera coincid?ia. * Professor de Filosofia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com doutorado de Estado em Filosofia pela Universidade de Paris, ?utor, entre outras obras, de Hegel (Jorge Zahar Editor, Cole? Passo a Passo) e editor da revista Filosofia Pol?ca, da mesma editora.