• Dr. Constantine Menges
  • 19 Setembro 2015

O ARTIGO QUE DEU ORIGEM AO TÍTULO DO LIVRO “O EIXO DO MAL LATINO-AMERICANO E A NOVA ORDEM MUNDIAL”

7 de Agosto de 2002

Uma nova ameaça que inclui terrorismo e armas e mísseis balísticos pode surgir de um novo eixo incluindo Fidel Castro, de Cuba, o regime de Chávez na Venezuela e o candidato radical a Presidente do Brasil, todos ligados ao Iraque, Irã e China. Ao visitar o Irã no ano passado, Mr. Castro disse: “Irã e Cuba podem colocar os Estados Unidos de joelhos”, e expressou sua admiração por Saddam Hussein quando visitou o Iraque.

O novo eixo ainda pode ser evitado, mas se o candidato pró-Castro for eleito Presidente do Brasil, o resultado pode incluir um regime radical que restabeleça o programa de armas nucleares e o de mísseis balísticos (1) e o incremento dos laços com os países que promovem o terrorismo, como Cuba, Iraque e Irã, e ainda podendo apoiar a desestabilização das frágeis democracias vizinhas. Isto poderia levar a que 300 milhões de pessoas em seis países se submetessem ao controle de regimes radicalmente anti-Americanos e à possibilidade de doutrinação de milhares de novos terroristas que poderiam atacar os Estados Unidos a partir da América Latina. No entanto, a administração em Washington parece não estar dando a devida atenção.
O Brasil terá eleições presidenciais em outubro e, se as atuais pesquisas forem confiáveis, o vencedor será um radical pró-Castro com profundas ligações ao terrorismo internacional. Seu nome é Luís Ignácio Lula da Silva, o candidato do Partido dos Trabalhadores que conta com aproximadamente 40% nas pesquisas. O candidato Comunista está em segundo lugar com 25% e o concorrente democrata em torno de 14% (2).
Mr. da Silva não faz segredo de suas simpatias. Foi aliado de Mr. Castro por mais de 25 anos e com seu apoio fundou o Foro de São Paulo em 1990, uma reunião anual de comunistas e outras organizações políticas e terroristas da América Latina, Europa e Oriente Médio. (O Foro) foi utilizado para coordenar e planejar atividades políticas e terroristas em todo o mundo, contra os Estados Unidos. O último encontro foi em Havana, Cuba, em Dezembro de 2001. Envolveu terroristas da América Latina, Europa e Oriente Médio e condenou fortemente a administração Bush e suas ações contra o terrorismo internacional.
Como Mr. Castro, Mr. da Silva culpa os Estados Unidos e o neo-liberalismo por todos os reais problemas sociais e econômicos com que se defrontam o Brasil e a América Latina. Mr. Da Silva chamou o Free Trade Area of the Americas (3) de uma conspiração dos Estados Unidos para “anexar” o Brasil e acusou todos os credores internacionais que esperam o pagamento de $250 milhões em empréstimos de “terroristas econômicos”. Também afirmou que todos os que estavam retirando seu dinheiro do Brasil, o faziam por temerem seu regime, e também acusou-os de “terroristas econômicos”. Isto nos dá uma pista sobre o tipo de “guerra contra o terrorismo” que será conduzido em seu governo.
O Brasil é um País ricamente dotado, quase do tamanho dos Estados Unidos, com uma população de 180 milhões de habitantes e a oitava economia mundial (com um PIB de mais de $ 1.1 trilhão de dólares). Poderia em curto prazo se tornar uma das potência nucleares. Entre 1965 e 1994 os militares trabalharam para desenvolver armas nucleares, conseguiram projetar duas bombas atômicas e estavam a ponto de testar um artefato nuclear quando um novo governo democrático e uma investigação legislativa encerraram o projeto.
Aquela investigação revelou, no entanto, que os militares haviam vendido oito toneladas de urânio ao Iraque em 1981. Também foi relatado que após o bem sucedido programa de mísseis balísticos ter sido fechado, o General (4) e 24 cientistas que lá trabalhavam foram para o Iraque. Existem relatórios revelando que, com financiamento iraquiano, a capacidade em armas nucleares foi desenvolvida em segredo, contrariando as diretivas dos líderes civis democratas.
Mr. da Silva declarou que o Brasil deveria possuir armas nucleares e aproximar-se da China, que vinha ativamente cortejando os militares brasileiros. A China vendeu ao Brasil urânio enriquecido e investiu na indústria aeroespacial brasileira, tendo como resultado um satélite conjunto de observação e reconhecimento.
O Brasil tem fronteira com outros dez países na América do Sul, o que ajudaria da Silva a incrementar, como disse que faria, uma política exterior mais próxima do regime pro-Castro e pro-Iraque de Chávez na Venezuela que apoia a guerrilha narco-terrorista das FARC colombianas, assim como outros grupos anti-democráticos da América do Sul. Hugo Chávez trabalhou com Mr. Castro para temporariamente desestabilizar a frágil democracia no Equador há dois anos. No momento, ambos apoiam o líder socialista dos cocaleiros, Evo Morales, que espera tornar-se Presidente da Bolívia em agosto próximo.
