Bento XVI

24/04/2009
MENSAGEM URBI ET ORBI DO SANTO PADRE BENTO XVI PSCOA 2009 Amados irm? e irm?de Roma e do mundo inteiro! A todos v?ormulo cordiais votos de P?oa com as palavras de Santo Agostinho: «Resurrectio Domini, spes nostra – a ressurrei? do Senhor ? nossa esperan? (Agostinho, Serm?261, 1). Com esta afirma?, o grande Bispo explicava aos seus fi? que Jesus ressuscitou para que n?apesar de destinados ?orte, n?desesper?emos, pensando que a vida acaba totalmente com a morte; Cristo ressuscitou para nos dar a esperan?(cf. ibid.). Com efeito, uma das quest?que mais angustia a exist?ia do homem ?recisamente esta: o que h?epois da morte? A este enigma, a solenidade de hoje permite-nos responder que a morte n?tem a ?ma palavra, porque no fim quem triunfa ? Vida. E esta nossa certeza n?se funda sobre simples racioc?os humanos, mas sobre um dado hist?o de f?Jesus Cristo, crucificado e sepultado, ressuscitou com o seu corpo glorioso. Jesus ressuscitou para que tamb?n?acreditando n’Ele, possamos ter a vida eterna. Este an?o situa-se no cora? da mensagem evang?ca. Declara-o com vigor S?Paulo: «Se Cristo n?ressuscitou, ?? nossa prega? e v? nossa f? E acrescenta: «Se t?somente nesta vida esperamos em Cristo, somos os mais miser?is de todos os homens» (1 Cor 15, 14.19). Desde a alvorada de P?oa, uma nova primavera de esperan?invade o mundo; desde aquele dia, a nossa ressurrei? j?ome?, porque a P?oa n?indica simplesmente um momento da hist?, mas o in?o duma nova condi?: Jesus ressuscitou, n?para que a sua mem? permane?viva no cora? dos seus disc?los, mas para que Ele mesmo viva em n?e, n’Ele, possamos j?aborear a alegria da vida eterna. Portanto a ressurrei? n??ma teoria, mas uma realidade hist?a revelada pelo Homem Jesus Cristo por meio da sua «p?oa», da sua «passagem», que abriu um «caminho novo» entre a terra e o C?(cf. Heb 10, 20). N??m mito nem um sonho, n??ma vis?nem uma utopia, n??ma f?la, mas um acontecimento ?o e irrepet?l: Jesus de Nazar?filho de Maria, que ao p?o sol de Sexta-feira foi descido da cruz e sepultado, deixou vitorioso o t?o. De facto, ao alvorecer do primeiro dia depois do S?do, Pedro e Jo?encontraram o t?o vazio. Madalena e as outras mulheres encontraram Jesus ressuscitado; reconheceram-No tamb?os dois disc?los de Ema?o partir o p? o Ressuscitado apareceu aos Ap?los ?oite no Cen?lo e depois a muitos outros disc?los na Galileia. O an?o da ressurrei? do Senhor ilumina as zonas escuras do mundo em que vivemos. Refiro-me de modo particular ao materialismo e ao niilismo, ?ela vis?do mundo que n?sabe transcender o que ?xperimentalmente constat?l e refugia-se desconsolada num sentimento de que o nada seria a meta definitiva da exist?ia humana. ?um facto que, se Cristo n?tivesse ressuscitado, o «vazio» teria levado a melhor. Se abstra?s de Cristo e da sua ressurrei?, n?h?scapat? para o homem, e toda a sua esperan?permanece uma ilus? Mas, precisamente hoje, prorrompe com vigor o an?o da ressurrei? do Senhor, que d?esposta ?ergunta frequente dos c?icos, referida nomeadamente pelo livro do Coeleth: «H?orventura qualquer coisa da qual se possa dizer: / Eis, aqui est?ma coisa nova?» (Co 1, 10). Sim – respondemos –, na manh?e P?oa, tudo se renovou. «Morte e vida defrontaram-se num prodigioso combate: O Senhor da vida estava morto; mas agora, vivo, triunfa» (Sequ?ia Pascal). Esta ? novidade! Uma novidade que muda a vida de quem a acolhe, como sucedeu com os santos. Assim aconteceu, por exemplo, com S?Paulo. No contexto do Ano Paulino, v?as vezes tivemos ocasi?de meditar sobre a experi?ia do grande Ap?lo. Saulo de Tarso, o renhido perseguidor dos crist?, a caminho de Damasco encontrou Cristo ressuscitado e foi por Ele «conquistado». O