Moacyr Goes

24/04/2009
Rio - Estamos ?ombra do desastre e da insanidade, enquanto n?for esquecida a ideia racista de separar os indiv?os pela cor, declar?os de ra? distintas e proporcionar-lhes direitos desiguais. O caso de Tatiana Oliveira, no Rio Grande do Sul, ?xemplo da a? criminosa e racista travestida de justi? Ela se inscreveu no vestibular usando de um direito franqueado pela Universidade Federal de Santa Maria, o de se declarar parda para obter mais facilidades. Isso por si j?eria um esc?alo, mas o que ocorreu foi mais monstruoso. Tatiana passou, usando o caminho das cotas, mas agora ?cusada de n?ter direito, mesmo sendo filha de pai pardo e m?branca. Sabem por qu?Pasmem! Uma comiss?descobriu que ela nunca foi discriminada, jamais foi ofendida por ser parda e que, por isso, n?deveria merecer a cota. Uma comiss?entrevistou a mo? julgou que ela n?pertencia ?a?certa e a condenou a sair da universidade. ?isso. Uma comiss?diz a qual ra?um indiv?o pertence. Isso me lembra os horrores do holocausto. Comiss?reconheciam os judeus e os separava. Uns iam direto para a morte; outros, para o trabalho escravo. Parece exagerada a compara?? Ent?pense em outra cena. Dois rapazes num banco em frente a uma comiss? Eles tiraram as mesmas notas. A comiss?aponta para um e sentencia: voc?st?entro, pois ?egro. O outro est?ora. Sua ra?discriminou as outras e agora ? hora da revanche. Essa cena n??eal? ? mas o di?go ? que no teatro chamamos de subtexto, as inten?s que movem o personagem. Na real, o texto vem travestido de justi?reparadora. O abismo se aproxima! * Diretor de teatro e cineasta

Ricardo Bergamini e dados do BCB

24/04/2009
Base: De Janeiro de 2003 at?ar?de 2009 Balan?Comercial S?e hist? de nossa balan?comercial com base na m?a/ano foi como segue: 85/89 (super?t de US$ 13,5 bilh?= 4,57% do PIB); 90/94 (super?t de US$ 12,1 bilh?= 2,70% do PIB); 95/02 (d?cit de US$ 1,1 bilh?= -0,15% do PIB). De janeiro de 2003 at?ar?de 2009 (super?t de US$ 34,7 bilh?= 3,42% do PIB). Necessidade de Financiamento do Balan?de Pagamentos S?e hist?a de nossa necessidade de financiamento de balan?de pagamentos com base na m?a/ano foi como segue: 85/89 (US$ 13,4 bilh?= 4,56% do PIB); 90/94 (US$ 17,4 bilh?= 3,89% do PIB); 95/02 (US$ 50,9 bilh?= 7,26% do PIB). De janeiro de 2003 at?ar?de 2009 (US$ 30,2 bilh?= 2,97% do PIB). Investimentos Externos L?idos (Diretos e Indiretos) S?e hist?a dos investimentos externos l?idos (diretos e indiretos) com base na m?a/ano foi como segue: 85/89 (negativo de US$ 6,3 bilh?= -2,14% do PIB); 90/94 (positivo de US$ 7,0 bilh? = 1,57% do PIB); 95/02 (positivo de US$ 24,3 bilh?= 3,46% do PIB). De janeiro de 2003 at?ar?de 2009 (positivo de US$ 21,0 bilh?= 2,07% do PIB). Arquivos oficiais do governo est?dispon?is aos leitores.

