Percival Puggina

02/05/2009
A cultura contempor?a concede crescente espa??alta de respeito. As evid?ias disso e suas consequ?ias s?vis?is em toda parte. Elas come? nas fam?as, onde os filhos aprendem com os pais, ante a menor contrariedade, a perder o controle sobre palavras e atitudes. Em nome da liberdade, as conseq?ias do desrespeito se esparramam na m?a popular (e na explos?de decib? com que muitos apreciadores costumam impingi-la aos circunstantes). Chegam ?salas de aula. Freq?am o teatro e as demais formas de arte. Constituem a ess?ia de in?os programas de r?o e tev?Invadem o sindicalismo, a pol?ca e os parlamentos. Fazem o lixo das ruas e a polui? do ar e das ?as. E, ao encontrar espa?no meio das sisudas togas e as data v?as do Supremo Tribunal Federal, explicam o bate-boca ocorrido entre os ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. A avalanche do desrespeito encontra pelo caminho cada vez menos gente que ainda se d? respeito. Foi sob essa perspectiva que apreciei o epis? do STF. E foi com ela que compreendi a frase do ministro Joaquim Barbosa, no calor da discuss? mandando que Gilmar Mendes fosse ?ruas, ?mesmas ruas onde ele pr?o seria aclamado, dias ap?ao caminhar pelo centro do Rio de Janeiro. A falta de limites de Joaquim Barbosa, o mesmo cuja ex-mulher acusou de agress?e o mesmo que no ano passado chamou o colega Eros Grau de velho caqu?co, s?dia cair no gosto do pov? Por outro lado, o seu desafio ao presidente do STF – “V?s ruas, ministro!” – sintetiza uma corrente do pensamento jur?co brasileiro que, no encontro entre o Fato e a Norma, trata de buscar nas cal?as o Valor a ser aplicado para produzir as decis?judiciais. Foi esse tal de “Direito achado nas ruas” que transformou o descontrole verbal do ministro em motivo de consagra? popular. Isso n?surpreende, se observado no contexto da decad?ia do respeito e da ruptura com os bons modos que antigamente eram havidos – bons modos e respeito – como ganhos da civiliza?. Entre Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa eu fico com nenhum dos dois. Mas entre discordar deles e partir para a desqualifica? pessoal, permanecendo irredut?l na grosseria, como fez o ministro Joaquim Barbosa, h?ma dist?ia enorme. Licenciado durante 90 dias de suas atividades no Tribunal Superior Eleitoral para cuidar da sa? o ministro saiu ?ruas em busca da vox populi. Comeu um fil?“tomou pelo menos dois chopes” (na palavra dos gar?s que o atenderam) e, por onde andou, recebeu aplausos dos graduados na Faculdade de Direito da Boca do Lixo e na Escola de Filosofia, Ci?ias e Letras do Bar do Jo? Recomendo eu: – Ministro, saia da rua e v?uidar da sa? Imagino que esteja sendo organizado um torneio de futebol de areia, no Rio de Janeiro, entre a turma do Gilmar e a turma do Joaquim, como preliminar ao 1º Congresso Jur?co Brasileiro em Mesa de Bar, onde ser?scarafunchado o “Direito achado nas ruas” (uma categoria jur?ca situada entre o toco de cigarro e o linchamento). Com muito balacobaco no terecoteco.

