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De acordo com o Relatório Internacional de Liberdade Religiosa de 2022 do Departamento de Estado dos EUA, um menino de dois anos e sua família foram condenados à prisão perpétua pela posse de uma Bíblia.
O caso de grande repercussão na mídia ilustra a repressão do regime comunista norte-coreano contra indivíduos com crenças religiosas.
Segundo o relatório, estima-se que cerca de 70.000 pessoas, incluindo cristãos e indivíduos de outras religiões, estão detidos na Coreia do Norte devido à perseguição religiosa.
“O direito à liberdade de pensamento, consciência e religião [na RPDC] também continua a ser negado, sem sistemas de crença alternativos tolerados pelas autoridades”, afirmou António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), descrevendo as atrocidades que a Coreia do Norte comete contra a liberdade religiosa nos últimos anos.
De acordo com a ONU, as restrições de viagens impostas devido à pandemia de Covid-19 reduziram as informações sobre a perseguição religiosa, o que piorou a verificação de detalhes sobre os casos de abuso.
No entanto, o Departamento de Estado americano afirmou ter finalmente confirmado os detalhes do relatório com base em informações de organizações não governamentais (ONGs), grupos de direitos humanos e a própria ONU.
De acordo com o relatório, algumas instituições registradas, como igrejas, existem especialmente na capital coreana, Pyongyang. No entanto, os visitantes relataram que a igreja "operava sob rígido controle do estado e funcionava em grande parte como uma vitrine para estrangeiros".
O Departamento de Estado também afirmou que é difícil quantificar o alcance e o número de igrejas subterrâneas ou secretas devido o governo proibir atividades religiosas privadas.
Segundo informações de desertores, o governo norte-coreano encoraja os cidadãos a denunciarem qualquer pessoa envolvida em atividades religiosas não autorizadas ou que possua materiais religiosos, como a Bíblia.
Eles relataram que cristãos frequentemente escondem suas atividades religiosas de familiares, vizinhos, colegas de trabalho e outros, por medo de serem rotulados como desleais ao governo norte-coreano e denunciados às autoridades.
Abusos da liberdade religiosa
A Korea Future divulgou, em 2021, um relatório com base em entrevistas feitas com 244 vítimas de abusos da liberdade religiosa.
Entre as vítimas estão 150 pessoas que aderiram ao Xamanismo, 91 ao Cristianismo, uma ao Cheondoísmo e outra pessoa ligada a outras crenças. Essas pessoas tinham entre dois e mais de 80 anos. Mulheres e meninas representaram mais de 70% das vítimas documentadas.
Conforme relatado, o governo acusou indivíduos de envolvimento em práticas religiosas, realização de atividades religiosas na China, posse de itens religiosos, contato com pessoas religiosas e compartilhamento de crenças religiosas.
Esses indivíduos foram submetidos a prisões, detenções, trabalhos forçados, tortura, negação de um julgamento justo, execuções públicas e violência sexual, de acordo com o relatório.
Crianças também são vítimas
Um dos incidentes destacados no relatório foi a prisão de uma família em 2009 devido às suas práticas religiosas e posse de uma Bíblia.
Como resultado, toda a família, incluindo uma criança de dois anos, foi condenada à prisão perpétua em campos de prisioneiros.
Outro incidente relatado pela ONG Korea Future descreve um caso chocante em que um homem foi espancado quase até a morte por guardas ao ser descoberto orando.
Além disso, foi registrado um incidente envolvendo um membro do Partido dos Trabalhadores Coreanos que foi encontrado com uma Bíblia. Ele foi levado pelas autoridades para um aeródromo e executado publicamente diante de milhares de pessoas.
Segundo relatam os cristãos, as terríveis condições dos campos de prisioneiros norte-coreanos, incluem desnutrição extrema, alimentação forçada com comida contaminada, abuso verbal e físico e execução.
A Open Doors USA (ODUSA) informou que, para os cristãos na Coreia do Norte, a vida é um "caldeirão de pressão constante" e "a captura ou a morte estão a apenas um erro de distância".
Segundo a ODUSA, os cristãos são considerados os mais baixos da sociedade e estão constantemente "vulneráveis ??e em perigo".