MPN/Estadão

24/04/2009
Felipe Recondo A Confedera? da Agricultura e Pecu?a do Brasil (CNA) vai protocolar na pr?a semana um pedido de impeachment contra a governadora do Par?Ana J? Carepa (PT), por descumprir decis?judiciais que ordenam a retirada de integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) de fazendas no Estado. No s?do ?arde, um confronto armado entre militantes do MST e seguran? de uma fazenda, em Xinguara, no sul do Estado, deixou oito feridos. Uma a? civil p?ca j?ormulada pela CNA, que pede o impeachment de Ana J?, ser?evada ?ssembleia Legislativa do Par?N?ueremos j?a semana que vem protocolar esse pedido, afirmou a senadora K?a Abreu (DEM-TO), presidente da entidade. Depois do conflito de s?do na Fazenda Castanhais - pertencente ?gropecu?a Santa B?ara, do grupo do banqueiro Daniel Dantas -, K?a pediu ao Minist?o P?co interven? federal no Estado. Em mar? a CNA havia solicitado ?usti?paraense que decretasse a interven? no Par?mas o caso ainda n?foi analisado. Durante o enfrentamento, jornalistas e uma advogada foram mantidos ref? pelo MST, usados como escudo humano. Entre as rea?s, a Associa? Nacional de Jornais (ANJ) divulgou nota de rep? ao que chamou de a? criminosa dos sem-terra. Em outra nota, o MST negou ter mantido ref? e acusou os seguran? de planejarem um massacre. TROPA De acordo com a CNA, 111 decis?judiciais de reintegra? de posse, algumas julgadas h?ais de um ano, s?descumpridas pelo governo do Estado, o que permitira a interven? e o pedido de impeachment. O poder Executivo do Par?ransformou-se no ?mo juiz das invas?de terra. Quem decide se as ?as invadidas devem ser ou n?desocupadas ? governadora do Estado, autoridade que se substitui ao Judici?o, julgando em ?ma inst?ia o direito dos produtores rurais, reclamou a senadora, na representa? protocolada no Minist?o P?co. A representa? protocolada ontem precisa ainda ser analisada pelo procurador-geral da Rep?ca, Antonio Fernando de Souza. Se concordar com o pedido, o procurador encaminhar? caso para o Supremo Tribunal Federal (STF), onde o assunto ser?efinitivamente julgado. REFOR? Para evitar novos conflitos na regi? o governo do Estado pediu e o governo federal aceitou mandar para a regi?50 homens da For?Nacional de Seguran?- 20 partir?de Bras?a hoje e outros 30 chegar?no final de semana ao Par? Esses agentes far?apenas o policiamento ostensivo nas ruas de Bel? o que deve liberar a tropa especializada em conflitos agr?os a realizarem as reintegra?s de posse j?ecididas pela Justi?e coibir novos enfrentamentos entre fazendeiros e sem terra. Em nota, o governo do Par?nformou que as a?s para reintegra? de posse foram reiniciadas em abril deste ano, havendo executado, exitosamente, nove reintegra?s nos ?mos 15 dias. Ainda de acordo com o texto veiculado pelo governo do Estado, as opera?s prosseguem conforme planejamento pactuado com o Judici?o. Em nota anterior ?mprensa, divulgada ap? conflito, o governo j?legara que n?tem medido esfor? para diminuir a viol?ia agr?a.

