Paulo Freire não merece ser Patrono da Educação Brasileira
REVOGUEMOS UMA LEI ABSURDA
Percival Puggina
Foi formalmente apresentada no site do Senado Federal proposta com o objetivo de revogar a Lei Nº 12.612, de 13 de abril de 2012, que declarou Paulo Freire Patrono da Educação Brasileira. A idéia está aberta a receber adesões no portal dedicado à cidadania eletrônica (e-cidadania), que pode ser acessado diretamente aqui. Ao alcançar 20 mil adesões (neste momento tem 15 mil), ela se transformará em Sugestão Legislativa e será debatida pelos senadores.
A lei questionada é de autoria da deputada Luiza Erundina, que a apresentou no ano de 2005, em seu segundo mandato de deputada federal pelo PSB paulista. Acabou aprovada sete anos mais tarde, tendo sido sancionada pela presidente Dilma Rousseff.
Considerando que o infatigável proselitismo político-ideológico em torno da obra freireana não conseguiu, ao longo das últimas décadas, tornar perceptíveis quaisquer resultados positivos de sua pedagogia, é inteiramente justo dar-se razão à iniciativa que, neste momento, aguarda apoios da sociedade brasileira.
Sendo eu mesmo um dos co-autores do livro Desconstruindo Paulo Freire, obra coletiva organizada pelo prof. Thomas Giulliano, endosso inteiramente a sugestão. É preciso, quanto antes, romper as amarras ideológicas que vinculam a educação brasileira a uma vertente que não apenas é seca e estéril. Tão ruim quanto isso, tem servido apenas para, em proporções multitudinárias, reproduzir a ideologia do atraso - principal interesse de seu idealizador.