resto j?abemos. Aconteceu em Paulo aquilo que ele h?e escrever mais tarde aos crist? de Corinto: «Se algu?est?m Cristo, ?ma nova criatura. O que era antigo passou: tudo foi renovado!» (2 Cor 5, 17). Olhemos para este grande evangelizador que, com o audaz entusiasmo da sua ac? apost?a, levou o Evangelho a muitos povos do mundo de ent? A sua doutrina e o seu exemplo estimulam-nos a procurar o Senhor Jesus; encorajam-nos a confiar n’Ele, porque o sentido do nada, que tende a intoxicar a humanidade, j?oi vencido pela luz e a esperan?que dimanam da ressurrei?. J??verdadeiras e reais as palavras do Salmo: «Nem as trevas, para V?t?obscuridade / e a noite brilha como o dia» (139/138, 12). J??? nada que envolve tudo, mas a presen?amorosa de Deus. At? pr?o reino da morte foi libertado, porque tamb?aos «infernos» chegou o Verbo da vida, impelido pelo sopro do Esp?to (Sal 139/138, 8). Se ?erdade que a morte j??tem poder sobre o homem e sobre o mundo, todavia restam ainda muitos, demasiados sinais do seu antigo dom?o. Se, por meio da P?oa, Cristo j?xtirpou a raiz do mal, todavia precisa de homens e mulheres que, em todo o tempo e lugar, O ajudem a consolidar a sua vit? com as mesmas armas d’Ele: as armas da justi?e da verdade, da miseric?a, do perd?e do amor. Tal foi a mensagem que, por ocasi?da recente viagem apost?a aos Camar?e a Angola, quis levar a todo o Continente Africano, que me acolheu com grande entusiasmo e disponibilidade de escuta. De facto, a frica sofre desmedidamente com os cru? e infind?is conflitos – frequentemente esquecidos – que dilaceram e ensanguentam v?as das suas Na?s e com o n?o crescente dos seus filhos e filhas que acabam v?mas da fome, da pobreza, da doen? A mesma mensagem repetirei com vigor na Terra Santa, onde terei a alegria de me deslocar daqui a algumas semanas. A reconcilia? dif?l mas indispens?l, que ?remissa para um futuro de seguran?comum e de pac?ca conviv?ia, n?poder?ornar-se realidade sen?gra? aos esfor? incessantes, perseverantes e sinceros em prol da composi? do conflito israelita-palestiniano. Da Terra Santa, o olhar estende-se depois para os pa?s lim?ofes, o M?o Oriente, o mundo inteiro. Num tempo de global escassez de alimento, de desordem financeira, de antigas e novas pobrezas, de preocupantes altera?s clim?cas, de viol?ias e mis?a que constringem muitos a deixar a pr?a terra ?rocura duma sobreviv?ia menos incerta, de terrorismo sempre amea?or, de temores crescentes perante a incerteza do amanh??rgente descobrir perspectivas capazes de devolverem a esperan? Ningu?deserte nesta pac?ca batalha iniciada com a P?oa de Cristo, o Qual – repito-o – procura homens e mulheres que O ajudem a consolidar a sua vit? com as suas pr?as armas, ou seja, as armas da justi?e da verdade, da miseric?a, do perd?e do amor. Resurrectio Domini, spes nostra – a ressurrei? de Cristo ? nossa esperan? ?isto que a Igreja proclama hoje com alegria: anuncia a esperan? que Deus tornou inabal?l e invenc?l ao ressuscitar Jesus Cristo dos mortos; comunica a esperan? que ela traz no cora? e quer partilhar com todos, em todo o lugar, especialmente onde os crist? sofrem persegui? por causa da sua f? do seu compromisso em favor da justi?e da paz; invoca a esperan?capaz de suscitar a coragem do bem, mesmo e sobretudo quando custa. Hoje a Igreja canta «o dia que o Senhor fez» e convida ?legria. Hoje a Igreja suplica, invoca Maria, Estrela da Esperan? para que guie a humanidade para o porto seguro da salva? que ? cora? de Cristo, a V?ma pascal, o Cordeiro que «redimiu o mundo», o Inocente que «nos reconciliou a n?pecadores, com o Pai». A Ele, Rei vitorioso, a Ele crucificado e ressuscitado, gritamos com alegria o nosso Aleluia!