Nivaldo Cordeiro

24/04/2009
23 de abril de 2009 L?inha Quinho caminhando no gingado t?co, como se deslizasse num forr?lestial, trazendo sob a axila direita dois volumes. Ao ver-me, abriu seu sorriso radiante e falou: “Doutor, que prazer v?o”. Respondi: “Todo meu, meu amigo, que livros s?esses?”. Ele: “Comprei naquele sebo da Augusta, meio lix? o aspecto. Um real cada. Mas s?livros bons. Li, reli e tresli. Decorei-os de t?bons”. Peguei os volumes e me espantei: A Rebeli?das Massas, do fil?o espanhol Ortega y Gasset e A Nova Ci?ia da Pol?ca, do alem?Eric Voegelin. Olhei para ele agradavelmente surpreendido. As p?nas soltavam-se pelo peso do tempo e da m?ualidade das edi?s. – Quinho, esses caras s?bambas. N?sabia que os conhecia. – Eu os tenho lido sempre. Gasto parte de meu tempo na Biblioteca M?o de Andrade, tenho at?arteirinha. Vou l?elo menos tr?vezes por semana, p? leitura em dia. Esses tesouros est?l?Mas por um real at?u compro. Dif?l ?uardar. – Veja, Quinho, esses n?s?autores comuns. Ningu?os l? – Mas devia, n??doutor? N?d?ara compreender o Brasil sem saber o que esses fil?os escreveram. Veja bem, como explicar que elegemos um presidente semi-analfabeto, que gosta da branquinha e tem cara de cachaceiro? Nem pega bem. E, ainda por cima, esse presidente ?ue vem a sancionar o acordo ortogr?co e instalar a Lei Seca, uma franca ironia da hist?, doutor. Est?udo fora dos eixos, nem esse cachaceiro deveria ser presidente e nem essas leis deveriam ter sido aprovadas, assim. Tudo invertido. – Explique, eles abordam isso? Estudaram isso, Quinho? – Sim. O Ortega nesse livro fala da rebeli?das massas que ele j?ia no in?o do s?lo XX. Aquela coisa horrorosa do Hitler e do comunismo no mundo todo, matando meio mundo. Est?udinho explicado l? A guerra civil espanhola, fato que previu e que o fazia sofrer, est??amb? H?uem pense que as massas se rebelaram por causa do sufr?o universal ou meramente pelo golpismo dos extremistas de direita e de esquerda. Nada disso. A rebeli?come? muito antes. Essa quest?do sufr?o universal ou do golpe de Estado ?cess?, como ?cess? a forma de governo. Veja, onde impera o comunismo instalam-se dinastias, como a dos Fara?Tanto faz como os governantes sejam escolhidos, se por votos ou por baionetas. O ponto ?ue o n?l moral e intelectual do povo caiu demais e essa gente moralmente deformada passou a escolher os governantes. Agora temos os piores no poder. O senhor viu o Obama nos Estado Unidos? Igual aqui. Os piores agora est?governando l?um perigo para a humanidade. Quim tomou f?o e abandonou o sorriso habitual. Eu desconhecia esse aspecto professoral de sua personalidade. Continuou: – Ortega aponta que a subida das massas coincidiu com a debandada dos egr?os, das elites. As massas agora escolhem seus pares para governar, escalados para atender a todos os seus apetites. Por isso que a?esse livro ele sublinha a necessidade e se respeitar a tradi?. Chama de “direito ?ontinuidade”. Essa ?ma das grandes contribui?s do espanhol, mas onde est?amb?a sua grande fraqueza te?a. Lendo a sua obra veremos que ele n?gosta muito do cristianismo, mas a l?a do seu argumento leva necessariamente a pensarmos que essa tradi?, essa continuidade, ?recisamente os valores morais tradicionais do cristianismo. O cristianismo, e s?e, ? corda que une a Antiguidade com o tempo presente. – N?entendi, repliquei. – Olha, doutor, ??ue a filosofia do Voegelin se agiganta e completa a an?se orteguiana. Voegelin vai mostrar que os movimentos que ele chama de gn?cos, a falsifica? da mensagem crist??ue vai tomar o lugar da moral tradicional. A pol?ca moderna assume essa fei? religiosa secular, algo superado pelo cristianismo. A?il?os patifes como Rousseau e Marx e esse tal de Nietzsche, que tinha um bigod?igual ao meu, aloprado de