12/07/2014
Democracia não é o equivalente institucional da bagunça, do desrespeito à honra e à propriedade alheia. Nem da violência política que determina o agir de tantos radicais. Ela não é a selva das feras ideológicas nem a casa de tolerância das idéias políticas. Não é a prostituta do mundo livre, como a qualificou a ativista da esquerda indiana Arhundati Roy, nem aquela conveniente debilidade da burguesia, como nossos comunistas costumavam proclamar ao tempo em que eram mais sinceros, embora continuem atuando como se fosse.
O que mais me surpreende não é essa escolinha de terrorismo que está iniciando suas primeiras aulas no Brasil. Era de se esperar por algo assim desde que nossas instituições acolheram de modo bonachão e hospitaleiro as tropelias do MST. Haveria de chegar o dia em que alguém começaria a atirar bombas e quebrar tudo. Agora? O que me surpreende é que essa tolerância persista, apesar de algumas prisões aqui e ali, confundindo liberdades democráticas com tolerância à violência dos intolerantes. O nome disso é suicídio social.
11/07/2014
No último dia 7 de julho, organizações como MST, Levante Popular da Juventude, Consulta Popular, Movimento dos Atingidos por Barragens, Marcha Mundial das Mulheres, Movimento dos Pequenos Agricultores, Movimento de Mulheres Camponesas, Rede Fora do Eixo, Comitês Populares do Plebiscito, mobilizaram-se em todo o país no Dia de Luta pela Constituinte. A iniciativa, que já conta com mais de 600 núcleos organizados em todos os Estados, pretende coletar, durante a Semana da Pátria, 10 milhões de assinaturas para o projeto de iniciativa popular em favor da Reforma Política, mediante uma constituinte exclusiva. Existem vídeos no YouTube sobre o tema.
Conhecida a relação das entidades participantes, pode-se presumir que tais ações correspondem a uma estratégia oficial, governista, porque as pautas desse plebiscito lhe convêm. E lhe convém, outro tanto, que essas mobilizações de rua aconteçam em pleno período eleitoral, desviando a atenção social para um outro foco que não o da atualidade social, política e econômica do país. Campanha em favor de reformas institucionais em pleno período eleitoral é alienação travestida de militância. Ou militância diversionista.
09/07/2014
Está sendo feito um grande esforço no sentido de destacar entre os tais "legados da Copa" a visibilidade concedida ao país em função do evento. São imagens padrão FIFA, de um evento padrão FIFA e peças publicitárias elaboradas pelos patrocinadores enfocando aspectos do nosso país. Tudo perfeito. Perfeito até de mais.
Publicidade que não encontra reflexo na realidade não funciona. Boa publicidade é a que divulga virtudes de um produto virtuoso. E esse não é, realmente, o caso brasileiro. Em 2009, baseada em informações insuficientes sobre a realidade nacional, a revista The Economist publicou uma edição em cuja capa exibia o Cristo Redentor como um foguete em acelerada ascensão. Quatro anos depois, em 2013, a mesma revista, novamente em matéria de capa, mostrava aquele foguete em queda na direção do solo. Fantasias não resistem ao passar do tempo. No mês passado, a mesma jornalista que produziu a matéria, em entrevista ao "Congresso em Foco", reprovou nossa burocracia, nossos sistemas tributário e previdenciário, nosso conformismo ante os problemas sociais e políticos. E - pasmem - identificou um preconceito dos brasileiros para com os brasileiros.
Nenhuma nação pode ser apenas um cenário bonito. Esperto, Lula sumiu e se descola de sua criatura.
Muito se ouve, entre nós, que o preço da gasolina no Brasil é o mais alto do mundo, ou um dos mais altos do mundo. Isso não é verdadeiro. Ainda recentemente estive na Itália e na Turquia e em ambos os países, o litro desse combustível oscila ao redor de R$ 4,50 convertido para nossa moeda. Gasolina abaixo de 1,50 euros não existe na Europa.
O atual governo não só tornou o Brasil novamente importador de gasolina como fez despencar o ritmo de crescimento da produção nacional. Reportagem publicada no jornal Estado de São Paulo na edição do dia 7 de julho informa que nos primeiros cinco meses deste ano a produção brasileira cresceu apenas 0,1%. Aliás, desde 2009 ela não tem expansão significativa. Conforme alguém já afirmou antes, a Petrobras sob gestão petista é a única petroleira que perde dinheiro quando o preço do barril de petróleo sobe. Mas isso não importa. Danem-se os acionistas e o futuro da empresa, contanto que ela sirva à propaganda oficial e que o governo não se desgaste com aumentos de combustíveis.
Se alguém lhe perguntar o que foi o governo federal fez, mostre isso.
O ódio ao cristianismo e aos cristãos diz muito do caráter e do estado mental das pessoas.
MP PRÓ-SOCIEDADE REAGE À INVASÃO DE UMA IGREJA EM CURITIBA
Nota oficial MP Pró-Sociedade
A Associação Nacional de Membros do Ministério Público MP Pró-Sociedade, pessoa jurídica de direito privado, de natureza civil sem fins lucrativos, inscrita no CNPJ nº 32.702.301/0001-53 , com sede na Rua Coronel Marciano Rodrigues, 151, sala 11, Centro de Muriaé, Estado de Minas Gerais, CEP 36.880-027, representada por seu Advogado, consoante instrumento de procuração em anexo, vem à presença de Vossa Excelência, requerer a instauração de Inquérito Civil para apurar possível dano moral coletivo ocorrido no último dia 5 de Fevereiro na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Curitiba, Paraná.
Conforme noticiado pela imprensa local, no último sábado uma missa católica foi interrompida em razão de protestos realizados por vereador municipal e outras pessoas na paróquia Nossa Senhora do Rosário, no centro de Curitiba, fato que foi repudiado pela própria Arquidiocese de Curitiba em nota publicada (http://arquidiocesedecuritiba.org.br/2022/02/07/nota-manifestacao-igreja-rosario/)
O fato ocorrido, além de constituir em tese ilícito penal (Art. 208, do Código Penal), configura violação ao direito fundamental de liberdade de culto (CF, Art. 5º, VI), causando possível dano moral coletivo às pessoas que participavam daquela celebração.
Ante o exposto, esta Associação requer a instauração de Inquérito Civil para apurar melhor o fato e os envolvidos nesses fatos.
Brasília, 8 de Fevereiro de 2022.