Moacyr Goes

24/04/2009
Rio - Estamos ?ombra do desastre e da insanidade, enquanto n?for esquecida a ideia racista de separar os indiv?os pela cor, declar?os de ra? distintas e proporcionar-lhes direitos desiguais. O caso de Tatiana Oliveira, no Rio Grande do Sul, ?xemplo da a? criminosa e racista travestida de justi? Ela se inscreveu no vestibular usando de um direito franqueado pela Universidade Federal de Santa Maria, o de se declarar parda para obter mais facilidades. Isso por si j?eria um esc?alo, mas o que ocorreu foi mais monstruoso. Tatiana passou, usando o caminho das cotas, mas agora ?cusada de n?ter direito, mesmo sendo filha de pai pardo e m?branca. Sabem por qu?Pasmem! Uma comiss?descobriu que ela nunca foi discriminada, jamais foi ofendida por ser parda e que, por isso, n?deveria merecer a cota. Uma comiss?entrevistou a mo? julgou que ela n?pertencia ?a?certa e a condenou a sair da universidade. ?isso. Uma comiss?diz a qual ra?um indiv?o pertence. Isso me lembra os horrores do holocausto. Comiss?reconheciam os judeus e os separava. Uns iam direto para a morte; outros, para o trabalho escravo. Parece exagerada a compara?? Ent?pense em outra cena. Dois rapazes num banco em frente a uma comiss? Eles tiraram as mesmas notas. A comiss?aponta para um e sentencia: voc?st?entro, pois ?egro. O outro est?ora. Sua ra?discriminou as outras e agora ? hora da revanche. Essa cena n??eal? ? mas o di?go ? que no teatro chamamos de subtexto, as inten?s que movem o personagem. Na real, o texto vem travestido de justi?reparadora. O abismo se aproxima! * Diretor de teatro e cineasta

Ricardo Bergamini e dados do BCB

24/04/2009
Base: De Janeiro de 2003 at?ar?de 2009 Balan?Comercial S?e hist? de nossa balan?comercial com base na m?a/ano foi como segue: 85/89 (super?t de US$ 13,5 bilh?= 4,57% do PIB); 90/94 (super?t de US$ 12,1 bilh?= 2,70% do PIB); 95/02 (d?cit de US$ 1,1 bilh?= -0,15% do PIB). De janeiro de 2003 at?ar?de 2009 (super?t de US$ 34,7 bilh?= 3,42% do PIB). Necessidade de Financiamento do Balan?de Pagamentos S?e hist?a de nossa necessidade de financiamento de balan?de pagamentos com base na m?a/ano foi como segue: 85/89 (US$ 13,4 bilh?= 4,56% do PIB); 90/94 (US$ 17,4 bilh?= 3,89% do PIB); 95/02 (US$ 50,9 bilh?= 7,26% do PIB). De janeiro de 2003 at?ar?de 2009 (US$ 30,2 bilh?= 2,97% do PIB). Investimentos Externos L?idos (Diretos e Indiretos) S?e hist?a dos investimentos externos l?idos (diretos e indiretos) com base na m?a/ano foi como segue: 85/89 (negativo de US$ 6,3 bilh?= -2,14% do PIB); 90/94 (positivo de US$ 7,0 bilh? = 1,57% do PIB); 95/02 (positivo de US$ 24,3 bilh?= 3,46% do PIB). De janeiro de 2003 at?ar?de 2009 (positivo de US$ 21,0 bilh?= 2,07% do PIB). Arquivos oficiais do governo est?dispon?is aos leitores.

