Josias de Souza

09/05/2009
O Congresso Nacional foi palco, na noite passada, de uma pantomima. Votaram-se 943 vetos impostos pelo Planalto a leis aprovadas no Legislativo. Tangidas pelos l?res, as bancadas portaram-se no plen?o como manadas. Muitos parlamentares acorreram ao microfone para expressar seu desconforto. N?tinham a mais remota id? do que estavam prestes a deliberar. Os vetos foram acomodados numa apostila –cerca de seis dezenas de folhas. O documento foi redigido de modo a tornar-se indecifr?l. Veja aqui. Tome-se, a t?lo de exemplo, o item 28. Foi grafado assim: “Item 28 PROJETO DE LEI DA CARA Nº 62, DE 2004 Discuss? em turno ?o, do veto parcial aposto ao Projeto de Lei da C?ra nº 62, de 2004 (nº 3.846/2000, na Casa de origem), que “Cria a Ag?ia Nacional de Avia? Civil – ANAC, e d?utras provid?ias”. (Mensagem nº 117, de 2005-CN) (Veto Parcial nº 28, de 2005) Partes vetadas: - § 1º do art. 14; - art. 23; - “caput” do art. 30; - par?afo ?o do art. 30; - § 3º do art. 36; - “caput” do art. 38; - § 1º do art. 38; - § 2º do art. 38; - § 1º do art. 39; - “caput” do art. 44; - par?afo ?o do art. 44; “caput” do art. 48; § 2º do art. 48; § 2º do art. 49.” Pois bem, ?rente de cada item como esse, havia tr?quadradinhos: S [sim, pela manuten? do veto], N [n? pela derrubada] e A [absten?]. A vota? deveria ser secreta. Por?.. Por? alguns partidos entregaram aos seus rebanhos apostilas j?reenchidas. Um acordo pr?o dos l?res deu ?ess?a apar?ia de jogo jogado. Havia 1.012 vetos presidenciais ?spera de vota? no Congresso. Foram a voto os 943 que os l?res julgaram incontroversos. Os “votos” s?r?apurados nesta quinta (7). Mas o resultado j? conhecido. A prevalecer o entendimento dos l?res, todos os vetos ser?mantidos. ?falaciosa a tese de que s?ram apreciados vetos incontest?is. Retorne-se ao item 28 da apostila, reproduzido l?o alto. Refere-se ao projeto que criou a Anac (Ag?ia Nacional de Avia?). Entre as partes vetadas por Lula est? “§ 1º do art. 14”. Eis o que previa e que a apostila omitiu: “[...] Ser?ausa da perda do mandato [dos dirigentes da Anac] a inobserv?ia por diretor dos deveres e proibi?s inerentes ao cargo, inclusive no que se refere ao cumprimento das pol?cas estabelecidas para a avia? civil pelos Poderes Executivo e Legislativo”. Privada desse par?afo, a lei fez da Anac uma ag?ia com diretores indemiss?is. O problema veio ?ona na ?ca do caos a?o. O ministro Nelson Jobim quis demitir, por ineptos, os diretores da velha Anac. N?p?faz?o. Teve de recorrer ao velho m?do da fritura pol?ca. S?pois de bem passados, os gestores da ag?ia pediram para sair. Os congressistas poderiam ter corrigido o problema, derrubando o veto de Lula. Mas ningu?sabia o que estava em jogo na sess?da noite passada. Nada se disse nem sobre a lei da Anac nem sobre qualquer outra. O poder de veto do presidente ?oisa prevista na Constitui?. O veto pode ser total –quando alcan?todo o texto da lei aprovada no Congresso— ou parcial –quando retira da lei artigos ou par?afos espec?cos. D?e ao presidente um prazo de 15 dias ?s para exercer o direito de veto. Optando pelo veto, o presidente tem de comunicar a decis?ao Congresso em 48 horas. E o Legislativo, em sess?conjunta de deputados e senadores, tem 30 dias para deliberar sobre os vetos. Esse prazo de um m?virou letra morta. Os vetos s?represados. 3 vezes de prop?o. Depois, v?a voto de cambulhada, como na sess?da noite desta quarta (6). Um vexame. Escrito por Josias de Souza ?03h20

Enviado por Tereza

09/05/2009
Trata-se de Paulo Ayres de Freitas Britto, prefeito da cidade de Propri? SE, pelo PT.