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Terrível, não é mesmo? Pois mais ou menos assim é a história de vida de dezenas de milhões de pessoas cujas opções não foram compatíveis com o “direito” imposto por alguém, ou por algum partido político. No comunismo, os gulags eram campos de prisioneiros e, ao mesmo tempo, parte do mercado de mão de obra escrava entre repartições do Estado, sempre carentes de recursos humanos para atender às crescentes metas de produção fixadas por Stalin.
Há alguns anos, li um livro que recomendo enfaticamente – Fuga do Campo 14. Ele conta a história do jovem Shin Dong-hyuk que nasceu num campo de concentração da Coreia do Norte. Ali viveu sem conhecer sentimentos humanos uma vida de submissão absoluta e em total desconhecimento sobre o que havia fora do Campo. Atualmente, ele vive na Coreia do Sul, faz ativismo político contra a tirania que oprime seus irmãos do Norte e persiste como o único norte-coreano que conseguiu fugir de um campo de concentração naquele país.
Coisas assim podem acontecer e acontecem quando as tiranias se instalam. Por isso, denúncia, anúncio e resistência são condutas de prudência. No Brasil, a linha da liberdade já foi recuada e está sob ameaça.
Na capa do meu livro “Pombas e gaviões”, publicado pela AGE em 2010, incluí uma frase que retoma, nestes dias sua inteira validade: “Os ingênuos estão na cadeia alimentar dos mal-intencionados”.
Marco Frenette
O sempre interessante Marco Frenette escreve, em sua página no Facebook:
Você não vai entender a mentalidade dos nossos desgovernantes lendo livros profundos e complexos sobre os mistérios das catacumbas globalistas e dos labirintos das estratégias gramscistas.
Para entender a mentalidade dos stalinistas que estão destruindo o Brasil, atenha-se, primeiro, ao básico. Leia o "Manifesto Comunista". Se já leu, leia de novo, mas, dessa vez, com muita atenção.
Todos os principais ministros e líderes do atual desgoverno são comunistas fanáticos e declarados, e tentam aplicar no Brasil o que Marx e Engels escreveram em 1848.
Todas as taras que os nossos stalinistas exibem hoje ao povo brasileiro (se apoderar do Banco Central; roubar heranças; financiar ditaduras; impostos pornográficos; estado inchado e onipresente; perseguição aos adversários; censura; destruição da família e da propriedade privada) estão presentes naquele manual de instrução.
Em 1998, o nosso atual ministro da fazenda publicou o livro "Em Defesa do Socialismo" (remetendo ao "Em Defesa do Socialismo Científico", de Stálin), em homenagem aos 150 anos da publicação do "Manifesto". Em sua obra, Haddad tenta atualizar o manual de instrução, e afirma que o PT já o aplica no Brasil.
Veja, isso já em 1998. De lá para cá, a "aplicação" só cresceu, e, assim, chegamos à ditadura de 2022.
Comento
Ao ler essas corretíssimas linhas não pude deixar de pensar em pessoas amigas e conhecidas que, mesmo sabendo disso, usaram de sua liberdade e não participaram do pleito de 2022. Note-se: eu sou a favor do voto facultativo. No entanto, as consequências de uma vitória da esquerda, com Lula e seus amiguinhos, suas práticas comerciais, seu oeste ideológico, eram previsíveis por pessoas que tinham e têm conhecimento e formação suficientes para identificar não riscos, mas inevitáveis consequências!
Mesmo assim, alegaram motivos tão simplórios, tão descolados da realidade!... Agiram numa eleição presidencial como se estivessem escolhendo uma gravata – gosto ou não gosto – e não o futuro deles, de seus filhos e de uma nação inteira..
Percival Puggina
Lula expressou com todas as letras e imagens seu desejo de vingança. Não será por obra do acaso que a vemos em curso. Vem mais por aí.
Você já ouviu falar nas ditas “forças da natureza”, não é mesmo? Pois é com isso que estamos lidando. É da natureza do grupo político que assumiu o poder em nosso país, tratar assim a divergência. O comportamento do senador Randolfe Rodrigues durante a campanha presidencial de 2022 fornece o perfil do que seria o governo do qual ele, graças aos serviços prestados, tornou-se líder no Congresso.