Além de ajudar as guerrilhas comunistas a tomarem o poder na conturbada democracia colombiana, um regime de Mr. Da Silva no Brasil estaria muito bem situado para auxiliar os narco-terroristas e outros grupos antidemocráticos a desestabilizar as frágeis democracias da Bolívia, do Equador e do Peru, além de explorar as profundas crises econômicas na Argentina e no Paraguai.
Ainda mais, um governo de Mr. Da Silva tenderia a não pagar sua dívida, levando a uma aguda crise econômica em toda a América Latina, com isso aumentando a vulnerabilidade das democracias da região. Poderia desencadear uma segunda crise econômica nos Estados Unidos com a contração dos mercados exportadores.
Um eixo Castro-Chávez-da Silva significaria a união da guerra política de Castro contra os Estados Unidos que já dura 43 anos com a riqueza petrolífera da Venezuela e o potencial econômico do Brasil, além da possível construção de mísseis balísticos.
Nas nossas eleições de 2004 os Americanos podem perguntar: quem perdeu a América do Sul? Os Estados Unidos permaneceram passivos durante a administração Clinton, ignorando os pedidos de ajuda dos líderes democráticos da Venezuela para se opor às ações anticonstitucionais e ilegais de Mr. Chávez e também ignoraram suas óbvias alianças com países patrocinadores do terrorismo. Por que a administração Bush não poderia agir frente a 20 anos de ganhos democráticos na América Latina que estavam ameaçados de serem revertidos? Por que não poderia fazer alguma coisa frente à abertura de nosso flanco sul às ameaças terroristas e ver nossa nação ameaçada por mais um regime anti-americano radical com intenções de adquirir armas nucleares e mísseis balísticos?
Este desastre para a segurança nacional dos Estados Unidos e para o povo da América Latina deve e pode ser evitado se os elaboradores de nossas políticas agirem rápida e decisivamente, mas isto deve ser feito já. Uma oportuna atenção e ação políticas por parte dos Estados Unidos e outras democracias deveria incluir o encorajamento para os partidos políticos pro-democráticos do Brasil se unirem e apoiarem um líder honesto e capaz que represente as esperanças da maioria dos brasileiros por uma genuína democracia e que possua os recursos de montar uma campanha nacional efetiva.
(1) Refere-se ao programa nuclear encerrado por Collor na Serra do Cachimbo e à produção de foguetes em Alcântara, MA
(2) Menges provavelmente se referia a José Serra (comunista) e Anthony Garotinho (democrata). O resultado foi: Lula (PT) 39.455.233, 46,44%, José Serra (PSDB) 19.705.445, 23,19% e Anthony Garotinho (PSB) 15.180.097, 17,86%
(3) Área de Livre Comércio das Américas [ALCA] uma proposta em 11 de dezembro de 1994 como acordo para eliminar ou reduzir as barreiras tarifárias entre todos os países das Américas, com exceção de Cuba.
(4) Provável referência ao Brigadeiro Hugo de Oliveira Piva, exageradamente chamado de “Von Braun brasileiro”. Ver entrevista do mesmo ao Reservaer (http://www.reservaer.com.br/gblrnew/texto.php?pSerial=10665) , onde mostra simpatias por Saddam Hussein e hostilidade em relação a GeorgeW. Bush.
Constantine C. Menges, quando escreveu este artigo era um senior fellow do Hudson Institute e ex membro do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos. Nasceu em Ancara, Turquia, a 1º de setembro de 1939 e faleceu em Washington, D.C., 11 de julho de 2004. Chegou aos Estados Unidos com a família em 1943. Bacharel em Física. Foi diretor para assuntos latino-americanos do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, nomeado por Ronald Reagan em 1983. Anteriormente, entre 1981 e 1983, foi analista de informações da Central Intelligence Agency (CIA) para a América Latina. Desde esta época já pertencia ao Hudson Institute, think tank sediado em Washington, D.C. que reúne a nata do conservadorismo estadunidense. Foi doutor em Ciência Política pela Universidade Columbia.
Artigos selecionados sobre o Autor
http://michellemalkin.com/2004/07/12/constantine-menges-rip/
http://www.washingtontimes.com/news/2004/jul/15/20040715-082645-4699r/
http://themengesproject.blogspot.com.br/
Troca de cartas com Olavo de Carvalho e outros artigos:
http://www.olavodecarvalho.org/semana/040717globo.htm
http://www.olavodecarvalho.org/english/texts/menges_letter_en.htm
http://www.olavodecarvalho.org/semana/070718dc.html
http://www.olavodecarvalho.org/english/texts/menges_letter_en.htm
http://www.olavodecarvalho.org/traducoes/carta_menges.htm
Tradução: Heitor De Paola