Folha de São Paulo

01/05/2009
RANIER BRAGON FELIPE SELIGMAN DA SUCURSAL DE BRAS?IA Por 7 votos a 4, o STF (Supremo Tribunal Federal) revogou ontem toda a Lei de Imprensa (5.250/67), conjunto de regras criado no regime militar (1964-1985) que previa atos como a censura, a apreens?de publica?s e a blindagem de autoridades da Rep?ca contra o trabalho jornal?ico. Com a decis? entretanto, abre-se um v?o jur?co em rela? ao direito de resposta concedido a quem se sentir injustamente atingido pelo notici?o, cujas regras detalhadas estavam contidas na lei. A Constitui? assegura esse direito, mas n?detalha como ele se dar?decis?que caber? cada juiz que analise os casos, isso at?ue o Congresso aprove lei regulamentando o tema. Com a decis? os casos relativos ?ei revogada ser?tratados pelos c?os Civil e Penal e pela Constitui? de 1988, entre outros, o que j?contece em grande parte, j?ue a Lei de Imprensa estava repleta de regras que haviam caducado. Segundo ministros, processos em andamento com base exclusiva na Lei de Imprensa devem migrar para a legisla?, no que couber. Esclarecimentos maiores ocorrer?quando for publicada a decis? ainda sem data prevista, e em pedidos para sanar d?as da decis? A discuss?de ontem n?abordou a internet, que obviamente n??ratada na Lei de Imprensa, de 1967. Os ministros que votaram pela revoga? total da lei seguiram o entendimento do relator, Carlos Ayres Britto, que j?avia dado o seu voto na primeira parte do julgamento, ocorrida h?m m? A inten? dessa lei ?arrotear a liberdade de imprensa, afirmou a ministra C?en L? em seu voto. Tamb?votaram pela total revoga? Eros Grau, Cezar Peluso, Ricardo Lewandowski, Carlos Alberto Menezes Direito e o decano do STF, Celso de Mello, para quem nada ?ais nocivo e perigoso do que a pretens?do Estado de regular a liberdade de express? Celso de Mello foi um dos que trataram de forma mais demorada a revoga? do dispositivo que detalhava as regras do direito de resposta a quem se sentir injustamente atingido pelo notici?o. Ele afirmou que a Constitui? ?uficiente para garantir o direito, sem preju? de o Congresso legislar sobre o tema. A regra [constitucional> est?mpregnada de suficiente densidade normativa, o que dispensa, ainda que n?vede, a interfer?ia do legislador. Pela manuten? ?timo a votar, o presidente do Supremo, Gilmar Mendes, foi um dos quatro ministros que defenderam a manuten? de alguns itens da lei. Ele se deteve especificamente no que trata do direito de resposta, dizendo que os problemas ser?enormes e variados aos ju?s de primeira inst?ia que forem tratar do tema, pela falta de regras claras. Ele tentou convencer os colegas a mudar os votos, sem sucesso. A desigualdade de armas entre a m?a e o indiv?o ?atente, disse ele, que citou o caso da Escola Base, dos anos 90, quando inocentes foram presos por acusa?s improcedentes de viol?ia contra crian?. A ministra Ellen Gracie listou artigos que deveriam ser mantidos, como os que consideram abusos a propaganda de guerra e processos para a subvers?da ordem p?ca. Ela defendeu ainda o artigo que pro? a publica? e circula? de livros e jornais clandestinos ou que atentem contra a moral e os bons costumes. Joaquim Barbosa manifestou preocupa? com exemplos de concentra? dos ?os de comunica? nas m? de poucas pessoas e defendeu a perman?ia dos artigos que estabelecem penas mais duras do que as do C?o Penal para jornalistas condenados por crimes contra a honra. Marco Aur?o Mello votou pela manuten? total da lei. Argumentou que sua revoga? criar? v?o, a bagun? a Babel, a inseguran?jur?ca. O ministro leu editorial da Folha que defendeu a manuten? do n?o da lei e a vota? pelo Congresso de um novo estatuto para a imprensa. O julgamento de ontem foi motivado por uma a? movida pelo PDT, por meio do deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ). ?um bom come? Vamos esperar que o ac?o [publica? da decis? d?nfase entre a diferen?entre o direito ?ersonalidade e o direito ?r?ca ao desempenho das autoridades, livre de amea?. O presidente da Fenaj (Federa? Nacional dos Jornalistas), S?io Murillo de Andrade, criticou a decis? Esse resultado aumenta a d?da que o Congresso tem de votar o mais r?do poss?l uma nova lei. Folha de S?Paulo

