Jornal Opção
Totus Tuus lotou o Ginásio Goiânia Arena, em Goiânia, neste sábado, 25. O evento da Igreja católica é realizado na capital desde 2017 e pela primeira na América Latina, recebeu duas preciosidades da fé católica: a imagem peregrina de Nossa Senhora de Lourdes e as relíquias de Santa Bernadette Soubirous, vindas da França. Considerado Patrimônio Cultural e Imaterial de Goiás, em lei sancionada pelo governador Ronaldo Caiado, o Totus Tuus é realizado pela Associação Assunção e correalizado pelo SESC Goiás, organizado pela Paróquia Nossa Senhora da Assunção e Arquidiocese de Goiânia, em parceria com outras organizações. Além disso, conta com o apoio financeiro do Programa Goyazes, da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) do Governo de Goiás.
Foto: Lucas Diener
Jorge Abeid, PhD
Transcrevo abaixo a mensagem que recebi do engenheiro Jorge Abeid, que há décadas, com dupla cidadania, vive no Canadá.
Meu caro Puggina,
queria pedir ajuda ao amigo porque estou sem rumo em relação ao assunto jornalismo, veja só:
Ontem à noite foi a vez do Paulo Figueiredo, de quem sou contribuidor por apreciar seu trabalho há anos e além de subscrever seu canal atendendo seu apelo porque está com suas contas bloqueadas pelo Xandão, passei a pagar US$6.00/mês desde abril, e ontem o cara num programa que ele tem com Marco Antônio Costa e outros dois passou cerca de 15 minutos descendo a lenha na operação Lava Jato!
O que acontece com esse povo? Será que esse curso de Jornalismo implanta um detonador na mente e um dia, out of the blue ou, como se diz ai, sem mais aquela, é acionado?
Grande abraço
Jorge
Percival Puggina
Leio na Gazeta do Povo que o presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), quer acelerar a tramitação do novo Código Civil. O nome dado não é esse. O calhamaço com 293 páginas vem ao mundo das propostas como “atualização”.
A missão de elaborá-lo foi dada e cumprida pelo ministro Luis Felipe Salomão (sim, ele mesmo), com relatoria de Rosa Maria de Andrade Nery e Flávio Tartuce.
Um Código Civil envolve e dispõe sobre conceitos essenciais de uma sociedade. Alterações nesses conceitos alteram a própria sociedade, tal a abrangência de seus desdobramentos na vida real das pessoas. Então, para não deixar por menos, se aprovado tal como está agora, “o documento promoveria uma revolução legal no Brasil, atendendo demanda do abortismo, do identitarismo woke e dos defensores da ideologia de gênero, e modificaria radicalmente os conceitos de família e de pessoa na legislação” (aqui).
Aberto para receber emendas até o dia 8, vale dizer amanhã (os espertalhões fazem assim quando querem aprovar o que não deveria ser aprovado), no resumo de alguns temas, dispõe, segundo a Gazeta do Povo:
- A definição do bebê em gestação como "potencialidade de vida humana pré-uterina ou uterina", que introduz no Código Civil a noção de que o bebê, antes de nascer, não teria vida humana.
- O reconhecimento de uma "autonomia progressiva" de crianças e adolescentes, que devem ter "considerada a sua vontade em todos os assuntos a eles relacionados, de acordo com sua idade e maturidade" – o que abriria caminho, por exemplo, para facilitar cirurgias de redesignação sexual sem a necessidade de anuência dos pais, entre outras coisas.
- A previsão de que o pai perderá na Justiça a sua autoridade parental caso submeta o filho a "qualquer tipo de violência psíquica" – a lei não especifica as atitudes classificáveis como "violência psíquica".
- A previsão de que os animais de estimação podem compor "o entorno sociofamiliar da pessoa", e que da relação afetiva entre humanos e animais "pode derivar legitimidade para a tutela correspondente de interesses, bem como pretensão reparatória por danos experimentados por aqueles que desfrutam de sua companhia" – o que elevaria o status jurídico da relação entre pessoas e animais, abrindo espaço para o reconhecimento legal daquilo que se tem chamado de "família multiespécie".
- A introdução do conceito de "sociedade convivencial", que poderia abrir caminho para abrigar na legislação brasileira, por exemplo, uniões poliafetivas (veja com mais detalhes no PDF ao fim deste artigo).
O grupo que comanda o Senado Federal para não fazer o que convém à nação, que se banqueteia com Lula e exibe em grupo uma felicidade que não vem da pureza de seus corações, agora se apressa para fazer o que não deve. Haverá ali algum grupo desapoderado que se sensibilize com o clamor da sociedade e ponha um freio nessa esquerda desengrenada morro abaixo?
Percival Puggina
Lido no site da Agência Brasil
O governo brasileiro enviou nesta segunda-feira (12) um lote de 125 toneladas de leite em pó para Cuba. O Ministério das Relações Exteriores informou, por meio de nota, que carregamentos adicionais de leite em pó, além de arroz, milho e soja, também serão enviados ao país nas próximas semanas.
No final de 2023, Brasil, Emirados Árabes Unidos e Cuba pactuaram, durante a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), uma iniciativa para promover a segurança alimentar e nutricional na América Latina, fornecendo recursos para a produção, distribuição e suporte de sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis.