jogar pedra na lua, ?ue ir?formar a mente das multid? Veja s?aponta para mim a banca de jornal – tudo que se v?scrito ali, nas revistas, livros e jornais que vendem, s?reprodu?s mais ou menos integrais desses tr?caras. ?o relativismo moral dando fundamento ao relativismo pol?co. Como o povo ter?oa forma? moral quando se ensina nas escolas esse lixo, que ?eproduzido pela imprensa? Pessoas assim s?colher?Lula e Obama, doutor, e at?ol?cos piores do que eles. Elas n?t?a menor id? do que est?fazendo. – Voegelin falava tamb?da representa? existencial, arrisquei opinar. – Isso ?uito importante, doutor. Se o n?l moral das massas encontra-se no est?o criminoso, seus governantes ser?o espelho disso. Hitler foi a alma do povo alem?a seu tempo, como Stalin foi na R?a. Cada lei que se aprova com o parlamento controlado por essa gente ?ma esculhamba?. O Estado n?mais est? servi?do Bem, da Justi? como era no passado, com todas as suas limita?s. Ele agora existe para satisfazer as bestialidades, para ajudar no v?o da pregui? para eximir o povo dos deveres e conferir-lhe direitos conflitantes e descolados da realidade. Est?gora a servi?do racismo oficial, como nos tempos de Hitler. Em resumo, puseram o Estado a servi?do Mal. Tentam em v?abolir o direito natural. A vida material das pessoas s?as e trabalhadoras, cumpridoras dos seus deveres, virou um inferno. At? pr?ca da boa moral privada est?endo criminalizada. Os governantes fazem essas maluquices precisamente para atender aos baixos instintos coletivos. ?o momento em que o tra?criminoso do homem comum se transforma no molde das institui?s pol?cas. S? legitima para governar agora quem se submeter aos caprichos da multid? que n?quer nada com o batente, s?er vida boa, bolsa disso e daquilo, sa?de gra? educa?, aposentadoria, “direitos”. Doutor, isso n?vai dar certo n? Fiquei pensativo, olhando a capa dos livros. O que Quinho dizia era s?o demais, a realidade imediata se dava inegavelmente aos olhos. – Doutor, a impress?que d? que os governantes fazem isso apenas para se eleger, mas ?m erro pensar assim. Se a multid?estivesse moralmente sadia, com a alma ?egra, jamais daria ouvidos a candidato de n?l t?baixo e ficaria contra as leis que ferem o bom senso e a boa moral, que jamais seriam aprovadas. O senhor viu a ultima elei? para prefeito. Que diferen?faz os nomes que concorreram? Veja que o discurso dos candidatos ?uito homog?o. O programa de todos eles ?raticamente o mesmo, a cartilha de como melhor atender aos nossos v?os coletivos. Felizmente aqui em S?Paulo n?elegemos a Marta do PT. J?ensou? Posso dizer que o grau de loucura coletiva paulistana ?enor que a m?a da loucura coletiva do Brasil. – O que fazer para reverter a situa?, Quinho? – Sei n? doutor, da ultima vez deu em fornos cremat?s e na Segunda Guerra Mundial. Monte de gente morta. Sei n? Isso n?est?e cheirando bem. Viu o ?io cocaleiro na Bol?a? Esse sargent?na Venezuela? Sei n? o neg? est?eio. Eu at?uero ver se esse povo do PT vai passar o poder. 3 vezes tenho d?a. Ficamos em sil?io. Parecia que a atmosfera particular que divid?os ali era diferente da do ambiente. O ar ficou pesado, a ang?a estampada em meu rosto. – Doutor, o neg? ?ezar. Rezar mesmo, que o tempo ?e ora?s. Fico pensando em Santo Agostinho. “Haver?ez justos em Roma?” Temos dez justos em Sampa? Doutor, eu me apavoro quando penso no santo e na queda do Imp?o Romano. –Quinho, porque est?as ruas? Ficou inevit?l perguntar. – Ora, doutor, vivo uma forma particular de monasticismo. Durmo pouco, pratico o voto de pobreza e castidade, pratico o bem, rezo e estudo o que posso. Tenho um mosteiro desprovido de paredes, um claustro sem isolamento. E assim penso que fa?louvor a Deus. Despedi-me. Depois dessa perdi a vontade de chegar em casa, mas tinha que voltar.