UOL Notícias

09/05/2009
O Minist?o P?co Federal em S?Paulo apresentou nesta sexta (8) ?ª Vara Federal de S?Paulo den?a contra o delegado Prot?es Queiroz por dois supostos vazamentos de informa?s e por fraude processual ?rente da Opera? Satiagraha. As conclus?foram apresentadas sobre o inqu?to da Pol?a Federal que investigou a conduta de Prot?es. O delegado da Pol?a Federal ?cusado de vazar informa?s e alterar dados de uma grava?; ele pode vir a ser r?em processo Os procuradores da Rep?ca F?o Elizeu Gaspar, Roberto Antonio Dassi?iana, Ana Carolina Previtalli e Cristiane Bacha Canzian Casagrande conclu?m, no entanto, que n?h?rime na participa? da Abin (Ag?ia Brasileira de Intelig?ia) na Satiagraha, opera? que prendeu, entre outros, o banqueiro Daniel Dantas, o ex-prefeito Celso Pitta e o megainvestidor Naji Nahas, em julho de 2008. O tema ?lvo de contesta?s por parte dos advogados dos acusados. Para os procuradores, a participa? dos agentes e o compartilhamento de informa?s com esses funcion?os p?cos n?configura crime, pois ?revista na lei do Sistema Brasileiro de Intelig?ia, o Sisbin. J? cess?desses servidores, sem formaliza? do comando da ag?ia, poderia, em tese, ser objeto de investiga?s de improbidade administrativa. Assim, o MP-SP requereu a remessa para a Procuradoria da Rep?ca no Distrito Federal, sede do comando da Abin. Os crimes O primeiro vazamento, segundo a den?a, ocorreu quando Queiroz convidou um produtor da Rede Globo para fazer a grava? em v?o de um dos encontros ocorridos em S?Paulo durante a a? controlada autorizada judicialmente. Nela, teriam sido registradas as ofertas de suborno de dois emiss?os de Daniel Dantas aos delegados da PF que atuavam na Satiagraha. O banqueiro foi condenado, em primeira inst?ia, a dez anos pelo caso e responde em liberdade. J? fraude processual teria ocorrido durante o tratamento dado pela PF ?ita. O escriv?da PF Amadeu Ranieri, da equipe de Queiroz, segundo depoimento que prestou ?F, editou a grava?, na qual foram suprimidas as imagens em que apareciam funcion?oa da TV durante a execu? da reportagem. O MPF entende que a prova foi alterada para que n?se soubesse que a filmagem foi feita pela Rede Globo. Com rela? ?iola? de sigilo funcional, teria havido contatos entre Queiroz e o rep?r C?r Tralli, tamb?da Globo. Segundo o MPF, passar informa?s sobre uma opera?, antes do in?o das dilig?ias da PF, ?rime. Uma das provas do vazamento, na opini?dos procuradores, foi a grava? e exibi?, exclusiva pela Globo, do momento da pris?de alguns investigados, como ocorreu no caso do ex-prefeito de S?Paulo Celso Pitta, resultando em dano ?magem desses investigados. O ex-prefeito foi flagrado de pijamas. O outro vazamento ocorrido no caso e que, ainda segundo o MPF, deve ser investigado pela Procuradoria da Rep?ca no Distrito Federal, ? que permitiu que uma rep?r da sucursal da Folha de S. Paulo em Bras?a publicasse a reportagem adiantando detalhes das investiga?s contra Dantas.