MPN/Estadão

24/04/2009
Felipe Recondo A Confedera? da Agricultura e Pecu?a do Brasil (CNA) vai protocolar na pr?a semana um pedido de impeachment contra a governadora do Par?Ana J? Carepa (PT), por descumprir decis?judiciais que ordenam a retirada de integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) de fazendas no Estado. No s?do ?arde, um confronto armado entre militantes do MST e seguran? de uma fazenda, em Xinguara, no sul do Estado, deixou oito feridos. Uma a? civil p?ca j?ormulada pela CNA, que pede o impeachment de Ana J?, ser?evada ?ssembleia Legislativa do Par?N?ueremos j?a semana que vem protocolar esse pedido, afirmou a senadora K?a Abreu (DEM-TO), presidente da entidade. Depois do conflito de s?do na Fazenda Castanhais - pertencente ?gropecu?a Santa B?ara, do grupo do banqueiro Daniel Dantas -, K?a pediu ao Minist?o P?co interven? federal no Estado. Em mar? a CNA havia solicitado ?usti?paraense que decretasse a interven? no Par?mas o caso ainda n?foi analisado. Durante o enfrentamento, jornalistas e uma advogada foram mantidos ref? pelo MST, usados como escudo humano. Entre as rea?s, a Associa? Nacional de Jornais (ANJ) divulgou nota de rep? ao que chamou de a? criminosa dos sem-terra. Em outra nota, o MST negou ter mantido ref? e acusou os seguran? de planejarem um massacre. TROPA De acordo com a CNA, 111 decis?judiciais de reintegra? de posse, algumas julgadas h?ais de um ano, s?descumpridas pelo governo do Estado, o que permitira a interven? e o pedido de impeachment. O poder Executivo do Par?ransformou-se no ?mo juiz das invas?de terra. Quem decide se as ?as invadidas devem ser ou n?desocupadas ? governadora do Estado, autoridade que se substitui ao Judici?o, julgando em ?ma inst?ia o direito dos produtores rurais, reclamou a senadora, na representa? protocolada no Minist?o P?co. A representa? protocolada ontem precisa ainda ser analisada pelo procurador-geral da Rep?ca, Antonio Fernando de Souza. Se concordar com o pedido, o procurador encaminhar? caso para o Supremo Tribunal Federal (STF), onde o assunto ser?efinitivamente julgado. REFOR? Para evitar novos conflitos na regi? o governo do Estado pediu e o governo federal aceitou mandar para a regi?50 homens da For?Nacional de Seguran?- 20 partir?de Bras?a hoje e outros 30 chegar?no final de semana ao Par? Esses agentes far?apenas o policiamento ostensivo nas ruas de Bel? o que deve liberar a tropa especializada em conflitos agr?os a realizarem as reintegra?s de posse j?ecididas pela Justi?e coibir novos enfrentamentos entre fazendeiros e sem terra. Em nota, o governo do Par?nformou que as a?s para reintegra? de posse foram reiniciadas em abril deste ano, havendo executado, exitosamente, nove reintegra?s nos ?mos 15 dias. Ainda de acordo com o texto veiculado pelo governo do Estado, as opera?s prosseguem conforme planejamento pactuado com o Judici?o. Em nota anterior ?mprensa, divulgada ap? conflito, o governo j?legara que n?tem medido esfor? para diminuir a viol?ia agr?a.