Reinaldo Azevedo

01/05/2009
A?m leitor que vem daqueles arrabaldes morais, a despeito de toda a minha hostilidade com essa gente, manda me dizer que, no blog de n?sei quem, Joaquim Barbosa tem 90% de popularidade, contra apenas 10% de Gilmar Mendes. Ent?.. Se fosse concurso de miss pela Internet, Barbosa seria eleito. Se fosse Big Brother, iria para a final. Como n??o que isso quer dizer? Nada! Ademais, compreendo os motivos: Joaquim Barbosa faz com que os seus f?tenham a impress?de que entendem de lei e justi? N?porque ele eleve o saber jur?co de quem o aplaude, mas porque rebaixa os seus pr?os para ser aplaudido. Agora que as sess?s?televisionadas, qualquer ministro que comece a espernear, simulando querer mais justi?do que os outros, leva vantagem. Tudo depende do car?r de cada um e do qu?oportunista se pretende ser. Lula tamb?j?ez muito sucesso — e faz ainda — tratando o que n?funciona no governo como coisa que n?lhe diz respeito. O que sei ?ue n?se melhora a Justi?passeando em cal??em dia ?. Esse tribunal ainda vai passar por muita coisa. Se Joaquim Barbosa n?tirar do seu horizonte a suspeita de que aqueles que divergem dele o fazem por racismo, poder?er protagonista de novas crises. At?orque um homem inteligente como ele tem de supor que tamb?se pode NÏ divergir por racismo. Fica-se, assim, num mato sem cachorro: ou se estaria sendo severo demais com ele ou condescendente demais. Em suma: ele teria de nos dar uma bula sobre como concordar com ele e discordar dele. Algumas pessoas, n?muitas (n?se animem os petralhas!), realmente n?gostam de mim. Outras podem at?ostar, mas discordam com veem?ia. Como, at?nde sei, n?posso alegar preconceito de qualquer natureza — Contra branquelo? Contra cat?o? Contra m?es? Contra cabe?furada? —, sou obrigado a dizer ?inha vaidade: “T?endo? Nem todo mundo vai com a sua cara ou o considera uma pessoa interessante”. Posso achar um absurdo, hehe, mas minha vaidade suporta... A vaidade de Barbosa n?pode ser t?grande a ponto de achar que s? pode discordar dele por racismo. Eu n?quero deix?o chocado, mas j? maduro o bastante para aceitar a hip?e de que, eventualmente, possa estar errado. Acusar um colega de tribunal de “sonegar informa?s” num julgamento ?por exemplo, uma atitude malcriada. Cedo ou tarde, quest?relativas a cotas raciais chegar?ao Supremo. Ser?roibido discordar da posi? do ministro — seja ela qual for? Eis a? exemplo expl?to de um dos males que o racialismo est?azendo ao Brasil. Debate-se menos “o que” foi dito e mais “quem disse”. O voto que Joaquim Barbosa deu no caso do mensal?n??em de branco nem de negro. N??em de um ministro popular nem de um ministro elitista. ? segundo entendi, o voto de quem ouve as leis, n?as ruas. E, para que se fa? ent? justi?nesse caso, ele ter?e contar com o concurso dos seus pares. Joaquim Barbosa habita o Supremo Tribunal Federal. Isso ?ma distin? e tanto para qualquer brasileiro, pouco importa sua origem social ou a cor de sua pele. Falta agora que deixe o Supremo Tribunal Federal habit?o, sentindo-se, como de fato ?um deles. Quando isso acontecer, vai se lembrar que n?obt?respeito quem fica cobrando “respeito”. O respeito costuma ser a justa recompensa de quem ?espeitoso com seus pares, com a institui? e com a Constitui?.