Nivaldo Cordeiro

08/05/2009
Cr?a do Quinho 08 de maio de 2008 L?inha Quinho caminhando em sentido contr?o ao meu. Andava lentamente e fazia gestos com os bra?, como se fora um maestro. Parecia reger uma orquestra imagin?a. Postei-me na sua frente e nem me percebeu, quase esbarrou em mim. Vinha como um viandante carregando a sua sombra. – Meu amigo Quinho, que ?sso? Ficou maluco? – Oh, doutor, que prazer v?o. N?o tinha percebido. Estava aqui cantando para mim mesmo a Marselhesa, a can? dos revolucion?os franceses. Viu que ? Ano da Fran?no Brasil? Pois ?li nos jornais agorinha. A?e lembrei do hino. Doutor, aquilo ?ue foi trag?a, a m?de todas as revolu?s. Lembra da m?a? Quinho cantarolou: “3 armas cidad?! Formai vossos batalh? Marchemos, marchemos! Nossa terra do sangue impuro se saciar? – Doutor, eu lembro dela cantada pela Piaf, que punha todo o cora? na interpreta?. ?bela a m?a, mas a letra ?m convite ao genoc?o de classe, que o comunismo levou avante por onde passou. O comunismo ? filho dileto da Revolu? Francesa. Um horror! Ali? a Revolu? Francesa ? revolu? por antonom?a, embora n?seja ela o come? mas o fim de um processo na Europa. – Explica isso, Quinho, que n?entendi. – Ora, doutor, a Europa vinha em terr?l convuls?intestina desde o final da Idade M?a, no plano do Esp?to. As seitas gn?cas tomavam conta. Depois veio o Renascimento, que fez emergir o lixo ocidental por inteiro, ressuscitando cad?res h?uito sepultados, como os de Epicuro e Zenon. E depois Lutero, aquele grande esp?to do Norte, fraturou a cristandade de forma irrevers?l. A Revolu? Francesa concluiu esse processo de descenso no plano pol?co, destruindo a harmonia entre o poder espiritual e o poder temporal. – Ora, Quinho, as coisas evoluem, repliquei. – As coisas mudam, doutor, n?significa necessariamente que evoluem. Aqui houve uma completa involu?, um retorno aos tempos pag?. J?eu a Declara? Universal dos Direitos do Homem e do Cidad? Eliminaram ali qualquer vest?o de Deus e da transcend?ia na vida pol?ca. Est??“O princ?o de toda a soberania reside essencialmente na raz?. Ora, a raz?n??rinc?o de nada, ?ma faculdade meramente instrumental do homem. Ecos do mefistof?co Rousseau. Aqui podemos dizer que o EU – falou sublinhando – ?ue passou a ser o princ?o, a medida de todas as coisas. A criatura foi posta no lugar de Deus. Um horror, uma regress? – Quinho, nunca pensei assim. – ?a imagem do Homem Vitruviano, do Leonardo da Vinci, a estrela que est?m toda parte, substituindo a cruz. O s?olo m?mo da arrog?ia humana, pelo qual o elo com Deus foi completamente abandonado. A suposta perfei? do Homem. Por isso a frase de Voltaire virou lema: “?rasez lInf?”, o grito de guerra contra a Igreja de Cristo. – O que voc?st?izendo ?ue a Revolu? Francesa tinha uma dimens?mais religiosa que pol?ca? –Justamente, doutor. Uma religi?secular foi fundada e, desde ent? persistir? far?o Estado a encarna? m?ma da divindade. Agora n?h?ais pessoas, mas cidad?, m?as an?as formadoras da multid? Da?ara o coletivismo e as idealiza?s pol?cas genocidas era s? passo. No cap?lo primeiro escreveram que “os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos”. Uma mentira, doutor. Um beb?em ?ivre e nem ?gual aos seus pais. Essa ? id? maluca de Rousseau, que pegou toda a gente. A igualdade ? grande mentira. H? princ?o da hierarquia natural, que existe em qualquer situa?. Por exemplo, o pai ?uperior ao filho, pelo menos at?ue este venha a se tornar adulto. Fiquei pensativo. Fazia sentido. – Puxa, Quinho, mesmo assim a Fran??m pa?simp?co. Vou ver a programa? do Ano Brasil Fran? – Ah, vale a pena. Um dia ainda quero ir l??margens de Rio Sena, cheio de sangue e hist?, doutor. Foi-se Quinho em seu caminho, regendo a Marselhesa.