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They who can give up essential liberty to obtain a little temporary safety deserve neither liberty nor safety. Benjamin Franklin

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They who can give up essential liberty to obtain a little temporary safety deserve neither liberty nor safety. Benjamin Franklin

 

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  • Diego Casagrande
  • 19 Setembro 2015

 

A proibição das doações de empresas em campanhas eleitorais pelo STF, a pedido da OAB petista e com comemoração carnavalesca pelo PT e PSOL, é um golpe contra a democracia. Um golpe bolivariano aplicado para manter no poder quem já tem o poder. E o pior: com cara de algo legítimo, constitucional.
Não há país livre no mundo onde uma patuscada destas aconteça. Não existe eleição sem financiamento.

Criar limites, aprimorar as regras e dar transparência às doações é uma coisa. Criminalizar duramente quem desrespeitar as regras também. Mas proibir empresas que estão legalmente constituídas gerando empregos, renda e desenvolvimento de doar alegando que isso gera corrupção é raso, surreal, um atentado contra a liberdade. Seria como proibir o automóvel porque o Brasil é campeão mundial de mortes no trânsito.

Para quem não sabe, 95% das empresas brasileiras são micro e pequenas. E apenas 20 dentre as maiores empresas nacionais respondem por mais de 50% das doações para os grandes partidos. Portanto, o problema não são as doações e sim a distorção, que sempre pode ser corrigida. Ao invés de se jogar a água do banho fora, se jogou a água, a bacia e a criança junto.

Os espertos bolivarianos, apanhados no maior esquema de roubo de dinheiro da história brasileira, inventaram um discurso redentor, valeram-se da mídia amestrada para pautar o que é a verdade deles, conseguiram fazer as pessoas ingênuas repetirem que o "financiamento privado é a causa da corrupção" no país, e contaram com o STF ideológico de Toffoli e Lewandowski para colocar o cabresto. Bye bye democracia. Bem-vindo caixa dois bolivariano. Em breve as contas nos paraísos fiscais serão movimentadas para perpetuar a turma vermelha.