Nivaldo Cordeiro

24/04/2009
23 de abril de 2009 L?inha Quinho caminhando no gingado t?co, como se deslizasse num forr?lestial, trazendo sob a axila direita dois volumes. Ao ver-me, abriu seu sorriso radiante e falou: “Doutor, que prazer v?o”. Respondi: “Todo meu, meu amigo, que livros s?esses?”. Ele: “Comprei naquele sebo da Augusta, meio lix? o aspecto. Um real cada. Mas s?livros bons. Li, reli e tresli. Decorei-os de t?bons”. Peguei os volumes e me espantei: A Rebeli?das Massas, do fil?o espanhol Ortega y Gasset e A Nova Ci?ia da Pol?ca, do alem?Eric Voegelin. Olhei para ele agradavelmente surpreendido. As p?nas soltavam-se pelo peso do tempo e da m?ualidade das edi?s. – Quinho, esses caras s?bambas. N?sabia que os conhecia. – Eu os tenho lido sempre. Gasto parte de meu tempo na Biblioteca M?o de Andrade, tenho at?arteirinha. Vou l?elo menos tr?vezes por semana, p? leitura em dia. Esses tesouros est?l?Mas por um real at?u compro. Dif?l ?uardar. – Veja, Quinho, esses n?s?autores comuns. Ningu?os l? – Mas devia, n??doutor? N?d?ara compreender o Brasil sem saber o que esses fil?os escreveram. Veja bem, como explicar que elegemos um presidente semi-analfabeto, que gosta da branquinha e tem cara de cachaceiro? Nem pega bem. E, ainda por cima, esse presidente ?ue vem a sancionar o acordo ortogr?co e instalar a Lei Seca, uma franca ironia da hist?, doutor. Est?udo fora dos eixos, nem esse cachaceiro deveria ser presidente e nem essas leis deveriam ter sido aprovadas, assim. Tudo invertido. – Explique, eles abordam isso? Estudaram isso, Quinho? – Sim. O Ortega nesse livro fala da rebeli?das massas que ele j?ia no in?o do s?lo XX. Aquela coisa horrorosa do Hitler e do comunismo no mundo todo, matando meio mundo. Est?udinho explicado l? A guerra civil espanhola, fato que previu e que o fazia sofrer, est??amb? H?uem pense que as massas se rebelaram por causa do sufr?o universal ou meramente pelo golpismo dos extremistas de direita e de esquerda. Nada disso. A rebeli?come? muito antes. Essa quest?do sufr?o universal ou do golpe de Estado ?cess?, como ?cess? a forma de governo. Veja, onde impera o comunismo instalam-se dinastias, como a dos Fara?Tanto faz como os governantes sejam escolhidos, se por votos ou por baionetas. O ponto ?ue o n?l moral e intelectual do povo caiu demais e essa gente moralmente deformada passou a escolher os governantes. Agora temos os piores no poder. O senhor viu o Obama nos Estado Unidos? Igual aqui. Os piores agora est?governando l?um perigo para a humanidade. Quim tomou f?o e abandonou o sorriso habitual. Eu desconhecia esse aspecto professoral de sua personalidade. Continuou: – Ortega aponta que a subida das massas coincidiu com a debandada dos egr?os, das elites. As massas agora escolhem seus pares para governar, escalados para atender a todos os seus apetites. Por isso que a?esse livro ele sublinha a necessidade e se respeitar a tradi?. Chama de “direito ?ontinuidade”. Essa ?ma das grandes contribui?s do espanhol, mas onde est?amb?a sua grande fraqueza te?a. Lendo a sua obra veremos que ele n?gosta muito do cristianismo, mas a l?a do seu argumento leva necessariamente a pensarmos que essa tradi?, essa continuidade, ?recisamente os valores morais tradicionais do cristianismo. O cristianismo, e s?e, ? corda que une a Antiguidade com o tempo presente. – N?entendi, repliquei. – Olha, doutor, ??ue a filosofia do Voegelin se agiganta e completa a an?se orteguiana. Voegelin vai mostrar que os movimentos que ele chama de gn?cos, a falsifica? da mensagem crist??ue vai tomar o lugar da moral tradicional. A pol?ca moderna assume essa fei? religiosa secular, algo superado pelo cristianismo. A?il?os patifes como Rousseau e Marx e esse tal de Nietzsche, que tinha um bigod?igual ao meu, aloprado de