Percival Puggina

07/05/2009
Lendo o interessante livro de Gustavo Grisa “RS sem medo do futuro”, percebi que muitas das reflex?nele contidas s??s para qualquer sociedade que pretenda ser justa, solid?a, eficiente e moderna. O Rio Grande do Sul, objeto da obra, talvez tenha maiores urg?ias porque, sob diversos aspectos, perdeu posi?s no contexto nacional ap??das de crescentes d?cits e baix?ima capacidade de investimento p?co. Uma realidade que s?ora se reverte. O receitu?o proposto pelo autor inclui algo que os ga?s sempre alinhamos entre nossas mais atraentes disponibilidades: nossos recursos humanos. Com efeito, s?as pessoas que fecundam todos os demais meios de produ?. Quanto mais preparadas, animadas, criativas e competentes, ou seja, quanto melhores forem as pessoas, mais apta estar? sociedade para promover seu desenvolvimento econ?o e social. E foi a?ue percebi a luz vermelha sobre o X da quest? Est?m curso no Rio Grande do Sul, j??lgum tempo, um processo doloso de desqualifica? desse seu mais valioso potencial. O mau desempenho dos alunos nos exames do IDEB e do ENEM e a consequente perda de posi?s no ranking nacional da Educa? fornecem a prova provada do que afirmo. A educa? brasileira est?ntre as piores do mundo e ?esse meio que afundam os indicadores educacionais do Rio Grande do Sul! Sob tais condi?s, fica dif?l olhar para o futuro sem medo. O que determina t?alarmante realidade? N?hesito em afirmar que a causa principal est?o contexto em que se desenvolve o ensino p?co, domado pelo conservadorismo dos m?dos e pelo corporativismo funcional. O corporativismo s?nsa em si e o conservadorismo n?aceita mudan?. ?o velho paradoxo: est?udo errado, mas n?mexe. O mais antigo exemplo que me ocorre j?onta vinte anos. ?de quando Bernardo de Souza, como secret?o de Educa? do governo Pedro Simon, pretendeu fazer com que cada escola tivesse o seu quadro de pessoal, abrangendo a discrimina? dos recursos humanos e as compet?ias funcionais requeridas para as atividades. Foi um escarc?e a palavra QPE (quadro de pessoal por escola), coisa l?a e indispens?l a qualquer gest?respons?l de pessoal, virou pauta de xingat?, esp?e de palavr?no vocabul?o corporativo. E vem sendo assim com tudo. O tema da educa? foi capturado pelo sindicato da categoria, que foi cooptada pela esquerda mais retr?da e a maioria do professorado ga? se transformou em militante do atraso, em freio ABS do progresso, insens?l ?rescente desqualifica? dos alunos. Para informa? de quem n?sabe: malgrado os p?imos resultados de suas sucessivas atua?s, mesmo na estreita pauta sindical, ?ada vez maior o controle da esquerda sobre o professorado rio-grandense. Na ?ma elei? para o Cpers/Sindicato, duas das tr?chapas foram de esquerda. E venceu a esquerda da esquerda. Se algu?tem d?a sobre o que pensam nossos professores sobre a vida, sobre o que lhes ?nsinado nas faculdades a respeito de suas miss? e sobre o seu desejo de serem “intelectuais org?cos” a servi?da captura de cora?s e mentes nas salas de aula, a?st?ma boa demonstra? do tamanho da encrenca com que se depara o futuro do Rio Grande do Sul. Interrogados, nove em dez professores estaduais dir?que seus principais objetivos s?ganhar mais e preparar os alunos para a “cidadania”. E, pelo que se v?a vida vivida, dentro e fora das escolas, n?est?conseguido coisa alguma. Nem transmitir conhecimento, nem ganhar mais, nem formar cidadania. Mas enquanto o tempo passa, perde-se futuro. E perde-se o futuro bem ali onde ele come? nas salas de aula. Lamentavelmente, nossas elites s? articulam, s?o ao Parlamento, s?locam crach?o peito contra a cria? de tributos. ?pena, porque, c?ntre n?se a disposi? para mobiliza?, para percorrer gabinetes parlamentares, para pressionar, se limitar a tanto, tamb?isso ?orporativismo, sabe? www.votors.com.br