E mais. Ainda que eu não soubesse nada sobre o que foi discutido, pelo simples fato de PT e PSOL comemorarem como final de Copa do Mundo esta proibição tosca, é sinal de que não é bom para o país.

Ou o Congresso derruba essa porcaria fazendo uma emenda constitucional que permita a doação privada ou tratem de colocar uma estatueta do pixuleco no altar de casa. Mas não deixem a carteira por perto.
 

(foto: pres. do STF Ricardo Lewandowski, presidente Dilma Rousseff e o pres. da OAB Marcus Vinícius Coêlho em animado convescote mês passado no Alvorada)

* Jornalista

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  • Gil Castelo Branco
  • 17 Setembro 2015


Governo agiu como a cigarra na fábula de Esopo. Não se preocupou com as despesas na época das vacas gordas.
No fim da década de 70, no auge da crise econômica nos Estados Unidos, o ex-presidente Ronald Reagan afirmou: “Recessão é quando o seu vizinho perde o emprego. Depressão é quando você perde o seu. E a recuperação econômica só virá quando Jimmy Carter perder o dele”. Neste momento, é possível associar a frase de Reagan à atual conjuntura política e econômica que o país atravessa.

O encaminhamento ao Congresso Nacional de Orçamento com déficit primário (excluídas receitas e despesas financeiras) de R$ 30,5 bilhões foi a confissão da incapacidade do governo de manter um superávit primário capaz de evitar a explosão da dívida pública. A consequência do “rombo sincero” foi o rebaixamento do Brasil pela Standard & Poor’s. Assim, o jeito foi mudar o discurso e prometer transformar o déficit em superávit. Afinal, coerência não é mesmo uma marca do atual governo.

No fim do mês passado, por exemplo, a presidente da República afirmou que as dificuldades econômicas em 2014 só ficaram evidentes entre novembro e dezembro, ou seja, após as eleições. A mesma ladainha faz parte da defesa do governo no caso das pedaladas, ao considerar que naquela época o comportamento da economia era “imprevisível”. Balela!

Se assim fosse, todos os analistas não governistas seriam videntes, pois desde 2013 a crise já era amplamente comentada, bem como as mágicas para maquiar os resultados fiscais. A ponto de a candidata ter anunciado em setembro, antes mesmo do primeiro turno, que Mantega não seria ministro em eventual segundo mandato. A esse respeito, se os ministros do Tribunal de Contas da União tiverem — como devem ter — vergonha na cara, irão reprovar tecnicamente as contas de 2014 da presidente. Posteriormente, caberá ao Congresso julgar se o parecer do TCU será ou não a fagulha do impeachment.

Na verdade, o governo agiu como a cigarra na fábula de Esopo. Não se preocupou com as despesas na época das vacas gordas e só o fez este ano, quando a receita definhou, e o país perdeu o selo de bom pagador. Após a presidente dizer na semana passada que não havia mais o que cortar, reuniu-se no último fim de semana com as suas dezenas de ministros para definir os cortes adicionais anunciados ontem. Para entregar o superávit de 0,7% do PIB em 2016, o governo achou aproximadamente R$ 65 bilhões, reduzindo despesas em R$ 26 bilhões e criando/ajustando/aumentando impostos em cerca de R$ 40 bilhões. A maior parcela será obtida com a volta da malfadada CPMF, com alíquota de 0,2%, para gerar arrecadação de R$ 32 bilhões. Vale lembrar que este é o “imposto” de que a presidente dizia não gostar.