Jorge Hernández Fonseca

01/05/2009
El bobo de la yuca es un tonto in? porque destila bober?por los cuatro costaos. A pesar ser un tipo agita’o, que le gusta mucho leer peri?os, casi siempre termina no entendiendo bien lo que quieren decir algunas de las noticias que se producen ahora, que Obama ha decidido comenzar a conversar con el gobierno de los hermanos Castro. El muy bobo, acaba de leer con dudas una noticia que comenta la protesta verbal de un dirigente de la oposici?ol?ca al r?men cubano en el exilio, quej?ose de que la dictadura cubana solamente quiere hablar con EUA y no “con el pueblo de Cuba”. El bobo de la yuca, babe?ose como siempre, no acaba de comprender muy bien lo que se quiere decir cuando se habla del “pueblo de Cuba”, porque Ra?hora y Fidel antes, se han cansa’o de hablar con lo que ellos dicen es “el pueblo de Cuba”, seg?e desprende de las noticias que el bobo lee en Granma y de que cada vez que quieren llenan la Plaza de la ‘Revoluci? como lo har?en estos d? por el 1o de Mayo. El bobo de la yuca, disfrutando de su c?ida bober? imagina que lo que quiere decir este dirigente exiliado es que la dictadura deber?reunirse con la “oposici?ol?ca cubana”. Eso s?ue ser?bueno, pero hay un problema, la invitaci?ara esta discusi?si se hiciera por el orden alfab?co de las organizaciones y partidos de oposici?l r?men, de manera que cada organizaci?cupara s?una l?a, dar?un libro de un tama?ue no lo brinca un chivo, impreso en hoja de biblia, por las dos caras y con letra de ‘bula de medicina’; sin contar que para reunir a tantos representantes “de la oposici?ol?ca cubana” habr?que hacer la reuni?n Estadio del Cerro, permitiendo gentes hasta en el terreno. El bobo de la yuca, que jam?piensa en las consecuencias de su bober? cree que si los opositores individuales contin?quej?ose la falta de conversaciones entre la dictadura y “el pueblo cubano” Fidel va a inventar una “oposici?ol?ca interna representativa” con la cual har?euniones de coordinaci?ara hacer un “parip?de oposici?olerada, para lo cual hace rato ya tiene candidatos de sobra dentro y fuera de la isla. El bobo de la yuca, que come mucho trapo y mucho papel pero que de comemierda no tiene ni un pelo, cree que si la verdadera oposici?ol?ca a la dictadura no se apura, la dictadura los va a ‘madrugar’, y que lo que deben a hacer urgente es crear una Instituci?erdaderamente opositora que los represente ante la dictadura, ante el gobierno de Estados Unidos y ante toda la comunidad internacional.

O Globo - Boechat

01/05/2009
Antes de iniciar a sess?plen?a de hoje ?arde, Celso de Mello, ministro decano do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu a palavra para homenagear Gilmar Mendes, que completou um ano na presid?ia do tribunal na ?ma quinta-feira. O fato ?n?to na hist? do tribunal. Durante 25 minutos, Celso comentou o trabalho realizado por Gilmar ?rente do tribunal durante o ano. Ele enumerou as a?s julgadas no STF como Raposa Serra do Sol, o debate das c?las tronco e nepotismo e comentou como esses temas influenciam diretamente na vida dos cidad?. - Tenho para mim que alguns dos eventos e realiza?s que relatei representam, s?r si, a atesta?, Senhor Presidente, de sua atua? como magistrado respons?l e fiel ao interesse p?co e ?ausa da justi? e que ser?apaz, por isso mesmo, de superar os graves desafios e problemas que tanto afligem o Poder Judici?o em nosso Pa?– disse Celso. Assim que Celso terminou de falar, os ministros Carlos Alberto Direito, Ricardo Lewandowski, Carmen Lucia, Eros Grau, Carlos Ayres Britto e Ellen Gracie seguiram os votos do decano. Marco Aur?o Mello ficou calado e n?apoiou a homenagem. Cezar Peluso e Joaquim Barbosa n?est?presentes na sess? Joaquim est?m S?Paulo, onde trata o problema nas costas no Hospital Albert Einstein. - Esta suprema cote n?julga em fun? da qualidade das pessoas ou condi?. O Supremo ?ais importante do que todos e cada um dos seus ministros. Devemos velar pela integridade de suas fun?s, sendo-lhes fi?. ?por isso que jamais podemos a respeitabilidade institucional e integridade da corte suprema – concluiu Celso. Esta ? segunda vez em menos de uma semana que os ministros manifestam apoio a Gilmar Mendes. Na ?ma quarta-feira, depois da sess?em que Mendes e Joaquim Barbosa bateram-boca, oito dos 11 ministros do tribunal assinaram uma carta de apoio ao primeiro ano de gest?de Mendes.