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24/04/2009
24/04/2009, 09h14min E arremata: Foi salutar a exposi? de diverg?ias porque nos ?mos meses os movimentos sociais estavam se tornando ref? do presidente do STF [Gilmar Mendes>. Era como se ele estivesse ditando as regras do pa? disse dom Jos??o Stroeher, de Rio Grande, na 47ª Assembleia Geral da CNBB (Confer?ia Nacional dos Bispos do Brasil), em Indaiatuba (SP). Para o bispo de Jales (SP), d. Luiz Dem?io Valentini, o STF precisa se reavaliar, assim como o Executivo e o Legislativo. A realidade est?esafiando todas as institui?s. Com dados da Folha de S?Paulo.

Érico Valduga, em Periscópio

24/04/2009
Voc?acompanharam o bate-boca de Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa no Supremo? N?? primeiro e nem ser? ?mo a chamar a aten? pela crueza de algumas express? potencializadas pelo crescente n?o de cidad? que acompanha ao vivo a transmiss?das sess?pela TV Justi? ?natural que ministros de temperamento forte, como ? caso de ambos, percam o controle vez que outra. Mas n?? regra, e pelo acontecido n?se pode concluir que o STF esteja dividido no entendimento do que ? sua miss?de int?rete da Constitui?. Ali? em nota oficial, oito deles (Ellen Gracie estava viajando e os envolvidos ficaram de fora) reafirmaram a confian?e o respeito a Mendes “na sua atua? institucional como presidente, lamentando o epis? ocorrido nesta data” (quarta-feira, 22). N?existe o bem e o mal que entidades de classe e parte da m?a logo apregoaram, em orquestra? conhecida, como se o caso comportasse tomadas de posi?, e fosse conseq?ia de infiltra?, no plen?o do tribunal, da voz das ruas mencionada durante a discuss? Quem ouve, ou deveria ouvir esta voz, s?os pol?cos, e n?os ju?s, cegos e surdos ao que n?est?os autos. Ali? os autos e a doutrina tiveram pouco a ver, a julgar pela resposta de Barbosa ?ergunta da Folha de S.Paulo sobre ser ele apontado como o ministro que mais se desentende com os colegas, e se isto seria sinal de temperamento dif?l. A resposta revela um estado de esp?to complicado: “Engano pensar que sou uma pessoa que tem dificuldade de relacionamento, uma pessoa dif?l. Eu sou uma pessoa altiva, independente e que diz tudo que quer. Se enganaram os que pensavam que, com a minha chegada ao Supremo Tribunal Federal, a Corte iria ter um negro submisso. Isso eu n?sou e nunca fui desde a mais tenra idade. E tenho certeza de que ?sso que desagrada a tanta gente. No Brasil, o que as pessoas esperam de um negro ?xatamente esse comportamento subserviente, submisso. Isso eu combato com todas as armas”. O que a cor da pele tem a ver com a qualidade t?ico-jur?ca e com o comportamento de um magistrado no pa?em que quase metade da popula? ?e mulatos e negros? Se tem a ver, o ministro est?o plen?o errado, no m?mo.

Júlio Cruz

24/04/2009
Discutir a respeito da legaliza? do uso da maconha n??m fato novo. Na ?ca presente, discute-se a tese que diz respeito ?egalidade de fumar maconha dentro dos lares ou em ambientes p?cos, de forma deliberada. Tal fato vem mais uma vez ?aila, de forma aquecida, quando no Brasil se passa a divulgar a poss?l licitude do uso. Para tanto, se veicula que alguns eminentes pensadores latino-americanos, entre eles o soci?o Fernando Henrique Cardoso, passaram a propor com insist?ia que a pol?ca mundial de drogas deva ser revista, a come? pela maconha. Segundo FH “?reciso come? a avaliar a conveni?ia de descriminalizar o porte da maconha para o consumo pessoal, fato que j?st?endo colocado em pr?ca por muitos pa?s”. Tal declara? bate de frente com o que se constata em alguns pa?s europeus, onde apesar do registro de um rigoroso controle social, as tentativas foram por ?a abaixo. Fatos concretos demonstram que a Holanda, pa?vanguardista da chamada “libera? contida”, passou a rever os conceitos at?nt?adotados, porquanto o uso de entorpecentes cresceu de forma assustadora. Sabe-se que maconha vicia e provoca depend?ia psicol?a e que, de cada 10 pessoas que a experimentam, cinco acabam viciadas nela. Apesar deste expressivo alerta, muitos creem que a maconha n?se faz suficiente para aumentar os n?is pessoais de agressividade, apesar dos estudos que apontam em dire? antag?a. Na realidade, trata-se da droga il?ta mais consumida em todo o mundo. Um alucin?o que faz com que o c?bro funcione de forma desconcertante e anormal. Dentre os tantos efeitos negativos produzidos pela maconha, est?os ps?icos cr?os, que interferem na capacidade de aprendizagem pela perda da capacidade cognitiva e de memoriza?, podendo, ent? causar s?romes “amotivacionais”, fazendo com que o indiv?o se torne ap?co e sem disposi? para desenvolver suas tarefas di?as, o que fatalmente o levar? um estado de depend?ia psicol?a. No maci?depoimento daqueles que praticaram e daqueles que praticam seus programas de recupera? na comunidade terap?ica da organiza? n?governamental Pacto/POA, pelo per?o de nove meses, e que de forma dram?ca j?isitaram o fundo do po? obt?se o testemunho de que – de forma definitiva – a maconha ? porta de entrada para a utiliza? das drogas ditas mais pesadas. Resulta da? indubit?l convic? de que, caso aprovada, a descriminaliza? do uso da maconha dever?ignificar o enfrentamento de uma quest?deveras complexa. Todavia, o que n?se pode admitir ?ue tal discuss?permita ser banalizada pela pe?orat? daqueles que procuram encaminhar, fruto de seus status pol?cos, exc?ricos procedimentos liberais. De outro lado, avaliar a repercuss?da postura adotada pelo governo perante a sociedade, considerando a mensagem que o mesmo estaria encaminhando ao seu corpo social, sabedor de que o termo legalizar significa, de antem? que o que se est?egalizando ?en?lo ou ao menos n?causa danos ?opula?, dispositivo que desarranja ?eferida tese. Resta saber, em caso de aprova?, quem pagar? conta. *Presidente da Pacto/POA – Pastoral de Aux?o Comunit?o ao Toxic?o de Porto Alegre