Há poucos minutos, participando do programa Boa Tarde Brasil da Rádio Guaíba de Porto Alegre eu mencionei que a essas alturas não interessa mais o fato de que essa esquerda que assumiu o poder se posiciona contra tudo pelo que tenho apreço: valores, princípios, visão de pessoa humana, de sociedade, de política, de economia, de família, de proteção da infância, de educação e por aí vai.
Nada disso mais importa. Não estamos em disputa política por ideias, mas enfrentando uma crise de outra grandeza, nos fundamentos de nossa existência como nação de homens livres. Tal crise, atentando contra a liberdade de expressão, à margem dos firmes termos constitucionais, já afetou o estado de direito, o regime democrático e nos transformou numa sociedade que se vê sem alternativa perante o Estado.
Em poucos segundos, o TSE cassou o mandato de um deputado federal. Todas as acusações que levaram a essa decisão ou se construíam no futuro do pretérito ou no pretérito imperfeito. Ele “pretenderia” ou sua intenção “talvez fosse”. Não havia condenação ou processo instalado, nem lei que desse fundamento a uma cassação com base em conjeturas dos julgadores. Tratava-se, apenas, de desabilitar um antagonista, penalizando-o exatamente por isso. E pela “lei da ficha limpa”! É brincadeira.
Percival Puggina
Assisto e transcrevo de vídeo da JP trecho da fala do ministro
Eu, particularmente, não estou preocupado com os termos de uso dos senhores. Se os senhores não mudarem os termos de uso, serão obrigados a mudar os termos de uso. E rápido. Ou vocês entendem isso ou não precisa nem continuar a reunião. A partir daqui, se os senhores não mudarem, arquem com as consequências. Nós não vamos deixar uma epidemia de assassinatos em escolas por causa dos termos do Twitter. (...) Não são os senhores que interpretam a lei no Brasil. Não são. Não serão. Eu sei que os senhores sabem isso. Eu me refiro a todas as plataformas.
Esse tempo da autorregulação, da ausência de regulação da liberdade de expressão como valor absoluto, que é uma fraude, que é uma falcatrua, esse tempo acabou no Brasil. Acabou, foi sepultado. (...) Mais me refiro ao Twitter porque esse discurso dos termos de uso é inaceitável. Isso não existe no nosso dicionário. O dicionário-gramático do ministério da Justiça e da Polícia Federal, que eu comando, não existe a expressão termos de uso. Esqueçam isso. (...) Eu tenho certeza de que essa colaboração ocorrerá e quem se opuser a essa ideia de colaboração obviamente está se expondo a que nós adotemos as providências. Nós não queremos que os senhores passam a condição de investigados da Polícia, ou de réus. Nós não queremos isso.
Comento
O ministro da Justiça deixou clara a intenção de estabelecer a censura no país. Ninguém pode achar que sai pela tangente falando em chacinas nas escolas quando o escopo está muito claro desde o início. E quando ele, ministro, em evento anterior, mandou recado semelhante, ele estabeleceu como parâmetro o que ocorreu durante o processo eleitoral, determinando que tomassem aquele período como referência.
O que tivemos naquele período se não censura política? Mas quem associar essa palavra ao PL 2630, sofrerá as consequências.
Grande novidade a esquerda querendo exercer o domínio da linguagem. Perguntem ao Noam Chomsy
Percival Puggina
Tornou-se habitual em nosso país, e nem às vítimas surpreende mais o não reconhecimento dos direitos alheios. Seja por parte do Estado, seja entre os indivíduos. O direito à propriedade privada, ao devido processo, ao juiz natural, à intimidade, à própria dignidade, à liberdade de opinião, valem menos a cada dia. Instalou-se entre nós um ódio real para combater um ódio ficcional que, na maior parte das vezes, é cidadania indefesa e, por isso, indignada e revoltada. Quem ainda não entendeu, vá estudar história.
O leitor destas linhas sabe que é assim e, por isso, mais vale dedica-las ao caso concreto da intromissão brasileira no conflito entre a Federação Russa e a Ucrânia. Tudo que o governo Lula tem feito ao se intrometer onde não era chamado foi comprometer o Brasil com uma atitude inconveniente e errada, mas compatível com seu agir mais corrente.