Clóvis Rossi

01/05/2009
SÏ PAULO - Estou abrindo uma subscri? p?ca para comprar uma casinha para o pobre deputado Domingos Dutra (PT-MA), que diz temer ser obrigado, daqui a pouco, a andar de jegue, morar em casa de palafita e mandar mensagens por pombo-correio. Coitadinho. N?sei se choro de d? recomendo o ilustre pai da p?ia para o Pr?o Nobel do Cinismo, a ser ainda criado, mas que ser?fatalmente, atribu? a um congressista brasileiro (ou a todos eles de cambulhada). O coitadinho do Dutra s?queceu que: 1) tem casa de gra?em Bras?a, paga por n?2) tem uma verba para gastar com correspond?ia que daria para inundar de papel uma cidade pequena; 3) carro ? que n?falta para os pais da p?ia. Se faltasse, o gordo sal?o que ganham daria para comprar ao menos um. ? portanto, de um cinismo imbat?l, digno de pr?o. Ali? o seu partido, o PT, enchia a boca antigamente para reclamar dos privil?os de que gozavam os parlamentares (os 300 picaretas de Lula, lembra-se?). Chegou ao poder e lambuza-se no gozo das vantagens a ele inerentes, para n?falar nos trambiques que levaram o procurador-geral da Rep?ca, com o aval do Supremo Tribunal Federal, a rotular suas principais lideran? de organiza? criminosa. Mas o coitadinho do Dutra n?est?ozinho na disputa pelo Nobel do Cinismo. O l?r do PTB, Jovair Arantes, aquele mesmo que confunde as coisas p?cas com as suas coisas, agora pergunta, ante a amea?de cancelamento das passagens para parentes de deputados: N?posso mais trazer minha filha para dormir comigo?. Pode, Arantes. ?s?gar a passagem, como fazemos todos os mortais comuns. Repito: essa gente toda acha que maracutaias, trambiques e privil?os s?direitos adquiridos. O Nobel do Cinismo seria pouco. crossi@uol.com.br

El Tiempo

01/05/2009
Si las Farc quieren llegar al poder, ser?m?f?l convertirse en un partido pol?co y disputar elecciones, dijo el mandatario. Si este continente permiti?e un indio llegue a Presidente (en referencia al boliviano Evo Morales) y un obrero metal?co (el propio Lula), ¿por qu?lguien de las Farc no puede llegar al poder disputando elecciones?, se pregunt? mandatario brasile? Lula formul?tas declaraciones al analizar, junto con Garc? el papel que el nuevo presidente de Estados Unidos, Barack Obama, podr?desempe?en el establecimiento de un nuevo escenario en las relaciones con los pa?s de Am?ca Latina. Yo le dije al presidente Obama que era necesario que Estados Unidos mire hacia Am?ca Latina sin la mirada de la Guerra Fr? porque es un continente donde ya no existe ning?rupo que quiera llegar al poder por la lucha armada, con excepci?e las Farc, dijo el presidente brasile? Las declaraciones de Lula se dieron en momentos en que la senadora Piedad C?ba se encuentra en ese pa?en procura de conseguir la ayuda de ese Gobierno para la liberaci?e secuestrados que est?en poder de las Farc. La congresista se reuni?er con el principal asesor de Lula para asuntos internacionales, Marco Aurelio Garcia, quien le reiter? inter?y la disposici?e Brasil para colaborar con nuevas liberaciones. La senadora tiene previsto para hoy un encuentro oficial con Lula para agradecerle el apoyo log?ico que prest?e pa?en febrero pasado para la entrega de seis secuestrados que ten? las Farc. La congresista colombiana no descart?e esta misma semana se sepan las coordenadas del lugar donde est?l cad?r del mayor (Ernesto) Guevara, fallecido en cautiverio. Sin embargo, el Gobierno colombiano ha ratificado que la Cruz Roja Internacional es la ?a autorizada para participar en las liberaciones y ha dejado por fuera a la senadora liberal. http://www.eltiempo.com/colombia/politica/lula-le-pide-a-farc-que-se-conviertan-en-partido-politico-si-desean-llegar-al-poder_5089804-1