AFP

23/04/2009
ASSUN?O, Paraguai (AFP) — Damiana Mor? a terceira mulher a denunciar que tem um filho com o atual presidente do Paraguai, Fernando Lugo, afirma que o ex-bispo ?ai de, ao menos, seis crian?. Formamos um grupo de trabalho para administrar todos os casos de paternidade (relacionados a Lugo). At? momento, j?emos not?a de que existem seis casos, disse Mor?em entrevista coletiva. Mor?explicou que a id? de formar o grupo surgiu em conversas com respons?is da Secretaria da Inf?ia e da Adolesc?ia e da Secretaria da Mulher. Segundo a mulher, as encarregadas das duas secretarias, Liz Torres e Gloria Rub? t?plena consci?ia sobre a necessidade de se esclarecer tudo para que Lugo possa governar. Mor? que afirma ter um filho de um ano e quatro meses com Lugo, disse que n?vai exigir nada do chefe de Estado, e destacou que o pr?o presidente j?omunicou, por interm?o de seu advogado, que assumir? paternidade. N?as m?, temos que nos unir e n?agir separadamente, para evitar um maior desgaste na figura do presidente, disse Mor? ex-coordenadora da Pastoral Social da Diocese de San Lorenzo. Damiana Mor? de 39 anos, iniciou sua rela? com Lugo h?inco anos, e a intensificou durante a campanha eleitoral que levou o ex-bispo ?resid?ia, em abril de 2008. Lugo ocupou o posto de bispo de San Pedro (400 km ao norte de Assun?) at?1 de janeiro de 2005, mas manteve o h?to religioso at?8 de dezembro de 2007, quando renunciou para se candidatar ?resid?ia. Na semana passada, Lugo reconheceu como filho o menino Guillermo Armindo, de dois anos, fruto de um relacionamento com Viviana Carrillo Ca?. A admiss?p?ca da paternidade estimulou uma segunda mulher, Benigna Leguizam?ex-funcion?a da diocese de San Pedro, a exigir que Lugo reconhe?o filho Lucas Fernando, de seis anos. A titular da secretaria da Mulher, Gloria Rub? estimou que podem surgir novos casos e pediu a Lugo que esclare?toda a situa?.