De fato, as despesas discricionárias (não impostas por lei ou pela Constituição) o governo já vem cortando. Nos oito primeiros meses deste ano, o montante pago equivale ao do mesmo período em 2013, em valores nominais, sem correção pela inflação. A tesoura atinge, infelizmente, os investimentos (obras e aquisição de equipamentos) e os gastos sociais. Nos investimentos, por exemplo, os dispêndios de janeiro a agosto de 2015 foram, em valores reais, 45% inferiores aos de 2014. Os subsídios para reduzir as prestações do Minha Casa Minha Vida já são quase R$ 4 bilhões menores do que os de 2014 nos mesmos oito meses. Enquanto isso, o Legislativo aprovou aumentos salariais generosos e ampliou gastos previdenciários. Na ótica dos deputados e senadores, quem pariu o déficit que o embale.

O governo, enfraquecido, age como uma biruta de aeroporto no meio do vendaval político. Ainda não informou detalhes sobre a redução dos 39 ministérios e sobre o possível corte de milhares dos mais de cem mil cargos, funções de confiança e gratificações, especialmente os de Direção e Assessoramento Superior (DAS), que aumentaram em mais de quatro mil de 2002 para cá. Na verdade, grande parte das medidas ontem anunciadas depende do Congresso Nacional. Assim sendo, senti falta de propostas ao Legislativo para estabelecer, por exemplo, a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria das futuras gerações, bem como para desvincular o piso da Previdência do salário-mínimo.

Enfim, a presidente Dilma está jogando as suas últimas cartas. A dificuldade será aprovar no Congresso o que propõe e convencer a sociedade a dividir com o governo o custo do desequilíbrio das contas públicas gerado pela irresponsabilidade fiscal ocorrida nos últimos anos e pela corrupção.

Tal como nos EUA, na década de 70, com a recessão econômica, muitos brasileiros estão perdendo os seus empregos. Cuide do seu, presidente!

* Economista e fundador da organização não governamental Associação Contas Abertas
 

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  • Paulo Briguet
  • 16 Setembro 2015

www.jornaldelondrina.com.br

A bandeira parece estar a meio-pau no Altar da Pátria. Quem morreu? Morreu o Brasil, de morte matada. O principal autor do crime chama-se Partido dos Trabalhadores e está no poder há 13 anos. Enquanto o PT continuar por lá, encastelado em Brasília, protegido pelo Muro da Falta de Vergonha, o País não voltará à vida.

A única esperança do País é que Dilma e o PT abandonem definitivamente o poder. Aconteça isso ou não, o Pixuleco virá para Londrina. Vamos recebê-lo com todas as honras.

Ouso dizer que hoje, depois da Bandeira e do Hino Nacional, o Pixuleco é o símbolo que melhor representa o estado de alma do povo brasileiro. O Pixuleco está cheio de ar – e nós estamos cheios do PT. O Pixuleco está vestido de presidiário – e nós ainda estamos presos ao PT. O Pixuleco é aplaudido por onde passa – ao contrário do personagem retratado e seus apoiadores, que não podem andam na rua sem ser vaiados.

Vamos saudar o Pixuleco. Cada viva ao Lula inflado é uma forma de desinflar o ego do ex-presidente. Cada aparição do boneco 13-171 simboliza a desaparição do nosso dinheiro no ralo da incompetência, do estelionato e da corrupção do governo. Cada lufada de ar dentro do Pixuleco é um sopro de esperança para em nossa combalida democracia.

Eu queria encontrar o criador do Pixuleco; trata-se de um visionário, merece um prêmio! Nunca 12 mil reais foram tão bem gastos na história deste país. Nunca tantos vibraram tanto com um só boneco. Quem poderia imaginar que um simples brinquedo tamanho família iria desnortear tanto os marqueteiros do poder petista?