Ipojuca Pontes

01/05/2009
O Estado de S. Paulo - SP, Opini? Ipojuca Pontes, 27/04/2009 Conforme determina cl?ula p?ea, um dos primeiros passos de Lenin na rota da “constru? do socialismo” dentro da URSS foi estabelecer o controle dos “meios sociais de produ?”, nele inclu?, ?o, o completo dom?o sobre os ve?los de comunica?, os estabelecimentos de ensino e a produ? cultural. Mas antes de adotar qualquer medida, demonstrando grande senso de objetividade, logo depois de desfechar seguro golpe sobre o governo provis? de Kerensky, o mentor da “ditadura do proletariado” tomou a iniciativa de mandar um bando armado se apossar das chaves do cofre do banco do Estado russo. Ele queria, desde logo, o controle da grana. (S?t?lo de ilustra?, o historiador ingl?Orlando Figes, no seu bem documentado livro sobre a Revolu? Russa, A Trag?a de um Povo - Record, Rio, 1999 -, relata epis?, considerado a um s?mpo grotesco e brutal, do infeliz diretor do banco oficial que, ao negar a entrega das chaves da caixa-forte ao bando revolucion?o, levou um tiro na nuca depois de perder parte da m? arrancada por uma dentada.) Ao impor o seu sistema de governo, de car?r totalit?o, Lenin, amparado no poder dissuas? da coer? e da viol?ia, tinha por objetivo a tomada (e a destrui?) dos “meios de produ? e express?do pensamento burgu? (em russo, burzhooi), tidos historicamente como ultrapassados. Caberia ?rdem emergente estabelecer os padr?de supremacia dos valores do pensamento prolet?o e fazer dos meios de comunica? e da produ? cultural instrumentos ideol?os a servi?da propaganda e das metas revolucion?as sob o controle burocr?co do Partido Bolchevique (leia-se comunista). O modelo de “organiza? da cultura” imposto por Lenin nos primeiros anos do regime, embasados na censura e no patroc?o estatal, s?ingiu o patamar da excel?ia na era Stalin, univocamente voltada para a expans?da ideologia comunista no seio da sociedade. Para consolidar tal projeto e manter o ativo controle do aparato burocr?co sobre a difus?das ideias e da cria? art?ica Joseph Stalin, ent?considerado “Guia Genial dos Povos”, n?precisou chafurdar muito: ele tinha ao seu dispor, alojado no Comit?entral do Partido Comunista (PC), a figura de Andrei Aleksandrovich Jdanov, o estrategista da pol?ca cultural do regime e mentor do “realismo socialista”, o preceito est?co, de “valor universal”, que tinha como princ?o comprometer a cria? art?ica - notadamente no cinema, teatro, na literatura, m?a e pintura - com “a transforma? ideol?a e a educa? do proletariado para a forma? do novo homem socialista”. Desde logo, com as chaves do cofre nas m?, Jdanov disse a que veio: fiel int?rete do esp?to revolucion?o, deixou a entender que dali em diante a atividade cultural seria uma empresa voltada para a implanta? do socialismo. Dentro deste escopo, Jdanov selecionou artistas e burocratas afiliados ao PC e estabeleceu as novas regras para obten? dos financiamentos oficiais no terreno das artes. Para avalizar os projetos culturais (ou censur?os) e distribuir as benesses ele fixou crit?os, organizou comiss?e conselhos e, no controle seletivo da produ? cultural, em vez de arte, criou a mais formid?l m?ina de propaganda jamais imaginada, capaz de fazer o mundo acreditar que Stalin era Deus e que o povo russo, submetido a eternas cotas de racionamento, vivia no para? terrestre. Pensadores e artistas genu?s pagaram caro pelo processo cultural acionado pelo stalinismo, decerto mantido at?oje em v?as partes do mundo (vide Cuba, China e adjac?ias). A partir da “seletividade” imposta por Jdanov no campo da produ? cultural, centenas de criadores foram marginalizados da atividade art?ica. Outros foram presos ou ficaram loucos. Outros tantos foram cortados da lista de distribui? de benesses oficiais e segregados como “formalistas”, “reacion?os”, “cosmopolitas” e “inimigos do povo”. No reino discricion?o da cultura oficial sovi?ca, por exemplo, a not?l poetisa Anna Akhm?va (para Jdanov, “meio freira, meio meretriz”) foi levada ?is?a; Maiakovski, ao suic?o; Soljenitsyn e Boris Pasternak, aos campos de concentra?. Dostoievski, por sua vez, foi banido das bibliotecas p?cas. O pr?o Serguei Eisenstein, o inventivo cineasta da propaganda stalinista, amargou o diabo depois que exibiu para o crivo cr?co de Stalin a sua vers?de Ivan, o Terr?l (parte dois), morrendo em seguida. Em tempos recentes, depois da morte de Stalin, aos preceitos do jdanovismo foram adicionados, no campo da “organiza? da cultura” socialista, os ensinamentos de Antonio Gramsci (Il Gobbo), te?o comunista italiano, criador da estrat?ca “revolu? passiva”. O modelo tra?o por Gramsci para a constru? do socialismo, em vez do apelo ao mito da for?prolet?a, privilegia o papel da cultura e o poder multiplicador dos meios de comunica?, fundamental para a difus?de um novo “senso comum” no seio da sociedade. Sem a “revolu? do esp?to”, diz Gramsci, “a ser disseminada pelo intelectual org?co, n?se pode destruir o Estado burgu? (leia-se democrata). No Brasil, ao assenhorear-se do poder, Lula e seus agentes passaram a laborar, dia e noite, aberta ou veladamente, na “constru? do socialismo”. Para consolidar tal projeto se faz necess?a, como o presidente-sindicalista j?eixou claro, a expans?do “Estado Forte”, em que ao indiv?o cabe pouco mais do que o papel de burro de carga, a alimentar uma colossal e dispendiosa estrutura burocr?ca. Na esfera da cultura, desde a proposta de cria? da Ag?ia Nacional do Cinema e do Audiovisual (Ancinav), em 2004, o governo, sempre tentando o controle total sobre os recursos tomados ?ociedade, busca a inger?ia direta no processo da cria? art?ica. Nada leva a crer que a atual investida na revis?da Lei Rouanet tenha outro objetivo. Caberia ao Congresso ficar atento a essa amea?totalit?a. * Cineasta e jornalista, ?utor do livro Politicamente Corret?imos

