EUA RETIRAM FUNCIONÁRIOS DA EMBAIXADA EM CUBA
Cidadãos norte-americanos têm sido atacados na ilha.
Também suspenderam indefinidamente a emissão de vistos aos cubanos
Sexta-feira, 29 de setembro de 2017 | Notícias
WASHINGTON (AP) - Os Estados Unidos ordenaram hoje (29/09) a retirada de todos os funcionários não essenciais em sua embaixada em Cuba, o que representa "mais da metade" de seu pessoal, em resposta a "ataques" sem responsabilidade conhecida sofridos por pelo menos 21 americanos instalados na ilha.
A medida visa "minimizar o número de funcionários dos EUA em risco de exposição" a tais ataques, disse um alto funcionário do Departamento de Estado que falou sob anonimato na conferência de imprensa.
A ordem para demitir funcionários não essenciais e seus familiares "resultará na redução de mais da metade do pessoal da embaixada", disse a fonte.
A administração do Trump também suspendeu indefinidamente a questão dos vistos aos cubanos de sua embaixada em Havana e convidou os americanos a não viajarem para Cuba, advertindo que não pode garantir sua segurança.
"As operações de visto de rotina são suspensas indefinidamente".
"Dado que a segurança do nosso pessoal está em risco e não podemos identificar a causa dos ataques, acreditamos que os cidadãos dos EUA também poderiam estar em risco e advertimos que não viajem para Cuba", disse o funcionário.
Os ataques ocorreram em hotéis.
Devido à redução do pessoal, os serviços prestados pela embaixada dos EUA em Havana serão limitados aos "urgentemente", afirmou o funcionário.
O Departamento de Estado também decidiu limitar a viagem de seus funcionários a Cuba apenas aos "os envolvidos na investigação" de "ataques" ao pessoal diplomático.
Paulo Freire não merece ser Patrono da Educação Brasileira
REVOGUEMOS UMA LEI ABSURDA
Percival Puggina
Foi formalmente apresentada no site do Senado Federal proposta com o objetivo de revogar a Lei Nº 12.612, de 13 de abril de 2012, que declarou Paulo Freire Patrono da Educação Brasileira. A idéia está aberta a receber adesões no portal dedicado à cidadania eletrônica (e-cidadania), que pode ser acessado diretamente aqui. Ao alcançar 20 mil adesões (neste momento tem 15 mil), ela se transformará em Sugestão Legislativa e será debatida pelos senadores.
A lei questionada é de autoria da deputada Luiza Erundina, que a apresentou no ano de 2005, em seu segundo mandato de deputada federal pelo PSB paulista. Acabou aprovada sete anos mais tarde, tendo sido sancionada pela presidente Dilma Rousseff.
Considerando que o infatigável proselitismo político-ideológico em torno da obra freireana não conseguiu, ao longo das últimas décadas, tornar perceptíveis quaisquer resultados positivos de sua pedagogia, é inteiramente justo dar-se razão à iniciativa que, neste momento, aguarda apoios da sociedade brasileira.
Sendo eu mesmo um dos co-autores do livro Desconstruindo Paulo Freire, obra coletiva organizada pelo prof. Thomas Giulliano, endosso inteiramente a sugestão. É preciso, quanto antes, romper as amarras ideológicas que vinculam a educação brasileira a uma vertente que não apenas é seca e estéril. Tão ruim quanto isso, tem servido apenas para, em proporções multitudinárias, reproduzir a ideologia do atraso - principal interesse de seu idealizador.
MORO E AS COLABORAÇÕES PREMIADAS
O juiz Sérgio Moro condenou o ex-gerente de engenharia da Petrobras, sucessor de Pedro Barusco a 15 anos e dois meses de prisão por recebimento de R$ 12,8 milhões da Odebrecht e da UTC em contratos para obras no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. O réu deve ficar afastado por 30 anos de qualquer cargo público e deverá pagar pena pecuniária de R$ 1,24 milhão.