jogar pedra na lua, ?ue ir?formar a mente das multid? Veja s?aponta para mim a banca de jornal – tudo que se v?scrito ali, nas revistas, livros e jornais que vendem, s?reprodu?s mais ou menos integrais desses tr?caras. ?o relativismo moral dando fundamento ao relativismo pol?co. Como o povo ter?oa forma? moral quando se ensina nas escolas esse lixo, que ?eproduzido pela imprensa? Pessoas assim s?colher?Lula e Obama, doutor, e at?ol?cos piores do que eles. Elas n?t?a menor id? do que est?fazendo. – Voegelin falava tamb?da representa? existencial, arrisquei opinar. – Isso ?uito importante, doutor. Se o n?l moral das massas encontra-se no est?o criminoso, seus governantes ser?o espelho disso. Hitler foi a alma do povo alem?a seu tempo, como Stalin foi na R?a. Cada lei que se aprova com o parlamento controlado por essa gente ?ma esculhamba?. O Estado n?mais est? servi?do Bem, da Justi? como era no passado, com todas as suas limita?s. Ele agora existe para satisfazer as bestialidades, para ajudar no v?o da pregui? para eximir o povo dos deveres e conferir-lhe direitos conflitantes e descolados da realidade. Est?gora a servi?do racismo oficial, como nos tempos de Hitler. Em resumo, puseram o Estado a servi?do Mal. Tentam em v?abolir o direito natural. A vida material das pessoas s?as e trabalhadoras, cumpridoras dos seus deveres, virou um inferno. At? pr?ca da boa moral privada est?endo criminalizada. Os governantes fazem essas maluquices precisamente para atender aos baixos instintos coletivos. ?o momento em que o tra?criminoso do homem comum se transforma no molde das institui?s pol?cas. S? legitima para governar agora quem se submeter aos caprichos da multid? que n?quer nada com o batente, s?er vida boa, bolsa disso e daquilo, sa?de gra? educa?, aposentadoria, “direitos”. Doutor, isso n?vai dar certo n? Fiquei pensativo, olhando a capa dos livros. O que Quinho dizia era s?o demais, a realidade imediata se dava inegavelmente aos olhos. – Doutor, a impress?que d? que os governantes fazem isso apenas para se eleger, mas ?m erro pensar assim. Se a multid?estivesse moralmente sadia, com a alma ?egra, jamais daria ouvidos a candidato de n?l t?baixo e ficaria contra as leis que ferem o bom senso e a boa moral, que jamais seriam aprovadas. O senhor viu a ultima elei? para prefeito. Que diferen?faz os nomes que concorreram? Veja que o discurso dos candidatos ?uito homog?o. O programa de todos eles ?raticamente o mesmo, a cartilha de como melhor atender aos nossos v?os coletivos. Felizmente aqui em S?Paulo n?elegemos a Marta do PT. J?ensou? Posso dizer que o grau de loucura coletiva paulistana ?enor que a m?a da loucura coletiva do Brasil. – O que fazer para reverter a situa?, Quinho? – Sei n? doutor, da ultima vez deu em fornos cremat?s e na Segunda Guerra Mundial. Monte de gente morta. Sei n? Isso n?est?e cheirando bem. Viu o ?io cocaleiro na Bol?a? Esse sargent?na Venezuela? Sei n? o neg? est?eio. Eu at?uero ver se esse povo do PT vai passar o poder. 3 vezes tenho d?a. Ficamos em sil?io. Parecia que a atmosfera particular que divid?os ali era diferente da do ambiente. O ar ficou pesado, a ang?a estampada em meu rosto. – Doutor, o neg? ?ezar. Rezar mesmo, que o tempo ?e ora?s. Fico pensando em Santo Agostinho. “Haver?ez justos em Roma?” Temos dez justos em Sampa? Doutor, eu me apavoro quando penso no santo e na queda do Imp?o Romano. –Quinho, porque est?as ruas? Ficou inevit?l perguntar. – Ora, doutor, vivo uma forma particular de monasticismo. Durmo pouco, pratico o voto de pobreza e castidade, pratico o bem, rezo e estudo o que posso. Tenho um mosteiro desprovido de paredes, um claustro sem isolamento. E assim penso que fa?louvor a Deus. Despedi-me. Depois dessa perdi a vontade de chegar em casa, mas tinha que voltar.