Uma petista ensandecida esfaqueou o Pixuleco. Outros juraram retalhá-lo em mil pedaços. O prefeito de São Paulo quis proibi-lo com base na Lei Cidade Limpa (não na Lei Ficha Limpa). Como é que os militantes podem ser tão burros? A cada golpe, a cada facada, a cada tentativa de censura, o Pixuleco renascerá e se multiplicará nas mais variadas formas – até o dia, bendito dia, em que o PT desistir de mandar em nossas vidas. Esse dia está chegando.

Então eu contarei ao meu filho a história do boneco que ajudou o Brasil a renascer

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  • Maria Lucia Victor Barbosa
  • 15 Setembro 2015

No teatro da vida a farsa se faz presente. A hipocrisia, a mentira, a simulação, a impostura, a bajulação sempre ajudaram os vencedores da batalha da existência, sobretudo, os dotados de retórica capaz de iludir e convencer.

Na política, palco máximo da simulação, a farsa conta com o poderoso auxílio da propaganda que se sofisticou e se disseminou a través dos meios de comunicação, especialmente, os televisivos. Porém, a culminância da hipocrisia e do cinismo chegou ao Brasil a bordo do governo petista, na medida em que marqueteiros habilidosos esculpiram uma falsa imagem de Lula da Silva apresentado como proletário pobrezinho, vítima da sociedade de classes e depois, num passe de mágica, o transformaram em estadista.

Na verdade, Lula é um semianalfabeto que de pobre não tem nada, um populista ambicioso e sem escrúpulos que venceu pela sorte e não pelo valor. Na quarta tentativa ele chegou à presidência da República na medida em que sua fala vulgar, rudimentar, grotesca, circense provocou o sentimento de identidade tão caro às massas.

Disse alguém que “a vida é a tragédia das escolhas”. A maioria dos brasileiros escolheu Lula duas vezes. E depois mais duas quando ele logrou colocar em seu lugar o chamado poste. E não foram somente os pobres que o escolheram o salvador da pátria, chancelando a tragédia que ocorre agora no Brasil. Brahma ou Barba chegou também lá montado no apoio dos que ele finge amaldiçoar como elites, ou seja, banqueiros, empreiteiros, grandes empresários.

E a classe média, que a petista Marilena Chauí diz odiar, composta por intelectuais, artistas, profissionais liberais, professores, estudantes universitários compuseram o teor de fé da seita PT. Jactando-se de seu socialismo requentado, falso, atrasado, tão comum na América Latina por conta da dor de cotovelo que se tem dos Estados Unidos, a classe média erigiu Lula ao altar da pátria e o adorou.

Brahma ainda teve apoio de parte da Igreja católica, das tradicionais ramificações petistas sustentados pelo partido como a CUT, o MST, UNE e de outros ditos movimentos sociais, além de conquistar a adesão de instituições como a OAB.

Impressiona também o fortalecimento do PT através do apoio constante e fiel do PSDB, especialmente de Fernando Henrique Cardoso. Nunca houve oposição ao PT nem nunca haverá por parte dos peessedebistas. É tanta a devoção dos tucanos com relação a Lula da Silva, que melhor fariam dissolvendo seu partido e entrando para o PT.

A tragédia das escolhas fortaleceu tanto Lula e seu partido que ele se imaginou capaz de fazer o que bem quisesse. Assim, veio a enxurrada de erros na economia, a gastança exacerbada, a corrupção desenfreada. E no primeiro mandato da criatura, com Lula presidente de fato, foi o tempo em que ele caprichou no amassar do pão amargo que os brasileiros agora engolem a custo e que se tornará mais tóxico daqui para frente com o aumento da inflação, da inadimplência, do desemprego, dos juros, do dólar.

Como não há governo que aguente quando a economia vai mal, movimentos populares espontâneos têm ido às ruas para pedir a saída da governanta. Parece que só agora foi notada sua total incompetência, sua fala incoerente como se ela tivesse enorme dificuldade de raciocinar, o que indica absoluta inaptidão para o cargo presidencial, aliás, para quaisquer cargos até os mais simples.