Pedro Feiten

01/05/2009
Vivemos um tempo de mudan?. Mudan? que sentimos a todo o momento. Mas quando n?foi assim? N?ovens, somos agentes dessas mudan?, que s?o nosso presente-futuro. Somos os grandes respons?is por novos tempos. N?aqueles em que somos chamados a colaborarmos em um futuro que nunca chega, ou em que o jovem somente ?econhecido como o futuro distante. Somos o hoje, o agora! Estamos aqui, trabalhando, estudando, construindo e realizando. Perseguidos por dificuldades, na sombra da realidade, somos vitoriosos. Em um pa?em que as pol?cas p?cas s?imediatistas, ou ainda carecem de sensibilidade social, somos resultado de uma sociedade que age sob a press?do dia-a-dia. Mas tudo isto serve somente de est?lo, aprendizado e encorajamento para enfrentarmos o nosso presente. O jovem precisa manifestar-se, n?em uma onda de revanchismo, loucura do agredir ou ref?de massas de manobra. Precisa manifestar-se com intelig?ia, com capacidade intelectual, com preparo e principalmente com resultados pr?cos, que sobressaiam a sua capacidade evolutiva e valorativa. A participa? pol?ca da juventude adv?deste conceito, da organiza? em grupos de discuss?e interesse, na possibilidade de estar representado e representar-se, como membro efetivo de mudan?. O jovem precisa ser agente do processo, atuante, com o objetivo de estabelecer novos paradigmas e par?tros de alinhamento social. Fazer-se valer de suas possibilidades, com real enfrentamento de crescimento social. Fazer parte de um partido pol?co na defesa de id?s e de perspectivas de novos momentos ?sto, pois um partido ?ma seara de pensamentos em transforma? permanente, fruto da capacidade de di?go e das realidades sociais postas. Problemas? Dificuldades? Dualismos? D?as? Interesses? Partido pol?co ?sto mesmo, fruto do reflexo que vivenciamos a cada momento. Perfei?? Esta n?uscamos, constantemente, atrav?da supera? das nossas dificuldades, enquanto sociedade moderna. Se desejarmos uma nova pol?ca, n?amos faz?a. Se desejarmos novas a?s, n?recisamos agir. Se desejamos que a pol?ca seja um lugar de ?ca e transforma? de projetos em realidade, precisamos fiscalizar e participar. Nada ?e gra?em nossa vida, se n?houver o nosso interesse e a nossa colabora? n?teremos o resultado esperado, e assim, que come?os a nos decepcionar com a pol?ca. Para mantermos nossa casa sempre em ordem, limpa, organizada, em harmonia, e ainda, com um belo jardim vistoso, precisamos trabalhar de forma continua em busca do que pretendemos. A pol?ca de um pa??a mesma forma, resultado dos nossos esfor?. Vamos come? o nosso? *Presidente Nacional da Juventude Progressista - PP