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24/04/2009
24/04/2009, 09h14min E arremata: Foi salutar a exposi? de diverg?ias porque nos ?mos meses os movimentos sociais estavam se tornando ref? do presidente do STF [Gilmar Mendes>. Era como se ele estivesse ditando as regras do pa? disse dom Jos??o Stroeher, de Rio Grande, na 47ª Assembleia Geral da CNBB (Confer?ia Nacional dos Bispos do Brasil), em Indaiatuba (SP). Para o bispo de Jales (SP), d. Luiz Dem?io Valentini, o STF precisa se reavaliar, assim como o Executivo e o Legislativo. A realidade est?esafiando todas as institui?s. Com dados da Folha de S?Paulo.

Érico Valduga, em Periscópio

24/04/2009
Voc?acompanharam o bate-boca de Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa no Supremo? N?? primeiro e nem ser? ?mo a chamar a aten? pela crueza de algumas express? potencializadas pelo crescente n?o de cidad? que acompanha ao vivo a transmiss?das sess?pela TV Justi? ?natural que ministros de temperamento forte, como ? caso de ambos, percam o controle vez que outra. Mas n?? regra, e pelo acontecido n?se pode concluir que o STF esteja dividido no entendimento do que ? sua miss?de int?rete da Constitui?. Ali? em nota oficial, oito deles (Ellen Gracie estava viajando e os envolvidos ficaram de fora) reafirmaram a confian?e o respeito a Mendes “na sua atua? institucional como presidente, lamentando o epis? ocorrido nesta data” (quarta-feira, 22). N?existe o bem e o mal que entidades de classe e parte da m?a logo apregoaram, em orquestra? conhecida, como se o caso comportasse tomadas de posi?, e fosse conseq?ia de infiltra?, no plen?o do tribunal, da voz das ruas mencionada durante a discuss? Quem ouve, ou deveria ouvir esta voz, s?os pol?cos, e n?os ju?s, cegos e surdos ao que n?est?os autos. Ali? os autos e a doutrina tiveram pouco a ver, a julgar pela resposta de Barbosa ?ergunta da Folha de S.Paulo sobre ser ele apontado como o ministro que mais se desentende com os colegas, e se isto seria sinal de temperamento dif?l. A resposta revela um estado de esp?to complicado: “Engano pensar que sou uma pessoa que tem dificuldade de relacionamento, uma pessoa dif?l. Eu sou uma pessoa altiva, independente e que diz tudo que quer. Se enganaram os que pensavam que, com a minha chegada ao Supremo Tribunal Federal, a Corte iria ter um negro submisso. Isso eu n?sou e nunca fui desde a mais tenra idade. E tenho certeza de que ?sso que desagrada a tanta gente. No Brasil, o que as pessoas esperam de um negro ?xatamente esse comportamento subserviente, submisso. Isso eu combato com todas as armas”. O que a cor da pele tem a ver com a qualidade t?ico-jur?ca e com o comportamento de um magistrado no pa?em que quase metade da popula? ?e mulatos e negros? Se tem a ver, o ministro est?o plen?o errado, no m?mo.