O PT quebrou o Brasil e o abismo se abre aos nossos pés, prenunciando uma via-crúcis ainda mais dolorosa com o rebaixamento do Brasil pela Agência de classificação de risco Standard & Poors. Perdemos o grau de investimento e outras agências deverão fazer o mesmo com graves consequências para nossa já combalida economia.

Diante do descalabro já existem 17 pedidos de impeachment de Rousseff na Câmara e o mais expressivo é o do ex-militante petista, Hélio Bicudo. O PSDB, vergonhosamente, covardemente, se omite, se esconde, vacila e deixa para o PMDB resolver a questão.

Enquanto isso, diabolicamente Lula vai amassando o pão. Começou a atacar a criatura e se ela cair, ai de quem a substituir. Será massacrado pela única coisa que o PT sabe fazer bem: uma oposição violenta, raivosa, intimidadora, boçal. Desse modo, Lula imagina poder voltar em 2018, consolidando seu poder e o do PT.

Resta saber se o povo aprendeu a dura lição ou se seguirá sem medo de ser infeliz rumo ao Socialismo do Século 21, da Venezuela, como quer o Foro de São Paulo. O tempo dirá.


*  Socióloga.

www.maluvibar.blogspot.com.br

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  • Olavo de Carvalho
  • 14 Setembro 2015

Só pessoas prodigiosamente incultas podem ter alguma dificuldade de compreender que uma eleição presidencial com apuração secreta, sem transparência nenhuma, é inválida em si mesma.

Vamos falar o português claro: Aquele que não dá o melhor de si para adquirir conhecimento e aprimorar-se intelectualmente não tem nenhum direito de opinar em público sobre o que quer que seja. Nem sua fé religiosa, nem suas virtudes morais, se existem, nem os cargos que porventura ocupe, nem o prestígio de que talvez desfrute em tais ou quais ambientes lhe conferem esse direito. Discussão pública não é mera troca de opiniões pessoais, nem torneio de auto-imagens embelezadas: é eminentemente intercâmbio de altos valores culturais válidos para toda uma comunidade humana considerada na totalidade da sua herança histórica e não só num momento e lugar. O direito de cada um à atenção pública é proporcional ao seu esforço de dialogar com essa herança, de falar em nome dela e de lhe acrescentar, com as palavras que dirige à audiência, alguma contribuição significativa. O resto, por "bem intencionado" que pareça, é presunção vaidosa e vigarice. Todos os males do Brasil provêm da ignorância desses princípios. Políticos, empresários, juízes, generais e clérigos incultos, desprezadores do conhecimento e usurpadores do seu prestígio, são os culpados de tudo o que está acontecendo de mau neste país, e que, se esses charlatães não forem expelidos da vida pública, continuarão aumentando, com ou sem PT, com ou sem "impeachment", com ou sem "intervenção militar", com ou sem Smartmatic, com ou sem Mensalão e Petrolão. Desprezo pelo conhecimento e amor à fama que dele usurpa mediante o uso de chavões e macaquices são os pecados originais da "classe falante" no Brasil.

Só o homem de cultura pode julgar as coisas na escala da humanidade, da História, da civilização. Os outros seguem apenas a moda do momento, criada ela própria por jornalistas incultos e professores analfabetos, e destinada a desfazer-se em pó à primeira mudança da direção do vento. A cultura pessoal é a condição primeira e indispensável do julgamento objetivo. A incultura aprisiona as almas na subjetividade do grupo, a forma mais extrema do provincianismo mental.

Vou lhes dar alguns exemplos de desastres nacionais causados diretamente pela incultura dos personagens envolvidos.