O governo petista não reconhece direitos alheios. Aqui, desconsidera, por exemplo, os direitos de quem contribui para os fundos que dissipa em empréstimos internacionais, os direitos dos cidadãos à liberdade de expressão e os direitos dos proprietários invadidos por seus movimentos parceiros. Por que seria diferente em relação aos da invadida Ucrânia?
Então, Lula fala e fala, e manda seu porta-voz, que o papagueia, dizer que a paz na Ucrânia depende de que os dois lados abram mão de algo, cabendo à Ucrânia ceder uma parte de seu território, porque com a guerra, os dois lados estão tendo um ônus maior do que se renunciarem a alguma coisa...
Imagine, agora, cidadão brasileiro, as consequências dessa irracionalidade e falta de juízo moral quando aplicados aos interesses nacionais que lhes corresponde proteger! Estão vendo o que fizeram com nosso país? A esquerda só não renuncia ao que, em sua ganância política, julga ser seu, como, por exemplo, os cargos que a lei vedava provimento por militantes políticos. Mas isso Lewandowski já resolveu. E disso, agora, Toffoli é o novo garantidor.
Que tempos, senhores! Que tempos!
Percival Puggina
Só quem tapou o nariz antes que lhe cubram os olhos e a boca não sentiu o cheiro desagradável de fim da democracia, com o consequente atropelo das atribuições constitucionais do Poder Legislativo pelo Poder Judiciário.
Leio na Folha de Pernambuco
A necessidade de uma definição por parte da Câmara dos Deputados para tornar crime a divulgação de informações falsas na internet é vista como urgente por uma ala de ministros ouvida pelo Globo.
Publicamente, os posicionamentos dos magistrados deixam transparecer esse apoio. Na decisão em que determinou a remoção de ataques ao chamado PL das Fake News e a realização de depoimentos de presidentes no Brasil de Google, Meta e Spotify, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que é "urgente, razoável e necessária" uma definição dos termos da responsabilidade solidária civil das empresas pelo conteúdo publicado por elas, e acrescenta que essa definição pode ser "legislativa e/ou judicial".
Segundo Moraes, a definição da responsabilidade sobre o conteúdo publicado pode ocorrer tanto pelo Legislativo quanto pelo Judiciário.
Uma regulação pelo Legislativo também é enfatizada pelo ministro Luís Roberto Barroso. Em entrevista concedida nesta terça-feira, à TV Migalhas, o magistrado afirmou que “a regulação é inevitável” e disse que uma eventual criminalização das fake news "não é censura".
— A regulação é absolutamente inevitável, o que precisamos acertar é a dose do remédio — disse.
Ainda segundo o ministro, há um problema grave gerado pela proliferação de desinformação.
— Há um subproduto grave [da Internet]: a proliferação da desinformação, dos discursos de ódio, das teorias conspiratórias, da destruição de reputações, de Estados estrangeiros interferindo com eleições em outros países. Há um problema — defendeu.
Comento
Repito: só quem tapou o nariz antes que lhe cubram os olhos e a boca não sentiu o cheiro desagradável de fim da democracia, com o consequente atropelo das atribuições constitucionais do Poder Legislativo pelo Poder Judiciário.
A democracia termina quando o Judiciário passa a fazer o que quer porque se sente autorizado a impor seu querer mesmo perante deliberação em contrário do Poder Legislativo. Que intervenha subsidiariamente, que aponte alguma inconstitucionalidade, ainda vá; mas que passe a redigir normas e a criar tipo penal por analogia, convenhamos! No parlamento, não deliberar sobre algum assunto é deliberação. Deliberar por ele é usurpação de função, como já aconteceu outras vezes em passado recentíssimo. Se há um poder sem voto que se permite legislar quando considera necessário, a representação popular perde sua razão de ser. Vai servir, apenas, para sessões solenes e homenagens.
Tem mais, no caso, é visível a ameaça contida na frase que acena com a possiblidade de impor judicialmente definições [de obrigações e sanções]. Uma consequência possível desse anúncio seria constranger o Congresso a decidir sobre o que não quer porque não compõe maioria para aprovar normas que o STF deseja ver aprovadas.