Júlio Cruz

24/04/2009
Discutir a respeito da legaliza? do uso da maconha n??m fato novo. Na ?ca presente, discute-se a tese que diz respeito ?egalidade de fumar maconha dentro dos lares ou em ambientes p?cos, de forma deliberada. Tal fato vem mais uma vez ?aila, de forma aquecida, quando no Brasil se passa a divulgar a poss?l licitude do uso. Para tanto, se veicula que alguns eminentes pensadores latino-americanos, entre eles o soci?o Fernando Henrique Cardoso, passaram a propor com insist?ia que a pol?ca mundial de drogas deva ser revista, a come? pela maconha. Segundo FH “?reciso come? a avaliar a conveni?ia de descriminalizar o porte da maconha para o consumo pessoal, fato que j?st?endo colocado em pr?ca por muitos pa?s”. Tal declara? bate de frente com o que se constata em alguns pa?s europeus, onde apesar do registro de um rigoroso controle social, as tentativas foram por ?a abaixo. Fatos concretos demonstram que a Holanda, pa?vanguardista da chamada “libera? contida”, passou a rever os conceitos at?nt?adotados, porquanto o uso de entorpecentes cresceu de forma assustadora. Sabe-se que maconha vicia e provoca depend?ia psicol?a e que, de cada 10 pessoas que a experimentam, cinco acabam viciadas nela. Apesar deste expressivo alerta, muitos creem que a maconha n?se faz suficiente para aumentar os n?is pessoais de agressividade, apesar dos estudos que apontam em dire? antag?a. Na realidade, trata-se da droga il?ta mais consumida em todo o mundo. Um alucin?o que faz com que o c?bro funcione de forma desconcertante e anormal. Dentre os tantos efeitos negativos produzidos pela maconha, est?os ps?icos cr?os, que interferem na capacidade de aprendizagem pela perda da capacidade cognitiva e de memoriza?, podendo, ent? causar s?romes “amotivacionais”, fazendo com que o indiv?o se torne ap?co e sem disposi? para desenvolver suas tarefas di?as, o que fatalmente o levar? um estado de depend?ia psicol?a. No maci?depoimento daqueles que praticaram e daqueles que praticam seus programas de recupera? na comunidade terap?ica da organiza? n?governamental Pacto/POA, pelo per?o de nove meses, e que de forma dram?ca j?isitaram o fundo do po? obt?se o testemunho de que – de forma definitiva – a maconha ? porta de entrada para a utiliza? das drogas ditas mais pesadas. Resulta da? indubit?l convic? de que, caso aprovada, a descriminaliza? do uso da maconha dever?ignificar o enfrentamento de uma quest?deveras complexa. Todavia, o que n?se pode admitir ?ue tal discuss?permita ser banalizada pela pe?orat? daqueles que procuram encaminhar, fruto de seus status pol?cos, exc?ricos procedimentos liberais. De outro lado, avaliar a repercuss?da postura adotada pelo governo perante a sociedade, considerando a mensagem que o mesmo estaria encaminhando ao seu corpo social, sabedor de que o termo legalizar significa, de antem? que o que se est?egalizando ?en?lo ou ao menos n?causa danos ?opula?, dispositivo que desarranja ?eferida tese. Resta saber, em caso de aprova?, quem pagar? conta. *Presidente da Pacto/POA – Pastoral de Aux?o Comunit?o ao Toxic?o de Porto Alegre

AFP

23/04/2009
ASSUN?O, Paraguai (AFP) — Damiana Mor? a terceira mulher a denunciar que tem um filho com o atual presidente do Paraguai, Fernando Lugo, afirma que o ex-bispo ?ai de, ao menos, seis crian?. Formamos um grupo de trabalho para administrar todos os casos de paternidade (relacionados a Lugo). At? momento, j?emos not?a de que existem seis casos, disse Mor?em entrevista coletiva. Mor?explicou que a id? de formar o grupo surgiu em conversas com respons?is da Secretaria da Inf?ia e da Adolesc?ia e da Secretaria da Mulher. Segundo a mulher, as encarregadas das duas secretarias, Liz Torres e Gloria Rub? t?plena consci?ia sobre a necessidade de se esclarecer tudo para que Lugo possa governar. Mor? que afirma ter um filho de um ano e quatro meses com Lugo, disse que n?vai exigir nada do chefe de Estado, e destacou que o pr?o presidente j?omunicou, por interm?o de seu advogado, que assumir? paternidade. N?as m?, temos que nos unir e n?agir separadamente, para evitar um maior desgaste na figura do presidente, disse Mor? ex-coordenadora da Pastoral Social da Diocese de San Lorenzo. Damiana Mor? de 39 anos, iniciou sua rela? com Lugo h?inco anos, e a intensificou durante a campanha eleitoral que levou o ex-bispo ?resid?ia, em abril de 2008. Lugo ocupou o posto de bispo de San Pedro (400 km ao norte de Assun?) at?1 de janeiro de 2005, mas manteve o h?to religioso at?8 de dezembro de 2007, quando renunciou para se candidatar ?resid?ia. Na semana passada, Lugo reconheceu como filho o menino Guillermo Armindo, de dois anos, fruto de um relacionamento com Viviana Carrillo Ca?. A admiss?p?ca da paternidade estimulou uma segunda mulher, Benigna Leguizam?ex-funcion?a da diocese de San Pedro, a exigir que Lugo reconhe?o filho Lucas Fernando, de seis anos. A titular da secretaria da Mulher, Gloria Rub? estimou que podem surgir novos casos e pediu a Lugo que esclare?toda a situa?.