Folha Online

07/05/2009
MRCIO FALCÏ da Folha Online, em Bras?a Um dia ap?er alvo de um protesto pedindo sua ren?a, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, defendeu nesta quinta-feira a independ?ia dos ju?s na an?se dos processos. Mendes afirmou que o Judici?o n?pode se dobrar aos anseios da opini?p?ca, sem levar em considera? os preceitos constitucionais. Vamos ouvir as ruas para saber o que o povo pensa saber? O que o povo pensa sobre a concess?do habeas corpus? Isso ?m problema. N?se d?ndepend?ia a um juiz para que ele ficar consultando um sujeito na esquina. Temos que ter muito cuidado com isso para mantermos o Estado de Direito. Se o juiz perde isso [independ?ia], ele perde sua b?la e deixa de ser juiz, disse. Alan Marques/Folha Imagem Os manifestantes espalharam 10 mil velas pelo ch?da pra?dos Tr?Poderes A declara? foi feita durante um semin?o da AMB (Associa? dos Magistrados Brasileiros) que discute a participa? do Executivo na composi? dos tribunais. Mendes afirmou que o atual modelo, que prev? indica? pelo Executivo e a confirma? pelo Senado, evita a partidariza? da Suprema Corte. Segundo Mendes, o fato de um ministro ser indicado pelo presidente da Rep?ca n?o torna dependente politicamente. Todo modelo ?om desde que bem aplicado. A experi?ia brasileira nesses 100 anos tem se revelado ao meu ver um modelo equilibrado porque evita a partidariza?. O poder Executivo fica muito onerado com desejo de encontrar um nome que refuta um certo equilibro de for? Isso tem sido visto no atual governo Lula e tem funcionado bem. Ju?s indicados por um presidente n?se revelam servis a ele nem ao governo, afirmou. TCU O presidente do STF criticou o processo de escolha dos integrantes do TCU (Tribunal De Contas da Uni?, que segundo ele, segue o crit?o da politiza?. Se fossemos seguir esse modelo, corremos o risco de ter uma bancada de parlamentares e de ex-parlamentares no STF, disse. Atualmente, a composi? pol?ca do TCU ? que mais chama aten?. As nove vagas do tribunal s?divididas da seguinte maneira: 2/3 s?definidas pelo Congresso Nacional e 1/3 ?ndica? do presidente e referendada pelo Senado --sempre alternando. Com este sistema, hoje, o ?o de fiscaliza? conta com cinco ex-parlamentares. O interesse no TCU se justifica pelo sal?o de R$ 24,5 mil e pelo poder der de analisar as contas das autoridades.

Jayme Copstein

07/05/2009
Nos ?mos 600 anos, n?h?ncrenca neste velho mundo de Deus que n?tenha pa?s europeus nela metidos. Ent? ?if?l entender a fama de ber?da civiliza? ocidental de que esses pa?s gozam. Tamb?n?h?ncrenca nos ?mos 100 anos, da qual os pa?s europeus, apesar de a terem provocado, sa?em sem a ajuda dos Estados Unidos. Ent? ?if?l entender por que t?tanta raiva dos norte-americanos. Melhor dito: talvez seja por isso mesmo. Sem a participa? americana de 1917 (Primeira Guerra Mundial) ou a de 1941 (Segunda Guerra Mundial), n?teriam como se safar da paz germ?ca. N?fosse a Doutrina Truman, mais conhecida como Plano Marshall, n?teriam como se safar da paz sovi?ca. Nenhum outro continente pode ostentar em seu museu de ho rrores, figuras como Hitler, Stalin, Mussolini, Franco, Salazar, Pierre Laval, Horthy, Karadzic, Mladic, Tadic e nesta senda acaba-se desembocando em uma lista telef?a. Ent? n???l entender ju?s espanh? que jamais se preocuparam com os crimes do regime franquista, arvorando-se de magistrados para julgar outras na?s – fora do continente europeu, ?laro. Eu preferia os espanh?quando eram apenas balaqueiros, como aquele cardeal Rufo, da Ceia de Julio Dantas, que n?matou em duelo o Sol, pelas alturas / S?ra n?deixar Salamanca ?escuras. Ou um marinheiro, atracado em Rio Grande, ao tempo da guerra, contando em um bar da prodigiosa planta? de couves, cujos p? nascidos uns em cima dos outros, ficavam t?altos que acabavam transformados em mastros de navios para a marinha mercante espanhola. Com toda a certeza, fo i a causa da derrota da Invenc?l Armada de Felipe II –mastros assim n?resistem ?ventanias do mar. Os franceses s?mais espertos. Apesar de os americanos levarem a fama, foram eles que inventaram a propaganda. Conseguiram batizar de revolu? uma arrua?que abriu as portas de uma cadeia vazia, dep?m rei que preferia a carpintaria ao trono e se proclamar os fundadores da democracia e defensores da liberdade no mundo. A fa?ha da Bastilha aconteceu 13 anos ap? Revolu? Americana, quando foi escrita a ?a Constitui? dos Estados Unidos, enquanto a Fran?s?nseguiu ter seu primeiro governo democr?co quase cem anos depois, em 1870, j?st?a sexta constitui? e s? livrou da instabilidade pol?ca nos ?mos 40 anos. Quanto ?efesa da liberdade dos povos, os franceses conseguiram dar ares rom 26;nticos a um corpo de mercen?os, ref? de assassinos, ladr?e psicopatas, chamado Legi?Estrangeira, que reprimiu os povos nativos da frica francesa, cometendo crimes que est?raiz das dificuldade de relacionamento do Isl?om o Ocidente. Como diziam as velhas comadres, o bom-bocado n??ara quem faz – ?ara quem o come.