Só pessoas prodigiosamente incultas podem ter alguma dificuldade de compreender que uma eleição presidencial com apuração secreta, sem transparência nenhuma, é inválida em si mesma, independentemente de fraudes pontuais terem ocorrido ou não. O número de jumentos togados e cretinos de cinco estrelas que, mesmo opondo-se ao governo, raciocinam segundo a premissa de que a Sra. Dilma Rousseff foi eleita democraticamente em eleições legítimas, premissa que lhes parece tão auto-evidente que não precisa sequer ser discutida, basta para mostrar que o estado de calamidade política e econômica em que se encontra o país vem precedido de uma calamidade intelectual indescritível, abjeta, inaceitável sob todos os aspectos.

Quando na década de 90 os militares aceitaram e até pediram a criação do “Ministério da Defesa”, foi sob a alegação de que nas grandes democracias era assim, de que só republiquetas tinham ministérios militares. Respondi várias vezes que isso era raciocinar com base no desejo de fazer boa figura, e não no exame sério da situação local, onde a criação desse órgão maldito só serviria para aumentar o poder dos comunistas. Mil vezes o Brasil já pagou caro pela mania de macaquear as bonitezas estrangeiras em vez de fazer o que a situação objetiva exige. Esse caso foi só mais um da longa série. Mesmo agora, quando a minha previsão se cumpriu da maneira mais patente e ostensiva, ainda não apareceu nenhum militar honrado o bastante para confessar sua incapacidade de relacionar a estrutura administrativa do Estado com a disputa política substantiva. Continuam teimando que a idéia foi boa, apenas, infelizmente, estragada pelo advento dos comunistas ao poder – como se uma coisa não tivesse nada a ver com a outra, como se fosse tudo uma soma fortuita de coincidências, como se a demolição do prestígio militar não fosse um item constante e fundamental da política esquerdista no país e como se, já no governo FHC, a criação do Ministério não fosse concebida como um santo remédio, com aparência legalíssima, para quebrar a espinha dos militares. Um dos traços mais característicos da incultura brasileira, já assinalado por escritores e cientistas políticos desde a fundação da República pelo menos, é a subserviência mecânica a modelos estrangeiros copiados sem nenhum critério.

Numa sociedade culturalmente atrofiada, a coisa mais inevitável é que todas as correntes de opinião que aparecem na discussão pública sejam apenas cópias ou reflexos de modelos impostos, desde o exterior, por lobbies e grupos de pressão que têm seus próprios objetivos globais e não estão nem um pouco interessados no bem-estar do nosso povo. Cada “formador de opinião” é aí um boneco de ventríloquo, repetidor de slogans e chavões que não traduzem em nada os problemas reais do país e que, no fim das contas, só servem para aumentar prodigiosamente a confusão mental reinante.

Como é possível que, num país onde cinqüenta por cento dos universitários são reconhecidamente analfabetos funcionais e os alunos dos cursos secundários tiram sistematicamente os últimos lugares nos testes internacionais, o currículo acadêmico de um professor continue sendo aceito como prova inquestionável de competência? Não deveria ser justamente o oposto? Não deveria ser um indício quase infalível de que, ressalvadas umas poucas exceções, o portador dessa folha de realizações é muito provavelmente, por média estatística, apenas um incompetente protegido por interesses corporativos? Terá sido revogado o “pelos frutos os conhecereis”? A interproteção mafiosa de carreiristas semi-analfabetos unidos por ambições grupais e partidárias tornou-se critério de qualificação intelectual?

Não é mesmo um sinal, já não digo de mera incultura, mas de positiva debilidade mental, que os mesmos apologistas do establishment universitário fossem os primeiros a apontar como mérito imarcessível do candidato Luís Ignácio Lula da Silva, em duas eleições, a sua total carência de quaisquer estudos formais ou informais? Não chegava a prodigiosa incultura do personagem a ser louvada como sinal de alguma sabedoria infusa? Todo sujeito que, à exigência de conhecimento, opõe o louvor evangélico aos “simples”, é um charlatão. Jesus prometeu aos “simples” um lugar no paraíso, não um palanque ou uma cátedra na Terra.

Publicado no Diário do Comércio.
http://olavodecarvalho.org
 

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