Congresso em Foco

23/04/2009
M?o Coelho O clima esquentou entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante a sess?plen?a desta quarta-feira. Ao discutirem um embargo de declara? impetrado pela Procuradoria Geral da Rep?ca (PGR), o ministro Joaquim Barbosa disparou contra o presidente da corte, Gilmar Mendes. No momento mais quente da briga, Barbosa afirmou que Mendes est?a m?a destruindo a credibilidade do judici?o brasileiro. O bate-boca come? durante a discuss?de um embargo de declara? a A? Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 2791, proposto pelo governo do Paran?A lei em quest?cria o Sistema de Seguridade Funcional do Estado do Paran? transforma o Instituto de Previd?ia e Assist?ia aos Servidores do Estado do Paran?IPE) no Paranaprevid?ia. Foi contestado um trecho da lei que permitia os serventu?os da Justi?n?remunerados pelo estado a serem inscritos no regime pr?o de previd?ia dos servidores p?cos estaduais de cargos efetivos. Mendes defendia que o Supremo deveria se pronunciar sobre os efeitos da decis? Barbosa, entretanto, foi contra ?ese. Nesse momento, come? a troca de farpas entre os dois membros da mais alta corte de Justi?do pa? A sua tese deveria ter exposta em pratos limpos, disparou Barbosa. Ela foi exposta em pratos limpos, eu n?sonego informa?. Vossa excel?ia me respeite. Isso foi discutido. Vossa excel?ia n?estava na sess? Vossa excel?ia faltou ?ess? devolveu o presidente do STF. Percebendo que o clima esquentaria ainda mais, o ministro Carlos Ayres Britto decidiu pedir vista ao processo, na expectativa de que o bateboca parasse ali. Entretanto, o ministro Carlos Alberto Direito pediu para que o plen?o analisse outro processo, de tema similar. Mostrando que n?havia superado as cr?cas do colega, Gilmar Mendes citou a data que a ADI 2791 foi julgada e voltou a dizer que Barbosa n?estava presente ?ess? Todos os pressupostos foram explicados ?poca, nenhuma informa? foi sonegada. A partir dessa frase, o plen?o do STF testemunhou, por aproximadamente cinco minutos, a briga entre os dois ministros. Barbosa sentiu a necessidade de rebater, depois da explica? de Mendes. Eu n?falei em sonega? de informa?, ministro Gilmar. O que eu disse: n?iscutimos, naquele caso anterior, sem nos inteirarmos totalmente das consequencias da decis? porque inseria os benefici?os. Eu acho um absurdo, retrucou Barbosa. O que at?nt?era uma discuss?acalorada sobre um caso espec?co, descambou para as ofensas pessoais. O presidente do Supremo disse que quem votou na ?ca sabia [das consequencias] e que o colega julgaria por classe. Seguiu-se ent?o seguinte di?go: Joaquim Barbosa - N?[n?julga por classe], eu sou atento ?consequencias da minha decis? Gilmar Mendes - Todos n?omos. Vossa excel?ia n?tem condi?s da dar li? de moral. Joaquim Barbosa - E nem vossa excel?ia! Vossa excel?ia est?estruindo a justi?deste pa? (Gilmar Mendes gargalha ao fundo) Joaquim Barbosa - E vem agora dar li? de moral em mim? Saia ?ua ministro Gilmar, saia ?ua. Carlos Ayres Britto interrompe - ministro Joaquim, n??uperamos essa discuss?com meu pedido de vista. Joaquim Barbosa - Vossa excel?ia [Gilmar Mendes] n?tem nenhuma condi?... Gilmar Mendes - Eu estou na rua ministro Joaquim. Joaquim Barbosa - Vossa excel?ia n?est?? Vossa excel?ia est?a m?a destruindo a credibilidade do Judici?o brasileiro. Quando vossa excel?ia se dirige a mim, n?est?alando com os seus capangas no Mato Grosso, ministro Gilmar. Ayres Britto voltou a interromper a discuss?dos dois. A ele, juntou-se o ministro Marco Aur?o Mello, que sugeriu encerrar a sess?naquele momento. Marco Aur?o comentou que esse tipo de bateboca n?traz nenhum benef?o para o Supremo. Barbosa, antes do encerramento, ainda procurou se defender. Fiz uma interven? regular, normal. A rea? brutal, como sempre, veio de vossa excel?ia [Gilmar Mendes]. O presidente da corte respondeu: Vossa excel?ia disse que eu faltei aos fatos, o que n??erdade. A sess?acabou sendo encerrada naquele momento. Mendes, ent? convocou todos os ministros para uma reuni?dentro do seu gabinete. Barbosa saiu sem conversar com a imprensa. At? momento, a assessoria de imprensa do STF n?se pronunciou sobre o assunto. Por conta do bateboca, a plen?a do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deveria iniciar ?19h, come? somente ?20h30. Na composi? da corte eleitoral, est?tr?ministros do Supremo. Esta foi a segunda briga p?ca entre Barbosa e Mendes. Em setembro de 2007, os dois discutirram quando o hoje presidente do STF prop?otar novamente, com a presen?de todos os 11 ministros que integram o Supremo, uma quest?decidida em uma ocasi?anterior, quando um dos ministros n?estava. Ministro Gilmar, me perdoe a palavra, mas isso ?eitinho. N?emos que acabar com isso”, disse Barbosa na ocasi? Em resposta, Mendes disse que n?iria responder ?rovoca?. Vossa Excel?ia n?pode pensar que pode dar li? de moral aqui”, retrucou Mendes, em 2007. Alguns minutos ap? discuss? o video j?stava registrado no You Tube. Al?do meio virtual, telejornais e programas de r?o de diversos ve?los de comunica? j?xibem imagens e audio com as principais bravatas dos ministros. Em poucas horas, o v?o j?inha mais de 300 exibi?s no You Tube e 26 coment?os, a maioria elogiando Joaquim Barbosa e criticando Gilmar Mendes.