Comento
Tendo lido também essa matéria, que circulou como grande feito da generosidade petista nas redações do jornalismo companheiro, um amigo me enviou o seguinte comentário:
“Imagine se durante a campanha eleitoral Lula dissesse que antes de acabar com a fome no Brasil iria mandar alimentos para outros países! Isso é fazer contrapropaganda do socialismo e usar nosso dinheiro para fazer doações ao país errado. Afinal, o próprio petismo vive afirmando que no socialismo há uma justa repartição dos bens e, por isso, em Cuba, ‘todos têm o básico e ninguém passa fome...”.
Estranho, muito estranho: Cuba passa fome, mas pactuou "com Brasil e Países Árabes, uma iniciativa para promover segurança alimentar e nutricional na América Latina" e em seguida entra na fila com prato na mão para receber 150 toneladas de leite em pó.
Percival Puggina
Leio no Diário do Poder
Na última segunda-feira (12), o instituto Paraná Pesquisas revelou que 73,4% dos brasileiros não sabem citar uma medida positiva ou benefício que o governo Lula III realizou desde o início de sua vigência.
Entre o percentual de 26,6% relativo às pessoas que dizem conhecer as ações positivas da gestão, as respostas mencionaram investimentos no Bolsa Família, em educação pública, seguidas por investimentos em programas de moradia e habitação popular, entre outros temas.
Um percentual de 41,1% respondeu ao instituto sobre erros do governo Lula. As respostas versaram sobre aumento de impostos, boatos sobre envolvimento em corrupção e excesso de gastos.
O Paraná Pesquisas ouviu 2.026 eleitores com 16 anos ou mais, pertencentes a 164 municípios, nos 26 Estados e no Distrito Federal. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, o nível de confiança é de 95%.
Comento
No último dia 9, a Veja assemelhou a uma bomba o efeito da informação acima transcrita sobre a área de comunicação do governo. Imagino que tenha ocorrido isso mesmo. Afinal, com tanto dinheiro despejado se poderia supor um resultado melhor. Há um tipo de comunicação da qual se espera competência para fazer volume com coisa alguma.
Essa avaliação merece um outro ponto de vista. Fui verificar quais os veículos de comunicação que haviam registrado a informação disponibilizada por Paraná Pesquisas. Passados quatro dias (às 11 horas desta terça-feira) apenas Diário do Poder, Gazeta do Povo, O Antagonista, Poder 360°, Revista Oeste e Jovem Pan haviam concedido espaços à importante informação. Silenciar também faz parte do negócio, já se vê.
O mais impressionante na pesquisa: os eleitores consultados que não perceberam méritos no governo, assim como não apontaram virtudes e utilidades, foram capazes de listar 22 defeitos e malfeitos da gestão lulista, revelando um elevado nível de formação e informação. Eles souberam indicar, entre outros, os seguintes males: aumentos e reajustes de impostos, inatividade no combate à corrupção, excesso de gastos, viagens, número excessivo de ministérios e má escolha de ministros, más companhias (alianças políticas), assistencialismo ineficiente, falta de investimento em segurança pública, etc...
O povo está vendo, mas há um jornalismo que engorda no curral e não vê o que não convém.
Percival Puggina
Depois de ouvir os presidentes de três destacadíssimas instituições universitárias norte-americanas (Harvard, Pensilvânia e Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), o Congresso dos Estados Unidos resolveu abrir investigação. Afinal, durante audiência em que as manifestações de antissemitismo foram tratadas de modo severo no Capitólio, as representações das universidades relativizaram o fato numa alarmante proporção.
Anteontem, num encontro casual com um amigo judeu no supermercado, ouvi dele que quando soube das manifestações estudantis nos EUA tratando de genocídio, ele pensou serem protestos contra o ataque de Israel ao Hamas em Gaza. Só mais tarde ficou sabendo que eram movimentos a favor de um genocídio de judeus.
A diferença entre o que se pode imaginar e o que está acontecendo de fato é abismal. Quem pensa tratar-se de uma crise no âmbito da cultura ocidental está subestimando o problema. Num processo que faz lembrar o que aconteceu no mundo inteiro durante a pandemia, todas as vertentes da nossa cultura foram inoculadas com venenos específicos que lhe atacaram o cerne: a Educação, as Igrejas, especialmente a católica, os meios de comunicação, a estética, as instituições políticas, o Direito, a Justiça e o inteiro pacote das Ciências Sociais.
Isso não se resolve com chá de camomila. Não é nem parecido com o que se estabeleceu entre o Hamas palestino e Israel. O que vimos acontecer em todo o Ocidente é de muito maior gravidade. Disseminar o terror e acossar judeus mundo afora é traço de união dos velhos totalitarismos, que no passo seguinte vão atrás dos homossexuais, dos religiosos, dos diferentes e dos divergentes.
Os eventos em curso na América do Norte – Estados Unidos e Canadá – mostram que estamos, no Brasil, atrasados em relação ao ritmo dos acontecimentos de lá. É lá que operam os laboratórios de envenenamento cultural cujas fórmulas nossos “intelectuais de esquerda” traduzem pelo Google Transator. Essas mesmas pessoas, amanhã ou depois, em quaisquer circunstâncias, estarão nos púlpitos, nos palanques e nos microfones, gritando contra “discurso de ódio” (hate speech) e fake news quando alguém desmascara as mazelas de seus intelectos. Cada vez mais nitidamente se percebem os sintomas de uma guerra espiritual. Oremos!