Cláudio Humberto

07/05/2009
Os presidentes do Senado e da C?ra dos Deputados, Jos?arney e Michel Temer, tiveram uma importante conversa a s?om o presidente Lula, consultando-o sobre eventual terceiro mandato. O presidente n?respondeu diretamente, devolvendo a pergunta a eles: “O que voc?acham disso?” A mudan?significativa ?ue, at?gora, o presidente Lula vinha negando a hip?e, em p?co e em conversa privadas. 06/05/2009 | 00:00 T?ra O governador paulista Jos?erra j?visou aos aliados mais ?imos que n?trocar? Pal?o dos Bandeirantes por nova disputa contra Lula.

Paulo Rabello de Castro

07/05/2009
A euforia, desta vez, ?limentada pelos bancos centrais com uma quantidade sem precedentes de moeda O SISTEMA de cr?to norte­americano ainda vai precisar de uma grande faxina de ativos desvalorizados antes de se ouvirem as trombetas da recupera? global. O an?o da concordata da Chrysler desmancha a profecia das autoridades e dos diversos porta­vozes do setor financeiro de que o balan?de lucros e perdas da crise j?eria virado o cabo da boa esperan? Os grandes bancos americanos ter?que contabilizar enormes perdas adicionais decorrentes da transforma? dos seus empr?imos ?montadoras GM e Chrysler em partes acion?as. Mas ?oss?l tamb?que, fora dos seus balan?, os bancos problem?cos carreguem mais alguns bilh?em opera?s de troca de riscos (ou swaps) de cr?to, tendo que arcar com o pagamento integral de d?das asseguradas, independentemente de as montadoras poderem ou n?saldar os valores originalmente devidos. Se isso se confirmar, mais socorro do governo americano aos bancos por meio do Tarp (Troubled Asset Relief Program) vai se tornar indispens?l. Desde o in?o da crise, cerca de US$ 2,7 trilh?(cerca de 20% do PIB) j?oram despendidos pelo governo em opera?s de socorro ou est?lo. Na absoluta contram? os mercados de renda vari?l continuaram a emitir sinais de euforia cada vez mais acentuados nas ?mas semanas e dias. A alta generalizada das Bolsas e das cota?s em mar? abril e nestes primeiros dias de maio (no Brasil, isso ocorre desde o fim de 2008) ?nterpretada por muitos como um sintoma inequ?co da virada, n?s? humor dos investidores como da pr?a retomada de compras pelos consumidores, mesmo nos pa?s hoje mais afetados pela retra? generalizada. Est?ais para retorno da bolha. A leitura alternativa ?ue essa recupera? recente das cota?s de Bolsa de Valores e de commodities, especialmente petr? e soja, foge aos padr?esperados de oferta e demanda, para se localizar, de novo, como no ano passado, na mesma febre especulativa que enfeiti? os especuladores com del?os de ganhos extraordin?os. E por que essa nova bolha acontece? A explica? ainda ? mesma que a de 2007 e a de 2008, s?e a euforia, desta vez, ?limentada pelas autoridades monet?as dos principais pa?s com uma quantidade sem precedentes de moeda, emitida para financiar as opera?s de socorro. Sem risco imediato de infla?, o Fed dos EUA, os bancos centrais da China e Jap? os bancos da Inglaterra e da Europa passaram a utilizar o expediente das emiss?sem lastro como recurso de ?ma inst?ia para financiar as interven?s de ajuda dos seus governos ao setor financeiro, ?empresas em apuros e ?ag?ias hipotec?as insolventes. A enorme liquidez adicional, neste primeiro momento, contorna o mercado de empr?imos a empresas, de cujos riscos de cr?to os bancos est?fugindo, para se alojar no circuito mais l?ido da compra e venda de ativos. Constitui atrativo permanente a especula? compradora em mercados de valores e commodities que permitem a entrada e a sa? a qualquer momento, embora extremante vol?is. S?esses movimentos de acomoda? da enorme massa monet?a adicional que, afinal, conduzem a est?los altistas nas Bolsas, como temos visto. Mesmo um n?especialista desconfiaria de que o apelo desesperado ?nje? de liquidez encontrar?mais ?rente, empresas e indiv?os ainda mais debilitados para prosseguir na rolagem de seus d?tos. Mas, at???ma festa dos comprados. * Professor de economia – paulo@rcconsultores.com.br