Segundo a acusação do MPF, o gerente teria recebido de Pedro Barusco o "bastão da propina".
Na sentença, Moro faz duas afirmações significativas:
"Crimes não são cometidos no céu e, em muitos casos, as únicas pessoas que podem servir como testemunhas são igualmente criminosos".
E foi além, talvez esperando ser lido pelos "garantistas" do STF:
"Quem, em geral, vem criticando a colaboração premiada é, aparentemente, favorável à regra do silêncio, a omertà das organizações criminosas, isso sim reprovável".
MILITARES NA ROCINHA
Percival Puggina
Não é a primeira vez e não será a última em que nossas Forças Armadas são chamadas a agir em atividades próprias das instituições policiais. Isso não acontece por incompetência destas últimas, mas pela desproporção entre seus meios próprios e as forças do crime organizado.
Trata-se de uma dupla inadequação. De um lado, a convicção de que o mundo do crime leva enorme vantagem no seu confronto com o Estado de Direito e na sua ação cotidiana contra a vida, a integridade física e o patrimônio dos cidadãos. De outro, convenhamos: não é nada adequado convocar-se as Forças Armadas para agir contra forças inimigas com quase total restrição ao uso de seu potencial destrutivo e letal.
De fato, sem base legal para agir em questões de segurança e previamente cientificada, como estamos todos os brasileiros, sobre o rigor das garantias constitucionais que resguardam a bandidagem nacional, a ação militar é exercida sob limites incompatíveis com a formação e missão de seus quadros.
Como disse o jornalista e deputado Paulo Eduardo Martins: "Se querem que os homens da guerra entrem em uma guerra contra os criminosos, então deem a eles uma legislação de guerra. Do contrário, a guerra já está perdida". E é exatamente isso que parece. Tudo indica que sociedade e o Estado de Direito vêm sofrendo derrota após derrota no front interno pela leniência da legislação penal, pela repressão da repressão e pelas idílicas correntes sociológicas, psicológicas, filosóficas, jurídicas, político-ideológicas e - sei lá quantas outras mais - que se intrometem na pauta só para atrapalhar.
DUAS MULHERES DIRIGEM A JUSTIÇA NO BRASIL
Percival Puggina
Leio em El País, matéria de Juan Arias:
Pela primeira vez no Brasil, e em um dos seus momentos históricos mais críticos, duas mulheres estão à frente da Justiça: Raquel Dodge, que acaba de tomar posse como procuradora-geral da República e Cármen Lúcia, a primeira mulher a presidir o Supremo Tribunal Federal.
A Justiça, desde a Grécia Antiga – onde era uma deusa – até hoje, sempre foi simbolizada por uma mulher com uma balança em uma mão, símbolo da equidade, e uma espada na outra, com que aplica o castigo. E com os olhos vendados, para expressar sua imparcialidade.
COMENTO
E vale lembrar: em 2010 e em 2014, o eleitorado brasileiro elegeu e reelegeu uma mulher para a presidência da República. Não há, felizmente, portas fechadas para a livre participação feminina na sociedade brasileira.
Não são os homens que segregam as mulheres, mas são as mulheres que, tantas vezes segregam a si mesmas; são certas funções que, muitas vezes, não exercem atração sobre a maioria delas; são as condições de vida que, não raramente, as impedem de maior integração na vida social.
* Foto de Ueslei Marcelino (Reuters)
SALVAÇÃO PELA BELEZA
Católico e conservador, o deputado federal Evandro Gussi (PV/SP) gravou um vídeo em que propõe a divulgação pelas redes sociais de boas obras produzidas por artistas plásticos brasileiros. A atividade de escolher dessas peças e sua divulgação nos perfis do Facebook e demais redes marcaria um pedagógico contraste com o material que recentemente ocupou as salas do Santander Cultural.
Gostei da ideia e exibo hoje esta imagem do amigo, mestre Vitório Gheno, gaúcho de Muçum, radicado em Porto Alegre, em plena atividade aos 93 anos.