• Tibiriçá Ramaglio
  • 14/04/2009
  • Compartilhe:

A HISTORICIDADE DA RESSURREI?O DE JESUS - Enviado pelo autor

Nicholas Thomas Wright ?ispo da Igreja Anglicana, estudioso do Novo Testamento e profundo conhecedor de Hist? Antiga. Na impossibilidade da reconstitui? dos fatos hist?os, Wright defende a historicidade da ressurrei? de Jesus por meio de argumentos interessant?imos, t?desconhecidos no Brasil quanto o pr?o Wright. O assunto ?a maior import?ia, sem d?a, pois se Cristo n?ressuscitou, ilus? ? vossa f?1 Cor?ios 15: 17). Segue um resumo das id?s centrais de Wright. Para come?, o historiador levanta quest?da originalidade da id? de ressurrei? tal qual ela ?presentada pelo cristianismo primitivo. A ressurrei? corporal de Jesus ?ma id? completamente nova em rela? ?iviliza? helen?ica e tamb?a judaica. As duas civiliza?s t?id?s que se relacionam ?ida ap? morte (o Hades, dos gregos, por exemplo, ou a ressurrei? de todo o povo no fim dos tempos, dos judeus), mas nenhuma delas traz ?ona o fato de um homem, depois de morto, reaparecer aos vivos em carne e osso, corporificado. Em segundo lugar, Wright ressalta a centralidade que o fato ressurrei? tem para o cristianismo primitivo, enquanto as doutrinas da vida ap? morte nas seitas judaicas ou inexistem ou t?car?r secund?o. Por que essa quest?ganharia aspecto central na nova religi? caso n?estivesse fundamentada em um fato? Em terceiro, a unanimidade existente em torno da id? de ressurrei? entre os crist? primitivos. Transcrevo um trecho de Wright: “por que os primeiros crist? tinham essa muito nova, mas admiravelmente un?me, opini?a respeito da ressurrei?? [...] ?claro, todos os primeiros crist? diziam que tinham essa opini?por causa do que acreditavam a respeito de Jesus. Agora, se a id? de que Jesus se ergueu dos mortos s?arecesse depois de vinte ou trinta anos de cristianismo, como muitos estudiosos c?cos t?suposto, encontrar?os muitas fac?s que n?aceitariam a ressurrei?, e aquelas que aceitassem lhe dariam uma forma diferente daquela espec?ca do cristianismo primitivo. Assim, a ampla e un?me aceita? da cren?na ressurrei? pelos primeiros crist? for?nos a dizer que alguma coisa certamente aconteceu para moldar e colorir todo o movimento crist?. Outro argumento interessante de Wright ? fato de os quatro Evangelhos apresentarem as mulheres como primeiras testemunhas da ressurrei? de Jesus. Ora, mulheres n?tinham nenhuma credibilidade naquele contexto hist?o, tanto que Celso (s?lo II d.C.) escarnece da ressurrei? dizendo: “Essa f?e baseia apenas no testemundo de algumas mulheres hist?cas”. Ent? se os Evangelhos tivessem sido escritos para persuadir, evitariam usar as mulheres como testemunhas. Se as colocaram nesse papel, foi porque elas efetivamente desempenharam esse papel, isto ?testemunharam o fato da ressurrei?. Wright ressalta ainda que nos, quatro Evangelhos, a narrativa da ressurrei? n?tem car?r doutrin?o e teol?o, como vai adquirir nos Atos dos Ap?los e nas Ep?olas de S?Paulo. O evento ?implesmente narrado e ponto (particularmente em Marcos, o Evangelho mais antigo). Diga-se tamb?que ?arrado sem as tradicionais alus?ao Antigo Testamento, o que aponta para o surgimento de uma tradi? oral baseada em efetivos testemunhos de um fato: a ressurrei? pessoal e intransfer?l de Jesus, fato que fundamenta a consolida? do cristianismo entre os primeiros disc?los, ap? crucifica? do mestre, bem como a expans?dessa cren?em grupos de pessoas cada vez numerosos. http://observatoriodepiratininga.blogspot.com